Luís Álvares de Andrade: diferenças entre revisões

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=== Dados biográficos ===  
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Pintor de Lisboa, filho de [[Afonso Álvares de Andrade]] e [[Maria Franca]], a sua devoção mereceu que lhe dessem a alcunha de "Pintor Santo". Por ficar órfão de pai, a sua educação foi entregue aos dominicanos [[Fr. Francisco de Bovadillas]] <!-- a grafia varia entre Taborda e Volkmar -->, confessor da rainha D. Catarina da Áustria e a [[Fr. Luís de Granada]] <ref>José da Cunha Taborda, <i>Regras da arte da pintura: com breves reflexões criticas sobre os caracteres distinctivos de suas escolas: vidas e quadros dos seus mais célebres professores: escritas na lingua italiana por Micael Angelo Prunetti dedicadas as excellentissimo senhor Marquez e Borba.</i> Lisboa: Imprensa Regia, 1815, 191.</ref>.
Pintor de Lisboa, filho de Afonso Álvares de Andrade e Maria Franca, a sua devoção mereceu que lhe dessem a alcunha de "Pintor Santo". Por ficar órfão de pai, a sua educação foi entregue aos dominicanos Fr. Francisco de Bovadillas <!-- a grafia varia entre Taborda e Volkmar -->, confessor da rainha D. Catarina da Áustria e a Fr. Luís de Granada<ref>Taborda, ''Regras da arte da pintura..."'', 191.</ref>.


Morreu a 3 de abril de 1631, em Lisboa, e encontra-se sepultado no cruzeiro da Igreja de São Roque. O seu filho, [[Lucas de Andrade]], capelão do rei e prior da igreja de Vila-Verde, escreveu a sua biografia<ref>José da Cunha Taborda, <i>Regras da arte da pintura: com breves reflexões criticas sobre os caracteres distinctivos de suas escolas: vidas e quadros dos seus mais célebres professores: escritas na lingua italiana por Micael Angelo Prunetti dedicadas as excellentissimo senhor Marquez e Borba.</i> Lisboa: Imprensa Regia, 1815, 192.</ref>.
Morreu a 3 de abril de 1631, em Lisboa, e encontra-se sepultado no cruzeiro da Igreja de São Roque. O seu filho, [[Lucas de Andrade]], capelão do rei e prior da igreja de Vila-Verde, escreveu a sua biografia<ref name="ReferenceA">Taborda, ''Regras da arte da pintura..."'', 192.</ref>.


===Carreira===<!-- Fazer copy/paste do que escreveram em Excel (caixas de notas). Incluí prémios e condecorações/homenagens/ títulos honoríficos. Este é o local para colocar toda a informação que não cabe nas info-box, como por exemplo, as justificações das informações que estão na info-box. subdividida em períodos se necessário-->
===Carreira===<!-- Fazer copy/paste do que escreveram em Excel (caixas de notas). Incluí prémios e condecorações/homenagens/ títulos honoríficos. Este é o local para colocar toda a informação que não cabe nas info-box, como por exemplo, as justificações das informações que estão na info-box. subdividida em períodos se necessário-->
A 22 de setembro de 1599, por morte de [[António de Barros]], foi nomeado pintor de têmpera, dourado e estofado do rei, tendo-se-lhe passado nova carta de nomeação a 29 de junho de 1601 porque a original se perdeu<ref>Francisco de Sousa Viterbo, <i>Notícia de Alguns Pintores Portuguezes e de outros que sendo estrangeiros exerceram a sua arte em Portugal.</i> Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1903, 31.</ref>. <!-- Fonte de Viterbo: ANTT, Chancelaria de D. Filipe II, l. 7, fl. 222 -->
A 22 de setembro de 1599, por morte de [[António de Barros]], foi nomeado pintor de têmpera, dourado e estofado do rei, tendo-se-lhe passado nova carta de nomeação a 29 de junho de 1601 porque a original se perdeu<ref>Viterbo, ''Notícia de Alguns Pintores Portuguezes e de outros que sendo estrangeiros exerceram a sua arte em Portugal'', 1903, 31.</ref>. <!-- Fonte de Viterbo: ANTT, Chancelaria de D. Filipe II, l. 7, fl. 222 -->


Em 1616 e 1617 executou obras para a Armada Real, para a capitania e navios da armada do Mar Oceano, nomeadamente pintura de estandartes, bandeiras, faróis e imagens de proa.<ref>Francisco de Sousa Viterbo, <i>Notícia de Alguns Pintores Portuguezes e de outros que sendo estrangeiros exerceram a sua arte em Portugal.</i> Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1906 (2ª série), 6-8. e Francisco de Sousa Viterbo, <i>Notícia de Alguns Pintores Portuguezes e de outros que sendo estrangeiros exerceram a sua arte em Portugal.</i> Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1911 (3ª série), 38.</ref>. <!-- Uma das fontes citadas por Viterbo está correcta (ver Bibliografia e Fontes) a outra cota, que aparece na 3ª série, não está correcta: ANTT, Corpo Cronológico, p. II, m. 335, doc. 141 a cota correcta é doc. 111-->
Em 1616 e 1617 executou obras para a Armada Real, para a capitania e navios da armada do Mar Oceano, nomeadamente pintura de estandartes, bandeiras, faróis e imagens de proa<ref>Viterbo, ''Notícia de Alguns Pintores Portuguezes e de outros que sendo estrangeiros exerceram a sua arte em Portugal.'', 1906 (2ª série), 6-8 e, 1911 (3ª série), 38.</ref>. <!-- Uma das fontes citadas por Viterbo está correcta (ver Bibliografia e Fontes) a outra cota, que aparece na 3ª série, não está correcta: ANTT, Corpo Cronológico, p. II, m. 335, doc. 141 a cota correcta é doc. 111-->


===Outras informações===  
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Foi um pintor conhecido pela sua devoção, especialmente à Santíssima Trindade, que representou em muitas das suas obras. Foi o principal instituidor da Procissão dos Passos da Graça, começada em 1587, com o beneplácito do bispo D. Miguel de Castro<ref>José da Cunha Taborda, <i>Regras da arte da pintura: com breves reflexões criticas sobre os caracteres distinctivos de suas escolas: vidas e quadros dos seus mais célebres professores: escritas na lingua italiana por Micael Angelo Prunetti dedicadas as excellentissimo senhor Marquez e Borba.</i> Lisboa: Imprensa Regia, 1815, 192.</ref>.
Foi um pintor conhecido pela sua devoção, especialmente à Santíssima Trindade, que representou em muitas das suas obras. Foi o principal instituidor da Procissão dos Passos da Graça, começada em 1587, com o beneplácito do bispo D. Miguel de Castro<ref name="ReferenceA"/>.


   
   
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==Bibliografia e Fontes==
==Bibliografia e Fontes==
*[http://purl.pt/28030 Machado, Cirilo Volkmar, <i>Collecção de memórias, relativas às vidas dos pintores, e escultores, architetos, e gravadores portuguezes, e dos estrangeiros, que estiverão em Portugal recolhidas e ordenadas por Cyrillo Volkmar Machado, pintor ao serviço de S. Magestade o senhor D. João VI.</i> Lisboa: Imprensa de Victorino Rodrigues da Silva, 1823].
*Flor, Susana Varela e Flor, Pedro. ''Pintores de Lisboa: Séculos XVII-XVIII. A Irmandade de S. Lucas''. Lisboa: Scribe, 2013.


*[http://purl.pt/6251 Taborda, José da Cunha, <i>Regras da arte da pintura: com breves reflexões criticas sobre os caracteres distinctivos de suas escolas: vidas e quadros dos seus mais célebres professores: escritas na lingua italiana por Micael Angelo Prunetti dedicadas as excellentissimo senhor Marquez e Borba.</i> Lisboa: Imprensa Regia, 1815.]
*[http://purl.pt/28030 Machado, Cirilo Volkmar. ''Collecção de memórias, relativas às vidas dos pintores, e escultores, architetos, e gravadores portuguezes, e dos estrangeiros, que estiverão em Portugal recolhidas e ordenadas por Cyrillo Volkmar Machado, pintor ao serviço de S. Magestade o senhor D. João VI.'' Lisboa: Imprensa de Victorino Rodrigues da Silva, 1823].


*Viterbo, Francisco de Sousa, <i>Notícia de Alguns Pintores Portuguezes e de outros que sendo estrangeiros exerceram a sua arte em Portugal.</i> Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1903 (1ª série), 1906 (2ª série), 1911 (3ª série).
*[http://purl.pt/6251 Taborda, José da Cunha. ''Regras da arte da pintura: com breves reflexões criticas sobre os caracteres distinctivos de suas escolas: vidas e quadros dos seus mais célebres professores: escritas na lingua italiana por Micael Angelo Prunetti dedicadas as excellentissimo senhor Marquez e Borba.'' Lisboa: Imprensa Regia, 1815.]


*Viterbo, Francisco de Sousa. ''Notícia de Alguns Pintores Portuguezes e de outros que sendo estrangeiros exerceram a sua arte em Portugal.'' Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1903.
*Viterbo, Francisco de Sousa. ''Notícia de Alguns Pintores Portuguezes e de outros que sendo estrangeiros exerceram a sua arte em Portugal.'' Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1906 (2ª série).
*Viterbo, Francisco de Sousa. ''Notícia de Alguns Pintores Portuguezes e de outros que sendo estrangeiros exerceram a sua arte em Portugal.'' Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1911 (3ª série).
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*[http://digitarq.arquivos.pt/details?id=7358267 ANTT, Corpo Cronológico, p. II, m. 334, doc. 43.]
*[http://digitarq.arquivos.pt/details?id=7358267 ANTT, Corpo Cronológico, p. II, m. 334, doc. 43.]


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==Ligações Externas== <!--Ligações que não foram utilizadas concretamente na construção da biografia -->  
==Ligações Externas== <!--Ligações que não foram utilizadas concretamente na construção da biografia -->  
*http://senhorpassosgraca.blogs.sapo.pt/2120.html
   
   
<!-- Comentários vossos e bibliografia citada pela Viterbo -->  
<!-- https://books.google.pt/books?id=-NwzgDXrRmIC&pg=PA884&lpg=PA884&dq=Lu%C3%ADs+%C3%81lvares+de+Andrade+pintor&source=bl&ots=yp6DVKOi1I&sig=EpTpNN6P4sm8uNV0FzOPjLnISgU&hl=en&sa=X&ved=0ahUKEwiulPO3pJHXAhWKF8AKHXX_AZIQ6AEIZjAM#v=onepage&q=Lu%C3%ADs%20%C3%81lvares%20de%20Andrade%20pintor&f=false
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Edição atual desde as 11h18min de 13 de fevereiro de 2020


Luís Álvares de Andrade
Outras Grafias EQUAL
Pai Afonso Álvares de Andrade
Mãe Maria Franca
Filho(s) Lucas de Andrade
Nascimento
[[Lisboa]]
Morte 3 de abril de 1631
[[Lisboa]]
Sexo masculino

Biografia

Dados biográficos

Pintor de Lisboa, filho de Afonso Álvares de Andrade e Maria Franca, a sua devoção mereceu que lhe dessem a alcunha de "Pintor Santo". Por ficar órfão de pai, a sua educação foi entregue aos dominicanos Fr. Francisco de Bovadillas , confessor da rainha D. Catarina da Áustria e a Fr. Luís de Granada[1].

Morreu a 3 de abril de 1631, em Lisboa, e encontra-se sepultado no cruzeiro da Igreja de São Roque. O seu filho, Lucas de Andrade, capelão do rei e prior da igreja de Vila-Verde, escreveu a sua biografia[2].

Carreira

A 22 de setembro de 1599, por morte de António de Barros, foi nomeado pintor de têmpera, dourado e estofado do rei, tendo-se-lhe passado nova carta de nomeação a 29 de junho de 1601 porque a original se perdeu[3].

Em 1616 e 1617 executou obras para a Armada Real, para a capitania e navios da armada do Mar Oceano, nomeadamente pintura de estandartes, bandeiras, faróis e imagens de proa[4].

Outras informações

Foi um pintor conhecido pela sua devoção, especialmente à Santíssima Trindade, que representou em muitas das suas obras. Foi o principal instituidor da Procissão dos Passos da Graça, começada em 1587, com o beneplácito do bispo D. Miguel de Castro[2].


Obras

Referências bibliográficas

  1. Taborda, Regras da arte da pintura...", 191.
  2. 2,0 2,1 Taborda, Regras da arte da pintura...", 192.
  3. Viterbo, Notícia de Alguns Pintores Portuguezes e de outros que sendo estrangeiros exerceram a sua arte em Portugal, 1903, 31.
  4. Viterbo, Notícia de Alguns Pintores Portuguezes e de outros que sendo estrangeiros exerceram a sua arte em Portugal., 1906 (2ª série), 6-8 e, 1911 (3ª série), 38.

Bibliografia e Fontes

  • Flor, Susana Varela e Flor, Pedro. Pintores de Lisboa: Séculos XVII-XVIII. A Irmandade de S. Lucas. Lisboa: Scribe, 2013.
  • Viterbo, Francisco de Sousa. Notícia de Alguns Pintores Portuguezes e de outros que sendo estrangeiros exerceram a sua arte em Portugal. Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1903.
  • Viterbo, Francisco de Sousa. Notícia de Alguns Pintores Portuguezes e de outros que sendo estrangeiros exerceram a sua arte em Portugal. Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1906 (2ª série).
  • Viterbo, Francisco de Sousa. Notícia de Alguns Pintores Portuguezes e de outros que sendo estrangeiros exerceram a sua arte em Portugal. Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1911 (3ª série).


Ligações Externas


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