António da Silva Paulet: diferenças entre revisões

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==Biografia==
==Biografia==


=== Dados biográficos ===


Antônio José da Silva Paulet<ref>Sobre Antônio José da Silva Paulet, ver Sepúlveda, ''História Orgânica e Política do Exército Português''; Viterbo, ''Dicionário Histórico e Documental dos Arquitectos''; Castro, "Contribuição de Adolpho Herbster"; Castro, "Cartografia cearense no Arquivo"; Castro, "Bicentenário da Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção"; Jucá Neto, ''Primórdios da Urbanização do Ceará''; Jucá Neto e Beserra, "Mobilidade e interconexões oceânicas; e Andrade, ''Fortaleza em perspectiva histórica''.</ref> nasceu em Vila Nova de Azeitão, Portugal, em 1778. Era filho de João Rebello da Silva Paulet e D. Antónia Joaquina de Cabedo e Vasconcellos<ref>Ver Viterbo (1988, p. 242)</ref>. Faleceu na cidade do Porto, Portugal, em 12 de novembro de 1837<ref>Silva Paulet, Antônio José da. Arquivo Histórico Militar. </ref>.


Após concluir o curso “''Mathemático de Bezout''”, Antônio José da Silva Paulet ingressou na [[Academia Real de Marinha de Lisboa|Real Academia da Marinha]]<ref>Arquivo Histórico da Marinha (AHM) - Livro de Registo de Patentes de Primeiros Tenentes. PT/BCM-AH/CGA/CGA/Registo de Patentes de Primeiros Tenentes/0402.</ref>. Em 24 de julho de 1798, assentou praça como voluntário da armada real portuguesa, embarcando na fragata Fenix por nomeação do Conselho do Almirantado<ref name=":0" />. Foi promovido a segundo tenente do mar por decreto de 20 de Abril de 1799.<ref>Sepúlveda, ''História Orgânica e Política do Exército Português,'' 8:354.</ref> No período, também ingressou na [[Aula de Fortificação de Lisboa]]<ref name=":0">Arquivo Histórico da Marinha (AHM) - Livro de Registo de Patentes de Primeiros Tenentes. PT/BCM-AH/CGA/CGA/Registo de Patentes de Primeiros Tenentes/0402.</ref>. Foi promovido a primeiro tenente do mar por decreto de 13 de Maio de 1807<ref>Sepúlveda, 8:354.</ref>.
Antônio José da Silva Paulet<ref>Sobre Antônio José da Silva Paulet, ver Sepúlveda, ''História Orgânica e Política do Exército Português''; Viterbo, ''Dicionário Histórico e Documental dos Arquitectos''; Castro, "Contribuição de Adolpho Herbster"; Castro, "Cartografia cearense no Arquivo"; Castro, "Bicentenário da Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção"; Jucá Neto, ''Primórdios da Urbanização do Ceará''; Jucá Neto e Beserra, "Mobilidade e interconexões oceânicas; e Andrade, ''Fortaleza em perspectiva histórica''.</ref> nasceu em Vila Nova de Azeitão, Portugal, em 1778. Era filho de João Rebello da Silva Paulet e D. Antónia Joaquina de Cabedo e Vasconcellos<ref>Viterbo, ''Diccionario Histórico e Documental dos Architectos'', 3:242.</ref>. Faleceu na cidade do Porto, Portugal, em 12 de novembro de 1837<ref>Silva Paulet, Antônio José da. Arquivo Histórico Militar. </ref>.


Em 8 de março de 1808, recebeu carta patente de capitão tenente. Em 17 de dezembro de 1811, foi nomeado tenente coronel de Engenharia do [[Real Corpo de Engenheiros]]. Em 6 de fevereiro de 1818, recebeu a patente de coronel graduado do Real Corpo de Engenheiros. Foi graduado coronel efectivo do Real Corpo de Engenheiros em 6 de fevereiro de 1820. Por decreto de 14 de outubro 1824, entrou na “''classe efectiva do Real Corpo de Engenheiros do Exército de Portugal''”. Por ordem real de dia 30 de julho de 1828, foi demitido da função. Em 25 de novembro de 1829, condenado à forca pelo crime de rebelião. O decreto de 28 de novembro de 1831 anulou a nota de demissão. Reuniu-se ao Exército Libertador em 28 de maio de 1832. Recebeu o título de “''Brigadeiro Graduado''” do Real Corpo de Engenheiros em 4 de abril de 1833, e de Brigadeiro “''Effectivo em 25 de julho de 1833''”. No dia 23 de abril de 1833, foi nomeado “''comandante do Corpo de engenheiros do mesmo exército''”<ref name=":1">Sepúlveda, 8:354.</ref>.
Em 1798, após concluir o curso “''Mathemático de Bezout''”, Antônio José da Silva Paulet ingressou na [[Academia Real de Marinha de Lisboa|Real Academia da Marinha]]<ref>Arquivo Histórico da Marinha, PT/BCM-AH/CGA/CGA/Registo de Patentes de Primeiros Tenentes/0402. Livro de Registo de Patentes de Primeiros Tenentes, 1795 a 1819, 73.</ref> . Em 24 de julho de 1798, assentou praça como voluntário da armada real portuguesa, embarcando na fragata Fenix por nomeação do Conselho do Almirantado<ref name=":0" />. Foi promovido a segundo tenente do mar por decreto de 20 de Abril de 1799.<ref name=":1">Sepúlveda, ''História Orgânica e Política do Exército Português''.</ref> Em 1802, ingressou na [[Aula de Fortificação de Lisboa]]<ref name=":0">Arquivo Histórico da Marinha (AHM) - Livro de Registo de Patentes de Primeiros Tenentes. PT/BCM-AH/CGA/CGA/Registo de Patentes de Primeiros Tenentes/0402.</ref>. Antônio José da Silva Paulet "''apresentou Certidão do quarto ano no qual completou o Curso Militar com aproveitamento em 20 de junho de 1806, levando os prêmios seguidos destinados para os Descipulos beneméritos''"<ref name=":6">Arquivo Histórico da Marinha (AHM) - Livro Mestre IV do Corpo da Armada Real. PT/BCM-AH/30A/001-009/0377, 1752 - 1858, 61.</ref>. Foi promovido a primeiro tenente do mar por decreto de 13 de Maio de 1807<ref name=":1" />.


Reformou-se em 1837, por decreto de 5 de setembro, no posto de marechal de campo<ref name=":4">Sepúlveda, 8:356.</ref>. “''Após a vitória final dos liberais''” e em “''retribuição aos serviços prestados em atividades militares e civis''”, Antônio José da Silva Paulet “''recebeu da rainha D. Maria II, pouco antes de falecer, a patente de Brigadeiro do Real Corpo de Engenheiros, com honras de Marechal de Campo''”, assevera Castro<ref>Castro, "Bicentenário da Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção",19.</ref>.  
Em 8 de março de 1808, recebeu carta patente de capitão tenente<ref name=":1" />. Em 17 de dezembro de 1811, foi nomeado tenente coronel de Engenharia do [[Real Corpo de Engenheiros]]<ref name=":1" />. Em 6 de fevereiro de 1818, recebeu a patente de coronel graduado do Real Corpo de Engenheiros<ref name=":1" />. Foi graduado coronel efectivo do Real Corpo de Engenheiros em 6 de fevereiro de 1820<ref name=":1" />. Por decreto de 14 de outubro 1824, entrou na “''classe efectiva do Real Corpo de Engenheiros do Exército de Portugal''”<ref name=":7">Sepúlveda, ''História Orgânica e Política do Exército Português,'' 8:355.</ref>. Por ordem real de dia 30 de julho de 1828, foi demitido da função<ref name=":1" />. Em 25 de novembro de 1829, condenado à forca pelo crime de rebelião<ref name=":1" />. O decreto de 28 de novembro de 1831 anulou a nota de demissão<ref name=":1" />. Reuniu-se ao Exército Libertador em 28 de maio de 1832<ref name=":1" />. Recebeu o título de “''Brigadeiro Graduado''” do Real Corpo de Engenheiros em 4 de abril de 1833, e de Brigadeiro “''Efectivo em 25 de julho de 1833''”<ref name=":7" />. No dia 23 de abril de 1833, foi nomeado “''comandante do Corpo de engenheiros do mesmo exército''”<ref name=":7" />.Foi reformado por "''decreto de 5 de setembro de 1837, no posto de marechal de campo''"<ref name=":4">Sepúlveda, ''História Orgânica e Política do Exército Português,'' 8:356.</ref>. Na ocasião exercia "''as funções de Diretor das Obras Publicas do Norte''"<ref name=":4" />. 
 
“''Após a vitória final dos liberais''” e em “''retribuição aos serviços prestados em atividades militares e civis''”, Antônio José da Silva Paulet “''recebeu da rainha D. Maria II, pouco antes de falecer, a patente de Brigadeiro do Real Corpo de Engenheiros, com honras de Marechal de Campo''”, assevera Castro<ref>Castro, "Bicentenário da Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção", 19.</ref>.  


===Carreira===
===Carreira===
Antônio José da Silva Paulet aportou em território brasileiro no ano de 1808<ref>Castro, "Bicentenário da Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção", 18.</ref>, tendo sido promovido a capitão tenente, "''em atenção a pertencer aos Estados Maiores e às guarnições das reaes embarcações de que se compunha a Esquadra destinada a transportar a família real para o Brasil''”<ref>Sepúlveda, ''História Orgânica e Política do Exército Português'', 8:355.</ref>.
Em 29 de novembro de 1807, Antônio José da Silva Paulet embarcou na fragata Urania pertencente  "''a Esquadra que acompanhou o Principe Regente Nosso Senhor e mais Família Real"'' ao Brasil<ref name=":6" />. A frota aportou em território brasileiro em 1808<ref name=":3">Castro, "Bicentenário da Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção".</ref>, tendo sido promovido a capitão tenente, "''em atenção a pertencer aos Estados Maiores e às guarnições das reaes embarcações de que se compunha a Esquadra destinada a transportar a família real para o Brasil''”<ref name=":7" />.


Por decreto de 13 de maio de 1811, foi nomeado ajudante de ordens do Governador do Ceará, Brasil, Manoel Ignacio de Sampaio. Serviu no Rio de Janeiro até 1812, quando assumiu o cargo na capitania cearense. De acordo com Sepúlveda, a “''passagem da Armada, no posto de Tenente Coronel, para o Corpo de Engenheiros foi-lhe concedida por graça especial'' (...) ''continuando no exercício de ajudante de ordens''” de Manoel Ignacio de Sampaio<ref name=":2">Sepúlveda, ''História Orgânica e Política do Exército Português'', 8:355.</ref>.
Por decreto de 13 de maio de 1811, foi nomeado ajudante de ordens do Governador do Ceará, Brasil, Manoel Ignacio de Sampaio<ref name=":1" />. Serviu no Rio de Janeiro até 1812, quando assumiu o cargo na capitania cearense. De acordo com Sepúlveda, a “''passagem da Armada, no posto de Tenente Coronel, para o Corpo de Engenheiros foi-lhe concedida por graça especial'' (...) ''continuando no exercício de ajudante de ordens''” de Manoel Ignacio de Sampaio<ref name=":7" />.


No Ceará, dentre outras ações, cartografou o território, elaborou planta para a vila de Fortaleza, projetou o novo mercado da vila com portada em desenho neoclássico, o primeiro chafariz público e a fortaleza de Nossa Senhora da Assumpção<ref>Ver Andrade (2019), Castro (1994, 1997, 2005) e Jucá Neto (2012, 2021).</ref>.
No Ceará, dentre outras ações, cartografou o território, elaborou planta para a vila de Fortaleza, projetou o novo mercado da vila com portada em desenho neoclássico, o primeiro chafariz público e a fortaleza de Nossa Senhora da Assumpção<ref>Ver Andrade, ''Fortaleza em perspectiva histórica''';''''' Castro, "Contribuição de Adolpho Herbster à forma urbana fortalezense"; Castro, "Cartografia cearense no Arquivo Histórico do Exército"; Castro, "Bicentenário da Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção"; Jucá Neto, ''Primórdios da Urbanização do Ceará,'' 2012; Jucá Neto e Beserra, "Mobilidade e interconexões oceânicas".</ref>.


Em 18 de agosto de 1812, o Governador Manoel Ignacio de Sampaio dirigiu “''ofício ao Tenente Coronel Engenheiro Antônio José da Silva Paulet encarregando-o de levantar planta da costa desde a barra do Mossoró até a da V.<sup>a</sup> do Ceará''”. Manoel Ignacio de Sampaio informou que, até aquela data, ainda não se havia desenhado de uma “''maneira positiva a posição geográfica da costa''” cearense. Também declarou que o desenho deveria conter informações que Silva Paulet julgasse “''úteis para o conhecimento''” da Capitania, e ser executado com “''suficiente exactidão''”<ref>Arquivo Público do Estado do Ceará. (APEC). Livro 33. 1812. Ver também Jucá Neto, ''Primórdios da Urbanização do Ceará.''</ref>. Durante a coleta de dados para elaboração da cartografia – ''Carta da Capitania do Ceará e da costa correspondente levantada por ordem do Governador Manoel Ignacio de Sampaio; pelo seu ajudante de ordens Antonio Jose da Silva Paulet no anno de 1813'' - Paulet levantou as vilas de Santa Cruz do Aracati e de Fortaleza<ref>Jucá Neto, ''Primórdios da Urbanização do Ceará.''</ref>.
Em 18 de agosto de 1812, o Governador Manoel Ignacio de Sampaio dirigiu “''ofício ao Tenente Coronel Engenheiro Antônio José da Silva Paulet encarregando-o de levantar planta da costa desde a barra do Mossoró até a da V.<sup>a</sup> do Ceará''”. Manoel Ignacio de Sampaio informou que, até aquela data, ainda não se havia desenhado de uma “''maneira positiva a posição geográfica da costa''” cearense. Também declarou que o desenho deveria conter informações que Silva Paulet julgasse “''úteis para o conhecimento''” da Capitania, e ser executado com “''suficiente exactidão''”<ref>Arquivo Público do Estado do Ceará – Brasil, Ala 02, Estante 3, Prateleira 14, Caixa 10, Série: Governo da Capitania do Ceará aos militares da Capitania, officios, Livro 33 (Antigo 65-A), Livro de Registro de officios e ordens por este Governo ao [...] gente de guerra e aos chefes, e mais officiaes de linha e Milicia. Ofício dirigido ao Tenente- Coronel Engenheiro Antonio Joze da S.<sup>a</sup> Paulet encarregando-o de levantar a planta da costa deste a barra do Mossoró ate a da V.<sup>a</sup> da Fortaleza, fl. 90 - 91. Data crônica – 18 de Agosto de 1812. </ref>. Durante a coleta de dados para elaboração da cartografia – ''Carta da Capitania do Ceará e da costa correspondente levantada por ordem do Governador Manoel Ignacio de Sampaio; pelo seu ajudante de ordens Antonio Jose da Silva Paulet no anno de 1813'' - Paulet levantou as vilas de Santa Cruz do Aracati e de Fortaleza<ref>Jucá Neto, ''Primórdios da Urbanização do Ceará.''</ref>.


Antônio José da Silva Paulet projetou a Fortaleza de Nossa Senhora da Assumpção em Fortaleza, Ceará. Em 12 de outubro de 1812, o governador da capitania Manoel Ignacio de Sampaio “''lançou os fundamentos da fortificação''” sobre a “''antiga bateria''”. Na ocasião deram-se os nomes a quatro baluartes: “''N. Senhora da Assumpção a do norte; S. José ao do sueste; D. João ao do noroeste; e de Príncipe da Beira ao do sudoeste''”<ref>Ver, Sepúlveda, ''História Orgânica e Política do Exército Português'', 8:357, e Castro, "Bicentenário da Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção".</ref>. Sepúlveda afirmou tratar-se de “''uma fortaleza de 2.a classe, com 29 peças montadas, sendo 23 de alma lisa e 6 canhões de bronze raiado, calibre 12, systema La Hitte, sendo das da alma lisa, 4 de calibre 25, 2 de 18, 9 de 12 e 8 de 6''”<ref>Sepúlveda, ''História Orgânica e Política do Exército Português'', 8:357.</ref>.
Antônio José da Silva Paulet projetou a Fortaleza de Nossa Senhora da Assumpção em Fortaleza, Ceará. Em 12 de outubro de 1812, o governador da capitania Manoel Ignacio de Sampaio “''lançou os fundamentos da fortificação''” sobre a “''antiga bateria''”. Na ocasião deram-se os nomes a quatro baluartes: “''N. Senhora da Assumpção a do norte; S. José ao do sueste; D. João ao do noroeste; e de Príncipe da Beira ao do sudoeste''”<ref name=":8">Ver, Sepúlveda, ''História Orgânica e Política do Exército Português'', 8:357.</ref>. Sepúlveda afirmou tratar-se de “''uma fortaleza de 2.a classe, com 29 peças montadas, sendo 23 de alma lisa e 6 canhões de bronze raiado, calibre 12, systema La Hitte, sendo das da alma lisa, 4 de calibre 25, 2 de 18, 9 de 12 e 8 de 6''”<ref name=":8" />.


No dia 21 de Novembro de 1812, foi encarregado de elaborar uma planta de expansão da vila de Fortaleza. Paulet deveria “''propor a Camera o plano de edificação que lhe parecer o mais adequado''”. Antônio José da Paulet desenhou o primeiro projeto de urbanização para Fortaleza, em quadras retangulares, semelhantes às da Baixa lisboeta<ref>Castro, "Bicentenário da Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção", 18.</ref>. O plano “''ocupava área diminuta: constava de duas ou três ruas perpendiculares à linha de continuação da divisa do terreno do quartel da Fortaleza,''” portanto, “''paralelas e dispostas na direção norte-sul, além de cortadas ortogonalmente por 'travessas''”<ref>Castro, "Contribuição de Adolpho Herbster", 50. Sobre o plano de Antônio José da Silva Paulet e a implantação da vila de Fortaleza ver também Andrade, ''Fortaleza em perspectiva histórica.''</ref>.
No dia 21 de Novembro de 1812, foi encarregado de elaborar uma planta de expansão da vila de Fortaleza. Paulet deveria “''propor a Camera o plano de edificação que lhe parecer o mais adequado''”. Antônio José da Paulet desenhou o primeiro projeto de urbanização para Fortaleza, em quadras retangulares, semelhantes às da Baixa lisboeta<ref name=":3" />. O plano “''ocupava área diminuta: constava de duas ou três ruas perpendiculares à linha de continuação da divisa do terreno do quartel da Fortaleza,''” portanto, “''paralelas e dispostas na direção norte-sul, além de cortadas ortogonalmente por 'travessas''”<ref>Castro, "Contribuição de Adolpho Herbster", 50. Sobre o plano de Antônio José da Silva Paulet e a implantação da vila de Fortaleza ver também Andrade, ''Fortaleza em perspectiva histórica''.</ref>.


Manoel Ignácio de Sampaio requereu a Paulet a elaboração de outra cartografia, não restrita a costa, desenhando os limites geográficos de toda a Capitania em 7 de abril de 1816<ref>Arquivo Público do Estado do Ceará. (APEC). Livro 33. 1812. Ver também Jucá Neto, ''Primórdios da Urbanização do Ceará.''</ref>. A ''Carta Marítima e Geográphica da Capitania do Ceará. Levantada pr ordem do Gov.<sup>or</sup> Manoel Ign.<sup>co</sup> de Sampayo por seu ajudante d’ordens Antonio Joze da S.<sup>a</sup> Paulet de 1817'' apresentou a hidrografia, topografia, fronteiras territoriais, limites dos termos existentes, sistema de estradas e rede urbana cearense composta de 16 vilas e 56 povoados. No canto esquerdo do desenho há cópia esquemática da ''Planta do Porto e Villa da Fortaleza.'' O desenho também apresentou a batimetria da enseada do Mucuripe, lugar de instalação da vila e da fortificação<ref>Jucá Neto, ''Primórdios da Urbanização do Ceará.''</ref>.
Manoel Ignácio de Sampaio requereu a Paulet a elaboração de outra cartografia, não restrita a costa, desenhando os limites geográficos de toda a Capitania em 7 de abril de 1816<ref>Arquivo Público do Estado do Ceará – Brasil, Ala 02, Estante 3, Prateleira 14, Caixa 10, Série: Governo da Capitania do Ceará aos militares da Capitania, officios, Livro 33 (Antigo 65-A), Livro de Registro de officios e ordens por este Governo ao [...] gente de guerra e aos chefes, e mais officiaes de linha e Milicia. Ofício dirigido ao Tenente- Coronel Engenheiro Antonio Joze da S.<sup>a</sup> Paulet encarregando-o de levantar a planta da costa deste a barra do Mossoró ate a da V.<sup>a</sup> da Fortaleza, fl. 90 - 91. Data crônica – 18 de Agosto de 1812.</ref>. A ''Carta Marítima e Geográphica da Capitania do Ceará. Levantada pr ordem do Gov.<sup>or</sup> Manoel Ign.<sup>co</sup> de Sampayo por seu ajudante d’ordens Antonio Joze da S.<sup>a</sup> Paulet de 1817'' apresentou a hidrografia, topografia, fronteiras territoriais, limites dos termos existentes, sistema de estradas e rede urbana cearense composta de 16 vilas e 56 povoados. No canto esquerdo do desenho há cópia esquemática da ''Planta do Porto e Villa da Fortaleza.'' O desenho também apresentou a batimetria da enseada do Mucuripe, lugar de instalação da vila e da fortificação<ref>Jucá Neto, ''Primórdios da Urbanização do Ceará.''</ref>.


Antônio José da Silva Paulet escreveu ''Descripção Geográfica abreviada da Capitania do Ceará''<ref>''Descripção Geográfica abreviada da Capitania do Ceará'' encontra-se publicada pela Fundação Waldemar Alcantara. </ref>. As informações presentes na ''Descripção'' foram possivelmente coletadas durante levantamento de dados para elaboração de suas Cartografias. A memória apresentou o estado das vilas cearenses no alvorecer do século XIX. Na ''História e Memorias da Academia de Sciencias de Lisboa'', datada de 1830, consta que o engenheiro Antônio José da Silva Paulet enviou à instituição a ''Discripção dos methodos que se empregarão para levantar as cartas hydrographicas e geográficas no território do Ceará''<ref>A notícia sobre o envio da ''Discripção dos methodos...'' encontra-se em ''História e Memórias da Academia Real das Sciencias de Lisboa'', tomo X, parte II, de 1830. Infelizmente, a documentação propriamente dita ainda não foi localizada nos arquivos da Academia de Ciências.</ref>.
Antônio José da Silva Paulet escreveu ''Descripção Geográfica abreviada da Capitania do Ceará''<ref>''Descripção Geográfica abreviada da Capitania do Ceará'' encontra-se publicada pela Fundação Waldemar Alcantara. </ref>. As informações presentes na ''Descripção'' foram possivelmente coletadas durante levantamento de dados para elaboração de suas Cartografias. A memória apresentou o estado das vilas cearenses no alvorecer do século XIX. Na ''História e Memorias da Academia de Sciencias de Lisboa'', datada de 1830, consta que o engenheiro Antônio José da Silva Paulet enviou à instituição a ''Discripção dos methodos que se empregarão para levantar as cartas hydrographicas e geográficas no território do Ceará''<ref>A notícia sobre o envio da ''Discripção dos methodos...'' encontra-se em ''História e Memórias da Academia Real das Sciencias de Lisboa'', tomo X, parte II, de 1830. Infelizmente, a documentação propriamente dita ainda não foi localizada nos arquivos da Academia de Ciências.</ref>.


Em 1820, Antônio José da Silva Paulet foi transferido para o Rio Grande do Sul, Brasil<ref>Castro, "Bicentenário da Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção".</ref>. Passou a comandar a Província de Missões, em lugar do marechal de campo Francisco das Chagas Santos, no mesmo decreto em que foi promovido a coronel efectivo<ref>Sepúlveda, ''História Orgânica e Política do Exército Português'', 2019.</ref>. Segundo Menz, Paulet procurou “''exercer uma política convicta na manutenção do patrimônio territorial dos povos'' [indígenas] ''e na recuperação e repovoamento de suas estâncias''”. O autor acrescenta que sua “''ideia era a de não permitir mais que as terras dos povos fossem concedidas gratuitamente; aos interessados nas terras indígenas, acenava com arrendamentos que seriam feitos em prol das comunidades''”<ref>Menz, 2001, p. 73.</ref>.
Em 1820, Antônio José da Silva Paulet foi transferido para o Rio Grande do Sul, Brasil<ref>Castro, "Bicentenário da Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção".</ref>. Passou a comandar a Província de Missões, em lugar do marechal de campo Francisco das Chagas Santos, no mesmo decreto em que foi promovido a coronel efectivo<ref>Sepúlveda, ''História Orgânica e Política do Exército Português.''</ref>. Segundo Menz, Paulet procurou “''exercer uma política convicta na manutenção do patrimônio territorial dos povos'' [indígenas] ''e na recuperação e repovoamento de suas estâncias''”. O autor acrescenta que sua “''ideia era a de não permitir mais que as terras dos povos fossem concedidas gratuitamente; aos interessados nas terras indígenas, acenava com arrendamentos que seriam feitos em prol das comunidades''”<ref>Menz, "A integração do Guarani missioneiro na sociedade sul-rio-grandense", 73.</ref>.


Em 30 de setembro de 1822, a Junta Provisória do Governo do Ceará emitiu ofício ao secretário de estado dos Negócios da Guerra, Cândido José Xavier, sobre a nomeação de Antônio José da Silva Paulet para governador das Armas do Ceará. Porém, Paulet nunca chegou a assumir o cargo<ref>Arquivo Histórico Ultramarino. Conselho Ultramarino. Brasil – Ceará. AHU_ACL_CU_006. cx. 24/doc. 1388 (1). </ref><ref>Decreto de 9 de Dezembro de 1821, Diário do Governo, n. 303, 22 de Dezembro de 1821, 992.</ref>.
Em 30 de setembro de 1822, a Junta Provisória do Governo do Ceará emitiu ofício ao secretário de estado dos Negócios da Guerra, Cândido José Xavier, sobre a nomeação de Antônio José da Silva Paulet para governador das Armas do Ceará. Porém, Paulet nunca chegou a assumir o cargo<ref>Arquivo Histórico Ultramarino, Conselho Ultramarino, Brasil – Ceará, ACL_CU_006. cx. 24, doc. 1388 (1). Ofício da Junta Provisória do Governo do Ceará ao secretário de estado dos Negócios das Armas do Ceará, coronel Antonio José da Silva Paulet. Fortaleza, 30 de setembro de 1822. </ref><ref>Decreto de 9 de Dezembro de 1821, Diário do Governo, no. 303, 22 de Dezembro de 1821, 992.</ref>.


Antônio José da Silva Paulet partiu para Portugal em 1823. De acordo com o arquiteto José Liberal de Castro, participou na “''Guerra Civil, travada entre o exército formado por constitucionalistas liberais, comandado pelo Imperador Pedro I, e as facções absolutistas, postas sob as ordens de seu irmão, Dom Miguel''”<ref>Castro, "Bicentenário da Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção".</ref>. Castro assevera que Antônio José Silva Paulet teve “''presença destacada nas operações, particularmente o prolongado cerco da cidade do Porto''”<ref>Castro, 19.</ref>. Dentre outras funções, ocupou o cargo de “''comandante do quartel do Trem'' [de Artilharia] ''do Ouro, posição-chave no abastecimento alimentar e bélico da Cidade durante, ponto de ligação desta com o setor de suprimento marítimo, na foz do rio Douro''”.
Antônio José da Silva Paulet partiu para Portugal em 1823. De acordo com o arquiteto José Liberal de Castro, participou na “''Guerra Civil, travada entre o exército formado por constitucionalistas liberais, comandado pelo Imperador Pedro I, e as facções absolutistas, postas sob as ordens de seu irmão, Dom Miguel''”<ref>Castro, "Bicentenário da Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção".</ref>. Castro assevera que Antônio José Silva Paulet teve “''presença destacada nas operações, particularmente o prolongado cerco da cidade do Porto''”<ref>Castro, 19.</ref>. Dentre outras funções, ocupou o cargo de “''comandante do quartel do Trem'' [de Artilharia] ''do Ouro, posição-chave no abastecimento alimentar e bélico da Cidade durante, ponto de ligação desta com o setor de suprimento marítimo, na foz do rio Douro''”.


Sem explicitar o período, Sepúlveda informa que Paulet, após retornar do Brasil, “''esteve homisiado durante quatro annos em Londres, e veio na expedição a Portugal como comandante do hospital naval militar''”<ref name=":3">Sepúlveda, ''História Orgânica e Política do Exército Português'', 8:356.
Sem explicitar o período, Sepúlveda informa que Paulet, após retornar do Brasil, “''esteve homiziado durante quatro anos em Londres, e veio na expedição a Portugal como comandante do hospital naval militar''”<ref name=":4" /><ref name=":5" />. Menciona ainda que Paulet agiu nas “''linhas do Porto, primeiro como Director do Trem do Ouro, e depois na construção e direção d'elas, concorrendo em muito para se levantarem as linhas de Lordello ao Wanzeller e do Wanzeller ao Carvalido pela Prelada''” e que “''na qualidade de comandante geral de engenheiros do Exercito Libertador nessas linhas'', Silva Paulet “''assistiu às acções de 5 e 25 de junho de 1833, e á de 18 de agosto do mesmo ano''”<ref name=":4" />.


https://digitarq.arquivos.pt/viewer?id=4725563&FileID=PT-TT-RGM-H-0009_m0097.tif</ref>. Menciona ainda que Paulet agiu nas “''linhas do Porto, primeiro como Director do Trem do Ouro, e depois na construção e direção d'elas, concorrendo em muito para se levantarem as linhas de Lordello ao Wanzeller e do Wanzeller ao Carvalido pela Prelada''” e que “''na qualidade de comandante geral de engenheiros do Exercito Libertador nessas linhas''”, Silva Paulet “''assistiu às acções de 5 e 25 de junho de 1833, e á de 18 de agosto do mesmo ano''”<ref name=":3" />.
Antônio José da Silva Paulet inventou o “''farol de rotação que no ano de 1835 foi colocado junto á Foz do Douro no Alto de Nossa Senhora da Luz''”<ref name=":4" />. Também em 1835, apresentou um projeto para a Rua Ferreira Borges na cidade do Porto<ref>Arquivo Municipal do Porto, PT-CMP-AM/COL/MA/0005. Parecer de Joaquim da Costa Lima Sampaio, defendendo o projeto aprovado pela Câmara para a abertura da Rua Ferreira Borges, em linha reta, julgando-o preferível ao apresentado pelo Brigadeiro António José da Silva Paulet; Ver também Nonell, ''Porto, 1763/1853''. ''A construção da cidade entre despotismo e liberalismo.''</ref>. No ano de 1837 esteve envolvido nas discussões sobre a construção da estrada de Lisboa ao Porto<ref>Arquivo Histórico Ministério Público, Procuradoria-Geral da República, PT/AHPGR/PGR/05/06/04/185. Parecer do Ajudante do Procurador Geral da Coroa José Cupertino de Aguiar Ottolini acerca de dúvidas apresentadas pelo Brigadeiro Antônio José da Silva Paulete relacionadas com expropriações necessárias à construção da estrada de Lisboa ao Porto, dentro da cidade de Lisboa. 20 de maio de 1837.</ref> e sobre as obras do “''novo cais de Descarga''” da cidade do Porto<ref>Arquivo Histórico Ministério Público, Procuradoria- Geral da República, Registro de Pareceres relativos a Ministérios e outras entidades. Registro de pareceres e informações para o Ministro do reino, PT/AHPGR/PGR/05/01/01. Livro do Registo de informaçoens e pareçeres dirigidos ao Ministerio do Reino tendo principiado em vinte e seis de Septembro de mil oitocentos trinta e sete até 10 de Março de 1838.</ref>. Nesse ano de 1837, segundo Sepúlveda, exercia  funções de Director das Obras Públicas do Norte<ref name=":4" />.  
 
Antônio José da Silva Paulet inventou o “''farol de rotação que no ano de 1835 foi colocado junto á Foz do Douro no Alto de Nossa Senhora da Luz''”<ref name=":3" />. Também em 1835, apresentou um projeto para a Rua Ferreira Borges na cidade do Porto<ref>Arquivo Municipal do Porto. PT-CMP-AM/COL/MA/0005. Ver também Nonell, Porto, 1763/1853. ''A construção da cidade entre despotismo e liberalismo.''</ref>. No ano de 1837 esteve envolvido nas discussões sobre a construção da estrada de Lisboa ao Porto<ref>Arquivo Histórico Ministério Público. Procuradoria-Geral da República. PT/AHPGR/PGR/05/06/04/185.</ref> e sobre as obras do “''novo cais de Descarga''” da cidade do Porto<ref>Arquivo Histórico Ministério Público. Procuradoria- Geral da República. PT/AHPGR/PGR/05/01/01.</ref>. Nesse ano de 1837, segundo Sepúlveda, exercia  funções de Director das Obras Públicas do Norte<ref name=":4" />.  


===Outras informações===
===Outras informações===
Em 26 de Outubro de 1823, no dia de aniversário do rei D. Miguel I, foi agraciado com a Comenda  Honorária  da  Ordem  de  S.  Ben­to  de  Aviz, outorgada pelo Ministério do Reino<ref>Despacho de 26 de Outubro de 1823,  Diário do Governo, n. 255, 28 de Outubro de 1823, 1647.</ref>. Mais tarde, já terminada a Guerra Civil, em 1835, recebeu mercê da rainha D. Maria II que lhe concedeu a faculdade de se fazer representar com as insígnias da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa<ref>Arquivo Nacional Torre do Tombo, Registo Geral de Mercês, Mercês D. Maria II, liv. 9, fl.43v-44.</ref>.
Em 26 de Outubro de 1823, no dia de aniversário do rei D. Miguel I, foi agraciado com a Comenda  Honorária  da  Ordem  de  S.  Ben­to  de  Aviz, outorgada pelo Ministério do Reino<ref>Despacho de 26 de Outubro de 1823,  Diário do Governo, no. 255, 28 de Outubro de 1823, 1647.</ref>. Uma vez terminada a Guerra Civil, recebeu mercê da rainha D. Maria II em 1835, que lhe concedeu a faculdade de se fazer representar com as insígnias da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa. De igual forma, foi investido no hábito daquela Ordem em função dos serviços prestados ao desenvolvimento da navegação e comércio dos ''Reinos.'' Em particular, pela implementação de mecanismo de rotação permanente aquando da reconstrução do Farol de Nossa Senhora da Luz, sito na Foz do Douro. Estas mercês foram conferidas, oficialmente, de forma póstuma em 15 de Maio de 1838<ref name=":5">Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Registo Geral de Mercês, Mercês D. Maria II, liv. 9, fl. 43v.-44.</ref>.  


Na qualidade de coronel do Real Corpo de Engenheiros requereu em 1824 a sua nomeação para a comissão constituída para gerir o Tombo dos Bens do Convento das Comendadeiras de Santos, junto da Repartição da Guerra. Não obstante, por ter recebido antes licença para ''ir a banhos de mar'', teve a necessidade de repetir a suplica perante o Ministério do Reino<ref>Arquivo Nacional Torre do Tombo, Ministério do Reino, mç. 669, proc. 22.</ref>. Desconhecemos se a mesma foi atendida.
Na qualidade de coronel do Real Corpo de Engenheiros requereu em 1824 a sua nomeação para a comissão constituída para gerir o Tombo dos Bens do Convento das Comendadeiras de Santos, junto da Repartição da Guerra. Não obstante, por ter recebido antes licença para ''ir a banhos de mar'', teve a necessidade de repetir a suplica perante o Ministério do Reino<ref>Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Ministério do Reino, mç. 669, proc. 22.</ref>. Desconhecemos se a mesma foi atendida.


==Obras==
==Obras==


 
Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro:
Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro


Antônio José da Silva Paulet. ''Carta da capitania do Ceará: levantada por ordem do Governador Manoel Ignacio de Sampaio por seu ajudante e ordens Antonio José da S. Paulet.'' Rio de Janeiro, RJ: Arch. Militar, 1818. 1 mapa, litografado, 65 x 66 cm em f. 73 x 72,5 cm[http://objdigital.bn.br/objdigital2/acervo_digital/div_cartografia/cart170577/cart170577.jpg .]  
Antônio José da Silva Paulet. ''Carta da capitania do Ceará: levantada por ordem do Governador Manoel Ignacio de Sampaio por seu ajudante e ordens Antonio José da S. Paulet.'' Rio de Janeiro, RJ: Arch. Militar, 1818. 1 mapa, litografado, 65 x 66 cm em f. 73 x 72,5 cm[http://objdigital.bn.br/objdigital2/acervo_digital/div_cartografia/cart170577/cart170577.jpg .]  
Linha 268: Linha 267:
Antônio José da Silva Paulet. ''Carta da capitania do Ceará.'' Rio de Janeiro, RJ: Arch. Militar, 1818. 1 mapa ms., aquarelado, 65 x 66cm em f. 73 x 72,5[http://objdigital.bn.br/objdigital2/acervo_digital/div_cartografia/cart529227/cart529227.jpg .]
Antônio José da Silva Paulet. ''Carta da capitania do Ceará.'' Rio de Janeiro, RJ: Arch. Militar, 1818. 1 mapa ms., aquarelado, 65 x 66cm em f. 73 x 72,5[http://objdigital.bn.br/objdigital2/acervo_digital/div_cartografia/cart529227/cart529227.jpg .]


 
<br/>Mapoteca do Itamarati:
Mapoteca do Itamarati.


Antônio José da Silva Paulet. ''Carta da Capitania do Ceará e costa correspondente levantada por ordem do Governador Manoel Ignacio de Sampaio; pelo seu ajudante de ordens Antonio José da Silva Paulet no anno de 1813.''
Antônio José da Silva Paulet. ''Carta da Capitania do Ceará e costa correspondente levantada por ordem do Governador Manoel Ignacio de Sampaio; pelo seu ajudante de ordens Antonio José da Silva Paulet no anno de 1813.''


 
<br/>Gabinete de Estudos Arqueológicos de Engenharia Militar - GEAEM:
Gabinete de Estudos Arqueológicos de Engenharia Militar - GEAEM


Antônio José da Silva Paulet. ''Carta Marítima e Geográphica da Capitania do Ceará. Levantada pr ordem do Gov.<sup>or</sup> Manoel Ign.<sup>co</sup> de Sampayo por seu ajudante d’ordens Antonio Joze da S.<sup>a</sup> Paulet de 1817''. GEAEM. Desenho N<sup>o</sup> 4578. Armário 1ª. Prateleira 10ª. Pasta 53.   
Antônio José da Silva Paulet. ''Carta Marítima e Geográphica da Capitania do Ceará. Levantada pr ordem do Gov.<sup>or</sup> Manoel Ign.<sup>co</sup> de Sampayo por seu ajudante d’ordens Antonio Joze da S.<sup>a</sup> Paulet de 1817''. GEAEM. Desenho N<sup>o</sup> 4578. Armário 1ª. Prateleira 10ª. Pasta 53.   


Antônio José da Silva Paulet. ''Planta da Fortaleza de Nossa Senhora da Assumpção da Capitania do Ceará.'' GEAEM. Desenho N<sup>o</sup> 4579. Armário 1ª. Prateleira 10ª. Pasta 53.
Antônio José da Silva Paulet. ''Planta da Fortaleza de Nossa Senhora da Assumpção da Capitania do Ceará.'' GEAEM. Desenho N<sup>o</sup> 4579. Armário 1ª. Prateleira 10ª. Pasta 53.
==Notas==
==Notas==
<references />
<references />


==Fontes==
==Fontes==
Arquivo Histórico da Marinha (AHM) - Livro de Registo de Patentes de Primeiros Tenentes. PT/BCM-AH/CGA/CGA/Registo de Patentes de Primeiros Tenentes/0402. Datas de produção: 1795 a 1819. Localização física - 6/V/8/5. Cota descritiva - 402 (localização: 6-V-8-5). P. 73.
Arquivo Histórico da Marinha (AHM) - Livro Mestre IV do Corpo da Armada Real. PT/BCM-AH/30A/001-009/0377, 1752 - 1858, 61.


Arquivo Histórico Ministério Público. PT/AHPGR/PGR/05/06/04/185. Procuradoria-Geral da República. 1837 maio 20. Parecer do Ajudante do Procurador Geral da Coroa José Cupertino de Aguiar Ottolini acerca de dúvidas apresentadas pelo Brigadeiro Antônio José da Silva Paulete relacionadas com expropriações necessárias à construção da estrada de Lisboa ao Porto, dentro da cidade de Lisboa[https://arquivohistorico.ministeriopublico.pt/index.php/estrada-de-lisboa-ao-porto .]
Arquivo Histórico da Marinha, PT/BCM-AH/CGA/CGA/Registo de Patentes de Primeiros Tenentes/0402. Livro de Registo de Patentes de Primeiros Tenentes, 1795 a 1819, 73.


Arquivo Histórico Ministério Público. PT/AHPGR/PGR/05/01/01. Procuradoria- Geral da República. Registro de Pareceres relativos a Ministérios e outras entidades. Registro de pareceres e informações para o Ministro do reino. "Livro do Registo de informaçoens e pareçeres dirigidos ao Ministerio do Reino tendo principiado em vinte e seis de Septembro de mil oitocentos trinta e sete até 10 de Março de 1838".
Arquivo Histórico Ministério Público, Procuradoria-Geral da República, PT/AHPGR/PGR/05/06/04/185. Parecer do Ajudante do Procurador Geral da Coroa José Cupertino de Aguiar Ottolini acerca de dúvidas apresentadas pelo Brigadeiro Antônio José da Silva Paulete relacionadas com expropriações necessárias à construção da estrada de Lisboa ao Porto, dentro da cidade de Lisboa. 20 de maio de 1837[https://arquivohistorico.ministeriopublico.pt/index.php/estrada-de-lisboa-ao-porto .]


Arquivo Histórico Ultramarino. Conselho Ultramarino. Brasil – Ceará. AHU_ACL_CU_006. cx. 24/doc. 1388 (1). 1822, setembro, 30, Fortaleza. OFÍCIO da Junta Provisória do Governo do Ceará ao secretário de estado dos Negócios das Armas do Ceará, coronel Antonio José da Silva Paulet.  
Arquivo Histórico Ministério Público, Procuradoria-Geral da República, Registro de Pareceres relativos a Ministérios e outras entidades. Registro de pareceres e informações para o Ministro do reino, PT/AHPGR/PGR/05/01/01. Livro do Registo de informaçoens e pareçeres dirigidos ao Ministerio do Reino tendo principiado em vinte e seis de Septembro de mil oitocentos trinta e sete até 10 de Março de 1838.


Arquivo Municipal do Porto. PT-CMP-AM/COL/MA/0005. Parecer de Joaquim da Costa Lima Sampaio, defendendo o projeto aprovado pela Câmara para a abertura da Rua Ferreira Borges, em linha reta, julgando-o preferível ao apresentado pelo Brigadeiro António José da Silva Paulet.
Arquivo Histórico Ultramarino, Conselho Ultramarino, Brasil – Ceará, ACL_CU_006. cx. 24, doc. 1388 (1). Ofícioi da Junta Provisória do Governo do Ceará ao secretário de estado dos Negócios das Armas do Ceará, coronel Antonio José da Silva Paulet. Fortaleza, 30 de setembro de 1822.


Arquivo Nacional Torre do Tombo, Ministério do Reino, mç. 669, proc. 22[https://digitarq.arquivos.pt/details?id=7843843 .]  
Arquivo Municipal do Porto, PT-CMP-AM/COL/MA/0005. Parecer de Joaquim da Costa Lima Sampaio, defendendo o projeto aprovado pela Câmara para a abertura da Rua Ferreira Borges, em linha reta, julgando-o preferível ao apresentado pelo Brigadeiro António José da Silva Paulet.   


Arquivo Nacional Torre do Tombo, Registo Geral de Mercês, Mercês D. Maria II, liv. 9, fl.43v-44[https://digitarq.arquivos.pt/details?id=2016001 .]   
Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Ministério do Reino, . 669, proc. 22[https://digitarq.arquivos.pt/details?id=7843843 .]   


Arquivo Público do Estado do Ceará – Brasil. Agosto 18. Ofício dirigido ao Tenente- Coronel Engenheiro Antonio Joze da S.<sup>a</sup> Paulet encarregando-o de levantar a planta da costa deste a barra do Mossoró ate a da V.<sup>a</sup> da Fortaleza. Em: Livro de Registro de officios e ordens por este Governo ao [...] gente de guerra e aos chefes, e mais officiaes de linha e Milicia. Em: Livro 33 (Antigo 65-A). Ala 02. Estante 3. Prateleira 14. Caixa 10. Série: Governo da Capitania do Ceará aos militares da Capitania, officios. Data crônica – 1812. Arquivo Público do Estado do Ceará (APEC).
Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Registo Geral de Mercês, Mercês D. Maria II, liv. 9, fl. 43v.-44[https://digitarq.arquivos.pt/details?id=2016001 .


Arquivo Público do Estado do Ceará – Brasil. 23 de novembro de 1812. Ofício dirigido ao Tenente- Coronel Engenheiro Antonio Joze da S.<sup>a</sup> Paulet para levantar a planta desta Villa, como abaixo de declara. Em: Livro de Registro de officios e ordens por este Governo ao (...) gente de guerra e aos chefes, e mais officiaes de linha e Milicia. Em: Livro 33 (Antigo 65-A). Ala 02. Estante 3. Prateleira 14. Caixa 10. Série: Governo da Capitania do Ceará aos militares da Capitania, officios. Data crônica – 1812. Arquivo Público do Estado do Ceará (APEC).
Arquivo Público do Estado do Ceará – Brasil, Ala 02, Estante 3, Prateleira 14, Caixa 10, Série: Governo da Capitania do Ceará aos militares da Capitania, officios, Livro 33 (Antigo 65-A), Livro de Registro de officios e ordens por este Governo ao [...] gente de guerra e aos chefes, e mais officiaes de linha e Milicia. Ofício dirigido ao Tenente- Coronel Engenheiro Antonio Joze da S.<sup>a</sup> Paulet encarregando-o de levantar a planta da costa deste a barra do Mossoró ate a da V.<sup>a</sup> da Fortaleza, fl. 90 - 91. Data crônica – 18 de Agosto de 1812.


Decreto de 9 de Dezembro de 1821, Diário do Governo, n. 303, 22 de Dezembro de 1821, 992[https://digigov.cepese.pt/pt/pesquisa/listbyyearmonthday?ano=1821&mes=12&tipo=a-diario&filename=1821/12/22/D_0303_1821-12-22&pag=2&txt=Ant%C3%B3nio%20Jos%C3%A9%20da%20Silva%20Paulet .]
Arquivo Público do Estado do Ceará – Brasil. Ofício dirigido ao Tenente- Coronel Engenheiro Antonio Joze da S.<sup>a</sup> Paulet para levantar a planta desta Villa, como abaixo de declara. Em: Livro de Registro de officios e ordens por este Governo ao (...) gente de guerra e aos chefes, e mais officiaes de linha e Milicia. Em: Livro 33 (Antigo 65-A). Ala 02. Estante 3. Prateleira 14. Caixa 10. Série: Governo da Capitania do Ceará aos militares da Capitania, officios. Data crônica – 1812. Arquivo Público do Estado do Ceará (APEC). 23 de novembro de 1812.


Despacho de 26 de Outubro de 1823, Diário do Governo, n. 255, 28 de Outubro de 1823, 1647[https://digigov.cepese.pt/pt/pesquisa/listbyyearmonthday?ano=1823&mes=10&tipo=a-diario&filename=1823/10/28/D_0255_1823-10-28&pag=3&txt=Ant%C3%B3nio%20Jos%C3%A9%20da%20Silva%20Paulet .]
Decreto de 9 de Dezembro de 1821, Diário do Governo, no. 303, 22 de Dezembro de 1821, 992[https://digigov.cepese.pt/pt/pesquisa/listbyyearmonthday?ano=1821&mes=12&tipo=a-diario&filename=1821/12/22/D_0303_1821-12-22&pag=2&txt=Ant%C3%B3nio%20Jos%C3%A9%20da%20Silva%20Paulet .]


Gazeta do Rio de Janeiro, no 13 (Fev.1820)[http://objdigital.bn.br/acervo_digital/div_periodicos/gazeta_rj/gazeta_rj_1820/gazeta_rj_1820_013.pdf .]  
Despacho de 26 de Outubro de 1823,  Diário do Governo, no. 255, 28 de Outubro de 1823, 1647[https://digigov.cepese.pt/pt/pesquisa/listbyyearmonthday?ano=1823&mes=10&tipo=a-diario&filename=1823/10/28/D_0255_1823-10-28&pag=3&txt=Ant%C3%B3nio%20Jos%C3%A9%20da%20Silva%20Paulet .]
 
Gazeta do Rio de Janeiro, no. 13 (Fev 1820)[http://objdigital.bn.br/acervo_digital/div_periodicos/gazeta_rj/gazeta_rj_1820/gazeta_rj_1820_013.pdf .]  


==Bibliografia ==
==Bibliografia ==
Andrade, Margarida Júlia F. S. ''Fortaleza em perspectiva histórica. Poder público e iniciativa privada na apropriação e produção material da cidade (1810 – 1933)''. Fortaleza: Fundação Waldemar Alcântara, 2019.
Andrade, Margarida Júlia F. S. ''Fortaleza em perspectiva histórica. Poder público e iniciativa privada na apropriação e produção material da cidade (1810 – 1933)''. Fortaleza: Fundação Waldemar Alcântara, 2019.


José Liberal de Castro, "Contribuição de Adolpho Herbster à forma urbana fortalezense." ''Revista do Instituto do Ceará'' 108, (1994): 43-96[https://www.institutodoceara.org.br/revista/Rev-apresentacao/RevPorAno/1994/1994-ContribuicaoAdolfoHerbsteraaformaurbanadeFortaleza.pdf .]  
Castro, José Liberal de. "Bicentenário da Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção: o caso singular de obra militar com função simbólica". ''Revista do Instituto do Ceará'' 126, (2012): 9-72[https://www.institutodoceara.org.br/revista/Rev-apresentacao/RevPorAno/2012/01_Bicentenario_da_Fortaleza.pdf .]  


José Liberal de Castro, "Cartografia cearense no Arquivo Histórico do Exército." ''Revista do Instituto do Ceará'' 111: (1997)[https://www.institutodoceara.org.br/revista/Rev-apresentacao/RevPorAno/1997/1997-CartografiacearenseArquivoHistoricoExercito.pdf .]  
Castro, José Liberal de. "Cartografia cearense no Arquivo Histórico do Exército". ''Revista do Instituto do Ceará'' 111, (1997): 9-79[https://www.institutodoceara.org.br/revista/Rev-apresentacao/RevPorAno/1997/1997-CartografiacearenseArquivoHistoricoExercito.pdf .]  


José Liberal de Castro, "Bicentenário da Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção: o caso singular de obra militar com função simbólica." ''Revista do Instituto do Ceará'' 126, (2012): 9-72[https://www.institutodoceara.org.br/revista/Rev-apresentacao/RevPorAno/2012/01_Bicentenario_da_Fortaleza.pdf .]  
Castro, José Liberal de. "Contribuição de Adolpho Herbster à forma urbana fortalezense". ''Revista do Instituto do Ceará'' 108, (1994): 43-96[https://www.institutodoceara.org.br/revista/Rev-apresentacao/RevPorAno/1994/1994-ContribuicaoAdolfoHerbsteraaformaurbanadeFortaleza.pdf .]  


Jucá Neto, Clovis Ramiro. ''Primórdios da Urbanização do Ceará.'' Fortaleza: Banco do Nordeste / UFC publicações, 2012.
Jucá Neto, Clovis Ramiro. ''Primórdios da Urbanização do Ceará.'' Fortaleza: Banco do Nordeste / UFC publicações, 2012.


Jucá Neto, Clovis Ramiro, Beserra, José Ramiro Telles. "Mobilidade e interconexões oceânicas: o engenheiro militar e o artífice entre a Capitania do Ceará e o reino de Portugal." ''Anais Do Museu Paulista: História e Cultura Material'' 29, (2021): 1-95[https://www.revistas.usp.br/anaismp/article/view/171643/173285 .]  
Jucá Neto, Clovis Ramiro e José Ramiro Telles Beserra. "Mobilidade e interconexões oceânicas: o engenheiro militar e o artífice entre a Capitania do Ceará e o reino de Portugal". ''Anais Do Museu Paulista: História e Cultura Material'' 29, (2021): 1-95[https://www.revistas.usp.br/anaismp/article/view/171643/173285 .]  


''Historia e Memorias da Academia Real das Sciencias de Lisboa''. T. 10. Part. 2. Lisboa: Typographia da mesma Academia,1830, xi.
''Historia e Memorias da Academia Real das Sciencias de Lisboa''. T. 10. Part. 2. Lisboa: Typographia da mesma Academia,1830.
 
Menz, Maximiliano Mac. "A integração do Guarani missioneiro na sociedade sul-rio-grandense"''.'' Dissertação de Mestrado, Universidade do Vale do Rio dos Sinos, UNISINOS, 2001[http://biblioteca.funai.gov.br/media/pdf/TESES/MFN-9092.pdf .]
 
Nonell, Anni Gunther. ''Porto, 1763/1853.'' ''A construção da cidade entre despotismo e liberalismo.'' Porto: FAUP publicações, 2002.


Porto, Aurelio. ''História das Missões Orientais do Urugua''i. 2 Vols.. Porto Alegre: Ed. Selvach,1954.
Porto, Aurelio. ''História das Missões Orientais do Urugua''i. 2 Vols.. Porto Alegre: Ed. Selvach,1954.
Nonell, Anni Gunther. Porto, 1763/1853. ''A construção da cidade entre despotismo e liberalismo.'' FAUP publicações. Porto. 2002.


Sepúlveda, Cristovam Ayres de Magalhães. ''História Orgânica e Política do Exército Português. Provas''. Vol. 8. Coimbra: Imprensa da Universidade, 1919, 354-357[https://purl.pt/24869/4/ .]
Sepúlveda, Cristovam Ayres de Magalhães. ''História Orgânica e Política do Exército Português. Provas''. Vol. 8. Coimbra: Imprensa da Universidade, 1919, 354-357[https://purl.pt/24869/4/ .]


Viterbo, Sousa. ''Dicionário Histórico e Documental dos Arquitectos, Engenheiros e Construtores Portugueses.'' Volume III. Fac-símile. Lisboa, Imprensa Nacional Casa da Moeda: 1904.
Viterbo, Francisco Sousa. ''Diccionario Historico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal.'' Vol. 3. Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1922[https://archive.org/details/diccionariohisto03vite .]


==Ligações Externas==
==Ligações Externas==
Página online sobre António José da Silva Paulet na Wikipédia[[:pt:António_José_da_Silva_Paulet|.]]
Projecto Fortalezas, "António José da Silva Paulet"[http://fortalezas.org/index.php?ct=personagem&id_pessoa=194 .]


Página online sobre António José da Silva Paulet em Fortalezas.org[http://fortalezas.org/index.php?ct=personagem&id_pessoa=194 .]
Wikipédia, "António José da Silva Paulet"[[:pt:António_José_da_Silva_Paulet|.]]
<!-- Archivo de Engenharia-->
==Autor(es) do artigo==
==Autor(es) do artigo==
Clovis Ramiro Jucá Neto
Clovis Ramiro Jucá Neto
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==Citar este artigo==
==Citar este artigo==
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Edição atual desde as 18h34min de 18 de março de 2024


António da Silva Paulet
Nome completo António José da Silva Paulet
Outras Grafias Antônio José da Silva Paulet, António José da Silva Paulete, Antônio José da Silva Paulete
Pai João Rebelo da Silva Paulet
Mãe Antónia Joaquina de Cabedo e Vasconcellos
Cônjuge valor desconhecido
Filho(s) valor desconhecido
Irmão(s) valor desconhecido
Nascimento 1778
Vila Nogueira de Azeitão, Setúbal, Portugal
Morte 12 novembro 1837
Porto, Porto, Portugal
Sexo Masculino
Religião valor desconhecido
Residência
Residência Ceará, Brasil
Data Início: 1812

Residência Portugal
Data Início: 1820
Formação
Formação Matemática

Local de Formação Lisboa, Lisboa, Portugal
Postos
Data Início: 24 de julho de 1798
Fim: 20 de abril de 1799
Arma Marinha

Posto 2º Tenente
Data Início: 20 de abril de 1799
Fim: 13 de maio de 1807
Arma Marinha

Posto 1º Tenente
Data Início: 13 de maio de 1807
Fim: 08 de março de 1808
Arma Marinha
Cargos
Cargo valor desconhecido
Data Início: 13 de maio de 1811
Fim: 1812

Data Início: 23 de abril de 1833
Fim: 05 de setembro de 1837

Cargo Director
Data Início: 05 de setembro de 1837
Actividade
Actividade Desenho urbano
Data Início: 1812
Local de Actividade Fortaleza, Ceará, Brasil

Actividade Desenho de fortificação
Data Início: 21 de novembro de 1812
Local de Actividade Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção, Fortaleza,-

Actividade Levantamento do território
Data Início: 18 de agosto de 1812
Local de Actividade Ceará, Brasil

Actividade Levantamento do território
Data Início: 07 de maio de 1816
Fim: 1817
Local de Actividade Ceará, Brasil

Biografia

Dados biográficos

Antônio José da Silva Paulet[1] nasceu em Vila Nova de Azeitão, Portugal, em 1778. Era filho de João Rebello da Silva Paulet e D. Antónia Joaquina de Cabedo e Vasconcellos[2]. Faleceu na cidade do Porto, Portugal, em 12 de novembro de 1837[3].

Em 1798, após concluir o curso “Mathemático de Bezout”, Antônio José da Silva Paulet ingressou na Real Academia da Marinha[4] . Em 24 de julho de 1798, assentou praça como voluntário da armada real portuguesa, embarcando na fragata Fenix por nomeação do Conselho do Almirantado[5]. Foi promovido a segundo tenente do mar por decreto de 20 de Abril de 1799.[6] Em 1802, ingressou na Aula de Fortificação de Lisboa[5]. Antônio José da Silva Paulet "apresentou Certidão do quarto ano no qual completou o Curso Militar com aproveitamento em 20 de junho de 1806, levando os prêmios seguidos destinados para os Descipulos beneméritos"[7]. Foi promovido a primeiro tenente do mar por decreto de 13 de Maio de 1807[6].

Em 8 de março de 1808, recebeu carta patente de capitão tenente[6]. Em 17 de dezembro de 1811, foi nomeado tenente coronel de Engenharia do Real Corpo de Engenheiros[6]. Em 6 de fevereiro de 1818, recebeu a patente de coronel graduado do Real Corpo de Engenheiros[6]. Foi graduado coronel efectivo do Real Corpo de Engenheiros em 6 de fevereiro de 1820[6]. Por decreto de 14 de outubro 1824, entrou na “classe efectiva do Real Corpo de Engenheiros do Exército de Portugal[8]. Por ordem real de dia 30 de julho de 1828, foi demitido da função[6]. Em 25 de novembro de 1829, condenado à forca pelo crime de rebelião[6]. O decreto de 28 de novembro de 1831 anulou a nota de demissão[6]. Reuniu-se ao Exército Libertador em 28 de maio de 1832[6]. Recebeu o título de “Brigadeiro Graduado” do Real Corpo de Engenheiros em 4 de abril de 1833, e de Brigadeiro “Efectivo em 25 de julho de 1833[8]. No dia 23 de abril de 1833, foi nomeado “comandante do Corpo de engenheiros do mesmo exército[8].Foi reformado por "decreto de 5 de setembro de 1837, no posto de marechal de campo"[9]. Na ocasião exercia "as funções de Diretor das Obras Publicas do Norte"[9].

Após a vitória final dos liberais” e em “retribuição aos serviços prestados em atividades militares e civis”, Antônio José da Silva Paulet “recebeu da rainha D. Maria II, pouco antes de falecer, a patente de Brigadeiro do Real Corpo de Engenheiros, com honras de Marechal de Campo”, assevera Castro[10].

Carreira

Em 29 de novembro de 1807, Antônio José da Silva Paulet embarcou na fragata Urania pertencente "a Esquadra que acompanhou o Principe Regente Nosso Senhor e mais Família Real" ao Brasil[7]. A frota aportou em território brasileiro em 1808[11], tendo sido promovido a capitão tenente, "em atenção a pertencer aos Estados Maiores e às guarnições das reaes embarcações de que se compunha a Esquadra destinada a transportar a família real para o Brasil[8].

Por decreto de 13 de maio de 1811, foi nomeado ajudante de ordens do Governador do Ceará, Brasil, Manoel Ignacio de Sampaio[6]. Serviu no Rio de Janeiro até 1812, quando assumiu o cargo na capitania cearense. De acordo com Sepúlveda, a “passagem da Armada, no posto de Tenente Coronel, para o Corpo de Engenheiros foi-lhe concedida por graça especial (...) continuando no exercício de ajudante de ordens” de Manoel Ignacio de Sampaio[8].

No Ceará, dentre outras ações, cartografou o território, elaborou planta para a vila de Fortaleza, projetou o novo mercado da vila com portada em desenho neoclássico, o primeiro chafariz público e a fortaleza de Nossa Senhora da Assumpção[12].

Em 18 de agosto de 1812, o Governador Manoel Ignacio de Sampaio dirigiu “ofício ao Tenente Coronel Engenheiro Antônio José da Silva Paulet encarregando-o de levantar planta da costa desde a barra do Mossoró até a da V.a do Ceará”. Manoel Ignacio de Sampaio informou que, até aquela data, ainda não se havia desenhado de uma “maneira positiva a posição geográfica da costa” cearense. Também declarou que o desenho deveria conter informações que Silva Paulet julgasse “úteis para o conhecimento” da Capitania, e ser executado com “suficiente exactidão[13]. Durante a coleta de dados para elaboração da cartografia – Carta da Capitania do Ceará e da costa correspondente levantada por ordem do Governador Manoel Ignacio de Sampaio; pelo seu ajudante de ordens Antonio Jose da Silva Paulet no anno de 1813 - Paulet levantou as vilas de Santa Cruz do Aracati e de Fortaleza[14].

Antônio José da Silva Paulet projetou a Fortaleza de Nossa Senhora da Assumpção em Fortaleza, Ceará. Em 12 de outubro de 1812, o governador da capitania Manoel Ignacio de Sampaio “lançou os fundamentos da fortificação” sobre a “antiga bateria”. Na ocasião deram-se os nomes a quatro baluartes: “N. Senhora da Assumpção a do norte; S. José ao do sueste; D. João ao do noroeste; e de Príncipe da Beira ao do sudoeste[15]. Sepúlveda afirmou tratar-se de “uma fortaleza de 2.a classe, com 29 peças montadas, sendo 23 de alma lisa e 6 canhões de bronze raiado, calibre 12, systema La Hitte, sendo das da alma lisa, 4 de calibre 25, 2 de 18, 9 de 12 e 8 de 6[15].

No dia 21 de Novembro de 1812, foi encarregado de elaborar uma planta de expansão da vila de Fortaleza. Paulet deveria “propor a Camera o plano de edificação que lhe parecer o mais adequado”. Antônio José da Paulet desenhou o primeiro projeto de urbanização para Fortaleza, em quadras retangulares, semelhantes às da Baixa lisboeta[11]. O plano “ocupava área diminuta: constava de duas ou três ruas perpendiculares à linha de continuação da divisa do terreno do quartel da Fortaleza,” portanto, “paralelas e dispostas na direção norte-sul, além de cortadas ortogonalmente por 'travessas[16].

Manoel Ignácio de Sampaio requereu a Paulet a elaboração de outra cartografia, não restrita a costa, desenhando os limites geográficos de toda a Capitania em 7 de abril de 1816[17]. A Carta Marítima e Geográphica da Capitania do Ceará. Levantada pr ordem do Gov.or Manoel Ign.co de Sampayo por seu ajudante d’ordens Antonio Joze da S.a Paulet de 1817 apresentou a hidrografia, topografia, fronteiras territoriais, limites dos termos existentes, sistema de estradas e rede urbana cearense composta de 16 vilas e 56 povoados. No canto esquerdo do desenho há cópia esquemática da Planta do Porto e Villa da Fortaleza. O desenho também apresentou a batimetria da enseada do Mucuripe, lugar de instalação da vila e da fortificação[18].

Antônio José da Silva Paulet escreveu Descripção Geográfica abreviada da Capitania do Ceará[19]. As informações presentes na Descripção foram possivelmente coletadas durante levantamento de dados para elaboração de suas Cartografias. A memória apresentou o estado das vilas cearenses no alvorecer do século XIX. Na História e Memorias da Academia de Sciencias de Lisboa, datada de 1830, consta que o engenheiro Antônio José da Silva Paulet enviou à instituição a Discripção dos methodos que se empregarão para levantar as cartas hydrographicas e geográficas no território do Ceará[20].

Em 1820, Antônio José da Silva Paulet foi transferido para o Rio Grande do Sul, Brasil[21]. Passou a comandar a Província de Missões, em lugar do marechal de campo Francisco das Chagas Santos, no mesmo decreto em que foi promovido a coronel efectivo[22]. Segundo Menz, Paulet procurou “exercer uma política convicta na manutenção do patrimônio territorial dos povos [indígenas] e na recuperação e repovoamento de suas estâncias”. O autor acrescenta que sua “ideia era a de não permitir mais que as terras dos povos fossem concedidas gratuitamente; aos interessados nas terras indígenas, acenava com arrendamentos que seriam feitos em prol das comunidades[23].

Em 30 de setembro de 1822, a Junta Provisória do Governo do Ceará emitiu ofício ao secretário de estado dos Negócios da Guerra, Cândido José Xavier, sobre a nomeação de Antônio José da Silva Paulet para governador das Armas do Ceará. Porém, Paulet nunca chegou a assumir o cargo[24][25].

Antônio José da Silva Paulet partiu para Portugal em 1823. De acordo com o arquiteto José Liberal de Castro, participou na “Guerra Civil, travada entre o exército formado por constitucionalistas liberais, comandado pelo Imperador Pedro I, e as facções absolutistas, postas sob as ordens de seu irmão, Dom Miguel[26]. Castro assevera que Antônio José Silva Paulet teve “presença destacada nas operações, particularmente o prolongado cerco da cidade do Porto[27]. Dentre outras funções, ocupou o cargo de “comandante do quartel do Trem [de Artilharia] do Ouro, posição-chave no abastecimento alimentar e bélico da Cidade durante, ponto de ligação desta com o setor de suprimento marítimo, na foz do rio Douro”.

Sem explicitar o período, Sepúlveda informa que Paulet, após retornar do Brasil, “esteve homiziado durante quatro anos em Londres, e veio na expedição a Portugal como comandante do hospital naval militar[9][28]. Menciona ainda que Paulet agiu nas “linhas do Porto, primeiro como Director do Trem do Ouro, e depois na construção e direção d'elas, concorrendo em muito para se levantarem as linhas de Lordello ao Wanzeller e do Wanzeller ao Carvalido pela Prelada” e que “na qualidade de comandante geral de engenheiros do Exercito Libertador nessas linhas”, Silva Paulet “assistiu às acções de 5 e 25 de junho de 1833, e á de 18 de agosto do mesmo ano[9].

Antônio José da Silva Paulet inventou o “farol de rotação que no ano de 1835 foi colocado junto á Foz do Douro no Alto de Nossa Senhora da Luz[9]. Também em 1835, apresentou um projeto para a Rua Ferreira Borges na cidade do Porto[29]. No ano de 1837 esteve envolvido nas discussões sobre a construção da estrada de Lisboa ao Porto[30] e sobre as obras do “novo cais de Descarga” da cidade do Porto[31]. Nesse ano de 1837, segundo Sepúlveda, exercia funções de Director das Obras Públicas do Norte[9].

Outras informações

Em 26 de Outubro de 1823, no dia de aniversário do rei D. Miguel I, foi agraciado com a Comenda  Honorária  da  Ordem  de  S.  Ben­to  de  Aviz, outorgada pelo Ministério do Reino[32]. Uma vez terminada a Guerra Civil, recebeu mercê da rainha D. Maria II em 1835, que lhe concedeu a faculdade de se fazer representar com as insígnias da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa. De igual forma, foi investido no hábito daquela Ordem em função dos serviços prestados ao desenvolvimento da navegação e comércio dos Reinos. Em particular, pela implementação de mecanismo de rotação permanente aquando da reconstrução do Farol de Nossa Senhora da Luz, sito na Foz do Douro. Estas mercês foram conferidas, oficialmente, de forma póstuma em 15 de Maio de 1838[28].

Na qualidade de coronel do Real Corpo de Engenheiros requereu em 1824 a sua nomeação para a comissão constituída para gerir o Tombo dos Bens do Convento das Comendadeiras de Santos, junto da Repartição da Guerra. Não obstante, por ter recebido antes licença para ir a banhos de mar, teve a necessidade de repetir a suplica perante o Ministério do Reino[33]. Desconhecemos se a mesma foi atendida.

Obras

Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro:

Antônio José da Silva Paulet. Carta da capitania do Ceará: levantada por ordem do Governador Manoel Ignacio de Sampaio por seu ajudante e ordens Antonio José da S. Paulet. Rio de Janeiro, RJ: Arch. Militar, 1818. 1 mapa, litografado, 65 x 66 cm em f. 73 x 72,5 cm.

Antônio José da Silva Paulet. Carta da capitania do Ceará. Rio de Janeiro, RJ: Arch. Militar, 1818. 1 mapa ms., aquarelado, 65 x 66cm em f. 73 x 72,5.


Mapoteca do Itamarati:

Antônio José da Silva Paulet. Carta da Capitania do Ceará e costa correspondente levantada por ordem do Governador Manoel Ignacio de Sampaio; pelo seu ajudante de ordens Antonio José da Silva Paulet no anno de 1813.


Gabinete de Estudos Arqueológicos de Engenharia Militar - GEAEM:

Antônio José da Silva Paulet. Carta Marítima e Geográphica da Capitania do Ceará. Levantada pr ordem do Gov.or Manoel Ign.co de Sampayo por seu ajudante d’ordens Antonio Joze da S.a Paulet de 1817. GEAEM. Desenho No 4578. Armário 1ª. Prateleira 10ª. Pasta 53.

Antônio José da Silva Paulet. Planta da Fortaleza de Nossa Senhora da Assumpção da Capitania do Ceará. GEAEM. Desenho No 4579. Armário 1ª. Prateleira 10ª. Pasta 53.

Notas

  1. Sobre Antônio José da Silva Paulet, ver Sepúlveda, História Orgânica e Política do Exército Português; Viterbo, Dicionário Histórico e Documental dos Arquitectos; Castro, "Contribuição de Adolpho Herbster"; Castro, "Cartografia cearense no Arquivo"; Castro, "Bicentenário da Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção"; Jucá Neto, Primórdios da Urbanização do Ceará; Jucá Neto e Beserra, "Mobilidade e interconexões oceânicas; e Andrade, Fortaleza em perspectiva histórica.
  2. Viterbo, Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, 3:242.
  3. Silva Paulet, Antônio José da. Arquivo Histórico Militar.
  4. Arquivo Histórico da Marinha, PT/BCM-AH/CGA/CGA/Registo de Patentes de Primeiros Tenentes/0402. Livro de Registo de Patentes de Primeiros Tenentes, 1795 a 1819, 73.
  5. 5,0 5,1 Arquivo Histórico da Marinha (AHM) - Livro de Registo de Patentes de Primeiros Tenentes. PT/BCM-AH/CGA/CGA/Registo de Patentes de Primeiros Tenentes/0402.
  6. 6,00 6,01 6,02 6,03 6,04 6,05 6,06 6,07 6,08 6,09 6,10 Sepúlveda, História Orgânica e Política do Exército Português.
  7. 7,0 7,1 Arquivo Histórico da Marinha (AHM) - Livro Mestre IV do Corpo da Armada Real. PT/BCM-AH/30A/001-009/0377, 1752 - 1858, 61.
  8. 8,0 8,1 8,2 8,3 8,4 Sepúlveda, História Orgânica e Política do Exército Português, 8:355.
  9. 9,0 9,1 9,2 9,3 9,4 9,5 Sepúlveda, História Orgânica e Política do Exército Português, 8:356.
  10. Castro, "Bicentenário da Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção", 19.
  11. 11,0 11,1 Castro, "Bicentenário da Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção".
  12. Ver Andrade, Fortaleza em perspectiva histórica; Castro, "Contribuição de Adolpho Herbster à forma urbana fortalezense"; Castro, "Cartografia cearense no Arquivo Histórico do Exército"; Castro, "Bicentenário da Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção"; Jucá Neto, Primórdios da Urbanização do Ceará, 2012; Jucá Neto e Beserra, "Mobilidade e interconexões oceânicas".
  13. Arquivo Público do Estado do Ceará – Brasil, Ala 02, Estante 3, Prateleira 14, Caixa 10, Série: Governo da Capitania do Ceará aos militares da Capitania, officios, Livro 33 (Antigo 65-A), Livro de Registro de officios e ordens por este Governo ao [...] gente de guerra e aos chefes, e mais officiaes de linha e Milicia. Ofício dirigido ao Tenente- Coronel Engenheiro Antonio Joze da S.a Paulet encarregando-o de levantar a planta da costa deste a barra do Mossoró ate a da V.a da Fortaleza, fl. 90 - 91. Data crônica – 18 de Agosto de 1812.
  14. Jucá Neto, Primórdios da Urbanização do Ceará.
  15. 15,0 15,1 Ver, Sepúlveda, História Orgânica e Política do Exército Português, 8:357.
  16. Castro, "Contribuição de Adolpho Herbster", 50. Sobre o plano de Antônio José da Silva Paulet e a implantação da vila de Fortaleza ver também Andrade, Fortaleza em perspectiva histórica.
  17. Arquivo Público do Estado do Ceará – Brasil, Ala 02, Estante 3, Prateleira 14, Caixa 10, Série: Governo da Capitania do Ceará aos militares da Capitania, officios, Livro 33 (Antigo 65-A), Livro de Registro de officios e ordens por este Governo ao [...] gente de guerra e aos chefes, e mais officiaes de linha e Milicia. Ofício dirigido ao Tenente- Coronel Engenheiro Antonio Joze da S.a Paulet encarregando-o de levantar a planta da costa deste a barra do Mossoró ate a da V.a da Fortaleza, fl. 90 - 91. Data crônica – 18 de Agosto de 1812.
  18. Jucá Neto, Primórdios da Urbanização do Ceará.
  19. Descripção Geográfica abreviada da Capitania do Ceará encontra-se publicada pela Fundação Waldemar Alcantara.
  20. A notícia sobre o envio da Discripção dos methodos... encontra-se em História e Memórias da Academia Real das Sciencias de Lisboa, tomo X, parte II, de 1830. Infelizmente, a documentação propriamente dita ainda não foi localizada nos arquivos da Academia de Ciências.
  21. Castro, "Bicentenário da Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção".
  22. Sepúlveda, História Orgânica e Política do Exército Português.
  23. Menz, "A integração do Guarani missioneiro na sociedade sul-rio-grandense", 73.
  24. Arquivo Histórico Ultramarino, Conselho Ultramarino, Brasil – Ceará, ACL_CU_006. cx. 24, doc. 1388 (1). Ofício da Junta Provisória do Governo do Ceará ao secretário de estado dos Negócios das Armas do Ceará, coronel Antonio José da Silva Paulet. Fortaleza, 30 de setembro de 1822.
  25. Decreto de 9 de Dezembro de 1821, Diário do Governo, no. 303, 22 de Dezembro de 1821, 992.
  26. Castro, "Bicentenário da Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção".
  27. Castro, 19.
  28. 28,0 28,1 Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Registo Geral de Mercês, Mercês D. Maria II, liv. 9, fl. 43v.-44.
  29. Arquivo Municipal do Porto, PT-CMP-AM/COL/MA/0005. Parecer de Joaquim da Costa Lima Sampaio, defendendo o projeto aprovado pela Câmara para a abertura da Rua Ferreira Borges, em linha reta, julgando-o preferível ao apresentado pelo Brigadeiro António José da Silva Paulet; Ver também Nonell, Porto, 1763/1853. A construção da cidade entre despotismo e liberalismo.
  30. Arquivo Histórico Ministério Público, Procuradoria-Geral da República, PT/AHPGR/PGR/05/06/04/185. Parecer do Ajudante do Procurador Geral da Coroa José Cupertino de Aguiar Ottolini acerca de dúvidas apresentadas pelo Brigadeiro Antônio José da Silva Paulete relacionadas com expropriações necessárias à construção da estrada de Lisboa ao Porto, dentro da cidade de Lisboa. 20 de maio de 1837.
  31. Arquivo Histórico Ministério Público, Procuradoria- Geral da República, Registro de Pareceres relativos a Ministérios e outras entidades. Registro de pareceres e informações para o Ministro do reino, PT/AHPGR/PGR/05/01/01. Livro do Registo de informaçoens e pareçeres dirigidos ao Ministerio do Reino tendo principiado em vinte e seis de Septembro de mil oitocentos trinta e sete até 10 de Março de 1838.
  32. Despacho de 26 de Outubro de 1823, Diário do Governo, no. 255, 28 de Outubro de 1823, 1647.
  33. Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Ministério do Reino, mç. 669, proc. 22.

Fontes

Arquivo Histórico da Marinha (AHM) - Livro Mestre IV do Corpo da Armada Real. PT/BCM-AH/30A/001-009/0377, 1752 - 1858, 61.

Arquivo Histórico da Marinha, PT/BCM-AH/CGA/CGA/Registo de Patentes de Primeiros Tenentes/0402. Livro de Registo de Patentes de Primeiros Tenentes, 1795 a 1819, 73.

Arquivo Histórico Ministério Público, Procuradoria-Geral da República, PT/AHPGR/PGR/05/06/04/185. Parecer do Ajudante do Procurador Geral da Coroa José Cupertino de Aguiar Ottolini acerca de dúvidas apresentadas pelo Brigadeiro Antônio José da Silva Paulete relacionadas com expropriações necessárias à construção da estrada de Lisboa ao Porto, dentro da cidade de Lisboa. 20 de maio de 1837.

Arquivo Histórico Ministério Público, Procuradoria-Geral da República, Registro de Pareceres relativos a Ministérios e outras entidades. Registro de pareceres e informações para o Ministro do reino, PT/AHPGR/PGR/05/01/01. Livro do Registo de informaçoens e pareçeres dirigidos ao Ministerio do Reino tendo principiado em vinte e seis de Septembro de mil oitocentos trinta e sete até 10 de Março de 1838.

Arquivo Histórico Ultramarino, Conselho Ultramarino, Brasil – Ceará, ACL_CU_006. cx. 24, doc. 1388 (1). Ofícioi da Junta Provisória do Governo do Ceará ao secretário de estado dos Negócios das Armas do Ceará, coronel Antonio José da Silva Paulet. Fortaleza, 30 de setembro de 1822.

Arquivo Municipal do Porto, PT-CMP-AM/COL/MA/0005. Parecer de Joaquim da Costa Lima Sampaio, defendendo o projeto aprovado pela Câmara para a abertura da Rua Ferreira Borges, em linha reta, julgando-o preferível ao apresentado pelo Brigadeiro António José da Silva Paulet.

Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Ministério do Reino, mç. 669, proc. 22.

Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Registo Geral de Mercês, Mercês D. Maria II, liv. 9, fl. 43v.-44.

Arquivo Público do Estado do Ceará – Brasil, Ala 02, Estante 3, Prateleira 14, Caixa 10, Série: Governo da Capitania do Ceará aos militares da Capitania, officios, Livro 33 (Antigo 65-A), Livro de Registro de officios e ordens por este Governo ao [...] gente de guerra e aos chefes, e mais officiaes de linha e Milicia. Ofício dirigido ao Tenente- Coronel Engenheiro Antonio Joze da S.a Paulet encarregando-o de levantar a planta da costa deste a barra do Mossoró ate a da V.a da Fortaleza, fl. 90 - 91. Data crônica – 18 de Agosto de 1812.

Arquivo Público do Estado do Ceará – Brasil. Ofício dirigido ao Tenente- Coronel Engenheiro Antonio Joze da S.a Paulet para levantar a planta desta Villa, como abaixo de declara. Em: Livro de Registro de officios e ordens por este Governo ao (...) gente de guerra e aos chefes, e mais officiaes de linha e Milicia. Em: Livro 33 (Antigo 65-A). Ala 02. Estante 3. Prateleira 14. Caixa 10. Série: Governo da Capitania do Ceará aos militares da Capitania, officios. Data crônica – 1812. Arquivo Público do Estado do Ceará (APEC). 23 de novembro de 1812.

Decreto de 9 de Dezembro de 1821, Diário do Governo, no. 303, 22 de Dezembro de 1821, 992.

Despacho de 26 de Outubro de 1823, Diário do Governo, no. 255, 28 de Outubro de 1823, 1647.

Gazeta do Rio de Janeiro, no. 13 (Fev 1820).

Bibliografia

Andrade, Margarida Júlia F. S. Fortaleza em perspectiva histórica. Poder público e iniciativa privada na apropriação e produção material da cidade (1810 – 1933). Fortaleza: Fundação Waldemar Alcântara, 2019.

Castro, José Liberal de. "Bicentenário da Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção: o caso singular de obra militar com função simbólica". Revista do Instituto do Ceará 126, (2012): 9-72.

Castro, José Liberal de. "Cartografia cearense no Arquivo Histórico do Exército". Revista do Instituto do Ceará 111, (1997): 9-79.

Castro, José Liberal de. "Contribuição de Adolpho Herbster à forma urbana fortalezense". Revista do Instituto do Ceará 108, (1994): 43-96.

Jucá Neto, Clovis Ramiro. Primórdios da Urbanização do Ceará. Fortaleza: Banco do Nordeste / UFC publicações, 2012.

Jucá Neto, Clovis Ramiro e José Ramiro Telles Beserra. "Mobilidade e interconexões oceânicas: o engenheiro militar e o artífice entre a Capitania do Ceará e o reino de Portugal". Anais Do Museu Paulista: História e Cultura Material 29, (2021): 1-95.

Historia e Memorias da Academia Real das Sciencias de Lisboa. T. 10. Part. 2. Lisboa: Typographia da mesma Academia,1830.

Menz, Maximiliano Mac. "A integração do Guarani missioneiro na sociedade sul-rio-grandense". Dissertação de Mestrado, Universidade do Vale do Rio dos Sinos, UNISINOS, 2001.

Nonell, Anni Gunther. Porto, 1763/1853. A construção da cidade entre despotismo e liberalismo. Porto: FAUP publicações, 2002.

Porto, Aurelio. História das Missões Orientais do Uruguai. 2 Vols.. Porto Alegre: Ed. Selvach,1954.

Sepúlveda, Cristovam Ayres de Magalhães. História Orgânica e Política do Exército Português. Provas. Vol. 8. Coimbra: Imprensa da Universidade, 1919, 354-357.

Viterbo, Francisco Sousa. Diccionario Historico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal. Vol. 3. Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1922.

Ligações Externas

Projecto Fortalezas, "António José da Silva Paulet".

Wikipédia, "António José da Silva Paulet".

Autor(es) do artigo

Clovis Ramiro Jucá Neto

Departamento de Arquitetura e Urbanismo e Design (DAUD), Universidade Federal do Ceará (UFC).

https://orcid.org/0000-0002-8424-1527

Financiamento

Fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto TechNetEMPIRE | Redes técnico-científicas na formação do ambiente construído no Império português (1647-1871) PTDC/ART-DAQ/31959/2017

DOI

https://doi.org/10.34619/pjxh-sehi

Citar este artigo

Jucá Neto, Clovis Ramiro. "António da Silva Paulet", in eViterbo. Lisboa: CHAM - Centro de Humanidades, FCSH, Universidade Nova de Lisboa, 2022. (última modificação: 18/03/2024). Consultado a 29 de março de 2024, em https://eviterbo.fcsh.unl.pt/wiki/Ant%C3%B3nio_da_Silva_Paulet. DOI: https://doi.org/10.34619/pjxh-sehi