Pierre Gilles de Saint-Paul: diferenças entre revisões

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===Dados biográficos===
===Dados biográficos===
Pierre Gilles de Saint-Paul foi um engenheiro francês que chegou a Portugal na armada do marquês de Brezé, em Setembro de 1641, juntamente com o engenheiro-mor [[Charles Lassart]] e mais três engenheiros, a saber, [[Nicolau de Lila|Nicolau de Lille]], Du Ponsel e Pellefigure. O "''Rol das pessoas que vieram de França na armada do Senhor Marques de Brezé para servir em Portugal''<ref>Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Consultas, maço 1; Sepúlveda, ''História Orgânica e Política do Exército Portuguez'', 1:311-314.</ref>" dá conta que Saint Paul vinha acompanhado de sete criados, identificando-se, ainda neste registo, outros engenheiros franceses para além dos mencionados.
Pierre Gilles de Saint-Paul foi um engenheiro francês. O seu nome aparece nos documentos adaptado para português e com algumas variações na grafia das palavras e sua combinação (Pedro Gilles, Girles, Girlez ou Chirles, Sam Paulo, São Paulo, Sampalo, Sam Pol, Sampolo, São Pol, Sá Pollo). Chegou a Portugal na armada do marquês de Brezé em Setembro de 1641, juntamente com o engenheiro-mor [[Charles Lassart]] e mais três engenheiros, a saber, [[Nicolau de Lila|Nicolau de Lille]], Du Ponsel e Pellefigure. O "''Rol das pessoas que vieram de França na armada do Senhor Marques de Brezé para servir em Portugal''<ref>Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Consultas, maço 1; Sepúlveda, ''História Orgânica e Política do Exército Portuguez'', 1:311-314.</ref>" dá conta que Saint Paul vinha acompanhado de sete criados, identificando-se, ainda neste registo, outros engenheiros franceses para além dos mencionados.  
 
O seu nome aparece nos documentos adaptado para português e com algumas variações na grafia das palavras e sua combinação (Pedro Gilles, Girles, Girlez ou Chirles, Sam Paulo, São Paulo, Sampalo, Sam Pol, Sampolo, São Pol, Sá Pollo).


Tendo sendo servido sobretudo na província da Beira, presume-se que a sua residência possa ter sido em Almeida, mas não se conserva nenhum documento que permita comprová-lo. Registam-se também ordens régias cuja cumprimento faz pressupor a sua presença em Bragança e Elvas.
Tendo sendo servido sobretudo na província da Beira, presume-se que a sua residência possa ter sido em Almeida, mas não se conserva nenhum documento que permita comprová-lo. Registam-se também ordens régias cuja cumprimento faz pressupor a sua presença em Bragança e Elvas.
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A 6 de Maio de 1646 estaria em Lisboa, pois surge mencionado no diário de viagem de Monsieur de Monconys, que aí se encontrou com três engenheiros, M. de Saint Paul, M. du Bocage e M. de Saint Michel<ref>Monconys, ''Journal des voyages'', 59.</ref> <ref name=":0">Sepúlveda, ''História Orgânica e Política do Exército Portuguez'', 16:114-124</ref>.
A 6 de Maio de 1646 estaria em Lisboa, pois surge mencionado no diário de viagem de Monsieur de Monconys, que aí se encontrou com três engenheiros, M. de Saint Paul, M. du Bocage e M. de Saint Michel<ref>Monconys, ''Journal des voyages'', 59.</ref> <ref name=":0">Sepúlveda, ''História Orgânica e Política do Exército Portuguez'', 16:114-124</ref>.


Em 26 de Fevereiro de 1650, obteve uma licença de seis meses para ir a França tratar dos seus negócios<ref>Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Registo da Secretaria da Guerra, Lv. 13, fl. 24; Lv. 14, fl. 51 v.</ref> <ref name=":0" />. Sabemos que regressou ao seu posto em Portugal, mas desconhece-se a data e local exactos da sua morte; porém, em Julho de 1659, o conde da Feira avisou sobre a morte de Saint-Paul, solicitando o envio de outro engenheiro para a província da Beira<ref>Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho da Guerra, Consultas, caixa 74, maço 20, consulta de 17 Fevereiro de 1660, documento incluso datado de 8 Agosto de 1659.</ref>, pelo que esta data é tomada como referência.
Em 26 de Fevereiro de 1650, obteve uma licença de seis meses para ir a França tratar dos seus negócios<ref>Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Registo da Secretaria da Guerra, Lv. 13, fl. 24; Lv. 14, fl. 51 v.</ref> <ref name=":0" />. Sabemos que regressou ao seu posto em Portugal, mas desconhece-se a data e local exactos da sua morte; porém, em Julho de 1659, o conde da Feira remete para a morte de Saint-Paul, solicitando o envio de outro engenheiro para a província da Beira<ref>Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho da Guerra, Consultas, caixa 74, maço 20, consulta de 17 Fevereiro de 1660, documento incluso datado de 8 Agosto de 1659.</ref>, pelo que essa data é tomada como referência para o seu falecimento.
===Carreira===
===Carreira===
Por alvará de 26 de Janeiro de 1642, foi determinado "''fazer mercê a cada um dos seis gentis homens franceses de sessenta cruzados de soldo cada mês com praça de Engenheiro''", informação constante da carta patente de 1646. Em 9 Julho de 1644, regista-se uma ordem régia, em resposta a um pedido do Governador das Armas da Província da Beira, que manda pagar a Pedro Gilles dez meses do seu vencimento que se encontrava em atraso<ref>Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Registo, Lv. 4, fl. 154 v.</ref> <ref>Quinta, ''Fortaleza de Almeida'', 137.</ref>, sendo possível depreender que se encontrava a trabalhar na Beira, pelo menos, desde 1643.
Por alvará de 26 de Janeiro de 1642, foi determinado "''fazer mercê a cada um dos seis gentis homens franceses de sessenta cruzados de soldo cada mês com praça de Engenheiro''", informação constante da carta patente de 1646. Em 9 Julho de 1644, regista-se uma ordem régia, em resposta a um pedido do Governador das Armas da Província da Beira, que manda pagar a Pedro Gilles dez meses do seu vencimento que se encontrava em atraso<ref>Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Registo, Lv. 4, fl. 154 v.</ref> <ref>Quinta, ''Fortaleza de Almeida'', 137.</ref>, sendo possível depreender que se encontrava a trabalhar na Beira, pelo menos, desde 1643.


A 19 de Outubro de 1645, uma informação remetida ao Conselho de Guerra, menciona a "''ciência e préstimo de engenheiro Paulo de nação francesa, que assiste nas fronteiras de Trás-os-Montes''<ref>Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Decretos, maço 5, nº 83</ref> <ref name=":0" />". Meses depois, recebeu uma carta patente, datada de 5 de Maio de 1646, para tomar posse da praça de engenheiro da província da Beira com mercê de sessenta cruzados mensais<ref name=":1">Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho Guerra,  Registo, Lv. 8, fl. 95 v.</ref> <ref name=":0" />, documento este onde se refere o alvará de 1642, atrás mencionado, bem como o anterior serviço na mesma província: "''e havendo respeito a petição de Pedro Girles Sam Paulo, do tempo e bem que me há servido na província da Beira, nas ocasiões que se oferecera,'' (...)'','' ''e esperar do dito Girles de Sam Paullo que em tudo de que o encarregar me servia muito a minha satisfação por todos estes respeitos Hei por bem e me apraz de lhe fazer mercê da praça de Engenheiro para me servir na província da beira acudindo a todas as obrigações''<ref name=":1" />".
A 19 de Outubro de 1645, uma informação remetida ao Conselho de Guerra, menciona a "''ciência e préstimo de engenheiro Paulo de nação francesa, que assiste nas fronteiras de Trás-os-Montes''<ref>Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Decretos, maço 5, nº 83</ref> <ref name=":0" />". Meses depois, recebeu uma carta patente, datada de 5 de Maio de 1646, para tomar posse da praça de engenheiro da província da Beira com mercê de sessenta cruzados mensais<ref name=":1">Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho Guerra,  Registo, Lv. 8, fl. 95 v.</ref> <ref name=":0" />. Documento que refere o alvará de 1642, atrás mencionado, bem como o anterior serviço prestado na mesma província: "''e havendo respeito a petição de Pedro Girles Sam Paulo, do tempo e bem que me há servido na província da Beira, nas ocasiões que se oferecera,'' (...)'','' ''e esperar do dito Girles de Sam Paullo que em tudo de que o encarregar me servia muito a minha satisfação por todos estes respeitos Hei por bem e me apraz de lhe fazer mercê da praça de Engenheiro para me servir na província da beira acudindo a todas as obrigações''<ref name=":1" />".


Mais tarde, foi enviado ao Alentejo para um serviço pontual, ao que se consegue apurar: a 1 de Maio de 1648, uma ordem régia<ref name=":2">Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Secretaria da Guerra, Lv. 10, fl. 95</ref> <ref name=":0" /> mandou que o governador da Beira, D. Sancho Manuel, fizesse passar Pierre de Saint-Paul a Elvas, "''sem dilação alguma, dizendo-lhe a ele o que terei por particular serviço''"<ref name=":2" />, com advertência ao Conde de São Lourenço, governador do Alentejo, para que o engenheiro tivesse bom acolhimento<ref>Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Secretaria da Guerra, Lv. 12, fl. 45, 5 de Maio de 1648</ref> <ref name=":0" />. Uma carta do rei para  D. Sancho Manuel, datada de 23 de Maio de 1648, permite perceber que o engenheiro ainda não tinha seguido viagem, renovando a ordem para o enviar "''ao Alentejo para assistir nessa província, que é importante que ainda vá no Verão, e ele tornará outra vez para essa [Beira] a continuar nas fortificações, de que nela está encarregado''.<ref>Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Secretaria da Guerra, Lv. 12, fl. 52 v. </ref> <ref name=":0" />".
Mais tarde, foi enviado ao Alentejo para um serviço pontual, segundo o que nos foi possível apurar: a 1 de Maio de 1648, uma ordem régia<ref name=":2">Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Secretaria da Guerra, Lv. 10, fl. 95</ref> <ref name=":0" /> mandou que o governador da Beira, D. Sancho Manuel, fizesse passar Pierre de Saint-Paul a Elvas, "''sem dilação alguma, dizendo-lhe a ele o que terei por particular serviço''"<ref name=":2" />, com advertência ao Conde de São Lourenço, governador do Alentejo, para que o engenheiro tivesse bom acolhimento<ref>Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Secretaria da Guerra, Lv. 12, fl. 45, 5 de Maio de 1648</ref> <ref name=":0" />. Uma carta do rei para D. Sancho Manuel, datada de 23 de Maio de 1648, permite perceber que o engenheiro ainda não tinha seguido viagem, renovando a ordem para o enviar "''ao Alentejo para assistir nessa província, que é importante que ainda vá no Verão, e ele tornará outra vez para essa'' [Beira] ''a continuar nas fortificações, de que nela está encarregado''"<ref>Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Secretaria da Guerra, Lv. 12, fl. 52 v. </ref> <ref name=":0" />.


Foi nesta sequência que, em Junho de 1648, Pedro Gilles requereu o posto militar de tenente-general de Artilharia da Província da Beira, apoiado também no parecer do governador D. Rodrigo de Castro, que lhe sublinha a valentia e o valor profissional. Na petição ficamos a saber que está ao serviço do rei na província da Beira há seis anos e "''não só tem acudido as obrigações de seu Posto'' [de Engenheiro] ''mas se tem achado em muitas ocasiões da guerra'' (...) ''e porquanto a artilharia está sem tenente geral nem capitão nem pessoa que a possa manejar em campanha, nem tirar com ela nas mesmas praças, e ele acode a todo o trabalho dela por particular zêlo'' (...) ''sem poder prepará-la como convém por não ter jurisdição''<ref>Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Consultas, maço 8, nº 126</ref> <ref name=":0" />"; por essa razão, solicita a patente sem mais soldo do que o devido no lugar de engenheiro<ref name=":3">Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Secretaria da Guerra, Lv. 11, fl. 124</ref>. Também perante o parecer elogioso do Conselho de Guerra, o monarca despachou favoravelmente a petição a 20 Junho, e ficamos a saber que nesse momento Saint-Paul se encontrava no Alentejo. A carta patente foi passada a 1 de Julho de 1648, nela sendo reiterado que a obtenção do posto é sem soldo e que '''"'''''me tem servido na província da Beira no exercício de Engenheiro dela''<ref name=":3" /> <ref name=":0" />".
Foi nesta sequência que, em Junho de 1648, Pedro Gilles requereu o posto militar de tenente-general de Artilharia da Província da Beira, apoiado também no parecer do governador D. Rodrigo de Castro, que lhe sublinhava a valentia e o valor profissional. Na petição ficamos a saber que está ao serviço do rei na província da Beira há seis anos e "''não só tem acudido as obrigações de seu Posto'' [de Engenheiro] ''mas se tem achado em muitas ocasiões da guerra'' (...) ''e porquanto a artilharia está sem tenente geral nem capitão nem pessoa que a possa manejar em campanha, nem tirar com ela nas mesmas praças, e ele acode a todo o trabalho dela por particular zêlo'' (...) ''sem poder prepará-la como convém por não ter jurisdição''<ref>Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Consultas, maço 8, nº 126</ref> <ref name=":0" />"; por essa razão, solicita a patente sem mais soldo do que o devido no lugar de engenheiro<ref name=":3">Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Secretaria da Guerra, Lv. 11, fl. 124</ref>. Também perante o parecer elogioso do Conselho de Guerra, o monarca despachou favoravelmente a petição a 20 Junho, e ficamos a saber que nesse momento Saint-Paul se encontrava no Alentejo. A carta patente foi passada a 1 de Julho de 1648, nela sendo reiterado que a obtenção do posto é sem soldo e que '''"'''''me tem servido na província da Beira no exercício de Engenheiro dela''<ref name=":3" /> <ref name=":0" />".


Todavia, menos de um ano depois (19 de Abril de 1649<ref>Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Consultas, maço 9, nº 77</ref> <ref name=":0" />), o engenheiro entregou nova petição onde solicitava o soldo respectivo (passando a ganhar mais 2400 réis mensais), tendo obtido despacho favorável e alvará (26 de Abril de 1649) autorizando o pagamento de 26400 réis por mês<ref>Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Secretaria da Guerra, Lv. 10, fl. 166 v.</ref> <ref name=":0" />.
Todavia, menos de um ano depois, em 19 de Abril de 1649<ref>Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Consultas, maço 9, nº 77</ref> <ref name=":0" />, o engenheiro entregou nova petição onde solicitava o soldo respectivo (passando a ganhar mais 2400 réis mensais), tendo obtido despacho favorável e alvará em 26 de Abril de 1649, que autorizou o pagamento de 26400 réis por mês<ref>Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Secretaria da Guerra, Lv. 10, fl. 166 v.</ref> <ref name=":0" />.


Facto interessante e porventura prova da sua suficiência profissional, é o alvará de 5 de Junho de 1651, pelo qual se lhe foi acrescentado o valor de 10000 réis mensais, passando a vencer mensalmente 36000 réis<ref>Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Secretaria da Guerra, Lv. 14, fl. 152 v.</ref> <ref name=":0" />. À margem de uma consulta ao Conselho de Guerra, datada de 25 Maio de 1651<ref>Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Consultas, maço 11, nº 43</ref>, é mencionado que era este engenheiro fidalgo e que tinha sido agraciado com o hábito da Ordem de Avis, com 16000 réis de tença. Ganhos que de algum modo circunstanciam a nova ordem régia de 17 de Agosto de 1651 para ir servir para o Alentejo, "''por ser lá necessário''<ref>Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Secretaria da Guerra, Lv. 21, fl. 76 v.</ref> <ref name=":0" />".
Facto interessante e, porventura, prova da sua suficiência profissional, é o alvará de 5 de Junho de 1651 pelo qual se lhe foi acrescentado o valor de 10000 réis mensais, passando a vencer mensalmente 36000 réis<ref>Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Secretaria da Guerra, Lv. 14, fl. 152 v.</ref> <ref name=":0" />. À margem de uma consulta ao Conselho de Guerra, datada de 25 Maio de 1651<ref>Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Consultas, maço 11, nº 43</ref>, é mencionado que era este engenheiro fidalgo e que tinha sido agraciado com o hábito da Ordem de Avis, com 16000 réis de tença. Ganhos que de algum modo circunstanciam a nova ordem régia de 17 de Agosto de 1651 para ir servir para o Alentejo, "''por ser lá necessário''<ref>Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Secretaria da Guerra, Lv. 21, fl. 76 v.</ref> <ref name=":0" />".


Prova da mobilidade e requisição dos seus serviços é ainda uma carta régia dirigida a Joanne Mendes de Vasconcelos, datada de 18 Abril de 1653, pela qual é mandado para Bragança, onde era preciso "''um engenheiro prático assim para fazer o desenho de sua fortificação como o cômputo do custo dela''<ref>Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Secretaria da Guerra, Registo, Lv. 16, fl. 83 v.</ref> <ref name=":0" />".
Prova da mobilidade e requisição dos seus serviços é ainda uma carta régia dirigida a Joanne Mendes de Vasconcelos, datada de 18 Abril de 1653, pela qual é mandado para Bragança, onde era preciso "''um engenheiro prático assim para fazer o desenho de sua fortificação como o cômputo do custo dela''<ref>Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Secretaria da Guerra, Registo, Lv. 16, fl. 83 v.</ref> <ref name=":0" />".
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As tarefas desempenhadas por Saint-Paul no Alentejo, nomeadamente em Elvas, não foram ainda identificadas.
As tarefas desempenhadas por Saint-Paul no Alentejo, nomeadamente em Elvas, não foram ainda identificadas.


Apesar da cintura urbana abaluartada de Bragança não ter passado da linha de implantação e construção de trincheiras e alguns muros, a primeira vez que se lhe refere foi em 1653<ref>Rodrigues, ''Bragança no Século XVIII'', 453.</ref>, sendo assim provável que Saint-Paul tenha cumprido as ordens régias, desenhando esse perímetro abaluartado<ref>Conceição, "Fortificação da fronteira nordeste", 61-62.</ref>.
Apesar da cintura urbana abaluartada de Bragança não ter passado da linha de implantação e construção de trincheiras e alguns muros, a primeira vez que se lhe refere foi em 1653<ref>Rodrigues, ''Bragança no Século XVIII'', 453.</ref>, sendo, assim, provável que Saint-Paul tenha cumprido as ordens régias desenhando esse perímetro abaluartado<ref>Conceição, "Fortificação da fronteira nordeste", 61-62.</ref>.


==Notas==<!-- a bibliografia que foi, de facto, usada para construir a informação. Atenção: Chicago full note with bibliography-->
==Notas==<!-- a bibliografia que foi, de facto, usada para construir a informação. Atenção: Chicago full note with bibliography-->

Revisão das 15h27min de 29 de maio de 2023


Pierre Gilles de Saint-Paul
Nome completo Pierre Gilles de Saint-Paul
Outras Grafias Pedro Gilles de São Paulo, Pedro Girles Sam Paulo, Pedro de Chirles Sampalo, Pedro Girlez de Sam Pol, Sá Pollo, São Pol, Sampolo.
Pai valor desconhecido
Mãe valor desconhecido
Cônjuge valor desconhecido
Filho(s) valor desconhecido
Irmão(s) valor desconhecido
Nascimento valor desconhecido
França
Morte julho 1659
Portugal
Sexo valor desconhecido
Religião valor desconhecido
Residência
Residência Almeida, Guarda, Portugal
Postos
Posto Tenente-General
Data Início: 01 de julho de 1648
Arma Artilharia
Cargos
Cargo Engenheiro
Data Início: 26 de janeiro de 1642
Actividade
Actividade Desenho de fortificação
Data Início: 1642
Local de Actividade Almeida, Guarda, Portugal

Actividade Acompanhamento de obra
Data Início: 1646
Fim: 1660
Local de Actividade Beira Alta, Portugal

Actividade Acompanhamento de obra
Data Início: 1648
Local de Actividade Elvas, Portalegre, Portugal

Actividade Desenho de fortificação
Data Início: 1653
Local de Actividade Bragança, Bragança, Portugal


Biografia

Dados biográficos

Pierre Gilles de Saint-Paul foi um engenheiro francês. O seu nome aparece nos documentos adaptado para português e com algumas variações na grafia das palavras e sua combinação (Pedro Gilles, Girles, Girlez ou Chirles, Sam Paulo, São Paulo, Sampalo, Sam Pol, Sampolo, São Pol, Sá Pollo). Chegou a Portugal na armada do marquês de Brezé em Setembro de 1641, juntamente com o engenheiro-mor Charles Lassart e mais três engenheiros, a saber, Nicolau de Lille, Du Ponsel e Pellefigure. O "Rol das pessoas que vieram de França na armada do Senhor Marques de Brezé para servir em Portugal[1]" dá conta que Saint Paul vinha acompanhado de sete criados, identificando-se, ainda neste registo, outros engenheiros franceses para além dos mencionados.

Tendo sendo servido sobretudo na província da Beira, presume-se que a sua residência possa ter sido em Almeida, mas não se conserva nenhum documento que permita comprová-lo. Registam-se também ordens régias cuja cumprimento faz pressupor a sua presença em Bragança e Elvas.

A 6 de Maio de 1646 estaria em Lisboa, pois surge mencionado no diário de viagem de Monsieur de Monconys, que aí se encontrou com três engenheiros, M. de Saint Paul, M. du Bocage e M. de Saint Michel[2] [3].

Em 26 de Fevereiro de 1650, obteve uma licença de seis meses para ir a França tratar dos seus negócios[4] [3]. Sabemos que regressou ao seu posto em Portugal, mas desconhece-se a data e local exactos da sua morte; porém, em Julho de 1659, o conde da Feira remete para a morte de Saint-Paul, solicitando o envio de outro engenheiro para a província da Beira[5], pelo que essa data é tomada como referência para o seu falecimento.

Carreira

Por alvará de 26 de Janeiro de 1642, foi determinado "fazer mercê a cada um dos seis gentis homens franceses de sessenta cruzados de soldo cada mês com praça de Engenheiro", informação constante da carta patente de 1646. Em 9 Julho de 1644, regista-se uma ordem régia, em resposta a um pedido do Governador das Armas da Província da Beira, que manda pagar a Pedro Gilles dez meses do seu vencimento que se encontrava em atraso[6] [7], sendo possível depreender que se encontrava a trabalhar na Beira, pelo menos, desde 1643.

A 19 de Outubro de 1645, uma informação remetida ao Conselho de Guerra, menciona a "ciência e préstimo de engenheiro Paulo de nação francesa, que assiste nas fronteiras de Trás-os-Montes[8] [3]". Meses depois, recebeu uma carta patente, datada de 5 de Maio de 1646, para tomar posse da praça de engenheiro da província da Beira com mercê de sessenta cruzados mensais[9] [3]. Documento que refere o alvará de 1642, atrás mencionado, bem como o anterior serviço prestado na mesma província: "e havendo respeito a petição de Pedro Girles Sam Paulo, do tempo e bem que me há servido na província da Beira, nas ocasiões que se oferecera, (...), e esperar do dito Girles de Sam Paullo que em tudo de que o encarregar me servia muito a minha satisfação por todos estes respeitos Hei por bem e me apraz de lhe fazer mercê da praça de Engenheiro para me servir na província da beira acudindo a todas as obrigações[9]".

Mais tarde, foi enviado ao Alentejo para um serviço pontual, segundo o que nos foi possível apurar: a 1 de Maio de 1648, uma ordem régia[10] [3] mandou que o governador da Beira, D. Sancho Manuel, fizesse passar Pierre de Saint-Paul a Elvas, "sem dilação alguma, dizendo-lhe a ele o que terei por particular serviço"[10], com advertência ao Conde de São Lourenço, governador do Alentejo, para que o engenheiro tivesse bom acolhimento[11] [3]. Uma carta do rei para D. Sancho Manuel, datada de 23 de Maio de 1648, permite perceber que o engenheiro ainda não tinha seguido viagem, renovando a ordem para o enviar "ao Alentejo para assistir nessa província, que é importante que ainda vá no Verão, e ele tornará outra vez para essa [Beira] a continuar nas fortificações, de que nela está encarregado"[12] [3].

Foi nesta sequência que, em Junho de 1648, Pedro Gilles requereu o posto militar de tenente-general de Artilharia da Província da Beira, apoiado também no parecer do governador D. Rodrigo de Castro, que lhe sublinhava a valentia e o valor profissional. Na petição ficamos a saber que está ao serviço do rei na província da Beira há seis anos e "não só tem acudido as obrigações de seu Posto [de Engenheiro] mas se tem achado em muitas ocasiões da guerra (...) e porquanto a artilharia está sem tenente geral nem capitão nem pessoa que a possa manejar em campanha, nem tirar com ela nas mesmas praças, e ele acode a todo o trabalho dela por particular zêlo (...) sem poder prepará-la como convém por não ter jurisdição[13] [3]"; por essa razão, solicita a patente sem mais soldo do que o devido no lugar de engenheiro[14]. Também perante o parecer elogioso do Conselho de Guerra, o monarca despachou favoravelmente a petição a 20 Junho, e ficamos a saber que nesse momento Saint-Paul se encontrava no Alentejo. A carta patente foi passada a 1 de Julho de 1648, nela sendo reiterado que a obtenção do posto é sem soldo e que "me tem servido na província da Beira no exercício de Engenheiro dela[14] [3]".

Todavia, menos de um ano depois, em 19 de Abril de 1649[15] [3], o engenheiro entregou nova petição onde solicitava o soldo respectivo (passando a ganhar mais 2400 réis mensais), tendo obtido despacho favorável e alvará em 26 de Abril de 1649, que autorizou o pagamento de 26400 réis por mês[16] [3].

Facto interessante e, porventura, prova da sua suficiência profissional, é o alvará de 5 de Junho de 1651 pelo qual se lhe foi acrescentado o valor de 10000 réis mensais, passando a vencer mensalmente 36000 réis[17] [3]. À margem de uma consulta ao Conselho de Guerra, datada de 25 Maio de 1651[18], é mencionado que era este engenheiro fidalgo e que tinha sido agraciado com o hábito da Ordem de Avis, com 16000 réis de tença. Ganhos que de algum modo circunstanciam a nova ordem régia de 17 de Agosto de 1651 para ir servir para o Alentejo, "por ser lá necessário[19] [3]".

Prova da mobilidade e requisição dos seus serviços é ainda uma carta régia dirigida a Joanne Mendes de Vasconcelos, datada de 18 Abril de 1653, pela qual é mandado para Bragança, onde era preciso "um engenheiro prático assim para fazer o desenho de sua fortificação como o cômputo do custo dela[20] [3]".

A última notícia que se tem da sua actividade consta de uma ordem régia datada de 31 de Julho de 1657, na qual é ordenado que Charles Lassart seja mandado ao Alentejo, para onde deveria também ser enviado o tenente-general de Artilharia da Beira "São Pol" [21] [22], mostrando assim que se mantinha o recurso aos seus serviços para além da província da Beira. Parece ter sido substituído na direcção das obras de fortificação de Almeida apenas a partir de 1660 ou 1661, tendo ocupado o seu lugar Diogo Truel de Cohon[23] [24].

Outras informações

Sousa Viterbo não atribuiu uma entrada a Pierre de Saint-Paul, mas este é mencionado no verbete relativo a António de Piala Dobles, a respeito de uma apreciação comparativa entre os dois engenheiros[25], que consta do documento "Advertências de gastos supérfluos e praças escusadas e desnecessárias, no partido de Castelo Branco", escrito por João de Brito Caldeira e datado de 3 de Junho de 1655[26] [27]; a propósito de críticas ao trabalho de Piala Dobles, aí se afirma "E basta que venha o engenheiro de Riba Coa Sá Pollo, que é homem perito, fazer os desenhos necessários, que os entende, e se pode escusar esta praça[26]".

Obras

Fortificação de Almeida (1642-1660), sendo o desenho da obra atribuído por Rafael Moreira[28] a Saint-Paul, com base no cargo exercido como engenheiro da província da Beira. A primeira menção explícita que associa Saint-Paul à fortificação de Almeida insere-se na obra do Conde da Ericeira, quando refere que, sendo governador da praça Filipe Bandeira de Melo em 1646, "Pedro Gilles de São Paulo engenheiro Francês (...) assistia às [suas] fortificações[29]". No entanto, Ana Quinta[30] coloca a hipótese de ter sido Charles Lassart a projectar (ou pelo menos a orientar) o desenho da fortaleza até final de 1643, cabendo a Saint-Paul o papel de seu ajudante e tendo a obra sido iniciada até Maio de 1644, correspondendo assim à "fortificação real" mencionada por Salgado de Araújo[31]. Um despacho régio datado de 28 de Fevereiro de 1643 e dirigido a Lassart afigura-se importante para a compreensão desta metodologia de trabalho, sustentando a lógica desta hipótese: "vos encomendo e mando (...) desenhar e tirar as plantas de todas as [fortalezas] que tocam a essas Províncias [Entre Douro e Minho, Trás-os-Montes e Beira] deixando em cada uma delas oficiais práticos que as entendam para as ir dispondo com os que nelas trabalharem[32]". Fernando Cobos[33] afirma que o autor da fortaleza de Almeida é desconhecido, mas concorda com esta interpretação.

As tarefas desempenhadas por Saint-Paul no Alentejo, nomeadamente em Elvas, não foram ainda identificadas.

Apesar da cintura urbana abaluartada de Bragança não ter passado da linha de implantação e construção de trincheiras e alguns muros, a primeira vez que se lhe refere foi em 1653[34], sendo, assim, provável que Saint-Paul tenha cumprido as ordens régias desenhando esse perímetro abaluartado[35].

Notas

  1. Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Consultas, maço 1; Sepúlveda, História Orgânica e Política do Exército Portuguez, 1:311-314.
  2. Monconys, Journal des voyages, 59.
  3. 3,00 3,01 3,02 3,03 3,04 3,05 3,06 3,07 3,08 3,09 3,10 3,11 3,12 3,13 Sepúlveda, História Orgânica e Política do Exército Portuguez, 16:114-124
  4. Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Registo da Secretaria da Guerra, Lv. 13, fl. 24; Lv. 14, fl. 51 v.
  5. Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho da Guerra, Consultas, caixa 74, maço 20, consulta de 17 Fevereiro de 1660, documento incluso datado de 8 Agosto de 1659.
  6. Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Registo, Lv. 4, fl. 154 v.
  7. Quinta, Fortaleza de Almeida, 137.
  8. Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Decretos, maço 5, nº 83
  9. 9,0 9,1 Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho Guerra, Registo, Lv. 8, fl. 95 v.
  10. 10,0 10,1 Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Secretaria da Guerra, Lv. 10, fl. 95
  11. Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Secretaria da Guerra, Lv. 12, fl. 45, 5 de Maio de 1648
  12. Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Secretaria da Guerra, Lv. 12, fl. 52 v.
  13. Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Consultas, maço 8, nº 126
  14. 14,0 14,1 Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Secretaria da Guerra, Lv. 11, fl. 124
  15. Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Consultas, maço 9, nº 77
  16. Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Secretaria da Guerra, Lv. 10, fl. 166 v.
  17. Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Secretaria da Guerra, Lv. 14, fl. 152 v.
  18. Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Consultas, maço 11, nº 43
  19. Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Secretaria da Guerra, Lv. 21, fl. 76 v.
  20. Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Secretaria da Guerra, Registo, Lv. 16, fl. 83 v.
  21. Biblioteca da Ajuda, Miscellanea, ms in-fol, vol. 32, fl. 32
  22. Viterbo, Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, 2:64.
  23. Sepúlveda, História Orgânica e Política do Exército Portuguez, 16:151-152.
  24. Conceição, Da vila cercada à praça de guerra, 294
  25. Viterbo, Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, 2:264.
  26. 26,0 26,1 ANTT, Conselho da Guerra, Decretos, maço 15, nº 29
  27. Sepúlveda, História Orgânica e Política do Exército Portuguez, 16:20.
  28. Moreira, Do rigor teórico à urgência prática, 72.
  29. Menezes, História de Portugal Restaurado, 583.
  30. Quinta, Fortaleza de Almeida, 134-136.
  31. Araújo, Sucessos Militares das Armas Portuguesas, fl. 101 v.
  32. Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Registo, Lv. 4, fl. 58.
  33. Cobos e Campos, Almeida / Ciudad Rodrigo, 138-139.
  34. Rodrigues, Bragança no Século XVIII, 453.
  35. Conceição, "Fortificação da fronteira nordeste", 61-62.

Fontes

Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Registos, Lv. 4, fl. 58,154 v.

Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho Guerra, Registos, Lv. 8, fl. 95 v.

Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Decretos, maço 5, nº 83

Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho da Guerra, Decretos, maço 15, nº 29

Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Consultas, maço 1

Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Consultas, maço 8, nº 126

Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Consultas, maço 9, nº 77

Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Consultas, maço 11, nº 43

Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Consultas, maço 20, 17 de Fevereiro de 1660

Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Registo da Secretaria da Guerra, Lv. 10, fl. 95, 166 v.

Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Registo da Secretaria da Guerra, Lv. 11, fl. 45, 52 v., 124

Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Registo da Secretaria da Guerra, Lv. 13, fl. 24

Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Registo da Secretaria da Guerra, Lv. 14, fl. 51v., 152 v.

Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Registo da Secretaria da Guerra, Lv. 16, fl. 83 v.

Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Registo da Secretaria da Guerra, Lv. 21, fl. 76 v.

Biblioteca da Ajuda, Miscellanea, Ms in-fol, vol. 32, fl. 32

Bibliografia

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Ligações Externas

Página online sobre as Muralhas da Praça de Almeida em DGPC/SIPA Monumentos.pt.

Autor(es) do artigo

Margarida Tavares da Conceição

IHA - Instituto de História da Arte, FCSH, Universidade NOVA de Lisboa / IN2PAST — Laboratório Associado para a Investigação e Inovação em Património, Artes, Sustentabilidade e Território

https://orcid.org/0000-0003-3041-9235

Financiamento

Fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto TechNetEMPIRE | Redes técnico-científicas na formação do ambiente construído no Império português (1647-1871) PTDC/ART-DAQ/31959/2017

Instituto de História da Arte, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade NOVA de Lisboa, através do projeto estratégico financiado pela FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., ref. UID/PAM/00417/2019

DOI

https://doi.org/10.34619/rlkf-fhhtt

Citar este artigo

Conceição, Margarida Tavares da. "Pierre Gilles de Saint-Paul", in eViterbo. Lisboa: CHAM - Centro de Humanidades, FCSH, Universidade Nova de Lisboa, 2022. (última modificação: 29/05/2023). Consultado a 28 de março de 2024, em https://eviterbo.fcsh.unl.pt/wiki/Pierre_Gilles_de_Saint-Paul. DOI: https://doi.org/10.34619/rlkf-fhhtt [[Categoria: Guarda]