Colégio Real dos Nobres: diferenças entre revisões

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==História==<!--História geral da instituição. Este é o local para colocar toda a informação que justifica o que está na infobox e outra complementar, subdividida em períodos, se necessário-->
==História==<!--História geral da instituição. Este é o local para colocar toda a informação que justifica o que está na infobox e outra complementar, subdividida em períodos, se necessário-->
O Colégio Real dos Nobres admitia até um máximo de 100 colegiais e a matrícula requeria a qualificação de moço fidalgo, factor preferencial em concurso, as faculdades de ler e escrever, e o pagamento anual de pensão no valor de 120 mil réis. Admitiam-se alunos com idades compreendidas entre os sete e treze anos. Ribeiro, I, 282.
A direcção literária, científica e disciplinar do Colégio Real dos Nobres era constituída pelos lugares de reitor e vice-reitor com a incumbência restrita de dar cumprimento aos Estatutos, e do lugar de prefeito dos estudos encarregue do exame e revisão das composições dos colegiais, entre outras. Acrescia uma Junta encarregue da direcção económica do Colégio. Ribeiro, I, 283-284.
Demonstrando a importância do corpo docente do Colégio Real dos Nobres para os poderes régios José Silvestre Ribeiro indica terem sido os professores convidados por D. José ao beija-mão e a assistirem a peça no teatro da corte por altura do aniversário régio. Ribeiro, I, 294.
Em 1767 os Estatutos foram reformulados e, a partir de 1771, a Real Mesa Censória passa a superintender a administração e direção dos estudos, acumulando com a inspecção de que já estava incumbida. Ribeiro, I, 288. O estado de "decaimento do Colégio" motivava em 1772 a publicação de dois alvarás providenciando à reformulação dos órgãos de gestão interna e à instituição de novas medidas disciplinares por forma a "restaurar o bem ordenado regime do estabelecimento" e a "combater a relaxação, em que tinha caído a administração literária, económica e policial do Colégio" Ribeiro, I, 289-292.
Ainda em 1772 os estudos matemáticos foram abolidos no Real Colégio após a reforma dos Estatutos da Universidade de Coimbra que tornavam aqueles estudos seu exclusivo. Ribeiro, I, 292.
A abertura do primeiro ano lectivo decorreu em 19 de Março de 1766 e recebeu a assistência da família real e a corte real.
Estabelecimentos auxiliares anexos: livraria privativa e gabinete matemático
===Outras informações===<!--é o local onde cabe tudo o que não se relaciona especificamente com os dois parâmetros anteriores-->
===Outras informações===<!--é o local onde cabe tudo o que não se relaciona especificamente com os dois parâmetros anteriores-->
Reitores:
José do Quental Lobo.
Caetano Pecci.
José Isidoro Olivieri.
José Dias Pereira.
Ricardo Raimundo Nogueira.
==Professores== <!--Apagar caso a instituição não seja de ensino-->
==Professores== <!--Apagar caso a instituição não seja de ensino-->
No primeiro ano letivo "todos os professores que entraram, eram italianos, excepto o de retórica (português); os de grego e latim eram irlandeses." Ribeiro, I, 287.
==Curricula== <!--Apagar caso a instituição não seja de ensino-->
==Curricula== <!--Apagar caso a instituição não seja de ensino-->
<!--Nota: no caso de instituições que não sejam de ensino, a criação de novos campos tem que ser debatida previamente-->
<!--Nota: no caso de instituições que não sejam de ensino, a criação de novos campos tem que ser debatida previamente-->1.º - Línguas latina e grega; retórica; poética; lógica e história.
 
2.º - Línguas francesa, italiana e inglesa.
 
3.º - Aritmética; geometria; trigonometria; os teoremas de Archimedes; os primeiros seis livros de Euclides; o undécimo e duodécimo dos sólidos para a geometria elementar; álgebra e a sua aplicação à geometria; análise dos infinitos; calculo integral; óptica; dióptrica; catóptrica; princípios de astronomia; geografia completa, e a náutica.
 
4.º - Arquitectura militar.
 
5.º - Arquitectura civil.
 
6.º - Desenho.
 
7.º - Física.
 
8.º - Equitação, esgrima e dança. Ribeiro, I, 284.
 
==Notas==<!-- As notas e a bibliografia que foi, de facto, usada para construir a informação. Atenção: Chicago full note with bibliography-->
==Notas==<!-- As notas e a bibliografia que foi, de facto, usada para construir a informação. Atenção: Chicago full note with bibliography-->
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Revisão das 18h13min de 4 de agosto de 2022


Colégio Real dos Nobres
(valor desconhecido)
Outras denominações Colégio dos Nobres, Real Colégio dos Nobres
Tipo de Instituição Ensino civil
Data de fundação 7 março 1761
Data de extinção 4 janeiro 1837
Paralisação
Início: valor desconhecido
Fim: valor desconhecido
Localização
Localização Colégio Real dos Nobres, Lisboa,-
Início: 07 de março de 1761
Fim: 04 de janeiro de 1837
Antecessora valor desconhecido

Sucessora valor desconhecido


História

O Colégio Real dos Nobres admitia até um máximo de 100 colegiais e a matrícula requeria a qualificação de moço fidalgo, factor preferencial em concurso, as faculdades de ler e escrever, e o pagamento anual de pensão no valor de 120 mil réis. Admitiam-se alunos com idades compreendidas entre os sete e treze anos. Ribeiro, I, 282.

A direcção literária, científica e disciplinar do Colégio Real dos Nobres era constituída pelos lugares de reitor e vice-reitor com a incumbência restrita de dar cumprimento aos Estatutos, e do lugar de prefeito dos estudos encarregue do exame e revisão das composições dos colegiais, entre outras. Acrescia uma Junta encarregue da direcção económica do Colégio. Ribeiro, I, 283-284.

Demonstrando a importância do corpo docente do Colégio Real dos Nobres para os poderes régios José Silvestre Ribeiro indica terem sido os professores convidados por D. José ao beija-mão e a assistirem a peça no teatro da corte por altura do aniversário régio. Ribeiro, I, 294.

Em 1767 os Estatutos foram reformulados e, a partir de 1771, a Real Mesa Censória passa a superintender a administração e direção dos estudos, acumulando com a inspecção de que já estava incumbida. Ribeiro, I, 288. O estado de "decaimento do Colégio" motivava em 1772 a publicação de dois alvarás providenciando à reformulação dos órgãos de gestão interna e à instituição de novas medidas disciplinares por forma a "restaurar o bem ordenado regime do estabelecimento" e a "combater a relaxação, em que tinha caído a administração literária, económica e policial do Colégio" Ribeiro, I, 289-292.

Ainda em 1772 os estudos matemáticos foram abolidos no Real Colégio após a reforma dos Estatutos da Universidade de Coimbra que tornavam aqueles estudos seu exclusivo. Ribeiro, I, 292.

A abertura do primeiro ano lectivo decorreu em 19 de Março de 1766 e recebeu a assistência da família real e a corte real.




Estabelecimentos auxiliares anexos: livraria privativa e gabinete matemático

Outras informações

Reitores:

José do Quental Lobo.

Caetano Pecci.

José Isidoro Olivieri.

José Dias Pereira.

Ricardo Raimundo Nogueira.

Professores

No primeiro ano letivo "todos os professores que entraram, eram italianos, excepto o de retórica (português); os de grego e latim eram irlandeses." Ribeiro, I, 287.

Curricula

1.º - Línguas latina e grega; retórica; poética; lógica e história.

2.º - Línguas francesa, italiana e inglesa.

3.º - Aritmética; geometria; trigonometria; os teoremas de Archimedes; os primeiros seis livros de Euclides; o undécimo e duodécimo dos sólidos para a geometria elementar; álgebra e a sua aplicação à geometria; análise dos infinitos; calculo integral; óptica; dióptrica; catóptrica; princípios de astronomia; geografia completa, e a náutica.

4.º - Arquitectura militar.

5.º - Arquitectura civil.

6.º - Desenho.

7.º - Física.

8.º - Equitação, esgrima e dança. Ribeiro, I, 284.

Notas

Fontes

Ribeiro, José Silvestre. ''Historia dos estabelecimentos Scientificos Litterarios e Artisticos de Portugal nos Sucessivos Reinados da Monarquia''. Vol. 1. Lisboa: Typografia Real da Academia de Sciencias, 1872, pp. 282-294.

Ribeiro, José Silvestre. ''Historia dos estabelecimentos Scientificos Litterarios e Artisticos de Portugal nos Sucessivos Reinados da Monarquia''. Vol. 2. Lisboa: Typografia Real da Academia de Sciencias, 1872, pp. 97-101.

Ribeiro, José Silvestre. ''Historia dos estabelecimentos Scientificos Litterarios e Artisticos de Portugal nos Sucessivos Reinados da Monarquia''. Vol. 3. Lisboa: Typografia Real da Academia de Sciencias, 1873, pp. 126-133.

Ribeiro, José Silvestre. ''Historia dos estabelecimentos Scientificos Litterarios e Artisticos de Portugal nos Sucessivos Reinados da Monarquia''. Vol. 5. Lisboa: Typografia Real da Academia de Sciencias, 1876, pp. 242-244.

Ribeiro, José Silvestre. ''Historia dos estabelecimentos Scientificos Litterarios e Artisticos de Portugal nos Sucessivos Reinados da Monarquia''. Vol. 6. Lisboa: Typografia Real da Academia de Sciencias, 1876, pp. 25-26, 320-330.

Bibliografia

Ligações Internas

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Categoria:Colégio Real dos Nobres

Ligações Externas

Autor(es) do artigo

Financiamento

Fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto TechNetEMPIRE | Redes técnico-cientificas na formação do ambiente construído no Império português (1647-1871) PTDC/ART-DAQ/31959/2017

DOI

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