Glasto: diferenças entre revisões

Fonte: eViterbo
Saltar para a navegação Saltar para a pesquisa
(Criou a página com "É um género de tinta da Índia, que se faz da erva do mesmo nome à qual chamamos anil. Semeada, esta erva não dura mais do que três anos e se colhe no mês de Setembro...")
 
m (Substituição de texto - "==Referências bibliográficas==" por "==Notas== <!-- As notas e a bibliografia que foi, de facto, usada para construir a informação. Atenção: Chicago Manual Style 17th edition (note), notas" ou seja ou sistema "shortened notes--> <references />")
Linha 1: Linha 1:
É um género de tinta da Índia, que se faz da erva do mesmo nome à qual chamamos anil. Semeada, esta erva não dura mais do que três anos e se colhe no mês de Setembro ou no princípio de Outubro, quando já cessam as chuvas. No primeiro ano é a planta ainda tenra e o glasto, que dela se faz fica imperfeito, de cor ruiva e pesada, de modo que lançado na água, se vai logo ao fundo e se chama ''mousi''; no segundo ano é perfeitíssimo, leve e de cor roxa, e lançado na água anda nadando sobre ela e tem por nome ''cierce''. No terceiro ano torna a declinar de sua perfeição e bondade, sendo pesado e de cor negra, mais vil e baixo, que todos e lhe costumam chamar ''cattelde''. Manuel dos Anjos, Histor. Universal, livro 2, cap. 19, pág. 355. ''Vid.'' [[Anil]]<ref>Bluteau, ''Vocabulario Portuguez e latino'' (Tomo IV: G), 80.</ref>.
É um género de tinta da Índia, que se faz da erva do mesmo nome à qual chamamos anil. Semeada, esta erva não dura mais do que três anos e se colhe no mês de Setembro ou no princípio de Outubro, quando já cessam as chuvas. No primeiro ano é a planta ainda tenra e o glasto, que dela se faz fica imperfeito, de cor ruiva e pesada, de modo que lançado na água, se vai logo ao fundo e se chama ''mousi''; no segundo ano é perfeitíssimo, leve e de cor roxa, e lançado na água anda nadando sobre ela e tem por nome ''cierce''. No terceiro ano torna a declinar de sua perfeição e bondade, sendo pesado e de cor negra, mais vil e baixo, que todos e lhe costumam chamar ''cattelde''. Manuel dos Anjos, Histor. Universal, livro 2, cap. 19, pág. 355. ''Vid.'' [[Anil]]<ref>Bluteau, ''Vocabulario Portuguez e latino'' (Tomo IV: G), 80.</ref>.


==Referências bibliográficas==
==Notas== <!-- As notas e a bibliografia que foi, de facto, usada para construir a informação. Atenção: Chicago Manual Style 17th edition (note), notas" ou seja ou sistema "shortened notes--> <references />
<references />
<references />
==Bibliografia e Fontes==
==Bibliografia e Fontes==

Revisão das 11h22min de 15 de agosto de 2022

É um género de tinta da Índia, que se faz da erva do mesmo nome à qual chamamos anil. Semeada, esta erva não dura mais do que três anos e se colhe no mês de Setembro ou no princípio de Outubro, quando já cessam as chuvas. No primeiro ano é a planta ainda tenra e o glasto, que dela se faz fica imperfeito, de cor ruiva e pesada, de modo que lançado na água, se vai logo ao fundo e se chama mousi; no segundo ano é perfeitíssimo, leve e de cor roxa, e lançado na água anda nadando sobre ela e tem por nome cierce. No terceiro ano torna a declinar de sua perfeição e bondade, sendo pesado e de cor negra, mais vil e baixo, que todos e lhe costumam chamar cattelde. Manuel dos Anjos, Histor. Universal, livro 2, cap. 19, pág. 355. Vid. Anil[1].

==Notas==

  1. Bluteau, Vocabulario Portuguez e latino (Tomo IV: G), 80.

Bibliografia e Fontes

  • Bluteau, Rafael. Vocabulario portuguez e latino, aulico, anatomico, architectonico, bellico, botanico, brasilico, comico, critico, chimico, dogmatico, dialectico, dendrologico, ecclesiastico, etymologico, economico, florifero, forense, fructifero... autorizado com exemplos dos melhores escritores portugueses, e latinos... Tomo IV: Letra F-J. Coimbra: Collegio das Artes da Companhia de Jesu, 1713.