José António Gaspar
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José António Gaspar | |
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Nascimento | 10 de outubro de 1842 Lisboa, Portugal |
Morte | 19 de fevereiro de 1909 (66 anos) |
Progenitores | Mãe: Matilde Joaquina Pai: Domingos António |
Sexo | masculino |
Biografia
Dados biográficos
Nasceu a 10 de outubro de 1842 na Travessa de Estêvão Pinto, nº 43, em Campolide, na freguesia de S. Sebastião da Pedreira. Era o último de doze filhos de Domingos António mestre pedreiro e Matilde Joaquina.
Foi aluno da Escola Académica até aos 15 anos, e com essa idade matriculou-se na Academia de Belas Artes de Lisboa, seguindo ao mesmo tempo o ofício de canteiro nas oficinas de António Moreira Rato e irmão.
Durante o seu curso obteve um prémio de 20000 réis, em cópia de estampa, em 1859, acessit em cópia de gesso, no ano seguinte e uma medalha de ouro no concurso trienal da aula de arquitectura, em 1860.
Era solteiro e tinha gabinete na Travessa de S. Pedro de Alcântara, nº 11. Tinha uma quinta em Carcavelos.
Faleceu a 18 de fevereiro de 1909.
Carreira
Quando concluiu os seus estudos, montou uma oficina de canteiro na Rua do Arsenal nºs 166 e 168. Dirigiu-a entre 1862 e 1866, ano em que foi nomeado pensionista por conta do Estado para ir estudar em Paris.
Em França frequentou o atelier de Charles Questel e foi admitido a 30 de abril de 1868 na 2ª classe da seccção de arquitectura da Escola Imperial e Especial de Belas Artes, entrando para a 1ª a 4 de agosto do ano seguinte. Durante os seus estudos recebeu várias recompensas pelo seu trabalho.
Em 1870 regressou a Lisboa, obrigado a abandonar Paris devido à guerra franco-prussiana. Por determinação do governo foi para Roma, onde viveu um ano. Aí fez um projecto de um palácio de justiça.
A 15 de maio de 1874 foi-lhe passado um certificado de aproveitamento por Charles Questel[1].
A 10 de março de 1872 foi eleito académico de mérito da Academia de Belas Artes de Lisboa. Em maio recebeu uma medalha de prata em arquitectura da Sociedade Promotora de Belas Artes.
A 20 de março de 1873 foi nomeado para leccionar a aula de Arquitectura da Academia das Belas Artes de Lisboa, que regeu provisoriamente em 1874, por vaga do proprietário, João Pires da Fonte, e do substituto José da Costa Sequeira.
A 25 de setembro de 1874 foi encarregado da regência da cadeira de desenho geométrico, substituindo o professor exonerado Joaquim Gregório Nunes Prieto.
A 21 de junho de 1876 foi nomeado secretário interino da Academia de Belas Artes.
A 23 de junho de 1881 foi nomeado por dois anos para dar a 1ª cadeira da Escola de Belas Artes de Lisboa, sendo nomeado definitavamente a 20 de setembro de 1883.
A 30 de janeiro de 1886 foi eleito vogal da comissão consultiva de obras públicas do município de Lisboa.
Aposentou-se por decreto de 3 de outubro de 1903.
A 31 de agosto de 1878 foi eleito académico de mérito da Academia Portuense de Belas Artes[2].
Foi agraciado com o oficialato de S. Tiago, mas declinou a mercê.
Outras informações
Obras
- Monumento ao Duque da Terceira, Lisboa, colaboração com José Simões de Almeida.
- Monumento a Afonso Henriques, Guimarães, colaboração com António Soares dos Reis.
- Edifício da Casa da Moeda, Lisboa.
- Conclusão do Palácio da Foz, em colaboração com Leandro de Sousa Braga.
- Projecto para o edifício da Bolsa do Pará.
- Casa do Conde de Arnoso, Lisboa.
- Casa de campo de Carlos Maria Eugénio de Almeida, na Água Livre, próximo de Belas.
- Reconstrução da casa de Alfredo de Oliveira Sousa Leal, na Rua de S. José, Lisboa.
- Transformação das construções pombalinas em bancos, como o Banco de Portugal, o Banco Comercial de Lisboa, o Montepio Geal e o London and Brazilian Bank Limited.
- Construções anexas à residência dos duques de Palmela em Cascais.
- Entrada e decoração dos muros do jardim do palácio do Rato.
- Risco para a casa em Cascais que os duques de Palmela ofereceram a Maria Amália Vaz de Carvalho.
- Ganhou com José Simões de Almeida o primeiro prémio para o monumento a Fontes Pereira de Melo (a obra não se chegou a fazer).
Referências bibliográficas
Bibliografia e Fontes
- Viterbo, Francisco de Sousa. Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal, Vol III. Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1922.
Ligações Externas
- http://lisboadeantigamente.blogspot.pt/2015/10/hospital-de-santana.html
- http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/71825
- http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/FichasHistoricas/AnuariodaSociedadedosArquitectosPortugueses.pdf
Autor(es) do artigo
DOI
Citar este artigo
- José António Gaspar (última modificação: 17/06/2019). eViterbo. Visitado em 29 de setembro de 2024, em https://eviterbo.fcsh.unl.pt/wiki/Jos%C3%A9_Ant%C3%B3nio_Gaspar