Engenheiro
Descrição sobre o cargo
Engenheiro de máquinas e obras para a guerra ofensiva e defensiva. Inventor, ac machinator bellicorum tormentorum, operumque. Assim chama Tito Lívio a Arquimedes no livro 24 e acrescenta estas palavras, que em algumas ocasiões podem servir Quibus ea, quae hostes ingenti mole agerent, ipse perlevi momento ludificaretur.
Engenheiro que faz qualquer género de máquinas e engenhos. Machinater, is. Masc. Tit. Liv. Com perífrase se pode dizer Machinarum artifex, icis. Na vida de Vespasiano, cap. 18, chama Suétonio Mechanicus, i. Masc. a um engenheiro que com pouco gasto acarretava colunas de extraordinária grandeza para o Capitólio.
A arte ou ciência dos engenheiros. Ars machinalis, is. Fem. Plin. Machinatio, onis. Fem. Vitruv..
Engenheiro que tem feito uma máquina bélica para enganar o inimigo. Fabricator doli. Virgil[1].
Manuel de Azevedo Fortes, escreve em 1729: "Esta palavra ‘Engenheiro’ quer dizer hum official Militar prompto para todas as funcçoens da guerra, ou seja ataque e defença das Praças, obras de fortificação, alojamentos, ou intrincheira-mentos dos exercitos, para os aproches, para os ataques geraes ou particulares, & porque nelle se deve achar disposição, estudo, sciencia, e pratica de todas estas cousas, e sem estas partes se lhe não póde dar o nome de bom Engenheiro; porém concorrendo nos Engenheiros estes requisitos, se fazem tão necessairos aos Generaes, que não emprehendem cousa alguma sem seu concelho, e entrão a votar no de guerra” In O Engenheiro Portuguez.
Outras designações
Outras informações
Veja também: Engenheiro Militar, Engenheiro-mor
==Notas==
- ↑ Bluteau, Vocabulario Portuguez e latino (Tomo III: E), 114.
Bibliografia e Fontes
- Bluteau, Rafael. Vocabulario portuguez e latino, aulico, anatomico, architectonico, bellico, botanico, brasilico, comico, critico, chimico, dogmatico, dialectico, dendrologico, ecclesiastico, etymologico, economico, florifero, forense, fructifero... autorizado com exemplos dos melhores escritores portugueses, e latinos... Tomo III: Letra D-EYC. Coimbra: Collegio das Artes da Companhia de Jesu, 1713.