Aula de Artilharia de Lagos

Fonte: eViterbo
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Aula de Artilharia de Lagos
(valor desconhecido)
Outras denominações Aula do Regimento de Artilharia de Lagos, Aula Regimental de Artilharia de Lagos, Aula do Regimento de Artilharia da Província do Algarve
Tipo de Instituição Ensino Militar
Data de fundação 1763
Data de extinção 1776
Paralisação
Início: valor desconhecido
Fim: valor desconhecido
Localização
Localização Lagos, Faro, Portugal
Início: 1763
Fim: 1764

Localização Forte da Feitoria, Oeiras, Lisboa,-
Início: 1764
Fim: 1776
Antecessora valor desconhecido

Sucessora Aula de Artilharia de São Julião da Barra


História

Denominação: Aula do Regimento de Artilharia de Lagos; Aula Regimental de Artilharia de Lagos.


Consultar: Plano que Sua Magestade Manda Seguir e Observar no Estabelecimento, Estudos e Execícios das Aulas dos Regimentos de Artilharia, aprovado e publicado em 15 de Julho de 1763


Geral para as Aulas:

Introduzindo os príncipios de uma necessária formação militar especializada, Lippe promoveu uma profunda reforma curricular da Aula de Forticação e Arquitectura Militar. No Plano que Sua Magestade Manda Seguir e Observar no Estabelecimento, Estudos e Execícios das Aulas dos Regimentos de Artilharia, aprovado e publicado em 15 de Julho de 1763


instituindo um novo tipo de aulas periféricas, no fundo tentanto modernizar e uniformizar o funcionamento da rede de Aulas de Fortificação, que passaram a ser designadas por Aulas Regimentais de Artilharia, portanto geralmente anexas ao regimento dessa arma organizado em cada uma das praças.

A partir de 1763 encontra-se documentada a instituição de numerosas Aulas Regimentais de Artilharia: São Julião da Barra, Valença (provável docência de José Anastácio da Cunha desde 1764 e mais tarde, em 1783, do suiço Jean Victoire Miron de Sabionne), Almeida (onde por volta de 1762 Miguel Luís Jacob escrevia Tratado de Fortificação Regular e Irregular, quase uma tradução do tratado Architecture Militaire ou l'Art de Fortifier, publicado em 1741 por Louis de Cormontaingne, discípulo directo de Vauban), Estremoz (com a presença de Valleré), Olivença (onde António Lobo Infante de Lacerda traduziu Elemens de Fortification de Guillaume Le Bond, a partir da 7ª edição de 1775), Faro (1774), Tavira (de 1788 a 1811 destaca-se a docência do Lente de Geometria José Sande de Vasconcelos, engenheiro militar que acompanhou o processo de construção de Vila Real de Santo António), ilha da Madeira (1767), ilha Terceira (1799) e Goa (1773). No Rio de Janeiro a aula foi também convertida em Aula do Regimento de Artuilharia, surgindo documentado a adopção dos manuais de Bélidor em 1774, enquanto na Baía se criava em 1761 a Aula Militar de Fortificação e Geometria, ainda em funcionamento em 1784 e na qual se destacou a actividade de José António Caldas, conservando-se um significativo conjuntos de desenhos, datado de 1778 e 1779, que constitui boa parte dos exercícios práticos dos formandos e um inestimável documento sobre o método e contéudo dessa aprendizagem (Bueno, 2000: 53).


Lagos

1732 – uma das academias que Fortes aconselhava a criação

1769, antes de – João Bento Python, lente da Aula do Regimento de Artilharia de Lagos (Renata 2000)

1811 – Eusébio de Sousa Soares, lente do Regimento de Lagos

Outras informações

Professores

Margarida: As Aulas de Artilharia eram regidas por um lente de nomeação régia, por norma o comandante do regimento ou o sargento-mor, a quem competia a explicação e a tradução dos livros adoptados, enquanto a estrita observância do método seguido deveria ser vigiada pelo coronel-inspector dos corpos de Artilharia (Vieira, 1990:7-17).

Curricula

Margarida / Para os manuais adotados: Introduzindo os príncipios de uma necessária formação militar especializada, Lippe promoveu uma profunda reforma curricular da Aula de Forticação e Arquitectura Militar. No Plano que Sua Magestade Manda Seguir e Observar no Estabelecimento, Estudos e Execícios das Aulas dos Regimentos de Artilharia, aprovado e publicado em 15 de Julho de 1763, determinavam-se as principais alterações e uma lista de manuais de estudo obrigatório, sob pena de expulsão das aulas e do próprio exército, que incluía o tratado De l'Attaque et de la Defense des Places, do marquês de Vauban (Haia,1737-1742), e dois manuais de Bernard Forest de Bélidor: Nouveau Cours de Mathématique…(Paris, 1720), incluindo as matemáticas puras, mas também conceitos básicos de mecânica e regras para a realização de cartas geográficas, de que se conserva uma tradução manuscrita e não datada feita por Manuel de Sousa; e La Science des Ingenieurs dans la conduite travaux de Fortification et d'Architecture Civile (Paris, 1729), que conheceu extensa difusão, em grande parte devido ao facto de incluir o domínio da arquitectura civil, iniciando-se então uma divulgação cerrada das obras dos discípulos de Vauban. Por volta de 1789, o mesmo Manuel de Sousa traduziu L'Ingénieur Moderne… do barão F. de Rotberg (Haia, 1744), reflectindo já a influência germânica a matizar o domínio quase absoluto da escola francesa. O plano de estudos de 1763 prescrevia ainda compêndios mais especializados, sobretudo no que se referia às especificidades do campo da artilharia (Underwood, 1997; Vieira, 1990: 7-17; Bueno, 2000: 53).

Notas

Fontes

Ribeiro, dos regimentos de artilheria estabelecidas na ultima metade do século xviii i, 302 a 306

Bibliografia

Ligações Internas

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Categoria: Aula de Artilharia de Lagos

Ligações Externas

Autor(es) do artigo

Financiamento

Fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto TechNetEMPIRE | Redes técnico-científicas na formação do ambiente construído no Império português (1647-1871) PTDC/ART-DAQ/31959/2017

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