Academia Real de Marinha e Comércio do Porto

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Academia Real de Marinha e Comércio do Porto
(ARMCCP)
Outras denominações Academia Real de Marinha e Comércio, Academia Real de Marinha e Comércio da Cidade do Porto
Tipo de Instituição Ensino civil
Data de fundação 9 fevereiro 1803
Data de extinção 13 janeiro 1837
Paralisação
Início: 1832
Fim: 1834
Localização
Localização Colégio de Nossa Senhora da Graça dos Meninos Órfãos, Porto,-
Início: 09 de fevereiro de 1803
Fim: 13 de janeiro de 1837
Antecessora Aula de Náutica do Porto

Sucessora Academia Politécnica do Porto


História

A Academia Real de Marinha e Comércio do Porto foi criada em 9 de Fevereiro de 1803[1] no rescaldo da extinção da Aula de Náutica do Porto, também criada por iniciativa da Junta da Administração da Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro, e a Aula de Desenho e Debuxo do Porto. Surge em consequência das petições da referida Junta aos poderes régios com fim de a cidade do Porto ser dotada de aulas de comércio, matemática, inglês e francês, que remontavam a 1785[2][3]. Nestas, arguia a Junta pela necessidade de educação segundo o volume comercial da cidade suscitava, de forma que sem elas não podia "aquela profissão vir a ser exercida com o primor e perfeição que os interesses do estado demandam". A mais, os proveitos resultantes do estabelecimento da Aula Náutica do Porto para o comércio com os portos do Báltico, que se avolumou, tornavam necessário o "conhecimento das línguas vivas (...) não havendo até então na referida cidade do Porto estabelecimento algum, no qual fosse ensinados aqueles idiomas"[4].

Academia Real de Marinha e Comércio do Porto 2:387.

5:221-224; 346-350.

Outras informações

As aulas da Academia Real de Marinha e Comércio do Porto foram estabelecidas provisoriamente no edifício do Colégio dos Meninos Órfãos, aquando da sua criação. Em consequência, em alvará de 1803, recomendava o poder régio ao Senado da cidade do Porto que atendesse aos proveitos resultantes da frequência das aulas da Academia Real pelos órfãos do Colégio, para que não se "distraírem com a assistência aos enterros, e muito menos a pedir esmolas"[5]. Determinava-se, simultaneamente, a edificação de uma casa naqueles terrenos que viria a albergar as referidas Aulas, a ser financiado pelo "producto da contribuição de um real em cada quartilho de vinho, que se vendesse na cidade do Porto, e districto do privilégio exclusivo da companhia, nos meses de julho a novembro; contribuição - explicava José Silvestre Ribeiro, esta (...) que duraria por tempo de dez anos"[6]. A referida contribuição seria estendida por ais dez anos, em 1813, e novamente em 1825[7].

Professores

Curricula

Aquando da sua criação, na Academia Real de Marinha e Comércio do Porto ministravam-se quatro aulas, a saber, de matemática, de comércio, de inglês e de francês. De imediato, por alvará de 29 de Julho de 1803, o programa era alargado com o acréscimo das aulas de filosofia racional e moral, e de agricultura[8].

Notas

  1. Araújo, 250 anos da criação, 20-21.
  2. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 2:387.
  3. Araújo, 250 anos da criação, 21.
  4. Ribeiro, 2:388.
  5. Ribeiro, 2:390.
  6. Ribeiro, 2:389.
  7. Ribeiro, 2:390.
  8. Ribeiro, 2:390.

Fontes

Ribeiro, José Silvestre. ''Historia dos estabelecimentos Scientificos Litterarios e Artisticos de Portugal nos Sucessivos Reinados da Monarquia''. Vol. 2. Lisboa: Typografia Real da Academia de Sciencias, 1872, pp. 387-427.

Ribeiro, José Silvestre. ''Historia dos estabelecimentos Scientificos Litterarios e Artisticos de Portugal nos Sucessivos Reinados da Monarquia''. Vol. 5. Lisboa: Typografia Real da Academia de Sciencias, 1876, pp. 221-224, 346-350.

Ribeiro, José Silvestre. ''Historia dos estabelecimentos Scientificos Litterarios e Artisticos de Portugal nos Sucessivos Reinados da Monarquia''. Vol. 6. Lisboa: Typografia Real da Academia de Sciencias, 1876, pp. 150-151.

Bibliografia

Araújo, José Moreira de, Bernardo, Luís Miguel, Monteiro, Marisa. 250 anos da criação da Aula Náutica do Porto. Porto: Universidade do Porto, 2012.

Ligações Internas

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Ligações Externas

Autor(es) do artigo

Financiamento

Fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto TechNetEMPIRE | Redes técnico-científicas na formação do ambiente construído no Império português (1647-1871) PTDC/ART-DAQ/31959/2017

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