Alfredo de Andrade

Fonte: eViterbo
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Alfredo de Andrade
Nome completo Alfredo César Reis Freire de Andrade
Nascimento 26 de agosto de 1839
Lisboa
Morte 30 de novembro de 1915
Génova
Residência Génova, Itália
Nacionalidade Portuguesa
Sexo masculino
Irmão(s) Júlio de Andrade

Biografia

Dados biográficos

Nasceu em Lisboa, em 1839, filho de um negociante rico e antigo caixa do contrato do tabaco. Tinha um irmão chamado Júlio de Andrade. O seu pai enviou-o para Itália para estudar comércio, mas dedicou-se à arte.

Entre 1856 e 1858 estudou pintura de paisagem com [Tammar Luxoro], em Génova, e em 1860 com Alexandre Calame], em Geneva.

Entre 1860 e 1864 estudou desenho de figura nas academias de Geneva e Génova e criou em Roma um atelier de pintura em sociedade com Miguel Ângelo Lupi. Também conhecia António Simões Rodrigues. Nos Verões estudava paisagem em Creys, ao lado de outros artistas de várias nacionalidades e nos Invernos estudava arquitectura com [Giovanni Battista Resasco] e ornamento com "Cangio".

Em Roma estudava pintura de figura na Academia Livre de S. Cláudio, frequentada por figuras como os catalães [Josep Tapiró] e [Marià Fortuny] ou os italianos Anatolio Scifoni e Scipione Vannutelli, de quem ficou amigo.

Morreu no Piemonte em 1915.

Carreira

Em 1865 e 1866 começou a estudar antiguidades e participou no restauro do castelo de Issogne, no vale de Aosta.

Em 1869-1870 foi encarregado da direcção da Escola Superior de Ornato e fundou a Escola de Artes Aplicadas à Indústria na Academia de Génova. Como recompensa, a Academia mandou cunhar uma medalha em sua honra.

Entre 1870-1880 foi encarregado do restauro do Castelo de Rivara em Turim, e do Castelo de Tagliolo.

Em 1881 foi nomeado juntamente com Rangel de Lima como comissário da Exposição de Arte Industrial Antiga no South Kensington Museum de Londres e encarregado de acompanhar os objectos portugueses enviados a essa cidade.

Em 1882 foi chamado por Génova para fazer o restauro do portão da cidade, conhecido como Porta de Santo André, tornando-se presidente dessa comissão.

Em 1884 foi chamado para tomar parte da comissão que se devia encarregar da parte arqueológica da exposição industrial de Turim, propondo que se construísse uma aldeia e um castelo para fazer ver os usos e costumes do Piemonte quatrocentista. Por essa obra recebeu o título de cidadão honorário de Turim.

Foi chamado a dirigir a conservação dos monumentos no Piemonte e na Ligúria pelo ministério da Instrução de Itália. Em 1885 foi chamado para fazer parte da comissão central para o ensino artístico industrial junto do Ministério da Indústria e do Comércio, que ainda conservava em 1909.

Fez parte da grande comissão internacional para julgar os projectos da nova fachada da catedral de Milão, sendo depois nomeado pelo governo italiano para vigiar os trabalhos de execução da mesma.

Fez parte da comissão de inquérito e de estudo do projecto geral de trabalhos municipais de Veneza, fez a inspecção dos restauros da Basílica de S. Marcos e do Palácio Ducal da mesma cidade e ainda foi chamado a dar o seu parecer sobre a ampliação do cemitério e do mercado do peixe junto da ponte de Rialto. Fez parte da grande comissão para o Palácio do Parlamento em Roma e da do monumento a Victor Emmanuel em Turim. Também fez parte da comissão para os restauros da Basílica de Santo António em Pádua, e em muitas outras campanhas de restauro.

Na Suíça foi consultado sobre o restauro do Castelo de Chillon.

Em 1890 tomou parte no júri internacional da Exposição Internacional de Paris, como encarregado do governo italiano.

Foi membro honorário de quase todas as academias de Itália, fez parte de muitas sociedades históricas, artísticas e arqueológicas, da comissão dos restauros da catedral de Génova e da comissão municipal para a conservação de Florença antiga. Foi cidadão honorário de Noli e publicou memórias sobre os seus trabalhos.

Outras informações

Obras

Existem pinturas suas em galerias de Itália e no Museu de Arte Moderna de Madrid.

Era responsável pela conservação dos vestígios da Colonia Augusta Pretoria (Aosta), consolidando os restos da Porta Pretoria, da torre do Pailleron, do arco de Augusto e da porta principal direita. Também restaurou o claustro medieval de Santo Urso e fez outros restauros no Vale de Aosta: a porta romana de Donnaz, a ponta romana de Port Saint Martin e a torre de Oyace.

No restante Piemonte restaurou os castelos de Pavone e de Rivara, a torre de S. Pedro Bollengo, a igreja de Cirié, a Sacra de S. Miguel, a igreja de Pianezza, o arco de Augusto e a porta do Paraíso em Susa, a igreja de Avigliana e o aqueduto romano de Acqui, os castelos de Castelletto d'Orba e de Taglioto.

Na Ligúria restaurou a igreja de Noli, o baptistério de Albueza, a igreja de Promontorio e de S. Bartolomeo del Fossato, em Sampierdarena, a porta de Santo Andrea e a igreja de S. Donato em Génova, a igreja de Monterosso e de S. Pedro de Porto Venosa e a torre do castelo de Castelnuovo di Magra.

Referências bibliográficas


Bibliografia e Fontes

  • Pinto, Lambertini, "Portugal no estrangeiro - A homenagem da arte italiana a Alfredo de Andrade". Diário de Notícias. 14 de março de 1909.
  • Viterbo, Francisco de Sousa Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal (Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências) Vol III (1922).

Ligações Externas

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