António Manuel da Fonseca: diferenças entre revisões

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=== Dados biográficos ===  
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Pintor, nascido em Lisboa na freguesia de Santa Isabel, filho de [[João Tomás da Fonseca]] e de Maria Inácia Xavier. Foi baptizado a 1 de novembro de 1796, na igreja de Santa Isabel, e os seus padrinhos foram António Manuel de Melo e Castro e Josefa Maria Gertrudes<ref>Francisco de Sousa Viterbo, <i>Notícia de Alguns Pintores Portuguezes e de outros que sendo estrangeiros exerceram a sua arte em Portugal.</i> (Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1903), 73-74.</ref>. <!-- Viterbo transcreve a certidão de baptismo na primeira série -->
Pintor, nascido em Lisboa na freguesia de Santa Isabel, filho de [[João Tomás da Fonseca]] e de Maria Inácia Xavier. Foi baptizado a 1 de novembro de 1796, na igreja de Santa Isabel, e os seus padrinhos foram António Manuel de Melo e Castro e Josefa Maria Gertrudes<ref>Viterbo, <i>Notícia de Alguns Pintores Portuguezes e de outros que sendo estrangeiros exerceram a sua arte em Portugal</i>, 73-74.</ref> <!-- Viterbo transcreve a certidão de baptismo na primeira série -->


Foi discípulo de seu pai e de [[Joaquim Manuel da Rocha]] na Aula de Desenho e de Figura e História e depois esteve em Roma, para onde foi em 1826 subsidiado pelo Barão Quintela, para quem trabalhara, sendo discípulo de Vicenzo Camuccini e Andrea Pozzi<ref>António Manuel da Fonseca In [https://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B3nio_Manuel_da_Fonseca Wikipédia], consultado a 22 de agosto de 2017.</ref> A 3 de setembro de 1839 foi-lhe dada autorização para ir a Roma por oito meses com o objectivo de acabar uma cópia da "Transfiguração de Cristo" de Rafael e comprar modelos em gesso de estátuas antigas<ref>Francisco de Sousa Viterbo, <i>Notícia de Alguns Pintores Portuguezes e de outros que sendo estrangeiros exerceram a sua arte em Portugal.</i> (Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1903), 74-75.</ref>.
Foi discípulo de seu pai e de [[Joaquim Manuel da Rocha]] na Aula de Desenho e de Figura e História e depois esteve em Roma, para onde foi em 1826 subsidiado pelo Barão Quintela, para quem trabalhara, sendo discípulo de Vicenzo Camuccini e Andrea Pozzi<ref>António Manuel da Fonseca In [https://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B3nio_Manuel_da_Fonseca Wikipédia], consultado a 22 de agosto de 2017.</ref> A 3 de setembro de 1839 foi-lhe dada autorização para ir a Roma por oito meses com o objectivo de acabar uma cópia da "Transfiguração de Cristo" de Rafael e comprar modelos em gesso de estátuas antigas<ref>Viterbo, <i>Notícia de Alguns Pintores Portuguezes e de outros que sendo estrangeiros exerceram a sua arte em Portugal</i>, 74-75.</ref>


Em 1846-1847 serviu no batalhão dos Voluntários da Carta, tendo-se alistado com 50 anos. Saiu alferes em dezembro de 1846 e tenente a 21 de julho de 1847.
Em 1846-1847 serviu no batalhão dos Voluntários da Carta, tendo-se alistado com 50 anos. Saiu alferes em dezembro de 1846 e tenente a 21 de julho de 1847.
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*[http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/Periodicos/Olisipo/1967/N117-118/N117-118_master/Olisipo_N117-118_Jan-Abr1967.PDF Soromenho, Paulo Caratão, "O pintor lisboeta António Manuel da Fonseca." <i>Olisipo: boletim do grupo dos amigos de Lisboa</i> 117/118 (Janeiro-Abril 1967): 7-39.]
*[http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/Periodicos/Olisipo/1967/N117-118/N117-118_master/Olisipo_N117-118_Jan-Abr1967.PDF Soromenho, Paulo Caratão, "O pintor lisboeta António Manuel da Fonseca." <i>Olisipo: boletim do grupo dos amigos de Lisboa</i> 117/118 (Janeiro-Abril 1967): 7-39.]


*Viterbo, Francisco de Sousa, <i>Notícia de Alguns Pintores Portuguezes e de outros que sendo estrangeiros exerceram a sua arte em Portugal.</i> Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1903, 1911 (3ª série).
*Viterbo, Francisco de Sousa. <i>Notícia de Alguns Pintores Portuguezes e de outros que sendo estrangeiros exerceram a sua arte em Portugal.</i> Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1903.
 
==Ligações Externas==
==Ligações Externas==
*António Manuel da Fonseca In [http://www.museuartecontemporanea.gov.pt/pt/artistas/ver/154/artists Museu Nacional de Arte Contemporânea].
*António Manuel da Fonseca In [http://www.museuartecontemporanea.gov.pt/pt/artistas/ver/154/artists Museu Nacional de Arte Contemporânea].

Revisão das 19h09min de 17 de outubro de 2017


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António Manuel da Fonseca
Nascimento 27 de setembro de 1796
Lisboa
Morte 4 de outubro de 1890 (94 anos)
Lisboa
Residência Lisboa, Portugal
Nacionalidade Portuguesa
Progenitores Mãe: Maria Inácia Xavier
Pai: João Tomás da Fonseca
Sexo masculino
Filho(s) António Tomás da Fonseca

Biografia

Dados biográficos

Pintor, nascido em Lisboa na freguesia de Santa Isabel, filho de João Tomás da Fonseca e de Maria Inácia Xavier. Foi baptizado a 1 de novembro de 1796, na igreja de Santa Isabel, e os seus padrinhos foram António Manuel de Melo e Castro e Josefa Maria Gertrudes[1]

Foi discípulo de seu pai e de Joaquim Manuel da Rocha na Aula de Desenho e de Figura e História e depois esteve em Roma, para onde foi em 1826 subsidiado pelo Barão Quintela, para quem trabalhara, sendo discípulo de Vicenzo Camuccini e Andrea Pozzi[2] A 3 de setembro de 1839 foi-lhe dada autorização para ir a Roma por oito meses com o objectivo de acabar uma cópia da "Transfiguração de Cristo" de Rafael e comprar modelos em gesso de estátuas antigas[3]

Em 1846-1847 serviu no batalhão dos Voluntários da Carta, tendo-se alistado com 50 anos. Saiu alferes em dezembro de 1846 e tenente a 21 de julho de 1847.

Teve um filho, António Tomás da Fonseca, que foi director da Academia de Belas Artes.

Carreira

Em 1822 foi empregado na pintura de várias salas do Palácio do Barão Quintela (actual Palácio Chiado) por Joaquim Pedro, 2º barão de Quintela e 1º conde de Farrobo, nomeadamente a escadaria principal, os dois medalhões da capela, as da sala do canto sul, as da sala de jantar e a do gabinete. Em 1878 fez o restauro dessas mesmas pinturas.

Foi nomeado professor de pintura histórica da Academia de Belas Artes de Lisboa em carta de 29 de agosto de 1837, cargo que exerceu até cerca de 1860.[4].

Também fazia litografias.

Outras informações

A 13 de janeiro de 1837 foi feito cavaleiro da Ordem de Cristo. A 7 de novembro de 1871 foi feito cavaleiro da Ordem de Carlos III de Espanha. A 18 de janeiro de 187 foi feito cavaleiro da Ordem da Rosa do Brasil. A 11 de dezembro de 1884 foi feito comendador da Ordem de Cristo[5].

A 3 de janeiro de 1840 foi aceite como correspondente da Artistica Congregazione dè Virtuosi al Pantheon de Roma. A 20 de dezembro de 1862 foi aceite como correspondente da Académie des Beaux Arts de Paris. A 3 de janeiro de 1872 foi aceite como correspondente da Real Academia de las Tres Nobles Artes de S. Fernando de Madrid[6].

Obras

  • 1822 - Pintura para o Palácio Quintela:
    • Paredes e tecto da escadaria principal.
    • Dois medalhões da capela, um com uma cabeça de Cristo, outro com uma cabeça da Virgem.
    • Paredes e tecto da Sala Romana.
    • Tecto do gabinete do lado sul.
    • Paredes e tecto da sala de jantar
    • Tecto da sala de jantar.
    • Paredes da saleta sobre o terraço.
  • 1878 - Restauro das pinturas do Palácio Quintela.
  • Retrato do papa Pio VIII - pertencente ao conde de Farrobo.
  • Cópia da "Comunhão de S. Jerónio" de Domingos Zampieri feita em Roma para a Igreja de S. Jerónimo da Caridade.
  • Pintura da "Sagrada Família" pertencente ao conde de Farrobo.
  • Retrato do peregrino português Manuel Docinho.
  • Retrato de uma Sonineza peregrinando.
  • Retrato de S. João pregando, pertencente a João Bernardo da Costa Soromenho.
  • Retrato de um cavaleiro português pertencente a José Street de Arriaga e Cunha.
  • Esboço de uma pintura da morte de Virgínia.
  • Esboço de uma pintura representando um turco a chorar a morte da sua sultana.
  • Esboço de uma pintura apresentando uma família turca.
  • Retrato do filho de Mr. Anth.
  • Pintura da Musa da Pintura.
  • Paisagem representando o Rio Aniene.
  • Duas ópia da "Sibila Otomana" de Dominichino Zampieri, uma pertencente ao conde de Farrobo, outra a José Street de Arriaga e Cunha.
  • Cópia do retrato da "Fornarina" de Rafael, pertencente a José Street de Arriaga e Cunha.
  • Cópia do "Cristo em Agonia" de Van Dyck, pertencente a Mr. Anth.
  • Cópia da "Virgem da Soledade" de Sasso-Ferrati, pertencente ao conde de Farrobo.
  • Cópia de uma pintura de Santa Luzia de Carlo-Dolci, pertencente a Mr. Anth.
  • Cópia de uma pintura da Virgem de Carlo-Dolci, pertencente ao conde de Farrobo.
  • Pintura da descoberta dos ossos de Rafael em Roma.
  • Cópia da Madonna do Monte Lúcido, pertencente ao conde de Farrobo.
  • Cópia de um almirante espanhol pintado por Van Dyck, pertencente ao conde de Farrobo.
  • Cópia de um relevo pintado em mármore representando o Triunfo do Amor, pertencente ao Conde de Farrobo.

Referências bibliográficas

  1. Viterbo, Notícia de Alguns Pintores Portuguezes e de outros que sendo estrangeiros exerceram a sua arte em Portugal, 73-74.
  2. António Manuel da Fonseca In Wikipédia, consultado a 22 de agosto de 2017.
  3. Viterbo, Notícia de Alguns Pintores Portuguezes e de outros que sendo estrangeiros exerceram a sua arte em Portugal, 74-75.
  4. Francisco de Sousa Viterbo, Notícia de Alguns Pintores Portuguezes e de outros que sendo estrangeiros exerceram a sua arte em Portugal. (Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1903), 68-69.
  5. Francisco de Sousa Viterbo, Notícia de Alguns Pintores Portuguezes e de outros que sendo estrangeiros exerceram a sua arte em Portugal. (Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1903), 68-69.
  6. Francisco de Sousa Viterbo, Notícia de Alguns Pintores Portuguezes e de outros que sendo estrangeiros exerceram a sua arte em Portugal. (Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1903), 75-76.

Bibliografia e Fontes

  • AA.VV., D. Luís I Duque do Porto e Rei de Portugal. Lisboa: Palácio Nacional da Ajuda, 1990.
  • Algumas reflexões sobre o Eneas salvando o Anchises: quadro historico do Sr. A. M. da Fonseca. Porto: Typographia Commercial Portuense, 1845.
  • Alves, Alice Nogueira, Franco, Luís Lyster (coord.), O restauro regressa às Belas-Artes. Lisboa: Faculdade de Belas-Artes, 2012.
  • Explicação collectiva de quadros d'invenção e copias executados por Antonio Manoel da Fonseca, Lisbonense, durante o progressivo curso dos seus estudos nas academias de Roma. Lisboa: Typographi de M. de Jesus Coelho e Companhia, 1835.
  • Falcão, Isabel, Em torno da pintura de história de finais de oitocentos. Lisboa: Academia das Ciências, 2015.
  • França, José-Augusto, [Artigos publicados na imprensa da autoria de José Augusto-França] compilados por Eva Arruda de Macedo. 1973-1977.
  • França, José-Augusto, A arte em Portugal no século XIX. Lisboa: Bertrand, 1981.
  • Lima, Henrique de Campos Ferreira, António Manuel da Fonseca, litógrafo. Porto: Círculo Dr. José de Figueiredo, 1944.
  • Macedo, Diogo, Académicos e Românticos. Lisboa : [Museu Nacional de Arte Contemporânea], 1950.
  • Macedo, Diogo, "Notas biográficas de dois académicos." Belas artes 8 (1955): 43-52.
  • Marques, Joaquim António, O quadro de Eneas: analyse. [Lisboa]: s.n, [1855].
  • Pamplona, Fernando de, Um século de pintura e escultura em Portugal (1830-1930). Porto: Livraria Tavares Martins, 1943.
  • Pamplona, Fernando, "Mais uma «Sagrada família»." Belas artes 21-22 (1966): 43-44.
  • Pamplona, Fernando, Dicionário de Pintores e Escultores Portugueses ou que trabalharam em Portugal. Vol. 2. Lisboa: Livraria Civilização, 1987-1988 (2ª edição).
  • Segurado, Jorge, "S. João de António Manuel da Fonseca." Belas Artes 31 (1977): 5-8.
  • Silva, Inocêncio Francisco. Diccionário bibliographico portuguez: estudos de Innocêncio Francisco da Silva aplicáveis a Portugal e ao Brazil. Lisboa: Imprensa Nacional, 1858-1923.
  • Silva, Raquel Henriques da, "Romantismo e pré-naturalismo." In História da Arte Portuguesa, vol. 3 Do Barroco à Contemporaneidade, direcção de Paulo Pereira, 329-367. Lisboa: Círculo dos Leitores, 1997.
  • Soares, Elisa et al., As Belas Artes do Romantismo em Portugal. Lisboa: IPM, 1999.
  • Viterbo, Francisco de Sousa. Notícia de Alguns Pintores Portuguezes e de outros que sendo estrangeiros exerceram a sua arte em Portugal. Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1903.

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