Aula da Esfera do Colégio de Santo Antão

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Aula da Esfera do Colégio de Santo Antão
(valor desconhecido)
Outras denominações valor desconhecido
Tipo de Instituição Ensino civil
Data de fundação 18 outubro 1590
Data de extinção 1759
Paralisação
Início: valor desconhecido
Fim: valor desconhecido
Localização
Localização Mosteiro de Santo Antão-o-Velho, Lisboa,-
Início: 1590
Fim: 1593

Localização Colégio de Santo Antão-o-Novo, Lisboa,-
Início: 1593
Fim: 1759
Antecessora valor desconhecido

Sucessora valor desconhecido


História

Dos finais do século XVI a meados do século XVIII a Aula da Esfera do Colégio Santo Antão evidencia-se como a mais importante instituição de ensino e prática científica em Portugal, assegurando de modo contínuo o ensino de disciplinas físico-matemáticas em resposta às necessidades de formação de um corpo tecnocientífico de suporte às exigências do império ultramarino. O nome da “Aula”, terá origem nos tratados de cosmografia medievais, denominados de tratados da esfera, como a obra de Sacrobosco, evidenciando de imediato a sua missão e principais conteúdos formativos[1]. Ainda que haja notícia de que a Esfera foi lecionada desde o início nos colégios de Coimbra (1542), Évora (1550 e convertido em universidade em 1559) e Lisboa (1553), é difícil avaliar a sua efetiva continuidade na segunda metade do século XVI, em muito devido ao impasse acerca do valor epistemológico da matemática e geometria[2]. Contudo, e uma vez que o ensino destas ciências passa a integrar o Ratio Studiorum (1599), pela influência de Cristovão Clávio e do Collegium Romano, a Aula da Esfera do Colégio de Santo Antão emerge como exceção no panorama português.

Se fundação do colégio de Santo Antão remonta ao ano de 1553, e embora em 1555 o padre Francisco Rodrigues ministre já conteúdos introdutórios da cosmografia e astronomia, o ensino regular e estruturado das matérias matemáticas só se estabelece em 1590. Uma data próxima à da transferência da instituição do Colégio de Santo Antão-o-Velho (Mouraria, Lisboa), para uma nova e ambiciosa sede o Colégio de Santo Antão-o-Novo (Santana, Lisboa).

A Companhia de Jesus estabelece-se em Portugal no ano de 1540, o mesmo ano da sua fundação em Roma, com a chegada dos Padres Simão Rodrigues e Francisco Xavier. Instalando-se na casa de Santo Antão, o edifício, denominado de “Coleginho”, fora erguido no local da antiga mesquita maior da Mouraria entretanto extinta e transformada no reinado de D. Manuel I em convento. Uma casa que passa pela mão de diferentes comunidades religiosas, como as freiras terceiras franciscanas, freiras dominicanas e cónegos regulares, sendo no ano de 1542, entregue por D. João III à Companhia de Jesus, que aí se instala[3]. Porém, aquando da transferência dos jesuítas para a sua nova casa, o edifício passa para a mãos dos Ermitas de Santo Agostinho que aí permanecem até à extinção das ordens religiosas.

A nova casa inaciana, o Colégio de Santo Antão-o-Novo, associa-se à figura do Cardeal D. Henrique[4] que, em 1573, assegurou da parte de D. Sebastião uma generosa renda perpétua, permitindo suportar a empresa da nova construção cuja primeira pedra é lançada a 11 de maio de 1579.

Porém, ao apoio real, o Cardeal D. Henrique impunha contrapartidas ao nível da abertura do ensino e formação técnica que estão na origem da Aula da Esfera. Conforme identificou Leitão, através de carta do Pe. Serrão ao Geral da Companhia em Roma, Everardo Mercuriano, datada de 6 de Dezembro de 1573, é explicita a condição de  “…que se acrecentassen las classes de latim que fuessen necessarias, que serian hasta una o dos, y que se leyesse una leccion de mathematica, y un curso de artes de tres en tres anos”[5].

Os planos estratégicos para o ensino jesuítico foram aqui ajustados às circunstâncias nacionais, de acordo com o pedido régio do Cardeal D. Henrique, conduzindo à integração na instituição dos cursos de formação dos pilotos da marinha, de teóricos e especialistas em náutica e cartografia em paralelo à preparação de missionários com destino às colónias. Uma abertura continuada por Filipe I, assistindo à Aula um público mais vasto do que apenas os escolásticos-estudantes da ordem[6]


Outras informações

"O edifício conhecido por Coleginho, primeira casa própria da Companhia de Jesus em todo o mundo, foi construído no sítio da mesquita maior da Mouraria, extinta em 1496. Ao cristianizar esse espaço, em 1511 D. Manuel I transforma-o num convento com a invocação de Nossa Senhora da Anunciada, destinado a religiosas terceiras franciscanas. Os trabalhos de construção do novo mosteiro iniciam-se nesse ano, mas o edifício acaba por ser entregue pelo rei à Ordem dos Pregadores, tendo nele entrado em 1519 as freiras dominicanas.


Em 1538 as dominicanas trocam de instalações com os Cónegos Regulares de Santo Antão, cujo convento ficava junto à Rua das Portas de Santo-Antão, e "levam" consigo o nome da casa religiosa. Os cónegos fazem o mesmo quando mudam para a zona alta da Mouraria.


Em Janeiro de 1542, já com a Ordem de Santo Antão extinta e havendo apenas um religioso a residir na casa de Lisboa, D. João III entrega o edifício à Companhia de Jesus, que aí se instala em 1553 e abre o primeiro colégio externo em Portugal. Em 1593 o colégio é transferido para novas instalações construídas de raiz - o Colégio de Santo Antão-o Novo (actual Hospital de São José) e no ano seguinte o edifício é vendido à Ordem dos Ermitas de Santo Agostinho, que nele institui o Colégio de Santo Agostinho."


in http://patrimoniocultural.cm-lisboa.pt/lxconventos/ficha.aspx?t=i&id=664

Professores

Curricula

Notas

  1. Luís de Albuquerque. A "Aula de Esfera" do Colégio de Santo Antão no século XVII (Lisboa: Junta de Investigação do Ultramar, 1972), 8.
  2. Henrique Leitão, A Ciência na Aula da Esfera do Colégio de Santo Antão, 1590-1759. (Lisboa: Comissariado Geral das Comemorações do V Centenário do Nascimento de S. Francisco Xavier, 2007), 30.
  3. Esta relação com a coroa, surge no encalce da reforma cultural promovida por D. João III, a qual se estende da Aula do Paço à Universidade (transferida definitivamente para Coimbra em 1537), e à criação de estudos introdutórios como o Colégio das Artes (1547), e abertura do Colégio de Jesus de Coimbra (1542) e posterior tutela do Colégio das Artes pelos Jesuítas (1555).
  4. Para Leitão (A Ciência na Aula da Esfera do Colégio de Santo Antão, 1590-1759, 94-95), é determinante resgatar o papel do cardeal D. Henrique na fundação da Aula da Esfera já que a historiografia tendeu, até muito recentemente, a vincular a origem da “Aula da Esfera” apenas ao Rei D. Sebastião.
  5. Leitão, A Ciência na Aula da Esfera do Colégio de Santo Antão, 1590-1759, 32.
  6. “A importância desta «Aula» está patente no facto de ter sido frequentada por um enorme número de alunos não jesuítas, o que lhe permite maior interferência no tecido social português. (…) A ‘Aula de Esfera’ marca, portanto, o momento em que a Província portuguesa da Companhia de Jesus se adaptou institucionalmente para o ensino da matemática, que legitimou e colocou ao dispor da sociedade laica.” Mota, Bernardo. O estatuto da matemática em Portugal nos séculos XVI e XVII (PhD thesis, 2008), 205. A regra sobre a qual os colégios deveriam funcionar exclusivamente como lares de escolásticos-estudantes foi sancionada por bula fundacional regimini militantis ecclesiae de 27 de setembro de 1540. Porém, a conduta dos alunos externos à ordem é também regulada pelo Ratio, no qual se refere que a companhia os deveria sempre orientar no amor de Deus e todas as virtudes aperfeiçoando-os nas ars liberalis como aponta Allan Farrell. The Jesuit Ratio Studiorum of 1599 (Conference of major superiors of Jesuits, 1970), 101. Estes encontravam-se obrigados a uma confissão semanal, à frequência de instrução na doutrina cristã e, no ponto 14 do documento, era recomendada a não frequência de espetáculos públicos, comédias e execuções públicas de criminosos não devendo participar em representações teatrais fora da escola sem autorização dos seus professores ou perfeito de estudos. As representações teatrais desenvolvidas pelos jesuítas constituem uma área complementar da pedagogia Inaciana, pretendendo incutir os conhecimentos e valores requeridos aos seus alunos. Segundo Margarida Tavares Conceição (Da cidade e fortificação em textos portugueses. 1540-1640. (PhD thesis, 2008), 324), conservam-se relatos que atestam o recurso a este tipo de eventos já aquando da educação de D. Sebastião.

Fontes

Bibliografia

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Ligações Internas

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Ligações Externas

http://auladaesfera.fc.ul.pt/Aula_da_Esfera/Index.html

http://www.bnportugal.gov.pt/agenda/evento-sphaera-mundi.html

http://catalogo.bnportugal.gov.pt/ipac20/ipac.jsp?uri=full=3100024~!1677444~!2&profile=bn

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https://pt.wikipedia.org/wiki/Aula_da_Esfera

http://213.63.134.120/arte-de-navegar-roteiristica-e-pilotagem/aula-da-esfera-dp1.html#.X37n95NKh0s

https://www.publico.pt/2008/02/23/jornal/visita-guiada-ao-mundo-fan--tastico-da-aula-da-esfera-250432

https://www.rtp.pt/programa/tv/p31026/e9

Autor(es) do artigo

João Cabeleira

Lab2PT - Universidade do Minho

http://orcid.org/0000-0002-6800-8557

Financiamento

Fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto TechNetEMPIRE | Redes técnico-científicas na formação do ambiente construído no Império português (1647-1871) PTDC/ART-DAQ/31959/2017

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