Charles Lassart: diferenças entre revisões

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Entre 1650 e 1657 não existem registos da sua atividade ao serviço de Portugal, levando a supor que talvez se tenha ausentado para regressar a França ou trabalhar noutro país<ref name=":0" />; durante este período terá sido substituído por [[Nicolau de Langres]], recomendado pelo próprio Lassart <ref>Matos, ''Nicolau de Langres e sua obra em Portugal'', 27.</ref> <ref>Brilhante, “Juromenha: a Chave do Guadiana...", 27.</ref>.
Entre 1650 e 1657 não existem registos da sua atividade ao serviço de Portugal, levando a supor que talvez se tenha ausentado para regressar a França ou trabalhar noutro país<ref name=":0" />; durante este período terá sido substituído por [[Nicolau de Langres]], recomendado pelo próprio Lassart <ref>Matos, ''Nicolau de Langres e sua obra em Portugal'', 27.</ref> <ref>Brilhante, “Juromenha: a Chave do Guadiana...", 27.</ref>.
De regresso a Portugal, a 31 de julho de 1657 a coroa ordenou que se ajustasse o contrato com o engenheiro, enviando-o para o Alentejo<ref>Biblioteca da Ajuda, ''Miscellanea'', manuscritos in-fol., vol. 32, fl. 32.</ref> <ref name=":0" />. Não se sabe se terá ou não morrido em Portugal, mas não existem mais notícias sobre a sua actividade a partir de 1661, quando [[Pedro de Santa Colomba|Pierre de Sainte Colombe]] refere na sua ''Resposta Apologética'' que Lassart já tinha falecido<ref>Biblioteca da Ajuda, ''Miscellanea manuscripta'', vol. XXVIII, fl. 93, Resposta Apologética..., 26 de  Dezembro de 1661.</ref> <ref>Viterbo, <i>Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros...</i>, III: 11-18.</ref>.


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"''Em 1643, tanto elle como o seu collega Gilot se tinham retirado da fronteira sem ordem nem licença, e por isso el-rei ordenara, em 22 de novembro, ao conselho de guerra que os chamasse á sua presença e os mandasse em direitura á cidade de Elvas, onde assistiriam nas fortificações com D. João da Costa, que estava encarregado d'ellas''".
"''Em 1643, tanto elle como o seu collega Gilot se tinham retirado da fronteira sem ordem nem licença, e por isso el-rei ordenara, em 22 de novembro, ao conselho de guerra que os chamasse á sua presença e os mandasse em direitura á cidade de Elvas, onde assistiriam nas fortificações com D. João da Costa, que estava encarregado d'ellas''".


Regressa a Portugal em 1657, nomeado novamente para o Alentejo com o [[Conde do Prado]]<ref name=":0">Viterbo, <i>Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal</i>, [https://archive.org/details/diccionariohisto02vite Vol II], 53-54 e 64</ref>.
Regressa a Portugal em 1657, nomeado novamente para o Alentejo com o [[Conde do Prado]]<ref name=":0">Viterbo, <i>Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros...</i>, II: 53-54 e 64</ref>.


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Matos, Gastão de Melo e. ''Nicolau de Langres e sua obra em Portugal.'' Lisboa: Gráfica Santelmo, 1941.
Matos, Gastão de Melo e. ''Nicolau de Langres e sua obra em Portugal.'' Lisboa: Gráfica Santelmo, 1941.
Sepulveda, Cristovão Aires de Magalhães. ''História Orgânica e Política do Exército Portuguez, Provas'', vol. I. Lisboa: Imprensa Nacional, 1902.


Viterbo, Francisco de Sousa. <i>Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal</i>. [https://archive.org/details/diccionariohisto02vite Vol II]. Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1904.
Viterbo, Francisco de Sousa. <i>Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal</i>. [https://archive.org/details/diccionariohisto02vite Vol II]. Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1904.


Sepulveda, Cristovão Aires de Magalhães. ''História Orgânica e Política do Exército Portuguez, Provas'', vol. I. Lisboa: Imprensa Nacional, 1902.
Viterbo, Francisco de Sousa. ''Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal.'' Vol [https://archive.org/details/diccionariohisto03vite/page/n5/mode/2up III.] Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1922.
 
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==Ligações Externas== <!--Ligações que não foram utilizadas concretamente na construção da biografia -->
==Ligações Externas== <!--Ligações que não foram utilizadas concretamente na construção da biografia -->

Revisão das 21h37min de 10 de agosto de 2021


Charles Lassart
Nome completo Charles Lassart
Outras Grafias Carlos Lasart, Carlos Lasarte, Carlos Laçar, Carlos Lagarte, Carlos Legarte, Carlos Essarts, Gilles de Lessard
Pai valor desconhecido
Mãe valor desconhecido
Cônjuge valor desconhecido
Filho(s) valor desconhecido
Irmão(s) valor desconhecido
Nascimento valor desconhecido
França
Morte 1661
Sexo Masculino
Religião valor desconhecido
Cargos
Cargo Engenheiro-mor
Data Início: 22 de março de 1642
Actividade
Actividade Vistoria
Data Início: fevereiro de 1642
Fim: março de 1642
Local de Actividade Portugal

Actividade Desenho de fortificação
Data Início: 1642
Fim: 1643
Local de Actividade Portugal

Actividade Fiscalização
Data Início: 31 de julho de 1657
Local de Actividade Alentejo, Portugal

Actividade Projecto
Data Fim: 1661
Local de Actividade Évora, Portugal


Biografia

Dados biográficos

De origem francesa, sabe-se que Charles Lassart faz parte de um conjunto de engenheiros militares que vieram de França durante o século XVII a pedido de D. João IV por via dos seus embaixadores, D. Francisco de Melo e D. Vasco Luís da Gama, conde da Vidigueira. Chegou a Lisboa em 1641 na armada do marquês de Brézé para desempenhar o cargo de engenheiro-mor, tendo sido recomendado como “técnico de fortificações muito competente” pelo cardeal duque de Richelieu[1]. Vinha acompanhado por outros engenheiros, entre os quais Nicolas de Lille, Georges du Ponsel, Pellefigure e Pierre Gilles de Saint-Paul[2] [3].

O seu nome aparece nos documentos adaptado para português, com algumas variações (Carlos Lasart, Lasarte, Essarts, Legarte, Lagarte, Laçar, Gilles de Lessard).

A sua atividade incidiu sobretudo na província do Alentejo, mais concretamente em Évora, Elvas e Beja, mas também há notícia de alguns trabalhos na costa marítima de Lisboa e Porto, bem como nas províncias de Entre Douro e Minho, Trás-os-Montes e Beira.

Entre 1650 e 1657 não existem registos da sua atividade ao serviço de Portugal, levando a supor que talvez se tenha ausentado para regressar a França ou trabalhar noutro país[4]; durante este período terá sido substituído por Nicolau de Langres, recomendado pelo próprio Lassart [5] [6].

De regresso a Portugal, a 31 de julho de 1657 a coroa ordenou que se ajustasse o contrato com o engenheiro, enviando-o para o Alentejo[7] [4]. Não se sabe se terá ou não morrido em Portugal, mas não existem mais notícias sobre a sua actividade a partir de 1661, quando Pierre de Sainte Colombe refere na sua Resposta Apologética que Lassart já tinha falecido[8] [9].


Carreira

Em fevereiro de 1642, terminada a vistoria e traça da fortificação marítima de Lisboa, é enviado ao Porto, a examinar as obras necessárias. Engenheiro-mor, nomeado a 22 de março de 1642.

A 27 de março a enviado a examinar e emendar as fortificações do Alentejo.

"Em 1643, tanto elle como o seu collega Gilot se tinham retirado da fronteira sem ordem nem licença, e por isso el-rei ordenara, em 22 de novembro, ao conselho de guerra que os chamasse á sua presença e os mandasse em direitura á cidade de Elvas, onde assistiriam nas fortificações com D. João da Costa, que estava encarregado d'ellas".

Regressa a Portugal em 1657, nomeado novamente para o Alentejo com o Conde do Prado[4].

Outras informações

Obras

Notas

  1. Lourenço, “As Fortalezas da Costa Marítima de Cascais”, 19-20.
  2. Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Consultas, Maço 1.
  3. Sepulveda, História Orgânica... Provas, I: 311-314.
  4. 4,0 4,1 4,2 Viterbo, Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros..., II: 53-54 e 64
  5. Matos, Nicolau de Langres e sua obra em Portugal, 27.
  6. Brilhante, “Juromenha: a Chave do Guadiana...", 27.
  7. Biblioteca da Ajuda, Miscellanea, manuscritos in-fol., vol. 32, fl. 32.
  8. Biblioteca da Ajuda, Miscellanea manuscripta, vol. XXVIII, fl. 93, Resposta Apologética..., 26 de Dezembro de 1661.
  9. Viterbo, Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros..., III: 11-18.

Fontes

Bibliografia

Brilhante, Miguel de Carvalho. “Juromenha: a Chave do Guadiana – O lugar, a fortificação e o futuro”. Tese de Mestrado, Universidade Nova de Lisboa, 2015.

Lourenço, Manuel Acácio Pereira. As Fortalezas da Costa Marítima de Cascais. Cascais: Câmara Municipal de Cascais, 1964.

Matos, Gastão de Melo e. Nicolau de Langres e sua obra em Portugal. Lisboa: Gráfica Santelmo, 1941.

Sepulveda, Cristovão Aires de Magalhães. História Orgânica e Política do Exército Portuguez, Provas, vol. I. Lisboa: Imprensa Nacional, 1902.

Viterbo, Francisco de Sousa. Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal. Vol II. Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1904.

Viterbo, Francisco de Sousa. Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal. Vol III. Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1922.


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