Charles Lassart: diferenças entre revisões

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A sua atividade incidiu sobretudo na província do Alentejo, mais concretamente em Évora, Elvas e Beja, mas também há notícia de alguns trabalhos na costa marítima de Lisboa e Porto, bem como nas províncias de Entre Douro e Minho, Trás-os-Montes e Beira.
A sua atividade incidiu sobretudo na província do Alentejo, mais concretamente em Évora, Elvas e Beja, mas também há notícia de alguns trabalhos na costa marítima de Lisboa e Porto, bem como nas províncias de Entre Douro e Minho, Trás-os-Montes e Beira.


Entre 1650 e 1657 não existem registos da sua atividade ao serviço de Portugal, levando a supor que talvez se tenha ausentado para regressar a França ou trabalhar noutro país<ref name=":0" />; durante este período terá sido substituído por [[Nicolau de Langres]], recomendado pelo próprio Lassart <ref>Matos, ''Nicolau de Langres e sua obra em Portugal'', 27.</ref> <ref>Brilhante, “Juromenha: a Chave do Guadiana...", 27.</ref>.
Entre 1650 e 1657 não existem registos da sua atividade ao serviço de Portugal, levando a supor que talvez se tenha ausentado para regressar a França ou trabalhar noutro país<ref name=":0">Viterbo, <i>Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros...</i>, II: 53-54 e 64.</ref>; durante este período terá sido substituído por [[Nicolau de Langres]], recomendado pelo próprio Lassart <ref>Matos, ''Nicolau de Langres e sua obra em Portugal'', 27.</ref> <ref>Brilhante, “Juromenha: a Chave do Guadiana...", 27.</ref>.


De regresso a Portugal, a 31 de julho de 1657 a coroa ordenou que se ajustasse o contrato com o engenheiro, enviando-o para o Alentejo<ref>Biblioteca da Ajuda, ''Miscellanea'', Manuscritos in-fol., vol. 32, fl. 32.</ref> <ref name=":0" />. Não se sabe se terá ou não morrido em Portugal, mas não existem mais notícias sobre a sua actividade a partir de 1661, quando [[Pedro de Santa Colomba|Pierre de Sainte Colombe]] refere na sua ''Resposta Apologética'' que Lassart já tinha falecido<ref>Biblioteca da Ajuda, ''Miscellanea manuscripta'', vol. 28, fl. 93, Resposta Apologética..., 26 de  Dezembro de 1661.</ref> <ref>Viterbo, <i>Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros...</i>, III: 11-18.</ref>.
De regresso a Portugal, a 31 de julho de 1657 a coroa ordenou que se ajustasse o contrato com o engenheiro, enviando-o para o Alentejo<ref>Biblioteca da Ajuda, ''Miscellanea'', Manuscritos in-fol., vol. 32, fl. 32.</ref> <ref name=":0" />. Não se sabe se terá ou não morrido em Portugal, mas não existem mais notícias sobre a sua actividade a partir de 1661, quando [[Pedro de Santa Colomba|Pierre de Sainte Colombe]] refere na sua ''Resposta Apologética'' que Lassart já tinha falecido<ref>Biblioteca da Ajuda, ''Miscellanea manuscripta'', vol. 28, fl. 93, Resposta Apologética..., 26 de  Dezembro de 1661.</ref> <ref name=":2">Viterbo, <i>Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros...</i>, III: 11-18.</ref>.


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Também ainda em 1642, Lassart foi incumbido de "desenhar e reconhecer as fortificações de Entre Douro e Minho e Beira <ref>Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Registos, Lv. 4, fl. 14 v., alvará de 3 de Setembro de 1642.</ref> <ref>Quinta, ''A Fortaleza de Almeida'', 135-136.</ref>. Em 28 de Fevereiro de 1643, num novo despacho régio que lhe é dirigido, recebeu nova ordem para desenhar as fortificações de Entre Douro e Minho, Trás-os-Montes e Beira: "vos encomendo e mando que logo que acabardes de desenhar e tirar as plantas de todas as [fortalezas] que tocam a essas Províncias deixando em cada uma delas oficiais práticos que as entendam para as ir dispondo com os que nelas trabalharem"<ref>Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Registos, Lv. 4, fl.58, 28 de Fevereiro de 1643.</ref>.
Também ainda em 1642, Lassart foi incumbido de "desenhar e reconhecer as fortificações de Entre Douro e Minho e Beira <ref>Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Registos, Lv. 4, fl. 14 v., alvará de 3 de Setembro de 1642.</ref> <ref>Quinta, ''A Fortaleza de Almeida'', 135-136.</ref>. Em 28 de Fevereiro de 1643, num novo despacho régio que lhe é dirigido, recebeu nova ordem para desenhar as fortificações de Entre Douro e Minho, Trás-os-Montes e Beira: "vos encomendo e mando que logo que acabardes de desenhar e tirar as plantas de todas as [fortalezas] que tocam a essas Províncias deixando em cada uma delas oficiais práticos que as entendam para as ir dispondo com os que nelas trabalharem"<ref>Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Registos, Lv. 4, fl.58, 28 de Fevereiro de 1643.</ref>.


A 27 de março a enviado a examinar e emendar as fortificações do Alentejo.
Em 1643 saiu da fronteira sem autorização, juntamente com [[João Gilot|Jean Gilot]] e foram ambos chamados por D. João IV ao Conselho de Guerra, a 22 de novembro, tendo sido enviados para Elvas onde deveriam assistir nas fortificações comandadas por D. João da Costa (futuro conde de Soure)<ref name=":0" />.


"''Em 1643, tanto elle como o seu collega Gilot se tinham retirado da fronteira sem ordem nem licença, e por isso el-rei ordenara, em 22 de novembro, ao conselho de guerra que os chamasse á sua presença e os mandasse em direitura á cidade de Elvas, onde assistiriam nas fortificações com D. João da Costa, que estava encarregado d'ellas''".
Em 1650 e a pedido do monarca, foi feita nova planta para fortificar Lisboa, na qual Lassart teria trabalhado, talvez conjuntamente com [[João Gilot|Jean Gilot]] e [[João Paschasio Cosmander|João Cosmander]]''',''' sob a direcção de D. António Luís de Menezes, marquês de Marialva, obra essa que não chegou a ser terminada por ter um perímetro demasiado grande <ref>Oliveira, ''Elementos para a história do município'', vol. V, 342-343.</ref> <ref>Castro, ''Mappa de Portugal...'', tomo III, 81.</ref> <ref>Conceição, "A fortificação moderna e a linha da circunvalação...", 181-183.</ref>.  A partir desta data e por escassez de informações depreende-se que tenha saído do país, tendo ficado [[Nicolau de Langres|Nicolas de Langres]] com o seu cargo ou responsabilidades na direcção das obras.


Regressa a Portugal em 1657, nomeado novamente para o Alentejo com o [[Conde do Prado]]<ref name=":0">Viterbo, <i>Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros...</i>, II: 53-54 e 64.</ref>.
No entanto, regressado a Portugal a 31 de julho de 1657 foi ordenado que fosse “na companhia do conde do Prado aprovar a planta de fortificação que mando fazer nas Cidades de Évora, e Beja, e dali passará logo a servir nesse exército” <ref>Biblioteca da Ajuda, ''Miscellanea'', manuscritos in-fol., vol. 32, fl. 32.</ref> <ref name=":0" />.
 
Alguns anos depois, na ''Resposta Apologética'', datada de 26 de dezembro de 1661, [[Pedro de Santa Colomba|Pierre de Sainte Colombe,]] justificado-se sobre a planta da fortificação de Évora, dá-nos conta que Lassart teria desenhado a reforma do sistema defensivo da cidade de Évora; esta seria composta por “baluartes reais e cortinas sem se valer dos muros antigos”, mas por haver outras prioridades, o trabalho não passou do projeto e seria [[Nicolau de Langres]] a começar a obra mas com "baluartes atacados aos muros"; no entanto, tendo regressado mais tarde, Lassart voltou a fazer um desenho com “meias luas destacadas” para a mesma fortificação, que por morte deste não se chegou a realizar<ref>Biblioteca da Ajuda, ''Miscellanea manuscripta'', vol. 28, fl. 93, Resposta Apologética..., 26 de Dezembro de 1661.</ref> <ref name=":2" />.


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==Fontes==<!-- Ou seja, as fontes, com links quando possível, que conhecem sobre o assunto. Atenção: Chicago bibliography-->
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Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Consultas, Maço 1.
Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Consultas, Maço 1.
Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Registos, Lv. 4, fl. 14 v., alvará de 3 de Setembro de 1642.
Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Registos, Lv. 4, fl. 14 v., alvará de 3 de Setembro de 1642.
Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Registos, Lv. 4, fl.58, 28 de Fevereiro de 1643.
Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Registos, Lv. 4, fl.58, 28 de Fevereiro de 1643.
Biblioteca da Ajuda, ''Miscellanea'', Manuscritos in-fol., vol. 32, fl. 32.
Biblioteca da Ajuda, ''Miscellanea'', Manuscritos in-fol., vol. 32, fl. 32.
Biblioteca da Ajuda, ''Miscellanea manuscripta'', vol. 28, fl. 93, Resposta Apologética..., 26 de  Dezembro de 1661.
Biblioteca da Ajuda, ''Miscellanea manuscripta'', vol. 28, fl. 93, Resposta Apologética..., 26 de  Dezembro de 1661.


==Bibliografia== <!-- Ou seja, a bibliografia, com links quando possível, que conhecem sobre o assunto. Atenção: Chicago bibliography-->
==Bibliografia== <!-- Ou seja, a bibliografia, com links quando possível, que conhecem sobre o assunto. Atenção: Chicago bibliography-->
Brilhante, Miguel de Carvalho. “Juromenha: a Chave do Guadiana – O lugar, a fortificação e o futuro”. Tese de Mestrado, Universidade Nova de Lisboa, 2015.
Brilhante, Miguel de Carvalho. “Juromenha: a Chave do Guadiana – O lugar, a fortificação e o futuro”. Tese de Mestrado, Universidade Nova de Lisboa, 2015.
Castro, João Baptista de. ''Mappa de Portugal Antigo e Moderno'', [https://purl.pt/436/4/hg-4126-v/hg-4126-v_item4/hg-4126-v_PDF/hg-4126-v_PDF_24-C-R0150/hg-4126-v_0000_capa-g_t24-C-R0150.pdf) tomo III.] Lisboa: Oficina Patriarcal de Luís Francisco Ameno, (1758) 1763.
Conceição, Margarida Tavares da. "A fortificação moderna e a linha da circunvalação (notas sobre os limites urbanos de Lisboa)". [https://issuu.com/gabinete.estudos.olisiponenses/docs/rossio_5_issuu? ''Rossio Estudos de Lisboa'' 5,] 2015: 179-199.


Lourenço, Manuel Acácio Pereira. ''As Fortalezas da Costa Marítima de Cascais''. Cascais: Câmara Municipal de Cascais, 1964.
Lourenço, Manuel Acácio Pereira. ''As Fortalezas da Costa Marítima de Cascais''. Cascais: Câmara Municipal de Cascais, 1964.


Matos, Gastão de Melo e. ''Nicolau de Langres e sua obra em Portugal.'' Lisboa: Gráfica Santelmo, 1941.
Matos, Gastão de Melo e. ''Nicolau de Langres e sua obra em Portugal.'' Lisboa: Gráfica Santelmo, 1941.
Oliveira, Eduardo Freire. ''Elementos para a história do município de Lisboa'', vol. V. Lisboa: Typographia Universal, 1889.


Quinta, Ana Luísa. ''A Fortaleza de Almeida, uma perspectiva arquitectónica''. Almeida: Câmara Municipal de Almeida, 2008.
Quinta, Ana Luísa. ''A Fortaleza de Almeida, uma perspectiva arquitectónica''. Almeida: Câmara Municipal de Almeida, 2008.

Revisão das 20h49min de 30 de setembro de 2022


Charles Lassart
Nome completo Charles Lassart
Outras Grafias Carlos Lasart, Carlos Lasarte, Carlos Laçar, Carlos Lagarte, Carlos Legarte, Carlos Essarts, Gilles de Lessard
Pai valor desconhecido
Mãe valor desconhecido
Cônjuge valor desconhecido
Filho(s) valor desconhecido
Irmão(s) valor desconhecido
Nascimento valor desconhecido
França
Morte 1661
Sexo Masculino
Religião valor desconhecido
Cargos
Cargo Engenheiro-mor
Data Início: 22 de março de 1642
Actividade
Actividade Vistoria
Data Início: fevereiro de 1642
Fim: março de 1642
Local de Actividade Portugal

Actividade Desenho de fortificação
Data Início: 1642
Fim: 1643
Local de Actividade Portugal

Actividade Fiscalização
Data Início: 31 de julho de 1657
Local de Actividade Alentejo, Portugal

Actividade Projecto
Data Fim: 1661
Local de Actividade Évora, Portugal


Biografia

Dados biográficos

Sabe-se que Charles Lassart faz parte de um conjunto de engenheiros militares que vieram de França durante o século XVII a pedido de D. João IV por via dos seus embaixadores, D. Francisco de Melo e D. Vasco Luís da Gama, conde da Vidigueira. Chegou a Lisboa em 1641 na armada do marquês de Brézé para desempenhar o cargo de engenheiro-mor, tendo sido recomendado como “técnico de fortificações muito competente” pelo cardeal duque de Richelieu[1]. Vinha acompanhado por outros engenheiros, entre os quais Nicolas de Lille, Georges du Ponsel, Pellefigure e Pierre Gilles de Saint-Paul[2] [3].

O seu nome aparece nos documentos adaptado para português, com algumas variações (Carlos Lasart, Lasarte, Essarts, Legarte, Lagarte, Laçar, Gilles de Lessard).

A sua atividade incidiu sobretudo na província do Alentejo, mais concretamente em Évora, Elvas e Beja, mas também há notícia de alguns trabalhos na costa marítima de Lisboa e Porto, bem como nas províncias de Entre Douro e Minho, Trás-os-Montes e Beira.

Entre 1650 e 1657 não existem registos da sua atividade ao serviço de Portugal, levando a supor que talvez se tenha ausentado para regressar a França ou trabalhar noutro país[4]; durante este período terá sido substituído por Nicolau de Langres, recomendado pelo próprio Lassart [5] [6].

De regresso a Portugal, a 31 de julho de 1657 a coroa ordenou que se ajustasse o contrato com o engenheiro, enviando-o para o Alentejo[7] [4]. Não se sabe se terá ou não morrido em Portugal, mas não existem mais notícias sobre a sua actividade a partir de 1661, quando Pierre de Sainte Colombe refere na sua Resposta Apologética que Lassart já tinha falecido[8] [9].


Carreira

Foi nomeado engenheiro-mor do reino por decreto de 22 de Março de 1642 com um soldo de sessenta e quatro mil réis [4] [10]. Mas, já em Fevereiro de 1642, tinha sido encarregue de fazer “vistorias e traças da fortificação marítima” nos arredores de Lisboa, em Cascais, onde deixou o seu tenente, Philippe Guitau na coordenação da obra[1]. Terminado este trabalho seguiu para o Porto, acompanhado pelo bailio Brás Pereira Brandão, com o mesmo propósito de “examinar as obras que naquela cidade e nos lugares da costa se tornavam necessárias”; após este trabalho, pode depreender-se que deveria fazer uma planta e encarregar um oficial para a execução dos projetos[4].

Ainda no mesmo ano de 1642, a 27 de Março, foi encarregado de fazer vistorias e reparações necessárias às fortificações do Alentejo, sinal de que o trabalho anterior no Porto não deve ter sido executado, na opinião de Sousa Viterbo.

Também ainda em 1642, Lassart foi incumbido de "desenhar e reconhecer as fortificações de Entre Douro e Minho e Beira [11] [12]. Em 28 de Fevereiro de 1643, num novo despacho régio que lhe é dirigido, recebeu nova ordem para desenhar as fortificações de Entre Douro e Minho, Trás-os-Montes e Beira: "vos encomendo e mando que logo que acabardes de desenhar e tirar as plantas de todas as [fortalezas] que tocam a essas Províncias deixando em cada uma delas oficiais práticos que as entendam para as ir dispondo com os que nelas trabalharem"[13].

Em 1643 saiu da fronteira sem autorização, juntamente com Jean Gilot e foram ambos chamados por D. João IV ao Conselho de Guerra, a 22 de novembro, tendo sido enviados para Elvas onde deveriam assistir nas fortificações comandadas por D. João da Costa (futuro conde de Soure)[4].

Em 1650 e a pedido do monarca, foi feita nova planta para fortificar Lisboa, na qual Lassart teria trabalhado, talvez conjuntamente com Jean Gilot e João Cosmander, sob a direcção de D. António Luís de Menezes, marquês de Marialva, obra essa que não chegou a ser terminada por ter um perímetro demasiado grande [14] [15] [16]. A partir desta data e por escassez de informações depreende-se que tenha saído do país, tendo ficado Nicolas de Langres com o seu cargo ou responsabilidades na direcção das obras.

No entanto, regressado a Portugal a 31 de julho de 1657 foi ordenado que fosse “na companhia do conde do Prado aprovar a planta de fortificação que mando fazer nas Cidades de Évora, e Beja, e dali passará logo a servir nesse exército” [17] [4].

Alguns anos depois, na Resposta Apologética, datada de 26 de dezembro de 1661, Pierre de Sainte Colombe, justificado-se sobre a planta da fortificação de Évora, dá-nos conta que Lassart teria desenhado a reforma do sistema defensivo da cidade de Évora; esta seria composta por “baluartes reais e cortinas sem se valer dos muros antigos”, mas por haver outras prioridades, o trabalho não passou do projeto e seria Nicolau de Langres a começar a obra mas com "baluartes atacados aos muros"; no entanto, tendo regressado mais tarde, Lassart voltou a fazer um desenho com “meias luas destacadas” para a mesma fortificação, que por morte deste não se chegou a realizar[18] [9].

Outras informações

Obras

Notas

  1. 1,0 1,1 Carta de D. António Luís Meneses a D. João IV, 13 de Maio de 1642, citada por Lourenço, “As Fortalezas da Costa Marítima de Cascais”, 19-20.
  2. Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Consultas, Maço 1.
  3. Sepulveda, História Orgânica e Política..., vol. I, 311-314.
  4. 4,0 4,1 4,2 4,3 4,4 4,5 Viterbo, Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros..., II: 53-54 e 64.
  5. Matos, Nicolau de Langres e sua obra em Portugal, 27.
  6. Brilhante, “Juromenha: a Chave do Guadiana...", 27.
  7. Biblioteca da Ajuda, Miscellanea, Manuscritos in-fol., vol. 32, fl. 32.
  8. Biblioteca da Ajuda, Miscellanea manuscripta, vol. 28, fl. 93, Resposta Apologética..., 26 de Dezembro de 1661.
  9. 9,0 9,1 Viterbo, Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros..., III: 11-18.
  10. Sepúlveda, História Orgânica e Política..., vol. V, 90.
  11. Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Registos, Lv. 4, fl. 14 v., alvará de 3 de Setembro de 1642.
  12. Quinta, A Fortaleza de Almeida, 135-136.
  13. Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Registos, Lv. 4, fl.58, 28 de Fevereiro de 1643.
  14. Oliveira, Elementos para a história do município, vol. V, 342-343.
  15. Castro, Mappa de Portugal..., tomo III, 81.
  16. Conceição, "A fortificação moderna e a linha da circunvalação...", 181-183.
  17. Biblioteca da Ajuda, Miscellanea, manuscritos in-fol., vol. 32, fl. 32.
  18. Biblioteca da Ajuda, Miscellanea manuscripta, vol. 28, fl. 93, Resposta Apologética..., 26 de Dezembro de 1661.

Fontes

Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Consultas, Maço 1.

Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Registos, Lv. 4, fl. 14 v., alvará de 3 de Setembro de 1642.

Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Registos, Lv. 4, fl.58, 28 de Fevereiro de 1643.

Biblioteca da Ajuda, Miscellanea, Manuscritos in-fol., vol. 32, fl. 32.

Biblioteca da Ajuda, Miscellanea manuscripta, vol. 28, fl. 93, Resposta Apologética..., 26 de Dezembro de 1661.

Bibliografia

Brilhante, Miguel de Carvalho. “Juromenha: a Chave do Guadiana – O lugar, a fortificação e o futuro”. Tese de Mestrado, Universidade Nova de Lisboa, 2015.

Castro, João Baptista de. Mappa de Portugal Antigo e Moderno, tomo III. Lisboa: Oficina Patriarcal de Luís Francisco Ameno, (1758) 1763.

Conceição, Margarida Tavares da. "A fortificação moderna e a linha da circunvalação (notas sobre os limites urbanos de Lisboa)". Rossio Estudos de Lisboa 5, 2015: 179-199.

Lourenço, Manuel Acácio Pereira. As Fortalezas da Costa Marítima de Cascais. Cascais: Câmara Municipal de Cascais, 1964.

Matos, Gastão de Melo e. Nicolau de Langres e sua obra em Portugal. Lisboa: Gráfica Santelmo, 1941.

Oliveira, Eduardo Freire. Elementos para a história do município de Lisboa, vol. V. Lisboa: Typographia Universal, 1889.

Quinta, Ana Luísa. A Fortaleza de Almeida, uma perspectiva arquitectónica. Almeida: Câmara Municipal de Almeida, 2008.

Sepúlveda, Cristovão Aires de Magalhães. História Orgânica e Política do Exército Portuguez, Provas, vol. I. Lisboa: Imprensa Nacional, 1902.

Sepúlveda, Cristovão Aires de Magalhães. História Orgânica e Política do Exército Portuguez, Provas, vol. V. Lisboa: Imprensa Nacional, 1910.

Viterbo, Francisco de Sousa. Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal. Vol II. Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1904.

Viterbo, Francisco de Sousa. Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal. Vol III. Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1922.


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