Charles Lassart
Charles Lassart | |
---|---|
Nome completo | Charles Lassart |
Outras Grafias | Carlos Lasart, Carlos Lasarte, Carlos Laçar, Carlos Lagarte, Carlos Legarte, Carlos Essarts, Gilles de Lessard |
Pai | valor desconhecido |
Mãe | valor desconhecido |
Cônjuge | valor desconhecido |
Filho(s) | valor desconhecido |
Irmão(s) | valor desconhecido |
Nascimento | valor desconhecido França |
Morte | 1661 |
Sexo | Masculino |
Religião | valor desconhecido |
Cargos | |
Cargo | Engenheiro-mor |
Data | Início: 22 de março de 1642 |
Actividade | |
Actividade | Vistoria |
Data | Início: fevereiro de 1642 Fim: março de 1642 |
Local de Actividade | Portugal |
Actividade | Desenho de fortificação |
Data | Início: 1642 Fim: 1643 |
Local de Actividade | Portugal |
Actividade | Fiscalização |
Data | Início: 31 de julho de 1657 |
Local de Actividade | Alentejo, Portugal |
Actividade | Projecto |
Data | Fim: 1661 |
Local de Actividade | Évora, Portugal |
Biografia
Dados biográficos
De origem francesa, sabe-se que Charles Lassart faz parte de um conjunto de engenheiros militares que vieram de França durante o século XVII a pedido de D. João IV por via dos seus embaixadores, D. Francisco de Melo e D. Vasco Luís da Gama, conde da Vidigueira. Chegou a Lisboa em 1641 na armada do marquês de Brézé para desempenhar o cargo de engenheiro-mor, tendo sido recomendado como “técnico de fortificações muito competente” pelo cardeal duque de Richelieu[1]. Vinha acompanhado por outros engenheiros, entre os quais Nicolas de Lille, Georges du Ponsel, Pellefigure e Pierre Gilles de Saint-Paul[2] [3].
O seu nome aparece nos documentos adaptado para português, com algumas variações (Carlos Lasart, Lasarte, Essarts, Legarte, Lagarte, Laçar, Gilles de Lessard).
A sua atividade incidiu sobretudo na província do Alentejo, mais concretamente em Évora, Elvas e Beja, mas também há notícia de alguns trabalhos na costa marítima de Lisboa e Porto, bem como nas províncias de Entre Douro e Minho, Trás-os-Montes e Beira.
Entre 1650 e 1657 não existem registos da sua atividade ao serviço de Portugal, levando a supor que talvez se tenha ausentado para regressar a França ou trabalhar noutro país[4]; durante este período terá sido substituído por Nicolau de Langres, recomendado pelo próprio Lassart [5] [6].
De regresso a Portugal, a 31 de julho de 1657 a coroa ordenou que se ajustasse o contrato com o engenheiro, enviando-o para o Alentejo[7] [4]. Não se sabe se terá ou não morrido em Portugal, mas não existem mais notícias sobre a sua actividade a partir de 1661, quando Pierre de Sainte Colombe refere na sua Resposta Apologética que Lassart já tinha falecido[8] [9].
Carreira
Em fevereiro de 1642, terminada a vistoria e traça da fortificação marítima de Lisboa, é enviado ao Porto, a examinar as obras necessárias. Engenheiro-mor, nomeado a 22 de março de 1642.
A 27 de março a enviado a examinar e emendar as fortificações do Alentejo.
"Em 1643, tanto elle como o seu collega Gilot se tinham retirado da fronteira sem ordem nem licença, e por isso el-rei ordenara, em 22 de novembro, ao conselho de guerra que os chamasse á sua presença e os mandasse em direitura á cidade de Elvas, onde assistiriam nas fortificações com D. João da Costa, que estava encarregado d'ellas".
Regressa a Portugal em 1657, nomeado novamente para o Alentejo com o Conde do Prado[4].
Outras informações
Obras
Notas
- ↑ Lourenço, “As Fortalezas da Costa Marítima de Cascais”, 19-20.
- ↑ Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Consultas, Maço 1.
- ↑ Sepulveda, História Orgânica... Provas, I: 311-314.
- ↑ 4,0 4,1 4,2 Viterbo, Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros..., II: 53-54 e 64
- ↑ Matos, Nicolau de Langres e sua obra em Portugal, 27.
- ↑ Brilhante, “Juromenha: a Chave do Guadiana...", 27.
- ↑ Biblioteca da Ajuda, Miscellanea, manuscritos in-fol., vol. 32, fl. 32.
- ↑ Biblioteca da Ajuda, Miscellanea manuscripta, vol. XXVIII, fl. 93, Resposta Apologética..., 26 de Dezembro de 1661.
- ↑ Viterbo, Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros..., III: 11-18.
Fontes
Bibliografia
Brilhante, Miguel de Carvalho. “Juromenha: a Chave do Guadiana – O lugar, a fortificação e o futuro”. Tese de Mestrado, Universidade Nova de Lisboa, 2015.
Lourenço, Manuel Acácio Pereira. As Fortalezas da Costa Marítima de Cascais. Cascais: Câmara Municipal de Cascais, 1964.
Matos, Gastão de Melo e. Nicolau de Langres e sua obra em Portugal. Lisboa: Gráfica Santelmo, 1941.
Sepulveda, Cristovão Aires de Magalhães. História Orgânica e Política do Exército Portuguez, Provas, vol. I. Lisboa: Imprensa Nacional, 1902.
Viterbo, Francisco de Sousa. Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal. Vol II. Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1904.
Viterbo, Francisco de Sousa. Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal. Vol III. Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1922.
Ligações Externas
Autor(es) do artigo
DOI
Citar este artigo
- Charles Lassart (última modificação: 10/08/2021). eViterbo. Visitado em 06 de maio de 2024, em https://eviterbo.fcsh.unl.pt/wiki/Charles_Lassart