Estola: diferenças entre revisões

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==Definição==
===Glossário=== 
Deriva-se do grego ''Stoli'', antiga vestidura de matronas que cobria todo o corpo até aos pés e ''Stoli'' se deriva do verbo grego ''Stellomai, id est, induo''. Esta vestidura, chamada ''Stola'' não só era própria das matronas, mas também era usada dos reis e eles a concediam a súbditos beneméritos, como prémio da virtude. Na Grécia também os homens traziam estola e no livro último das Metamorfoses diz Apuleio que na antiga gentilidade era a ''stola'' vestidura sacerdotal. Não falta quem diga que a estola dos nossos sacerdotes não é outra coisa que as extremidades dianteiras da vestidura pontifical do sumo sacerdote dos hebreus. No pescoço do sacerdote, significa estola, misticamente, a corda com que Cristo foi preso e na estola se representa a cruz quando sobre o peito se dobra. Nos bispos, desce a estola direita e não em cruz, porque põem cruz peitoral. No sentido moral, significa a estola a suavidade do jugo de Cristo. Antigamente não saíam os sacerdotes fora de casa sem estola e das palavras de um antigo concílio se argumenta que a estola sacerdotal daqueles tempos cobria todo o corpo de sacerdote. Na Panóplia Sacerdotal, part. I, lib. 5, cap. 10, acharás uma série de muitos milagres obrados por sacerdotes e prelados da igreja com a estola. Escreve Alcuíno que antigamente os oradores evangélicos pregavam com estola, e por isso lhe chamavam em latim ''Orarium'' do orar no púlpito. Ainda hoje guardamos este costume os filhos de S. Caetano, excepto em Roma, onde a estola é insígnia e hábito particular do Pontífice. ''Stola, ae. Fem.'' Em muitos lugares da Sagrada Escritura se toma esta palavra no sentido místico. ''Stola gloriae vestiet illum. Ecclesiast. 15, 5. Lavant stolas suas in sanguine Agni. Apocalips. 22, 14.'' A resplandecente estola da imortalidade. Mon. Lusit. Tom. 4, fol. 131, col. 3<ref>Bluteau, ''Vocabulario Portuguez e latino'' (Tomo III: E), 326.</ref>.
Deriva-se do grego ''Stoli'', antiga vestidura de matronas que cobria todo o corpo até aos pés e ''Stoli'' se deriva do verbo grego ''Stellomai, id est, induo''. Esta vestidura, chamada ''Stola'' não só era própria das matronas, mas também era usada dos reis e eles a concediam a súbditos beneméritos, como prémio da virtude. Na Grécia também os homens traziam estola e no livro último das Metamorfoses diz Apuleio que na antiga gentilidade era a ''stola'' vestidura sacerdotal. Não falta quem diga que a estola dos nossos sacerdotes não é outra coisa que as extremidades dianteiras da vestidura pontifical do sumo sacerdote dos hebreus. No pescoço do sacerdote, significa estola, misticamente, a corda com que Cristo foi preso e na estola se representa a cruz quando sobre o peito se dobra. Nos bispos, desce a estola direita e não em cruz, porque põem cruz peitoral. No sentido moral, significa a estola a suavidade do jugo de Cristo. Antigamente não saíam os sacerdotes fora de casa sem estola e das palavras de um antigo concílio se argumenta que a estola sacerdotal daqueles tempos cobria todo o corpo de sacerdote. Na Panóplia Sacerdotal, part. I, lib. 5, cap. 10, acharás uma série de muitos milagres obrados por sacerdotes e prelados da igreja com a estola. Escreve Alcuíno que antigamente os oradores evangélicos pregavam com estola, e por isso lhe chamavam em latim ''Orarium'' do orar no púlpito. Ainda hoje guardamos este costume os filhos de S. Caetano, excepto em Roma, onde a estola é insígnia e hábito particular do Pontífice. ''Stola, ae. Fem.'' Em muitos lugares da Sagrada Escritura se toma esta palavra no sentido místico. ''Stola gloriae vestiet illum. Ecclesiast. 15, 5. Lavant stolas suas in sanguine Agni. Apocalips. 22, 14.'' A resplandecente estola da imortalidade. Mon. Lusit. Tom. 4, fol. 131, col. 3<ref>Bluteau, ''Vocabulario Portuguez e latino'' (Tomo III: E), 326.</ref>.


==Referências bibliográficas==
 
Fita de [[seda]] mais larga nas pontas que os sacerdotes colocam sobre os ombros entre a [[alva]] e a [[casula]] ou, por vezes, por cima da sobrepeliz ; peça de vestuário feminino que chegava até aos pés, normalmente em pele que se assemelha à tira de seda sacerdotal. [http://www.portasadentro.ics.uminho.pt/e.asp Cf. Glossário Portas Adentro, ICS-uMinho]
 
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==Bibliografia e Fontes==
==Fontes==<!-- Ou seja, as fontes, com links quando possível, que conhecem sobre o assunto. Atenção: Chicago bibliography-->
*Bluteau, Rafael. ''Vocabulario portuguez e latino, aulico, anatomico, architectonico, bellico, botanico, brasilico, comico, critico, chimico, dogmatico, dialectico, dendrologico, ecclesiastico, etymologico, economico, florifero, forense, fructifero... autorizado com exemplos dos melhores escritores portugueses, e latinos...'' Tomo III: Letra D-EYC. Coimbra: Collegio das Artes da Companhia de Jesu, 1713.  
==Bibliografia == <!-- Ou seja, a bibliografia, com links quando possível, que conhecem sobre o assunto. Atenção: Chicago bibliography-->
Bluteau, Rafael, ''Vocabulário Português e Latino…'', 8 vols. e 2 Suplementos. Coimbra: Colégio das Artes da Companhia de Jesus, 1712-1728.
 
Moraes, António de, ''Dicionário da Língua Portuguesa'', 2.ª ed., 2 vols. Lisboa: Typographia Lacerdina, 1813.
 
Moraes, António de, ''Grande Dicionário da Língua Portuguesa'', 10.ª ed., 12 vols. Lisboa: Confluência, 1949-1957.
 
==Ligações Externas== <!--Ligações externas a sítios de internet, etc. que não foram utilizadas concretamente na construção da biografia -->
<!-- Comentários vossos e bibliografia citada pelas fontes -->
 
==Autor(es) do artigo==
Andreia Fontenete Louro
 
==Financiamento==
Fundação Calouste Gulbenkian - Projetos de Investigação em Língua e Cultura Portuguesa 2019, Ref.: 227751.


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Revisão das 02h18min de 21 de setembro de 2019

Definição

Glossário

Deriva-se do grego Stoli, antiga vestidura de matronas que cobria todo o corpo até aos pés e Stoli se deriva do verbo grego Stellomai, id est, induo. Esta vestidura, chamada Stola não só era própria das matronas, mas também era usada dos reis e eles a concediam a súbditos beneméritos, como prémio da virtude. Na Grécia também os homens traziam estola e no livro último das Metamorfoses diz Apuleio que na antiga gentilidade era a stola vestidura sacerdotal. Não falta quem diga que a estola dos nossos sacerdotes não é outra coisa que as extremidades dianteiras da vestidura pontifical do sumo sacerdote dos hebreus. No pescoço do sacerdote, significa estola, misticamente, a corda com que Cristo foi preso e na estola se representa a cruz quando sobre o peito se dobra. Nos bispos, desce a estola direita e não em cruz, porque põem cruz peitoral. No sentido moral, significa a estola a suavidade do jugo de Cristo. Antigamente não saíam os sacerdotes fora de casa sem estola e das palavras de um antigo concílio se argumenta que a estola sacerdotal daqueles tempos cobria todo o corpo de sacerdote. Na Panóplia Sacerdotal, part. I, lib. 5, cap. 10, acharás uma série de muitos milagres obrados por sacerdotes e prelados da igreja com a estola. Escreve Alcuíno que antigamente os oradores evangélicos pregavam com estola, e por isso lhe chamavam em latim Orarium do orar no púlpito. Ainda hoje guardamos este costume os filhos de S. Caetano, excepto em Roma, onde a estola é insígnia e hábito particular do Pontífice. Stola, ae. Fem. Em muitos lugares da Sagrada Escritura se toma esta palavra no sentido místico. Stola gloriae vestiet illum. Ecclesiast. 15, 5. Lavant stolas suas in sanguine Agni. Apocalips. 22, 14. A resplandecente estola da imortalidade. Mon. Lusit. Tom. 4, fol. 131, col. 3[1].


Fita de seda mais larga nas pontas que os sacerdotes colocam sobre os ombros entre a alva e a casula ou, por vezes, por cima da sobrepeliz ; peça de vestuário feminino que chegava até aos pés, normalmente em pele que se assemelha à tira de seda sacerdotal. Cf. Glossário Portas Adentro, ICS-uMinho

Alterações

Outras informações

Obra

Referências bibliográficas

  1. Bluteau, Vocabulario Portuguez e latino (Tomo III: E), 326.

Fontes

Bibliografia

Bluteau, Rafael, Vocabulário Português e Latino…, 8 vols. e 2 Suplementos. Coimbra: Colégio das Artes da Companhia de Jesus, 1712-1728.

Moraes, António de, Dicionário da Língua Portuguesa, 2.ª ed., 2 vols. Lisboa: Typographia Lacerdina, 1813.

Moraes, António de, Grande Dicionário da Língua Portuguesa, 10.ª ed., 12 vols. Lisboa: Confluência, 1949-1957.

Ligações Externas

Autor(es) do artigo

Andreia Fontenete Louro

Financiamento

Fundação Calouste Gulbenkian - Projetos de Investigação em Língua e Cultura Portuguesa 2019, Ref.: 227751.

DOI

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