Francisco Custódio de Azevedo: diferenças entre revisões
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Castro, José Liberal de. "Notas relativas à arquitetura antiga no Ceará". Tese apresentada para concurso de Livre-docência, Departamento de Arquitetura e Urbanismo - Universidade Federal do Ceará, 1980. | |||
Castro, José Liberal de. "Ceará, sua arquitetura e seus arquitetos". Em ''Cadernos Brasileiros de Arquitetura. Panorama da Arquitetura Cearense,'' vol. 1. São Paulo: Projeto Editores Associados, 1982. | |||
Castro, José Liberal de. "Cartografia Cearense no Arquivo Histórico do Exército". ''Revista do Instituto do Ceará'' 111, (1997). | |||
Castro, José Liberal de. "Urbanização Pombalina no Ceará: a paisagem da vila de Montemor-o-Novo da América". ''Revista do Instituto do Ceará'' 113, (1999). | |||
Jucá Neto, Clovis Ramiro. "Ritual, Rigor e Pragmatismo: os procedimentos de instalação da Vila de Monte-Mór o Novo da América". Em ''Anais XIV Encontro Nacional da ANPUR - Quem planeja o território? Atores, arenas e estratégias''. Rio de Janeiro: ANPUR, 2011. | |||
Jucá Neto, Clovis Ramiro. "Salve o Rei!!! A Vila de Montemor-o-Novo d’ América fora instalada na Capitania do Ceará. A formalidade de que manda o novo método". Em ''Aproximações: cultura e política'', edição por Ana Amelia M.C. de Melo e Irenísia Torres de Oliveira. Fortaleza: Expressão Gráfica Editora, 2013. | |||
Jucá Neto, Clovis Ramiro. ''Primórdios da Urbanização no Ceará''. Fortaleza - Ceará: Edições UFC: Editora Banco do Nordeste do Brasil, 2012. | |||
Girão, Raimundo e Antônio Martins Filho. ''O Ceará''. Fortaleza – Ceará: Editora Fortaleza, 1939. | |||
"Registro dos Autos da Erecção da Real Villa de Monte-mor o Novo da América, na capitania do Ceará Grande – Parte I e II". ''Revista do Instituto do Ceará'' 5, (1891). | |||
Sepúlveda, Cristóvão Aires de Magalhães. ''Historia Organica e Politica do Exercito Português''. Vol. 7. Coimbra: Imprensa da Universidade, 1913[https://purl.pt/24869/4/ .] | |||
Sepúlveda, Cristóvão Aires de Magalhães. ''Historia Organica e Politica do Exercito Português''. Vol. 9. Coimbra: Imprensa da Universidade, 1917[https://purl.pt/24869/4/ .] | |||
STUDART, | STUDART, Guilherme (Dr.). ''Notas para a História do Ceará (Segunda metade do século XVIII)''. Lisboa: Typographia do Recreio, 1892. PP. 9 – 60. | ||
Studart, Barão. "Geografia do Ceará". ''Revista do Instituto do Ceará'' 37, (1923): 296 – 297. | |||
Studart, Barão de. ''Datas e factos para a história do Ceará,'' edição fac-símile. Fortaleza: Fundação Waldemar Alcântara, 2001. | |||
< | Viterbo, Francisco de Sousa. ''Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal''. Vol. 1. Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1899[https://archive.org/details/diccionariohisto01vite .] | ||
Viterbo, Francisco de Sousa. ''Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal''. Vol. 2. Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1904[https://archive.org/details/diccionariohisto02vite .] | |||
Viterbo, Francisco de Sousa. ''Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal''. Vol. 3. Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1922[https://archive.org/details/diccionariohisto03vite .] | |||
Viterbo, Francisco de Sousa. ''Expedições Científico-Militares enviadas ao Brasil'', coordenação, aditamentos e introdução de Jorge Faro. Vol. 1. Lisboa: Edições Panorama, 1962<!-- Ou seja, a bibliografia, com links quando possível, que conhecem sobre o assunto. Atenção: Chicago bibliography--> | |||
==Autor(es) do artigo== | ==Autor(es) do artigo== | ||
Clovis Ramiro Jucá Neto | Clovis Ramiro Jucá Neto |
Revisão das 13h22min de 3 de julho de 2023
Francisco Custódio de Azevedo | |
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Nome completo | Francisco Custódio de Azevedo |
Outras Grafias | Custódio Francisco de Azevedo |
Pai | valor desconhecido |
Mãe | valor desconhecido |
Cônjuge | valor desconhecido |
Filho(s) | valor desconhecido |
Irmão(s) | valor desconhecido |
Nascimento | 1700 Portugal |
Morte | 1784 Ceará, Brasil |
Sexo | Masculino |
Religião | valor desconhecido |
Actividade | |
Actividade | Expedição |
Data | Início: 1743 |
Local de Actividade | Ceará, Brasil |
Actividade | Desenho urbano |
Local de Actividade | Ceará, Brasil |
Actividade | Desenho de arquitectura |
Local de Actividade | Ceará, Brasil |
Actividade | Desenho urbano |
Data | Início: 1764 Fim: 1773 |
Local de Actividade | Ceará, Brasil |
Actividade | Desenho de arquitectura |
Local de Actividade | Fortaleza, Ceará, Brasil |
Biografia
Dados biográficos
Francisco Custódio de Azevedo[1]nasceu em Portugal, no ano de 1700, e faleceu em 1784 na capitania do Ceará, no Brasil[2].
Carreira
Segundo o arquiteto José Liberal de Castro, Francisco Custódio de Azevedo pertenceu a “uma equipe de mineradores encarregados de pesquisar ouro no sopé da Serra da Ibiapaba[3], por volta de 1743”[4] na Capitania do Ceará; mais especificamente nas “minas do Araticum em Ubajara”[5]. Ainda segundo Castro, diante do pouco resultado das catas, o “grupo se dispersou após penosa demanda com o empreiteiro da mineração”[6].
O profissional fixou residência em território cearense, “radicando-se na Serra dos Cocos, um dos contrafortes da Ibiapaba”. Não se conhece a formação técnica do minerador português[7]; embora Barão de Studart o trate como “engenheiro capitão”.[8] Francisco Custódio de Azevedo fora responsável, na capitania do Ceará, pela demarcação de vilas e elaboração, berm como dos riscos de várias casas de câmara e cadeia. Também de acordo com Castro tratava-se de um “profissional portador de bons conhecimentos de topografia, pois inúmeras vezes foi convocado para prestar serviços de medições em vários locais da Capitania”.[9]
Em 1764, o engenheiro orquestrou a instalação da Vila de Montemor-o-Novo D’América, atual cidade de Baturité[10], no Ceará. A documentação referente à instalação do núcleo compõe um importante roteiro do método português de fazer vilas. Os documentos encontram-se publicados na Revista do Instituto do Ceará, em publicação datada de 1891[11]. O conjunto documental é composto por mais de 40 registros de medições e definições do traçado e do patrimônio da vila, possivelmente escritos na casa que servia de sede provisória da futura câmara. Os registros foram devidamente assinados pelo ouvidor-mor da capitania do Ceará Victorino Soares Barbosa, por Francisco Custódio de Azevedo e seu ajudante de corda, o meirinho Antonio Gomes de Freitas[12].
Após a escolha do sítio, em “o lugar que era mais conveniente para assentar e erigir” a vila, o ouvidor-mor Victorino Soares Barbosa[13] “mandou vir à sua presença Francisco Custódio de Azevedo, engenheiro de profissão e morador na serra dos Coquos”, com o “instrumento chamado prancheta ou círculo dimensório” e a “corda” para medição de “qualquer terra com dez braças de comprido, como manda o novo método de fazer cartas geográficas”.[14]
Antes de dar início às medições, o profissional apresentou os instrumentos de trabalho. O círculo dimensório era “graduado com os 360 graus da periferia em que se compreendem todos os oito rumos principais, quartas e meias partidas, que mostravam também estar cevado nos dois polos do norte e sul, com qual se costumam fazer as cartas geográficas e topográficas”. Já a corda era de “linho, da grossura de uma linha geométrica e encerada”.[15]
Entre março e maio de 1764, o núcleo fora desenhado no terreno escolhido. Após a demarcação da área da vila propriamente dita, fora demarcada a praça, os lotes, as ruas, o lugar do pelourinho, o distrito e o rocio. Por fim, balizaram os marcos que delimitavam o seu patrimônio e as “datas das plantas de seus moradores”. Após a instalação da Vila de Montemor-o-Novo, o profissional fora convocado para implantar da vila de Sobral em 1773.
Em 1 de setembro de 1775, Francisco Custódio de Azevedo recebeu da câmara da vila de Fortaleza, sede da capitania do Ceará, a quantia de 12$000 pela planta da Casa de Câmara e Cadeia da Vila.[16] A documentação local sugere que a edificação não fora construída, pois os “vereadores” do núcleo requereram ao “Engenheiro capitão Francisco Custódio de Azevedo o risco da nova casa de Câmara da vila”.[17] O profissional fora, ainda, responsável pelo risco da casa de câmara e cadeia da antiga vila do Soure, atual Caucaia situada na região metropolitana de Fortaleza.[18]
Notas
- ↑ Não há qualquer referência sobre Francisco Custódio de Azevedo no Dicionário Histórico e Documental dos Arquitectos, Engenheiros e Construtores Portugueses (Viterbo,1998), ou no Expedições Científicos-Militares enviadas ao Brasil (Viterbo, 1962). Tampouco encontramos menção ao profissional em Sepúlveda (1913; 1919).
- ↑ Castro, 1999.
- ↑ Sistema orográfico que serve de divisa entre os estados do Ceará e Piauí, no nordeste do Brasil.
- ↑ Castro (1982).
- ↑ Castro (1980).
- ↑ Castro (1999).
- ↑ Castro supõe tratar-se de “técnico em mineração com prováveis conhecimentos de agrimensura”. (1980, p. 60).
- ↑ Studart (2001, p. 364). Jucá Neto (2012) o inclui como engenheiro (embora sua formação não esteja comprovada) diante de sua habilidade técnica ao cartografar a região das minas dos Cariris Novos na Capitania do Ceará - Brasil.
- ↑ Castro (1997, p. 22).
- ↑ A Vila foi elevada à condição de cidade de Baturité em 1858. (GIRÃO, R; MARTINS FILHO, A.; 1939)
- ↑ Registro dos Autos ... (1891)
- ↑ Jucá Neto (2013).
- ↑ O ouvidor Victorino Soares Barbosa exerceu suas atividades no Cear de 27 de setembro de 1756 a 1 de janeiro de 1770. Studart (1892).
- ↑ Termo de Demarcação e Assignação do Terreno. In: Registro dos Autos ...
- ↑ Termo de apresentação do círculo Dimensorio ou Bussola e exame n’ella e na corda com que se há de medir a terra. In: Registro dos Autos ...
- ↑ Studart (2001, p. 341).
- ↑ Studart (2001, p. 364).
- ↑ Castro (1980, p.59).
Fontes
Bibliografia
Castro, José Liberal de. "Notas relativas à arquitetura antiga no Ceará". Tese apresentada para concurso de Livre-docência, Departamento de Arquitetura e Urbanismo - Universidade Federal do Ceará, 1980.
Castro, José Liberal de. "Ceará, sua arquitetura e seus arquitetos". Em Cadernos Brasileiros de Arquitetura. Panorama da Arquitetura Cearense, vol. 1. São Paulo: Projeto Editores Associados, 1982.
Castro, José Liberal de. "Cartografia Cearense no Arquivo Histórico do Exército". Revista do Instituto do Ceará 111, (1997).
Castro, José Liberal de. "Urbanização Pombalina no Ceará: a paisagem da vila de Montemor-o-Novo da América". Revista do Instituto do Ceará 113, (1999).
Jucá Neto, Clovis Ramiro. "Ritual, Rigor e Pragmatismo: os procedimentos de instalação da Vila de Monte-Mór o Novo da América". Em Anais XIV Encontro Nacional da ANPUR - Quem planeja o território? Atores, arenas e estratégias. Rio de Janeiro: ANPUR, 2011.
Jucá Neto, Clovis Ramiro. "Salve o Rei!!! A Vila de Montemor-o-Novo d’ América fora instalada na Capitania do Ceará. A formalidade de que manda o novo método". Em Aproximações: cultura e política, edição por Ana Amelia M.C. de Melo e Irenísia Torres de Oliveira. Fortaleza: Expressão Gráfica Editora, 2013.
Jucá Neto, Clovis Ramiro. Primórdios da Urbanização no Ceará. Fortaleza - Ceará: Edições UFC: Editora Banco do Nordeste do Brasil, 2012.
Girão, Raimundo e Antônio Martins Filho. O Ceará. Fortaleza – Ceará: Editora Fortaleza, 1939.
"Registro dos Autos da Erecção da Real Villa de Monte-mor o Novo da América, na capitania do Ceará Grande – Parte I e II". Revista do Instituto do Ceará 5, (1891).
Sepúlveda, Cristóvão Aires de Magalhães. Historia Organica e Politica do Exercito Português. Vol. 7. Coimbra: Imprensa da Universidade, 1913.
Sepúlveda, Cristóvão Aires de Magalhães. Historia Organica e Politica do Exercito Português. Vol. 9. Coimbra: Imprensa da Universidade, 1917.
STUDART, Guilherme (Dr.). Notas para a História do Ceará (Segunda metade do século XVIII). Lisboa: Typographia do Recreio, 1892. PP. 9 – 60.
Studart, Barão. "Geografia do Ceará". Revista do Instituto do Ceará 37, (1923): 296 – 297.
Studart, Barão de. Datas e factos para a história do Ceará, edição fac-símile. Fortaleza: Fundação Waldemar Alcântara, 2001.
Viterbo, Francisco de Sousa. Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal. Vol. 1. Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1899.
Viterbo, Francisco de Sousa. Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal. Vol. 2. Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1904.
Viterbo, Francisco de Sousa. Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal. Vol. 3. Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1922.
Viterbo, Francisco de Sousa. Expedições Científico-Militares enviadas ao Brasil, coordenação, aditamentos e introdução de Jorge Faro. Vol. 1. Lisboa: Edições Panorama, 1962
Autor(es) do artigo
Clovis Ramiro Jucá Neto
Departamento de Arquitetura e Urbanismo e Design (DAUD). Universidade Federal do Ceará (UFC).
https://orcid.org/0000-0002-8424-1527
Financiamento
Fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto TechNetEMPIRE | Redes técnico-científicas na formação do ambiente construído no Império português (1647-1871) PTDC/ART-DAQ/31959/2017
DOI
https://doi.org/10.34619/emec-ohac
Citar este artigo
Jucá Neto, Clovis Ramiro. "Francisco Custódio de Azevedo", in eViterbo. Lisboa: CHAM - Centro de Humanidades, FCSH, Universidade Nova de Lisboa, 2022. (última modificação: 03/07/2023). Consultado a 05 de maio de 2024, em https://eviterbo.fcsh.unl.pt/wiki/Francisco_Cust%C3%B3dio_de_Azevedo. DOI: https://doi.org/10.34619/emec-ohac