Francisco Pimentel
Francisco Pimentel | |
---|---|
Nome completo | Francisco Pimentel |
Outras Grafias | valor desconhecido |
Pai | Luís Serrão Pimentel |
Mãe | Isabel de Godines |
Cônjuge | valor desconhecido |
Filho(s) | valor desconhecido |
Irmão(s) | Manuel Pimentel, Jorge Pimentel, Ana Maria Pimentel |
Nascimento | 23 setembro 1652 Lisboa, Lisboa, Portugal |
Morte | 6 outubro 1706 Cuenca, Castille-La Mancha, Espanha |
Sexo | Masculino |
Religião | Cristã |
Formação | |
Local de Formação | Lisboa, Lisboa, Portugal |
Data | Início: 1677 |
Instituição de Formação | Universidade de Coimbra |
Local de Formação | Coimbra, Coimbra, Portugal |
Postos | |
Data | Início: 07 de agosto de 1677 Fim: 22 de setembro de 1691 |
Arma | Infantaria |
Posto | Sargento-mor |
Data | Início: 22 de setembro de 1691 |
Arma | Infantaria |
Posto | Mestre de campo |
Data | Início: 1705 |
Cargos | |
Cargo | Ajudante com exercício de Engenheiro |
Data | Início: 07 de agosto de 1677 |
Cargo | Professor |
Data | Início: 1680 Fim: 1706 |
Actividade | |
Actividade | Desenho de fortificação |
Data | Início: 1679 |
Local de Actividade | Alentejo, Portugal |
Actividade | Missão |
Data | Início: 1681 |
Local de Actividade | Porto, Porto, Portugal |
Actividade | Campanha militar |
Data | Início: 1684 |
Local de Actividade | Hungria |
Actividade | Inspecção |
Data | Início: 1687 |
Local de Actividade | Algarve, Portugal |
Actividade | Inspecção |
Data | Início: 1688 Fim: 1699 |
Local de Actividade | Alentejo, Portugal |
Biografia
Dados biográficos
Francisco Pimentel nasceu em Lisboa, tendo sido baptizado na igreja paroquial de Santa Justa a 23 de Setembro de 1652, data que se tomou como referência do nascimento. Era o terceiro filho de Luís Serrão Pimentel e de sua mulher Isabel de Godines, sendo assim dois anos mais novo do que o seu irmão Manuel Pimentel[1].
Frequentou o Colégio de Santo Antão em Lisboa, onde terá estudado as "letras humanas". Seguiu depois para a Universidade de Coimbra onde, em 1677, obteve o grau de bacharel em Leis[1]. No entanto, a sua aptidão para a cultura matemática estará relacionada com o próprio legado paterno, sendo referido numa carta régia que "sem embargo de haver [...] Francisco Pimentel estudado latim e Filosofia continuando alguns anos em Coimbra a faculdade de leis, se aplicava tanto às disciplinas matemáticas que tem feito grande progresso especialmente na Geometria que é o fundamento na Trigonometria e na fortificação por natural inclinação [...]."[2] [3].
Desconhece-se o percurso da sua vida privada, tendo falecido a 6 de Outubro de 1706, depois de ter participado no cerco de Badajoz e quando se encontrava na cidade de Cuenca (Espanha), para onde foi enviado com um destacamento militar, na qualidade de mestre de campo. Ainda segundo Barbosa Machado, na sequência de um anterior ferimento com uma bala, sentindo-se gravemente enfermo, mandou lavrar o seu testamento, cuja principal disposição previa que os seus bens fossem anexados ao morgado de seus avós. Foi sepultado com honras militares na igreja paroquial de Santa Cruz da mesma cidade[1].
Carreira
Francisco Pimentel foi nomeado pelo príncipe regente D. Pedro, a 7 de Agosto de 1677, como capitão ajudante do engenheiro-mor do reino, "para lhe assistir a tudo o que ele lhe ordenar", com um ordenado de doze mil réis mensais, registando-se desde logo a intenção de substituir seu pai como lente da Aula de Fortificação de Lisboa [1] [2] [3]
Outras informações
Obras
Notas
Fontes
Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Conselho de Guerra, Secretaria de Guerra, Registo, Lv. 30, fl. 30, carta patente do posto de capitão ajudante a Francisco Pimentel, 7 de Agosto de 1677.
Bibliografia
AAVV. A Ciência do Desenho. A Ilustração na Colecção de Códices da Biblioteca Nacional, Cat. Lisboa: Biblioteca Nacional, 2001.
Albuquerque, Luís de, "Luís Serrão Pimentel", Dicionário de História de Portugal, dir. Joel Serrão, vol. V, 79-80. Porto: Livraria Figueirinhas, 1984.
Andrade, António Alberto Banha de. "Descartes em Portugal nos séculos XVII e XVIII", Brotéria (1950), vol. 51 (5): 432-451.
Araujo, Renata Malcher de. As Cidades da Amazónia no Séc.XVIII; Belém, Macapá e Mazagão. Porto: FAUP Edições, 1998.
Carita, Rui et al. Conhecimento e Definição do Território. Os Engenheiros Militares (séculos XVII-XIX), Cat. Lisboa: Direcção dos Serviços de Engenharia, Instituto dos Arquivos Nacionais/Torre do Tombo e Arquivo Histórico Militar, 2003.
Carvalho, Aires de, “Um Manuscrito Inédito de Luís Serrão Pimentel Dedicado a Cosme III, Grão-Duque da Toscana”, Estudos Italianos em Portugal 23 (1964): 161-169.
Conceição, Margarida Tavares da. “Os manuais de castrametação, a aprendizagem do desenho urbano e um tratado manuscrito de Luís Serrão Pimentel”, Genius Loci. Lugares e significados. Places and Meanings, ed. Lúcia Rosas, Ana Cristina Sousa e Hugo Barreira, II: 243-254. Porto: CITCEM, 2017.
Ferreira, Nuno Alexandre Martins. "Luís Serrão Pimentel (1613-1679): Cosmógrafo Mor e Engenheiro Mor de Portugal." Dissertação de Mestrado, Universidade de Lisboa, 2009.
Guimarães, Rodolfo Ferreira Dias. Les Mathématiques au Portugal. Coimbra: Imprensa da Universidade, 1909-1911.
Macedo, Luís da Costa Sousa de. "Luís Serrão Pimentel e a ‘Escola Portuguesa de Fortificar’", Congresso do Mundo Português, vol. XII, 401-412. Lisboa, Comissão Executiva dos Centenários, 1940.
Machado, Diogo Barbosa. Biblioteca Lusitana, Histórica, Artística e Cronológica, vol. II. Coimbra: Atlântica Editora, (1747) 1966.
Machado, Diogo Barbosa. Biblioteca Lusitana, Histórica, Artística e Cronológica, vol. III. Coimbra: Atlântica Editora, (1752) 1966.
Matias, Elze Maria Henny Voonk. "As academias literárias portuguesas dos séculos XVII e XVIII". Tese de doutoramento, Universidade de Lisboa, 1988.
Matos, Rita Cortês de. "António de Mariz Carneiro Cosmógrafo-Mor de Portugal". Tese de Mestrado, Universidade de Lisboa, 2002.
Moreira, Rafael. "Do Rigor Teórico à Urgência Prática: A Arquitectura Militar". In: História da Arte em Portugal, O Limiar do Barroco, dir. Carlos Moura, 67-86. Lisboa: Publicações Alfa, 1986.
Mota, Avelino Teixeira da. Os regimentos do cosmógrafo-mor de 1559 e 1592 e as origens do ensino náutico em Portugal. Lisboa: Junta de Investigações do Ultramar, 1969.
Olival, Fernanda. "O acesso de uma família de cristãos-novos portugueses à Ordem de Cristo", Ler História 33 (1997): 67-82.
Ribeiro, Dulcyene Maria. "A formação dos engenheiros militares: Azevedo Fortes, Matemática e ensino da Engenharia Militar no século XVIII em Portugal e no Brasil". Tese de Doutoramento, Universidade de São Paulo, 2009.
Ribeiro, José Silvestre. História dos Estabelecimentos Scientificos Litterarios e Artisticos de Portugal nos sucessivos reinados da Monarchia, vol. I. Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1871.
Sá, Frei Manuel de. Memorias Historicas da Ordem de Nossa Senhora do Carmo, Lisboa: Oficina de José António da Silva,1727.
Santos, António Ribeiro dos. "Memórias Históricas sobre alguns mathematicos portugueses e extrangeiros domiciliados em Portugal ou nas Conquistas", Memorias da Literatura Portuguesa, vol. VIII (parte I), 148-230. Lisboa: Academia de Ciências, 1812.
Sepúlveda, Cristovão Aires de Magalhães. História Orgânica e Política do Exército Portuguez, Provas, vol. V. Lisboa: Imprensa Nacional, 1910.
Sepúlveda, Cristovão Aires de Magalhães. História Orgânica e Política do Exército Portuguez, Provas, vol. VIII. Coimbra: Imprensa da Universidade, 1919.
Silva, Inocêncio Francisco da. Diccionario Bibliographico Portuguez, vol. V, 321-322. Lisboa: Imprensa Nacional, 1860.
Soromenho, Miguel. "Manuel Pinto de Vilalobos, da Engenharia Militar à Arquitectura". Tese de Mestrado, Universidade Nova de Lisboa, 1991.
Viterbo, Francisco de Sousa. Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal, Vol II. Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1904.
Viterbo, Francisco de Sousa. Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal, Vol III. Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1922.
Ligações Externas
Autor(es) do artigo
Financiamento
Fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto TechNetEMPIRE | Redes técnico-científicas na formação do ambiente construído no Império português (1647-1871) PTDC/ART-DAQ/31959/2017
DOI
Citar este artigo
- Francisco Pimentel (última modificação: 15/12/2022). eViterbo. Visitado em 21 de maio de 2024, em https://eviterbo.fcsh.unl.pt/wiki/Francisco_Pimentel