João Filipe Bettendorff: diferenças entre revisões
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Johannes Philippus Bettendorff, ou João Filipe Bettendorff, nasceu a 25 de Agosto de 1625, em Lintgen, localidade do Condado do Luxemburgo. Foi filho de Matthieu Andreu e Marguerite Reinerts. | Johannes Philippus Bettendorff, ou João Filipe Bettendorff, nasceu a 25 de Agosto de 1625, em Lintgen, localidade do Condado do Luxemburgo. Foi filho de Matthieu Andreu e Marguerite Reinerts. | ||
Estudou Humanidades no Colégio Jesuíta do Luxemburgo, Filosofia na Universidade de Trier - actual Alemanha -, e Direito na Universidade de Coni no Piemonte, em Itália. Entrou no Noviciado jesuíta em Tournai - actual Bélgica -, em 1647, tendo posteriormente estudado Teologia na Universidade de Douai em França<ref>Heinz, “Do Alzette ao Amazonas", 30.</ref>. Por determinação do geral jesuíta Goswin Nickel, em 1659 foi enviado para a Missão do Maranhão, no Brasil<ref> | Estudou Humanidades no Colégio Jesuíta do Luxemburgo, Filosofia na Universidade de Trier - actual Alemanha -, e Direito na Universidade de Coni no Piemonte, em Itália. Entrou no Noviciado jesuíta em Tournai - actual Bélgica -, em 1647, tendo posteriormente estudado Teologia na Universidade de Douai em França<ref>Heinz, “Do Alzette ao Amazonas", 30.</ref>. Por determinação do geral jesuíta Goswin Nickel, em 1659 foi enviado para a Missão do Maranhão, no Brasil<ref>Archivum Romanum Societatis Iesu, Gálica Belga 45, fls. 117, 117v., 119, 120. Pedidos de Bettendorff a Goswin Nickel. 1654; Archivum Romanum Societatis Iesu, Brasiliae 9, fls. 65-67v.. Carta de Vieira a Goswin Nickel; Archivum Romanum Societatis Iesu, Brasiliae 9, fls. 279-283v.. Carta circular de Bettendorff aos superiores da Europa.</ref>. | ||
Faleceu a 5 de Agosto de 1698, em Belém, Pará<ref name=":0">Biblioteca Nacional de Portugal, Microfilme PBA 4/FR 1004, fl. 5. Livro de óbitos dos religiosos da Companhia de Jesus pertencentes a este Colégio de Sto. Alexandre. 1660-1737.</ref>. | Faleceu a 5 de Agosto de 1698, em Belém, Pará<ref name=":0">Biblioteca Nacional de Portugal, Microfilme PBA 4/FR 1004, fl. 5. Livro de óbitos dos religiosos da Companhia de Jesus pertencentes a este Colégio de Sto. Alexandre. 1660-1737.</ref>. | ||
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=== Carreira ===<!-- Fazer copy/paste do que escreveram em Excel (caixas de notas). Incluí prémios e condecorações/homenagens/ títulos honoríficos. Este é o local para colocar toda a informação que não cabe nas info-box, como por exemplo, as justificações das informações que estão na info-box. subdividida em períodos se necessário--> | === Carreira ===<!-- Fazer copy/paste do que escreveram em Excel (caixas de notas). Incluí prémios e condecorações/homenagens/ títulos honoríficos. Este é o local para colocar toda a informação que não cabe nas info-box, como por exemplo, as justificações das informações que estão na info-box. subdividida em períodos se necessário--> | ||
Bettendorff chegou a São Luís do Maranhão a 20 de janeiro de 1661, tendo pouco depois seguido para Belém, onde o | Bettendorff chegou a São Luís do Maranhão a 20 de janeiro de 1661, tendo pouco depois seguido para Belém, onde o padre António Vieira o enviou para a aldeia de Mortigura, com a missão de converter a sua população. Nessa aldeia, adquiriu as noções elementares da língua Tupi e ensinou as crianças a ler e a escrever. Posteriormente, subiu o rio Amazonas em direcção à foz do Tapajós com o objectivo de fundar uma aldeia naquele lugar estratégico, e de construir uma residência jesuíta<ref>Heinz, “Do Alzette ao Amazonas", 31.</ref>. No entanto, devido às acções anti-jesuítas por parte dos colonos portugueses no Estado do Maranhão e Grão-Pará, Bettendorff regressou a Belém.<ref>Bettendorff, ''Crônica dos Padres da Companhia'', XLVIII-IL.</ref> Após um período de três meses confinado em Belém, Bettendorff foi nomeado, em Julho de 1662, superior da residência jesuítica de Santo Alexandre na cidade<ref>Heinz, “Do Alzette ao Amazonas", 35.</ref>, cargo que exerceu até 1668, ano em que foi nomeado para superior da Missão do Maranhão<ref>Archivum Romanum Societatis Iesu, Brasiliae 9, fl. 259. Carta annua de Bettendorf para Oliva.</ref>. | ||
Em 1684, viajou para Portugal incumbido de defender a acção jesuíta no Estado do Maranhão e Grão-Pará face à animosidade dos colonos portugueses. Bettendorff regressou ao Maranhão em | Em 1684, viajou para Portugal incumbido de defender a acção jesuíta no Estado do Maranhão e Grão-Pará face à animosidade dos colonos portugueses. Bettendorff regressou ao Maranhão em agosto de 1688, ocupando o cargo de Reitor do Colégio de São Luís e implementando o “Regimento da Missão”, redigido em 1686<ref>Archivum Romanum Societatis Iesu, Brasiliae 3II, fl. 179. Procuração de Gusmão a Noyelle, de 21 de Junho de 1684; Biblioteca Pública de Évora, Cód. CXV/2-12, fls. 120-127. "Regimento & Leys das Missoens do Estado do Maranham, & Pará de 21 de Dezembro de 1687"; Archivum Romanum Societatis Iesu, Brasiliae 3II, fl. 179. Procuração de Gusmão a Noyelle, de 21 de Junho de 1684; Bettendorff. ''Crônica dos Padres da Companhia'', 783.</ref>. Em meados de 1696, deixou o Colégio de São Luís, passando a residir no Colégio de Belém<ref>Heinz, “Do Alzette ao Amazonas", 58.</ref>. Entre 1696 e 1698, dedicou-se a escrever a ''Chronica dos Padres da Companhia de Jesus no Estado do Maranhão'' (1627-1698), obra encomendada pelo superior da Missão do Maranhão e Grão-Pará Bento de Oliveira, e pelo seu sucessor, José Ferreira<ref>Bettendorff, ''Crônica dos Padres da Companhia'', LXXV.</ref>. | ||
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Archivum Romanum Societatis Iesu, Brasiliae 3II, fl. 179. Procuração de Gusmão a Noyelle, de 21 de Junho de 1684. | |||
Archivum Romanum Societatis Iesu, Brasiliae 9, fls. 65-67v.. Carta de Vieira a Goswin Nickel. | |||
Archivum Romanum Societatis Iesu, Brasiliae 9, fl. 259. Carta annua de Bettendorf para Oliva. | |||
Archivum Romanum Societatis Iesu, Brasiliae 9, fls. 279-283v.. Carta circular de Bettendorff aos superiores da Europa. | |||
Archivum Romanum Societatis Iesu, Gálica Belga 45, fls. 117, 117v, 119, 120. Pedidos de Bettendorff a Goswin Nickel. 1654. | |||
Biblioteca Nacional de Portugal, Microfilme PBA 4/FR 1004, fl. 5. Livro de óbitos dos religiosos da Companhia de Jesus pertencentes a este Colégio de Sto. Alexandre. 1660-1737. | Biblioteca Nacional de Portugal, Microfilme PBA 4/FR 1004, fl. 5. Livro de óbitos dos religiosos da Companhia de Jesus pertencentes a este Colégio de Sto. Alexandre. 1660-1737. | ||
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Biblioteca Pública de Évora, Cód. CXV/2-12, fls. 120-127. "Regimento & Leys das Missoens do Estado do Maranham, & Pará de 21 de Dezembro de 1687". | Biblioteca Pública de Évora, Cód. CXV/2-12, fls. 120-127. "Regimento & Leys das Missoens do Estado do Maranham, & Pará de 21 de Dezembro de 1687". | ||
==Bibliografia == <!-- Ou seja, a bibliografia, com links quando possível, que conhecem sobre o assunto. Atenção: Chicago bibliography--> | ==Bibliografia == <!-- Ou seja, a bibliografia, com links quando possível, que conhecem sobre o assunto. Atenção: Chicago bibliography--> | ||
Bettendorff, João Felipe. ''Crônica dos Padres da Companhia de Jesus no Estado do Maranhão'' | Bettendorff, João Felipe. ''Crônica dos Padres da Companhia de Jesus no Estado do Maranhão.'' Brasília: Senado Federal, 2010. | ||
Heinz, Karl. “Do Alzette ao Amazonas: vida e obra do padre João Felipe Bettendorff (1625-1698)”. ''Revista de estudos amazônicos'' 5, no. 1 (2010). | Heinz, Karl. “Do Alzette ao Amazonas: vida e obra do padre João Felipe Bettendorff (1625-1698)”. ''Revista de estudos amazônicos'' 5, no. 1 (2010). |
Edição atual desde as 14h24min de 12 de julho de 2023
João Filipe Bettendorff | |
---|---|
Nome completo | João Filipe Bettendorff |
Outras Grafias | Johannes Philippus Bettendorff |
Pai | Matthieu Andreu |
Mãe | Marguerite Reinerts |
Cônjuge | valor desconhecido |
Filho(s) | valor desconhecido |
Irmão(s) | valor desconhecido |
Nascimento | 25 agosto 1625 Luxemburgo |
Morte | 5 agosto 1698 Belém, Pará, Brasil |
Sexo | Masculino |
Religião | Cristã |
Residência | |
Residência | Brasil |
Data | Início: 20 de janeiro de 1661 Fim: 05 de agosto de 1698 |
Formação | |
Formação | Filosofia |
Local de Formação | Alemanha |
Cargos | |
Cargo | Director |
Data | Início: julho de 1662 Fim: 1668 |
Cargo | Director |
Data | Início: 1668 Fim: 1669 |
Cargo | Director |
Data | Início: agosto de 1688 Fim: 1696 |
Actividade | |
Actividade | Missão |
Data | Início: 1661 Fim: 1662 |
Local de Actividade | Belém, Pará, Brasil |
Actividade | Missão |
Data | Início: 1684 Fim: agosto de 1688 |
Local de Actividade | Portugal |
Actividade | Autoria de texto |
Data | Início: 1696 Fim: 1698 |
Local de Actividade | Belém, Pará, Brasil |
Biografia
Dados biográficos
Johannes Philippus Bettendorff, ou João Filipe Bettendorff, nasceu a 25 de Agosto de 1625, em Lintgen, localidade do Condado do Luxemburgo. Foi filho de Matthieu Andreu e Marguerite Reinerts.
Estudou Humanidades no Colégio Jesuíta do Luxemburgo, Filosofia na Universidade de Trier - actual Alemanha -, e Direito na Universidade de Coni no Piemonte, em Itália. Entrou no Noviciado jesuíta em Tournai - actual Bélgica -, em 1647, tendo posteriormente estudado Teologia na Universidade de Douai em França[1]. Por determinação do geral jesuíta Goswin Nickel, em 1659 foi enviado para a Missão do Maranhão, no Brasil[2].
Faleceu a 5 de Agosto de 1698, em Belém, Pará[3].
Carreira
Bettendorff chegou a São Luís do Maranhão a 20 de janeiro de 1661, tendo pouco depois seguido para Belém, onde o padre António Vieira o enviou para a aldeia de Mortigura, com a missão de converter a sua população. Nessa aldeia, adquiriu as noções elementares da língua Tupi e ensinou as crianças a ler e a escrever. Posteriormente, subiu o rio Amazonas em direcção à foz do Tapajós com o objectivo de fundar uma aldeia naquele lugar estratégico, e de construir uma residência jesuíta[4]. No entanto, devido às acções anti-jesuítas por parte dos colonos portugueses no Estado do Maranhão e Grão-Pará, Bettendorff regressou a Belém.[5] Após um período de três meses confinado em Belém, Bettendorff foi nomeado, em Julho de 1662, superior da residência jesuítica de Santo Alexandre na cidade[6], cargo que exerceu até 1668, ano em que foi nomeado para superior da Missão do Maranhão[7].
Em 1684, viajou para Portugal incumbido de defender a acção jesuíta no Estado do Maranhão e Grão-Pará face à animosidade dos colonos portugueses. Bettendorff regressou ao Maranhão em agosto de 1688, ocupando o cargo de Reitor do Colégio de São Luís e implementando o “Regimento da Missão”, redigido em 1686[8]. Em meados de 1696, deixou o Colégio de São Luís, passando a residir no Colégio de Belém[9]. Entre 1696 e 1698, dedicou-se a escrever a Chronica dos Padres da Companhia de Jesus no Estado do Maranhão (1627-1698), obra encomendada pelo superior da Missão do Maranhão e Grão-Pará Bento de Oliveira, e pelo seu sucessor, José Ferreira[10].
Outras informações
Obras
Construção da capela de Nossa Senhora da Conceição, antiga aldeia jesuíta dos Tapajós, actual cidade de Santarém, em Pará (c. 1662).
Construção do altar e retábulo da capela da antiga aldeia jesuíta de Gurupatuba, actual cidade de Monte Alegre, em Pará (c. 1681).
Compendio da doutrina christam na Lingua Portugueza, & Brasilica: em que se comprehendem os principais mysterios de nossa Santa Fe Catholica, & meios de nossa salvação: Ordenada a maneira de Dialogos accomodados para o ensino dos Indios, com duas breves Instruções: hua para bautizar em caso de extrema necessidade, os que ainda são Pagãos, & outra, para os ajudar a bem morrer, em falta de quem saiba fazerlhe esta charidade. Lisboa: Officina de Miguel Deslandes, 1687.
Reedição da Gramática Tupi do Padre Jesuíta Luís Figueira. Arte de Grammatica da Lingua Brasílica. Lisboa: Officina de Miguel Deslandes, 1687.
Chronica dos Padres da Companhia de Jesus no Estado do Maranhão (ca. 1696-1698).
Notas
- ↑ Heinz, “Do Alzette ao Amazonas", 30.
- ↑ Archivum Romanum Societatis Iesu, Gálica Belga 45, fls. 117, 117v., 119, 120. Pedidos de Bettendorff a Goswin Nickel. 1654; Archivum Romanum Societatis Iesu, Brasiliae 9, fls. 65-67v.. Carta de Vieira a Goswin Nickel; Archivum Romanum Societatis Iesu, Brasiliae 9, fls. 279-283v.. Carta circular de Bettendorff aos superiores da Europa.
- ↑ Biblioteca Nacional de Portugal, Microfilme PBA 4/FR 1004, fl. 5. Livro de óbitos dos religiosos da Companhia de Jesus pertencentes a este Colégio de Sto. Alexandre. 1660-1737.
- ↑ Heinz, “Do Alzette ao Amazonas", 31.
- ↑ Bettendorff, Crônica dos Padres da Companhia, XLVIII-IL.
- ↑ Heinz, “Do Alzette ao Amazonas", 35.
- ↑ Archivum Romanum Societatis Iesu, Brasiliae 9, fl. 259. Carta annua de Bettendorf para Oliva.
- ↑ Archivum Romanum Societatis Iesu, Brasiliae 3II, fl. 179. Procuração de Gusmão a Noyelle, de 21 de Junho de 1684; Biblioteca Pública de Évora, Cód. CXV/2-12, fls. 120-127. "Regimento & Leys das Missoens do Estado do Maranham, & Pará de 21 de Dezembro de 1687"; Archivum Romanum Societatis Iesu, Brasiliae 3II, fl. 179. Procuração de Gusmão a Noyelle, de 21 de Junho de 1684; Bettendorff. Crônica dos Padres da Companhia, 783.
- ↑ Heinz, “Do Alzette ao Amazonas", 58.
- ↑ Bettendorff, Crônica dos Padres da Companhia, LXXV.
Fontes
Archivum Romanum Societatis Iesu, Brasiliae 3II, fl. 179. Procuração de Gusmão a Noyelle, de 21 de Junho de 1684. Archivum Romanum Societatis Iesu, Brasiliae 9, fls. 65-67v.. Carta de Vieira a Goswin Nickel.
Archivum Romanum Societatis Iesu, Brasiliae 9, fl. 259. Carta annua de Bettendorf para Oliva.
Archivum Romanum Societatis Iesu, Brasiliae 9, fls. 279-283v.. Carta circular de Bettendorff aos superiores da Europa.
Archivum Romanum Societatis Iesu, Gálica Belga 45, fls. 117, 117v, 119, 120. Pedidos de Bettendorff a Goswin Nickel. 1654.
Biblioteca Nacional de Portugal, Microfilme PBA 4/FR 1004, fl. 5. Livro de óbitos dos religiosos da Companhia de Jesus pertencentes a este Colégio de Sto. Alexandre. 1660-1737.
Biblioteca Pública de Évora, Cód. CXV/2-12, fls. 120-127. "Regimento & Leys das Missoens do Estado do Maranham, & Pará de 21 de Dezembro de 1687".
Bibliografia
Bettendorff, João Felipe. Crônica dos Padres da Companhia de Jesus no Estado do Maranhão. Brasília: Senado Federal, 2010.
Heinz, Karl. “Do Alzette ao Amazonas: vida e obra do padre João Felipe Bettendorff (1625-1698)”. Revista de estudos amazônicos 5, no. 1 (2010).
Autor(es) do artigo
Cláudia C. Gomes Duarte
CHAM - Centro de Humanidades, FCSH, Universidade Nova de Lisboa
https://orcid.org/0000-0003-1554-859X
Financiamento
Fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto TechNetEMPIRE | Redes técnico-científicas na formação do ambiente construído no Império português (1647-1871) PTDC/ART-DAQ/31959/2017
DOI
https://doi.org/10.34619/hlxn-8pi6
Citar este artigo
Duarte, Cláudia C. Gomes. "João Filipe Bettendorff", in eViterbo. Lisboa: CHAM - Centro de Humanidades, FCSH, Universidade Nova de Lisboa, 2022. (última modificação: 12/07/2023). Consultado a 20 de maio de 2024, em https://eviterbo.fcsh.unl.pt/wiki/Jo%C3%A3o_Filipe_Bettendorff. DOI: https://doi.org/10.34619/hlxn-8pi6