João Filipe Bettendorff

Fonte: eViterbo
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João Filipe Bettendorff
Nome completo João Filipe Bettendorff
Outras Grafias Johannes Philippus Bettendorff
Pai Matthieu Andreu
Mãe Marguerite Reinerts
Cônjuge valor desconhecido
Filho(s) valor desconhecido
Irmão(s) valor desconhecido
Nascimento 25 agosto 1625
Luxemburgo
Morte 5 agosto 1698
Belém, Pará, Brasil
Sexo Masculino
Religião Cristã
Residência
Residência Brasil
Data Início: 20 de janeiro de 1661
Fim: 05 de agosto de 1698
Formação
Formação Filosofia
Local de Formação Alemanha
Cargos
Cargo Director
Data Início: julho de 1662
Fim: 1668

Cargo Director
Data Início: 1668
Fim: 1669

Cargo Director
Data Início: agosto de 1688
Fim: 1696
Actividade
Actividade Missão
Data Início: 1661
Fim: 1662
Local de Actividade Belém, Pará, Brasil

Actividade Missão
Data Início: 1684
Fim: agosto de 1688
Local de Actividade Portugal

Actividade Autoria de texto
Data Início: 1696
Fim: 1698
Local de Actividade Belém, Pará, Brasil


Biografia

Dados biográficos

Johannes Philippus Bettendorff (João Felipe Bettendorff), nasceu a 25 de Agosto de 1625, em Lintgen, localidade do Condado do Luxemburgo.  Estudou Humanidades no colégio jesuíta do Luxemburgo, Filosofia na Universidade de Trier (actual Alemanha) e Direito na Universidade de Cuneo (Itália). Entrou no Noviciado jesuíta em Tournai (actual Bélgica) em 1647, tendo posteriormente estudado Teologia na Universidade de Douai (actual França). Por determinação do Padre Geral, Goswin Nickel, em 1659 foi enviado para a Missão do Maranhão, no Brasil. Faleceu a 5 de Agosto de 1698, na cidade de Belém, Pará.





Carreira

Bettendorff chegou a São Luís do Maranhão a 20 de janeiro de 1661. Depois de um encontro com o Superior da Missão do Maranhão, o Padre António Vieira, foi enviado para a aldeia indígena de Mortigura, nas imediações de Belém. Aí, adquiriu as noções elementares do “nheengatu” – o Tupi –, e ensinou as crianças a ler e a escrever. Pouco depois subiu o rio Amazonas em direcção à foz do Tapajós com o objectivo de fundar uma aldeia naquele lugar estratégico e de construir uma residência para os jesuítas. No entanto, devido à revolta dos colonos portugueses contra os jesuítas, Bettendorff interrompeu o seu intento e regressou a Belém. A eclosão da revolta ocorreu devido a uma nova lei promulgada a 9 de Abril de 1655, por iniciativa do Padre António Vieira, que restringia o acesso à mão-de-obra indígena. Este facto levou os colonos portugueses a solicitar apoio ao Governador Pedro de Mello e a expulsar os jesuítas.



Outras informações

Obras

Construção e decoração pictórica de igreja do colégio de Belém (ca. 1661-95).

Construção e decoração pictórica de igreja do colégio de São Luís (ca. 1661-95).

Construção de uma pequena igreja e decoração do retábulo com uma pintura de Nossa Senhora da Conceição em Santarém (Pará), antiga aldeia jesuíta dos Tapajós (ca. 1662).

Construção do frontal do altar e de um retábulo com pintura da Igreja de Monte Alegre (Pará), antiga aldeia jesuíta de Gurupatuba (ca. 1681).

Autor do catecismo bilíngue – nheengatu e português, Compendio da doutrina christam na Lingua Portugueza, & Brasilica: em que se comprehendem os principais mysterios de nossa Santa Fe Catholica, & meios de nossa salvação: Ordenada a maneira de Dialogos accomodados para o ensino dos Indios, com duas breves Instruções: hua para bautizar em caso de extrema necessidade, os que ainda são Pagãos, & outra, para os ajudar a bem morrer, em falta de quem saiba fazerlhe esta charidade (Lisboa: Officina de Miguel Deslandes, 1687).

Reeditor da Gramática Tupi do Padre Jesuíta Luís Figueira. Arte de Grammatica da Lingua Brasílica (Lisboa: Officina de Miguel Deslandes, 1687).

Autor da obra, Chronica dos Padres da Companhia de Jesus no Estado do Maranhão, Instituto Histórico Geográfico Brasileiro, 1909 (RIHGB, tomo LXXII, parte I).

Notas


Fontes

Bibliografia

Azevedo, João Lúcio de. Os jesuítas no Grão-Pará. Coimbra: Imprensa da Universidade. 1930.

Berredo, Bernardo Pereira de. Annaes historicos do Estado do Maranhaõ em que se dá noticia do seu descobrimento e tudo o mais que nelle tem succedido desde o anno, em que foy descuberto até o de 1718. Lisboa: Impr. de F. Luiz Ameno. 1749.

Bettendorff, João Felipe. Crônica dos Padres da Companhia de Jesus no Estado do Maranhão, Brasília: Senado Federal. 2010.

Heinz, Karl. “Do Alzette ao Amazonas: vida e obra do padre João Felipe Bettendorff (1625-1698),” Revista de estudos amazônicos, vol. V, nº 1. Belém (2010).

ARSI, Gálica Belga 45, fls. 117, 117v, 119, 120.

ARSI, Brasiliae 9, fls. 65-67v, 259, 279-283v.

ARSI, Brasiliae 3II, fl. 179.

BNP, microfilme PBA 4/FR 1004, fl. 5.

BAL, cód. 51-V-43, fl. 22.

BPE, cód. CXV/2-12, fls. 120-127.

BNB, Vol. 66 (1948), fls. 25-28, 51-56, 57-59.

Ligações Externas

Autor(es) do artigo

Cláudia Gomes Duarte

Financiamento

Fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto TechNetEMPIRE | Redes técnico-cientificas na formação do ambiente construído no Império português (1647-1871) PTDC/ART-DAQ/31959/2017

DOI

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