João da Várzea: diferenças entre revisões

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Casou-se às escondidas aos treze anos com uma viúva, prima de um frade franciscano. Convencido pela família a abandonar a mulher, por esta ter uma reputação duvidosa, fugiu com outra jovem de má reputação, chamada Margarida Rodrigues para Lisboa e aí casaram, mas quando a sua primeira mulher soube do sucedido, João da Várzea teve de fugir para Mourão. Daí procurou ir para Moura, onde deveria fazer umas casas a um cavaleiro. Margarida Rodrigues, no entanto, envenenou-o e fugiu para Évora com todos os seus bens, pelo que João da Várzea viu-se forçado a ir para casa do irmão, em Lisboa, mas foi denunciado de bigamia por Margarida Rodrigues, pelo que teve de fugir para Ceuta.  
Casou-se às escondidas aos treze anos com uma viúva, prima de um frade franciscano. Convencido pela família a abandonar a mulher, por esta ter uma reputação duvidosa, fugiu com outra jovem de má reputação, chamada Margarida Rodrigues para Lisboa e aí casaram, mas quando a sua primeira mulher soube do sucedido, João da Várzea teve de fugir para Mourão. Daí procurou ir para Moura, onde deveria fazer umas casas a um cavaleiro. Margarida Rodrigues, no entanto, envenenou-o e fugiu para Évora com todos os seus bens, pelo que João da Várzea viu-se forçado a ir para casa do irmão, em Lisboa, mas foi denunciado de bigamia por Margarida Rodrigues, pelo que teve de fugir para Ceuta.  


Foi precisa a intercessão dos monges de Alcobaça para que D. Afonso V concedesse o perdão a João da Várzea. Estes destacaram que ele era "bom carpinteiro d'obra de laço e cousas subtis de carpintaria", dizendo que tinham necessidade de um carpinteiro para fazer obras no convento. O rei não atendeu ao pedido dos frades de Alcobaça, e embora João da Várzea não tivesse sido condenado à morte por bigamia, foi degredado para Ceuta, onde serviria como carpinteiro para toda a vida<ref>Viterbo, <i>Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal</i>, [https://archive.org/details/diccionariohisto03vite Vol III], 154-155.</ref>. <!-- ANTT, CHR D. Afonso V, l. 15, fl. 129 -->
Foi precisa a intercessão dos monges de Alcobaça para que D. Afonso V concedesse o perdão a João da Várzea. Estes destacaram que ele era "bom carpinteiro d'obra de laço e cousas subtis de carpintaria", dizendo que tinham necessidade de um carpinteiro para fazer obras no convento. O rei não atendeu ao pedido dos frades de Alcobaça, e embora João da Várzea não tivesse sido condenado à morte por bigamia, foi degredado para Ceuta, onde serviria como carpinteiro para toda a vida<ref>Viterbo, <i>Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal</i>, [https://archive.org/details/diccionariohisto03vite Vol III], 154-155.</ref>. <!-- Arquivo Nacional da Torre do Tombo, CHR D. Afonso V, l. 15, fl. 129 -->


===Carreira===   
===Carreira===   

Edição atual desde as 13h24min de 21 de junho de 2023


João da Várzea
Outras Grafias EQUAL
Sexo masculino

Biografia

Dados biográficos

Irmão de Afonso da Várzea (possivelmente é Afonso de Várzea), mestre carpinteiro em Évora em 1455 e seu mestre.

Casou-se às escondidas aos treze anos com uma viúva, prima de um frade franciscano. Convencido pela família a abandonar a mulher, por esta ter uma reputação duvidosa, fugiu com outra jovem de má reputação, chamada Margarida Rodrigues para Lisboa e aí casaram, mas quando a sua primeira mulher soube do sucedido, João da Várzea teve de fugir para Mourão. Daí procurou ir para Moura, onde deveria fazer umas casas a um cavaleiro. Margarida Rodrigues, no entanto, envenenou-o e fugiu para Évora com todos os seus bens, pelo que João da Várzea viu-se forçado a ir para casa do irmão, em Lisboa, mas foi denunciado de bigamia por Margarida Rodrigues, pelo que teve de fugir para Ceuta.

Foi precisa a intercessão dos monges de Alcobaça para que D. Afonso V concedesse o perdão a João da Várzea. Estes destacaram que ele era "bom carpinteiro d'obra de laço e cousas subtis de carpintaria", dizendo que tinham necessidade de um carpinteiro para fazer obras no convento. O rei não atendeu ao pedido dos frades de Alcobaça, e embora João da Várzea não tivesse sido condenado à morte por bigamia, foi degredado para Ceuta, onde serviria como carpinteiro para toda a vida[1].

Carreira

Outras informações

Obras

Referências bibliográficas

  1. Viterbo, Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal, Vol III, 154-155.

Bibliografia e Fontes

  • Viterbo, Francisco de Sousa. Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal, Vol III. Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1922.

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