Manuel Álvares Calheiros
Manuel Álvares Calheiros | |
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Nome completo | Manuel Álvares Calheiros |
Outras Grafias | EQUAL |
Formação | |
Instituição de Formação | Academia Militar da Corte |
Postos | |
Posto | Ajudante |
Data | Fim: 14 de julho de 1757 |
Arma | Infantaria |
Posto | Capitão |
Data | Início: 14 de julho de 1757 Fim: 1760 |
Arma | Infantaria |
Posto | Sargento-mor |
Data | Início: 1760 |
Cargos | |
Cargo | Ajudante de engenheiro |
Data | Início: 1751 Fim: 14 de julho de 1757 |
Local Cargo | Alentejo, Portugal |
Cargo | Engenheiro |
Data | Início: 14 de julho de 1757 |
Instituição | Capitania do Grão-Pará |
Biografia
Dados biográficos
Não se conhece o local de nascimento de Manuel Álvares Calheiros. Viterbo diz que cursou com distinção as academias da corte e do Alentejo (1. Viterbo I, 159), mas é provavel que tenha cursado apenas a Aula de Fortificação / Academia de Lisboa, tendo concluído os estudos em 1751. Estava de algum modo ligado à família de Francisco Xavier de Mendonça Furtado (irmão de Sebastião José de Carvalho e Melo, Marquês de Pombal), pois em uma carta identifica-se como “criado da sua casa” (2. doc. 5397). Morreu em Belém do Pará em 1768.
Carreira
Manuel Álvares Calheiros foi nomeado ajudante de infantaria com exercício de engenheiro, em 16 de Maio de 1751, juntamente com Luís Afonso Cabral. O decreto diz que recebiam o posto atendendo a aplicação com que ambos se tinham distinguido nos estudos das Academia militares da corte e do Alentejo, provavelmente um em cada[1].
Esteve seguramente envolvido nos trabalhos de reconstrução de Lisboa tendo assinado uma planta parcial da didade mandada delinear por Manuel da Maia, em 1756. Junto à margem, na parte inferior da planta, consta uma inscrição que esclarece o processo: “Desta deligência foi encarregado o Sargento Mor Filipe Rodrigues de Oliveira em 12 de Abril de 1756, para o que acompanhado dos quatro ajudantes Manoel Alvares Calheiros, Pedro Gualter da Fonseca, Lourenço José Botelho, e Tomás Rodrigues da Costa, e de alguns Discípulos da Academia Militar, balizasse, e deliniasse sobre o terreno os sitios expressados nesta planta, que entregou ao Engenheiro Mor desenhada como aqui se vê em 5 de Novembro do dito anno” (3. Museu da Cidade, MC. DES. 0982).
Em 15 de Julho de 1757 um decreto de D. José I determina que os capitães de infantaria com exercício de engenheiros Manuel Álvares Calheiros e Tomás Rodrigues da Costa deveriam passar a sargentos-mores de infantaria com exercício de engenheiro para servirem no Grão Pará, com soldo dobrado[2]. (4. doc. 3887). Ambos chegaram ao Pará em Outubro deste ano. O Governador Francisco Xavier de Mendonça Furtado determina que Calheiros seja o mestre da Aula de fortificação de Belém. (5. doc.4039)
Em 29 de Novembro de 1757, Calheiros escreve de Belém a Tomé Joaquim da Costa Real, agradecendo o seu beneplátcito. Diz contudo que, curmprindo as ordens do rei, tinha saído do reino “sem mais patente que a promessa que havia de ser diferido” (6. doc. 3922). Com efeito, em 1759, Corte Real determina que os soldos dobrados devidos à Calheiros fossem pagos em Lisboa ao seu procurador António Rocha Payal (7. doc. 4072). Há dois recibos: um datado de outubro de 1759 confirmando o pagamento da quantia de 663 mil reis correspondentes a 26 mil reis por mês desde 16 de julho de 1757 até o final de agosto de 1759. O segundo recibo atesta que foi pago ao mesmo procurador a quantia de 140 mil reis desde setembro de 1759 até 14 de novembro de 1760.
Em 1764, Calheiros faz um requerimento dirigido a Francisco Xavier de Mendonça Furtado enquanto Secretário de Estado da Marinha e Ultramar, que conta com o beneplácito do governador Fernando da Costa de Ataíde Teive, mas que se deconhece o conteúdo (8. doc. 5161).
É provável que Calheiros se tenha mantido como mestre da aula de fortificação durante todo tempo que esteve no Pará, até a sua morte em 1768. Mas esteve também envolvido, como os outros técnicos que foram enviados para as Demarcações, em várias outras tarefas. Sabe-se que foi, em 1759 com seus discípulos em viagem ao rio Negro para o levantamento de coordenadas e desenho de mapas, assim como participou, em 1761, com Henrique António Galuzzi e Manuel Fritz Gotz da escolha do local da instalação do arsenal em Belém. (9. Araujo, 1998, 313; 321)
Outras informações
Obras
Notas
Fontes
Bibliografia
- Camilo, Janaína. "Homens e pedras no desenho das fronteiras amazônicas (1764/1782)."
- Viterbo, Francisco de Sousa. Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal, Vol II. Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1904.
- Decreto do rei D. José, ordenando que a Manuel Álvares Calheiros e Tomás Rodrigues da Costa, lhes sejam contadas a antiguidade dos capitães de Infantaria com exercício de engenheiros, para se puderem atribuir as patentes de sargento mor de Infantaria com o mesmo exercício, no Estado do Pará.
- Ofício de Manuel Álvares Calheiros para o [secretário de estado da Marinha e Ultramar, Tomé Joaquim da Costa Corte Real, sobre sua ida para o Reino.]
Ligações Externas
Autor(es) do artigo
Financiamento
Fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto TechNetEMPIRE | Redes técnico-científicas na formação do ambiente construído no Império português (1647-1871) PTDC/ART-DAQ/31959/2017
DOI
Citar este artigo
- Manuel Álvares Calheiros (última modificação: 18/10/2022). eViterbo. Visitado em 29 de abril de 2024, em https://eviterbo.fcsh.unl.pt/wiki/Manuel_%C3%81lvares_Calheiros
[[Categoria: Estado do Pará