Real Corpo de Engenheiros: diferenças entre revisões
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Adicionar às designações: Real corpo de engenheiros militares; corpo de engenheiros militares. | |||
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O Real Corpo de Engenheiros foi uma instituição de cariz militar criada | |||
A organização do corpo foi reformulada e aprofundada de forma "''mais análoga à dos outros corpos do exército''" através de regulamento provisório legislado por portaria de 12 de Fevereiro de 1812<ref>Ribeiro, 11:365.</ref>. | |||
Em 1863, por decreto de 21 de Dezembro, o Corpo de Engenheiros era dotado de nova organização, no âmbito de uma reorganização geral do exército português que transferiu a "''edificação, concerto e reparos''" dos quarteis militares para aquele primeiro, antes a cargo do arsenal do exército<ref>Ribeiro, 11:363.</ref>. | |||
O Real Corpo compunha-se do seu estado maior e um número de oficiais de diferentes patentes nas condições de oficial efetivo, agregado ou adito<ref>Ribeiro, 11:365.</ref>. Os oficiais engenheiros estavam incumbidos da "''direção de todos os trabalhos relativos à fortificação permanente, e de campanha; ao ataque e defensa das praças, postos destacados ou quaisquer entrincheiramentos; à construção, e reedificação de edifícios militares; e no estabelecimentos e conservação das pontes militares: continuará a pertencer ao serviço dos oficiais engenheiros; como também a vigilância sobre a conservação e entretenimento de todos os referidos objetos: igualmente pertencerá ao serviço dos sobreditos oficiais o reconhecimento das fronteiras, e províncias; o levantamento de plantas particulares, cartas geográficas, e topográficas; a configuração dos terrenos, projetos, planos, e memórias militares; e finalmente quanto possa ter uma imediata analogia com os princípios e conhecimentos próprios dos oficias deste corpo''"<ref>Ribeiro, 11:365.</ref>. Às funções relativas à engenharia militar descritas, acresciam as referentes à engenharia civil, podendo os oficiais engenheiros afetos à "''construção de pontes, aberturas de esteadas, barras, canais, e em outras obras de semelhante natureza''"<ref>Ribeiro, 11:366.</ref>. | |||
Segundo o plano de organização de 1863, as funções exercidas pelos engenheiros militares afetos ao Real Corpo eram principalmente militares, nomeadamente, a "''direção dos trabalhos relativos à fortificação permanente ou de campanha; à construção e reedificação de edifícios militares; no reconhecimento do país; no levantamento de plantas e cartas geográficas e topográficas; em tudo quanto possa ter imediata analogia com os conhecimentos próprios dos oficiais deste corpo''". Pelo que não se obstava à possibilidade de os oficiais engenheiros exercerem funções no campo da engenharia civil<ref>Ribeiro, 11:363.</ref>. | |||
Em 1812, estavam afetos ao Corpo de Engenheiros, um oficial general, comandante do corpo; dois oficiais "''com exercício de ajudantes de ordens do comando geral''", sendo um integrado no comando; um secretário; e dois brigadeiros, quatro coronéis, quatro tenentes coronéis, oito majores, doze capitães, doze primeiros tenentes e, vinte e quatro segundos tenentes na condição de oficiais efetivos<ref>Ribeiro, 11:364-365.</ref>. | |||
A partir de 1863 compunham o estado maior de engenharia os oficiais de engenharia afetos à direção geral dos trabalhos geodésicos, corográficos e hidrográficos do reino<ref>Ribeiro, 11:363.</ref>. | |||
Anexo ao Real Corpo de Engenheiros estava afeto um Batalhão de artífices engenheiros, organizado em três companhias compostas de "''artífices, mineiros, pontoneiros, e sapadores, destinados para o serviço privativo dos oficiais engenheiros''" em número de 74 praças cada<ref>Ribeiro, 11:365.</ref>. | |||
Do ponto de vista histórico, o Regulamento de 1812 determinava a conservação de "''todos os mapas, cartas, planos, projetos, memórias e instrumentos relativos à profissão de engenharia''" no arquivo militar, criado dez anos antes. | |||
o Corpo de Engenheiros Militares de 1812 com uma "organisação | |||
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Revisão das 19h15min de 14 de novembro de 2022
Real Corpo de Engenheiros | |
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(valor desconhecido) | |
Outras denominações | Corpo de Oficiais Engenheiros, Corpo de Engenheiros, Real Corpo de Engenheiros do Exército Português |
Tipo de Instituição | Militar |
Data de fundação | 12 fevereiro 1787 |
Data de extinção | 1911 |
Paralisação | Início: sem valor Fim: sem valor |
Localização | |
Localização | Portugal |
Antecessora | valor desconhecido |
Sucessora | valor desconhecido |
História
Adicionar às designações: Real corpo de engenheiros militares; corpo de engenheiros militares.
Outras informações
O Real Corpo de Engenheiros foi uma instituição de cariz militar criada A organização do corpo foi reformulada e aprofundada de forma "mais análoga à dos outros corpos do exército" através de regulamento provisório legislado por portaria de 12 de Fevereiro de 1812[1].
Em 1863, por decreto de 21 de Dezembro, o Corpo de Engenheiros era dotado de nova organização, no âmbito de uma reorganização geral do exército português que transferiu a "edificação, concerto e reparos" dos quarteis militares para aquele primeiro, antes a cargo do arsenal do exército[2]. O Real Corpo compunha-se do seu estado maior e um número de oficiais de diferentes patentes nas condições de oficial efetivo, agregado ou adito[3]. Os oficiais engenheiros estavam incumbidos da "direção de todos os trabalhos relativos à fortificação permanente, e de campanha; ao ataque e defensa das praças, postos destacados ou quaisquer entrincheiramentos; à construção, e reedificação de edifícios militares; e no estabelecimentos e conservação das pontes militares: continuará a pertencer ao serviço dos oficiais engenheiros; como também a vigilância sobre a conservação e entretenimento de todos os referidos objetos: igualmente pertencerá ao serviço dos sobreditos oficiais o reconhecimento das fronteiras, e províncias; o levantamento de plantas particulares, cartas geográficas, e topográficas; a configuração dos terrenos, projetos, planos, e memórias militares; e finalmente quanto possa ter uma imediata analogia com os princípios e conhecimentos próprios dos oficias deste corpo"[4]. Às funções relativas à engenharia militar descritas, acresciam as referentes à engenharia civil, podendo os oficiais engenheiros afetos à "construção de pontes, aberturas de esteadas, barras, canais, e em outras obras de semelhante natureza"[5].
Segundo o plano de organização de 1863, as funções exercidas pelos engenheiros militares afetos ao Real Corpo eram principalmente militares, nomeadamente, a "direção dos trabalhos relativos à fortificação permanente ou de campanha; à construção e reedificação de edifícios militares; no reconhecimento do país; no levantamento de plantas e cartas geográficas e topográficas; em tudo quanto possa ter imediata analogia com os conhecimentos próprios dos oficiais deste corpo". Pelo que não se obstava à possibilidade de os oficiais engenheiros exercerem funções no campo da engenharia civil[6]. Em 1812, estavam afetos ao Corpo de Engenheiros, um oficial general, comandante do corpo; dois oficiais "com exercício de ajudantes de ordens do comando geral", sendo um integrado no comando; um secretário; e dois brigadeiros, quatro coronéis, quatro tenentes coronéis, oito majores, doze capitães, doze primeiros tenentes e, vinte e quatro segundos tenentes na condição de oficiais efetivos[7].
A partir de 1863 compunham o estado maior de engenharia os oficiais de engenharia afetos à direção geral dos trabalhos geodésicos, corográficos e hidrográficos do reino[8]. Anexo ao Real Corpo de Engenheiros estava afeto um Batalhão de artífices engenheiros, organizado em três companhias compostas de "artífices, mineiros, pontoneiros, e sapadores, destinados para o serviço privativo dos oficiais engenheiros" em número de 74 praças cada[9].
Do ponto de vista histórico, o Regulamento de 1812 determinava a conservação de "todos os mapas, cartas, planos, projetos, memórias e instrumentos relativos à profissão de engenharia" no arquivo militar, criado dez anos antes.
o Corpo de Engenheiros Militares de 1812 com uma "organisação
Professores
Curricula
Notas
Fontes
Bibliografia
Ligações Internas
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Categoria:Real Corpo de Engenheiros
Ligações Externas
Autor(es) do artigo
Financiamento
Fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto TechNetEMPIRE | Redes técnico-científicas na formação do ambiente construído no Império português (1647-1871) PTDC/ART-DAQ/31959/2017
DOI
Citar este artigo
- Real Corpo de Engenheiros (última modificação: 14/11/2022). eViterbo. Visitado em 02 de junho de 2024, em https://eviterbo.fcsh.unl.pt/wiki/Real_Corpo_de_Engenheiros