Relicário de Santa Engrácia (Barbadinhos): diferenças entre revisões
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Este relicário foi mandado fazer pela Infanta D. Maria, filha de D. Manuel I, que deixou em testamento 300 mil cruzados para a sua realização. Só foi, todavia, executada em 1596, vinte anos depois, por acção do arcebispo de Lisboa, D. Miguel de Castro, seu testamenteiro. | |||
Viterbo menciona que D. Fernando tinha uma imagem de prata de Nossa Senhora, que ele data do século XV, que também tinha as armas da infanta D. Maria, no pedestal, | Viterbo menciona que D. Fernando tinha uma imagem de prata de Nossa Senhora, que ele data do século XV, que também tinha as armas da infanta D. Maria, no pedestal, | ||
desconhecendo-se a sua proveniência<ref>Francisco de Sousa Viterbo, <i>Exposição d’Arte Ornamental. Notas ao Catalogo</i>. (Lisboa: Imprensa Nacional, 1883), 49.</ref>. | desconhecendo-se a sua proveniência<ref>Francisco de Sousa Viterbo, <i>Exposição d’Arte Ornamental. Notas ao Catalogo</i>. (Lisboa: Imprensa Nacional, 1883), 49.</ref>. | ||
==Descrição== | ==Descrição== | ||
O busto é em tamanho natural, feito de prata branca e dourada, reproduz as feições da infanta D. Maria, os seus motivos decorativos preferidos e jóias, como uns brincos que, entretanto, desapareceram. Está vestido com roupa da época e enverga uma coroa aberta de prata dourada. Na sua fronte tem um espigão, aludindo ao martírio da santa, no peito uma abertura oval na qual estava guardada a relíquia. | O busto é em tamanho natural, feito de prata branca e dourada, reproduz as feições da infanta D. Maria, os seus motivos decorativos preferidos e jóias, como uns brincos que, entretanto, desapareceram. Está vestido com roupa da época e enverga uma coroa aberta de prata dourada. Na sua fronte tem um espigão, aludindo ao martírio da santa, no peito uma abertura oval na qual estava guardada a relíquia. |
Revisão das 19h38min de 23 de abril de 2018
Busto-relicário de Santa Engrácia | |
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Data | 1595 |
Género | Ourivesaria |
Técnica | Prata lavrada |
Encomendador | Infanta D. Maria, D. Miguel de Castro |
Localização | Igreja de Nossa Senhora da Porciúncula, do Convento dos Barbadinhos, Lisboa |
Historial
Este relicário foi mandado fazer pela Infanta D. Maria, filha de D. Manuel I, que deixou em testamento 300 mil cruzados para a sua realização. Só foi, todavia, executada em 1596, vinte anos depois, por acção do arcebispo de Lisboa, D. Miguel de Castro, seu testamenteiro.
Viterbo menciona que D. Fernando tinha uma imagem de prata de Nossa Senhora, que ele data do século XV, que também tinha as armas da infanta D. Maria, no pedestal, desconhecendo-se a sua proveniência[1].
Descrição
O busto é em tamanho natural, feito de prata branca e dourada, reproduz as feições da infanta D. Maria, os seus motivos decorativos preferidos e jóias, como uns brincos que, entretanto, desapareceram. Está vestido com roupa da época e enverga uma coroa aberta de prata dourada. Na sua fronte tem um espigão, aludindo ao martírio da santa, no peito uma abertura oval na qual estava guardada a relíquia. A base é de forma elíptica, decorada com cartelas: ao centro apresenta as armas da infanta, dos lados as seguintes inscrições, em caracteres romanos "RELIQVES DE SANTA ENGRACIA QUE VIERÃO DE SARAGOÇA HA PITIÇÃO DA INFANTE DONA MARIA FILHADELREI DOM MANOEL E ELA EM SEV TESTAMENTO MANDOU FAZER ESTA CAIXA EM QUE ESTÃO E SE FES NO ANO DE 1595 POR MANDADO DO ARSEBISPO DOM MIGVEL DE CASTRO SEU TESTAMENTEIRO", e ainda duas coroas, atravessadas por palmas[2].
Referências Bibliográficas
Bibliografia e Fontes
- Pinto, Carla Alferes, A infanta Dona Maria de Portugal (1521-1577): o mecenato de uma princesa renascentista. Lisboa: Fundação do Oriente, 1998.
- Viterbo, Francisco de Sousa, Exposição d’Arte Ornamental. Notas ao Catalogo. Lisboa: Imprensa Nacional, 1883.
Ligações Externas
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Citar este artigo
- Relicário de Santa Engrácia (Barbadinhos) (última modificação: 23/04/2018). eViterbo. Visitado em 19 de maio de 2024, em https://eviterbo.fcsh.unl.pt/wiki/Relic%C3%A1rio_de_Santa_Engr%C3%A1cia_(Barbadinhos)