Relicário de Santa Engrácia (Barbadinhos): diferenças entre revisões

Fonte: eViterbo
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O busto é em tamanho natural, feito de prata branca e dourada, reproduz as feições da infanta D. Maria, os seus motivos decorativos preferidos e jóias, como uns brincos que, entretanto, desapareceram. Está vestido com roupa da época e enverga uma coroa aberta de prata dourada. Na sua fronte tem um espigão, aludindo ao martírio da santa, no peito uma abertura oval na qual estava guardada a relíquia.
O busto é em tamanho natural, feito de prata branca e dourada, reproduz as feições da infanta D. Maria, os seus motivos decorativos preferidos e jóias, como uns brincos que, entretanto, desapareceram. Está vestido com roupa da época e enverga uma coroa aberta de prata dourada. Na sua fronte tem um espigão, aludindo ao martírio da santa, no peito uma abertura oval na qual estava guardada a relíquia.
A base é de forma elíptica, decorada com cartelas: ao centro apresenta as armas da infanta, dos lados as seguintes inscrições, em caracteres romanos "RELIQVES DE SANTA ENGRACIA QUE VIERÃO DE SARAGOÇA HA PITIÇÃO DA INFANTE DONA MARIA FILHADELREI DOM MANOEL E ELA EM SEV TESTAMENTO MANDOU FAZER ESTA CAIXA EM QUE ESTÃO E SE FES NO ANO DE 1595 POR MANDADO DO ARSEBISPO DOM MIGVEL DE CASTRO SEU TESTAMENTEIRO", e ainda duas coroas, atravessadas por palmas<ref>Francisco de Sousa Viterbo, <i>Exposição d’Arte Ornamental. Notas ao Catalogo</i>. (Lisboa: Imprensa Nacional, 1883), 49.</ref>.
A base é de forma elíptica, decorada com cartelas: ao centro apresenta as armas da infanta, dos lados as seguintes inscrições, em caracteres romanos "RELIQVES DE SANTA ENGRACIA QUE VIERÃO DE SARAGOÇA HA PITIÇÃO DA INFANTE DONA MARIA FILHADELREI DOM MANOEL E ELA EM SEV TESTAMENTO MANDOU FAZER ESTA CAIXA EM QUE ESTÃO E SE FES NO ANO DE 1595 POR MANDADO DO ARSEBISPO DOM MIGVEL DE CASTRO SEU TESTAMENTEIRO", e ainda duas coroas, atravessadas por palmas<ref>Francisco de Sousa Viterbo, <i>Exposição d’Arte Ornamental. Notas ao Catalogo</i>. (Lisboa: Imprensa Nacional, 1883), 49.</ref>.
==Referências Bibliográficas ==
==Notas==  
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<!-- As notas e a bibliografia que foi, de facto, usada para construir a informação. Atenção: Chicago Manual Style 17th edition (note), notas" ou seja ou sistema "shortened notes--> <references />
== Bibliografia e Fontes==
== Bibliografia e Fontes==
*Pinto, Carla Alferes, <i>A infanta Dona Maria de Portugal (1521-1577): o mecenato de uma princesa renascentista</i>. Lisboa: Fundação do Oriente, 1998.
*Pinto, Carla Alferes, <i>A infanta Dona Maria de Portugal (1521-1577): o mecenato de uma princesa renascentista</i>. Lisboa: Fundação do Oriente, 1998.

Edição atual desde as 13h00min de 18 de agosto de 2022

Busto-relicário de Santa Engrácia
Data 1595
Género Ourivesaria
Técnica Prata lavrada
Encomendador Infanta D. Maria, D. Miguel de Castro
Localização Igreja de Nossa Senhora da Porciúncula, do Convento dos Barbadinhos, Lisboa

Historial

Este relicário foi mandado fazer pela Infanta D. Maria, filha de D. Manuel I, que deixou em testamento 300 mil cruzados para a sua realização. Só foi, todavia, executada em 1596, vinte anos depois, por acção do arcebispo de Lisboa, D. Miguel de Castro, seu testamenteiro.

Viterbo menciona que D. Fernando tinha uma imagem de prata de Nossa Senhora, que ele data do século XV, que também tinha as armas da infanta D. Maria, no pedestal, desconhecendo-se a sua proveniência[1].

Descrição

O busto é em tamanho natural, feito de prata branca e dourada, reproduz as feições da infanta D. Maria, os seus motivos decorativos preferidos e jóias, como uns brincos que, entretanto, desapareceram. Está vestido com roupa da época e enverga uma coroa aberta de prata dourada. Na sua fronte tem um espigão, aludindo ao martírio da santa, no peito uma abertura oval na qual estava guardada a relíquia. A base é de forma elíptica, decorada com cartelas: ao centro apresenta as armas da infanta, dos lados as seguintes inscrições, em caracteres romanos "RELIQVES DE SANTA ENGRACIA QUE VIERÃO DE SARAGOÇA HA PITIÇÃO DA INFANTE DONA MARIA FILHADELREI DOM MANOEL E ELA EM SEV TESTAMENTO MANDOU FAZER ESTA CAIXA EM QUE ESTÃO E SE FES NO ANO DE 1595 POR MANDADO DO ARSEBISPO DOM MIGVEL DE CASTRO SEU TESTAMENTEIRO", e ainda duas coroas, atravessadas por palmas[2].

Notas

  1. Francisco de Sousa Viterbo, Exposição d’Arte Ornamental. Notas ao Catalogo. (Lisboa: Imprensa Nacional, 1883), 49.
  2. Francisco de Sousa Viterbo, Exposição d’Arte Ornamental. Notas ao Catalogo. (Lisboa: Imprensa Nacional, 1883), 49.

Bibliografia e Fontes

  • Pinto, Carla Alferes, A infanta Dona Maria de Portugal (1521-1577): o mecenato de uma princesa renascentista. Lisboa: Fundação do Oriente, 1998.
  • Viterbo, Francisco de Sousa, Exposição d’Arte Ornamental. Notas ao Catalogo. Lisboa: Imprensa Nacional, 1883.

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