Raúl de Faria e Maia: diferenças entre revisões

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=== Dados biográficos === <!--Nome pelo qual é conhecido. Local de nascimento. Data. Filiação (pai/mãe). Casamento(s). Filhos(s). Formação escolar e académica. Sítios onde estudou. Outros dados biográficos que sejam interessantes/relevantes-->
=== Dados biográficos === <!--Nome pelo qual é conhecido. Local de nascimento. Data. Filiação (pai/mãe). Casamento(s). Filhos(s). Formação escolar e académica. Sítios onde estudou. Outros dados biográficos que sejam interessantes/relevantes-->
Raúl Machado de Faria e Maia, ou também Raúl de Medeiros de Albuquerque, nome adoptado com os apelidos da mãe, nasceu em 26 de Outubro de 1859 na freguesia de Santa Isabel em Lisboa. Era filho de Augusto Machado de Faria e Maia e Maria Luísa Medeiros de Albuquerque<ref>Arquivo Histórico Ultramarino. '''Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Província de Macau. Folha de funcionário.'''</ref>.
Raúl Machado de Faria e Maia, ou também Raúl de Medeiros de Albuquerque, nome adoptado com os apelidos da mãe, nasceu em 26 de Outubro de 1856 na freguesia de Santa Isabel em Lisboa. Era filho de Augusto Machado de Faria e Maia e Maria Luísa Medeiros de Albuquerque<ref>Arquivo Histórico Ultramarino. '''Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Província de Macau. Folha de funcionário.'''</ref>.


Esteve casado com Clotilde Machado de Faria e Maia<ref name=":2">Arquivo Histórico Ultramarino. '''Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Guia n.º 45. Lourenço Marques, 26 de Março de 1895.'''</ref>.
Esteve casado com Clotilde Machado de Faria e Maia<ref name=":2">Arquivo Histórico Ultramarino. '''Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Guia n.º 45. Lourenço Marques, 26 de Março de 1895.'''</ref>.
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Serviu como chefe da primeira secção de fiscalização da construção do Caminho de Ferro da Beira Alta entre Maio de 1880 e Junho de 1881, tendo dirigido e assistido a construção das alvenarias dos viadutos de Milijoso e Trezóio entre Maio e Setembro daquele primeiro ano<ref>Arquivo Histórico Ultramarino. '''Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Atestado por Manuel Francisco Vargas. Lisboa, 5 de Maio de 1893.'''</ref>. Seguiu-se um período, entre Novembro de 1884 e Abril de 1886, em que exerceu funções idênticas desta feita na construção de um troço do Caminho de Ferro do Algarve entre Odemira e Santa Clara de Sabóia<ref>Arquivo Histórico Ultramarino. '''Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Atestado por António José Arroio. Lisboa, 5 de Maio de 1893.'''</ref>. Entre Outubro de 1887 e Dezembro de 1888 dirigiu a construção do bairro operário junto da Companhia de Fabrico de Algodões de Xabregas em Lisboa segundo projecto com a autoria do engenheiro civil António Teixeira Júdice<ref>Arquivo Histórico Ultramarino. '''Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Atestado por António Teixeira Júdice. Lisboa, 6 de Maio de 1893.'''</ref>.
Serviu como chefe da primeira secção de fiscalização da construção do Caminho de Ferro da Beira Alta entre Maio de 1880 e Junho de 1881, tendo dirigido e assistido a construção das alvenarias dos viadutos de Milijoso e Trezóio entre Maio e Setembro daquele primeiro ano<ref>Arquivo Histórico Ultramarino. '''Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Atestado por Manuel Francisco Vargas. Lisboa, 5 de Maio de 1893.'''</ref>. Seguiu-se um período, entre Novembro de 1884 e Abril de 1886, em que exerceu funções idênticas desta feita na construção de um troço do Caminho de Ferro do Algarve entre Odemira e Santa Clara de Sabóia<ref>Arquivo Histórico Ultramarino. '''Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Atestado por António José Arroio. Lisboa, 5 de Maio de 1893.'''</ref>. Entre Outubro de 1887 e Dezembro de 1888 dirigiu a construção do bairro operário junto da Companhia de Fabrico de Algodões de Xabregas em Lisboa segundo projecto com a autoria do engenheiro civil António Teixeira Júdice<ref>Arquivo Histórico Ultramarino. '''Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Atestado por António Teixeira Júdice. Lisboa, 6 de Maio de 1893.'''</ref>.


A carreira nas obras públicas do Império iniciou-se em 6 de Julho de 1893 com a nomeação para o lugar de subdirector dos Caminhos de Ferro de Lourenço Marques após ter apresentado pedido<ref>Arquivo Histórico Ultramarino. '''Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Requerimento de Raúl Machado de Faria e Maia. Lisboa, 30 de Maio de 1893.'''</ref>. No período de permanência em Moçambique conduziu as demarcações das fronteiras entre o Chire e a Zambésia e entre Manica e o Transvaal<ref name=":1" />. Esteve também envolvido nos trabalhos de levantamento e triangulação entre os rios Pungue e Limpopo sob a direcção de António Enes com fim de se determinarem fronteiras, tendo "''além d'isso'' [feito] ''na sua viagem para a Costa acompanhado pelo Capitão d'infantaria Matias Serrano, o reconhecimento rigoroso do rio Limpopo, desde a sua punção com o Pafuri até quase à foz e de aí para Lourenço Marques''"<ref>Arquivo Histórico Ultramarino. '''Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Atestado por Alfredo Freire de Andrade. Lisboa, 12 de Maio de 1893.'''</ref>. Em Março de 1895 recebia guia de passagem para Lisboa por motivos familiares autorizada pelo comissário régio em Moçambique, António Enes<ref name=":2" />. Ocupando ainda as funções de subdirector, a deslocação era também autorizada atendendo ao seu desejo em deixar o lugar e ser transferido para outra província do Império constando ter-se incompatibilizado com o director dos Caminhos de Ferro de Lourenço Marques, segundo o comissário régio<ref>Arquivo Histórico Ultramarino. '''Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Ofício n.º 367 de António Enes ao Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar. Lourenço Marques, 26 de Março de 1895.'''</ref>.  
A carreira nas obras públicas do Império iniciou-se em 6 de Julho de 1893 com a nomeação para o lugar de subdirector dos Caminhos de Ferro de Lourenço Marques após ter apresentado pedido<ref>Arquivo Histórico Ultramarino. '''Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Requerimento de Raúl Machado de Faria e Maia. Lisboa, 30 de Maio de 1893.'''</ref>. No período de permanência em Moçambique conduziu as demarcações das fronteiras entre o Chire e a Zambésia e entre Manica e o Transvaal<ref name=":1" />. Esteve também envolvido nos trabalhos de levantamento e triangulação entre os rios Pungue e Limpopo sob a direcção de António Enes com fim de se determinarem fronteiras, tendo "''além d'isso'' [feito] ''na sua viagem para a Costa acompanhado pelo Capitão d'infantaria Matias Serrano, o reconhecimento rigoroso do rio Limpopo, desde a sua punção com o Pafuri até quase à foz e de aí para Lourenço Marques''"<ref>Arquivo Histórico Ultramarino. '''Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Atestado por Alfredo Freire de Andrade. Lisboa, 12 de Maio de 1893.'''</ref>. Recebeu em 1893 o grau de cavaleiro da Ordem de São Tiago, de mérito científico, literário e artístico<ref>Diploma de 30 de Novembro de 1893, Diário do Governo, no. 282, 13 de Dezembro de 1893, 3151.</ref>. Em Março de 1895 recebia guia de passagem para Lisboa por motivos familiares autorizada pelo comissário régio em Moçambique, António Enes<ref name=":2" />. Ocupando ainda as funções de subdirector, a deslocação era também autorizada atendendo ao seu desejo em deixar o lugar e ser transferido para outra província do Império constando ter-se incompatibilizado com o director dos Caminhos de Ferro de Lourenço Marques, segundo o comissário régio<ref>Arquivo Histórico Ultramarino. '''Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Ofício n.º 367 de António Enes ao Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar. Lourenço Marques, 26 de Março de 1895.'''</ref>.  


Foi incumbido da inspecção das obras públicas da África Ocidental compreendendo os territórios de Angola, São Tomé e Príncipe e Cabo Verde em 11 de Junho de 1895, sucedendo nas funções e retomando o trabalho de [[Arnaldo Guedes Rebelo|Arnaldo de Novaes Guedes Rebelo]]<ref>Arquivo Histórico Ultramarino. '''Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Ofício n.º 11 da 6.ª Repartição à 3.ª Repartição da Direcção Geral do Ultramar. [Lisboa], 20 de Junho de 1895.'''</ref>. Em 1 de Fevereiro de 1896 alcançou Cabo Verde vindo de São Tomé, e, em 17 desse mês, partiu para Lisboa<ref>Arquivo Histórico Ultramarino. '''Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Guia n.º 19. Praia, 17 de Fevereiro de 1896.'''</ref>.   
Foi incumbido da inspecção das obras públicas da África Ocidental compreendendo os territórios de Angola, São Tomé e Príncipe e Cabo Verde em 11 de Junho de 1895, sucedendo nas funções e retomando o trabalho de [[Arnaldo Guedes Rebelo|Arnaldo de Novaes Guedes Rebelo]]<ref>Arquivo Histórico Ultramarino. '''Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Ofício n.º 11 da 6.ª Repartição à 3.ª Repartição da Direcção Geral do Ultramar. [Lisboa], 20 de Junho de 1895.'''</ref>. Em 1 de Fevereiro de 1896 alcançou Cabo Verde vindo de São Tomé, e, em 17 desse mês, partiu para Lisboa<ref>Arquivo Histórico Ultramarino. '''Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Guia n.º 19. Praia, 17 de Fevereiro de 1896.'''</ref>.   
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Em Angola, assumiu, interinamente, a direcção da fiscalização do Caminho de Ferro de Luanda a Ambaca em substituição do director [[Henrique Barahona e Costa]] incumbido de prestar serviço na Companhia de Moçambique<ref name=":3">Arquivo Histórico Ultramarino. '''Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Ofício "79" da Direcção Geral do Ultramar. Paço, Setembro de 1899.'''</ref>. Iniciou funções em 25 de Maio de 1896, mas prontamente retornou a Lisboa para gozo de licença em 6 de Julho de 1896<ref name=":1" /> e, novamente em Maio de 1899<ref>Arquivo Histórico Ultramarino. '''Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Ofício n.º 364 do Governo Geral da Província de Angola ao Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar. Luanda, 12 de Maio de 1899.'''</ref>. Em Agosto desse ano, cumpridos três anos em funções, requereu a sua nomeação definitiva, a qual não consta ter sido aceite<ref>Arquivo Histórico Ultramarino. '''Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Requerimento de Raúl Machado de Faria e Maia. Lisboa, 9 de Agosto de 1899.'''</ref> uma vez que seria eminente o fim da comissão do director efectivo e o seu regresso às funções<ref name=":3" />. Em 20 de Outubro, foi incumbido de estudar a integração das regiões atravessadas pelo Caminho de Ferro de Luanda a Ambaca através da ligação entre as estações e as vias de comunicação existentes na região'''<ref name=":0" />''', tendo dois dias antes apresentado requerimento para que lhe fosse concedida licença ilimitada<ref>Arquivo Histórico Ultramarino. '''Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Requerimento de Raúl Machado de Faria e Maia. Lisboa, 18 de Outubro de 1899.'''</ref>. Após apresentação à junta de saúde, pela qual foi diagnosticado de anemia palustre, regressou a Lisboa em Julho de 1900<ref>Arquivo Histórico Ultramarino. '''Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Ofício n.º 636 do Governo Geral da Província de Angola ao Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar. Luanda, 14 de Julho de 1900.'''</ref><ref>Arquivo Histórico Ultramarino. '''Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Mappa de inspecção feita pela Junta Militar de Saúde em sessão de 12 de Julho de 1900.'''</ref>, tendo retornado a Luanda antes de Setembro de 1901, data em que recebeu guia de passagem a Lisboa para gozo de licença de seis meses<ref name=":1" /><ref>Arquivo Histórico Ultramarino. '''Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Guia n.º 398. Luanda, 5 de Setembro de 1901.'''</ref>, prorrogada por três meses em Maio de 1902<ref>Arquivo Histórico Ultramarino. '''Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Requerimento de Raúl Machado de Faria e Maia. Lisboa, 7 de Maio de 1902.'''</ref>.  
Em Angola, assumiu, interinamente, a direcção da fiscalização do Caminho de Ferro de Luanda a Ambaca em substituição do director [[Henrique Barahona e Costa]] incumbido de prestar serviço na Companhia de Moçambique<ref name=":3">Arquivo Histórico Ultramarino. '''Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Ofício "79" da Direcção Geral do Ultramar. Paço, Setembro de 1899.'''</ref>. Iniciou funções em 25 de Maio de 1896, mas prontamente retornou a Lisboa para gozo de licença em 6 de Julho de 1896<ref name=":1" /> e, novamente em Maio de 1899<ref>Arquivo Histórico Ultramarino. '''Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Ofício n.º 364 do Governo Geral da Província de Angola ao Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar. Luanda, 12 de Maio de 1899.'''</ref>. Em Agosto desse ano, cumpridos três anos em funções, requereu a sua nomeação definitiva, a qual não consta ter sido aceite<ref>Arquivo Histórico Ultramarino. '''Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Requerimento de Raúl Machado de Faria e Maia. Lisboa, 9 de Agosto de 1899.'''</ref> uma vez que seria eminente o fim da comissão do director efectivo e o seu regresso às funções<ref name=":3" />. Em 20 de Outubro, foi incumbido de estudar a integração das regiões atravessadas pelo Caminho de Ferro de Luanda a Ambaca através da ligação entre as estações e as vias de comunicação existentes na região'''<ref name=":0" />''', tendo dois dias antes apresentado requerimento para que lhe fosse concedida licença ilimitada<ref>Arquivo Histórico Ultramarino. '''Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Requerimento de Raúl Machado de Faria e Maia. Lisboa, 18 de Outubro de 1899.'''</ref>. Após apresentação à junta de saúde, pela qual foi diagnosticado de anemia palustre, regressou a Lisboa em Julho de 1900<ref>Arquivo Histórico Ultramarino. '''Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Ofício n.º 636 do Governo Geral da Província de Angola ao Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar. Luanda, 14 de Julho de 1900.'''</ref><ref>Arquivo Histórico Ultramarino. '''Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Mappa de inspecção feita pela Junta Militar de Saúde em sessão de 12 de Julho de 1900.'''</ref>, tendo retornado a Luanda antes de Setembro de 1901, data em que recebeu guia de passagem a Lisboa para gozo de licença de seis meses<ref name=":1" /><ref>Arquivo Histórico Ultramarino. '''Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Guia n.º 398. Luanda, 5 de Setembro de 1901.'''</ref>, prorrogada por três meses em Maio de 1902<ref>Arquivo Histórico Ultramarino. '''Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Requerimento de Raúl Machado de Faria e Maia. Lisboa, 7 de Maio de 1902.'''</ref>.  


Em 16 de Agosto de 1902, chefiou a brigada de estudos sobre a rede de estradas na Ilha de São Tomé e Príncipe, acumulando essas funções com a direcção interina da [[Direcção das Obras Públicas de São Tomé e Príncipe|Direcção das Obras Públicas]]. Não obstante, logo em 3 de Novembro do ano seguinte foi transferido para a [[Direcção das Obras Públicas de Angola]] sem que se saiba que funções assumiu'''<ref name=":0" />'''. No início de 1904 foi presente à junta de saúde e diagnosticado com impaludismo crónico<ref>Arquivo Histórico Ultramarino. '''Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Mappa de inspecção feita pela Junta Militar de Saúde em sessão de 21 de Janeiro de 1904.'''</ref>, tendo recebido licença para regresso ao Reino em Fevereiro, constando da comunicação do Governo Geral de Angola que o engenheiro "''não chegou a apresentar-se''" naquela Direcção<ref>Arquivo Histórico Ultramarino. '''Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Ofício do Governador Geral interino da Província de Angola ao Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar. Luanda, 25 de Fevereiro de 1904.'''</ref>. No dia 19 do mesmo mês era transferido para o lugar de engenheiro na província de Macau, embarcando em Julho desse ano. Não obstante, veio a assumir a [[Direcção das Obras Públicas de Macau e Timor|Direcção das Obras Públicas]] a partir de 1 de Setembro'''<ref name=":0" />'''. Retomou as mesmas funções no segundo trimestre de 1905-1906<ref name=":1" />, cessando a direcção com a nomeação de [[António Miranda Guedes|António Pinto de Miranda Guedes]] em Setembro de 1906 não obstante o seu pedido para passar à efectividade no cargo em Agosto<ref>Arquivo Histórico Ultramarino. '''Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Ofício n.º 213 do Governo da Província de Macau ao Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar. Macau, 24 de Agosto de 1906.'''</ref>. '''Nesse período,''' integrou o Concelho Técnico Municipal das Obras Públicas de Macau<ref>Campinho, "Modernizing Macao", 279.</ref>.   
Em 16 de Agosto de 1902, chefiou a brigada de estudos sobre a rede de estradas na Ilha de São Tomé e Príncipe, acumulando essas funções com a direcção interina da [[Direcção das Obras Públicas de São Tomé e Príncipe|Direcção das Obras Públicas]]. Não obstante, logo em 3 de Novembro do ano seguinte foi transferido para a [[Direcção das Obras Públicas de Angola]] sem que se saiba que funções assumiu'''<ref name=":0" />'''. No início de 1904 foi presente à junta de saúde e diagnosticado com impaludismo crónico<ref>Arquivo Histórico Ultramarino. '''Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Mappa de inspecção feita pela Junta Militar de Saúde em sessão de 21 de Janeiro de 1904.'''</ref>, tendo recebido licença para regresso ao Reino em Fevereiro, constando da comunicação do Governo Geral de Angola que o engenheiro "''não chegou a apresentar-se''" naquela Direcção<ref>Arquivo Histórico Ultramarino. '''Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Ofício do Governador Geral interino da Província de Angola ao Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar. Luanda, 25 de Fevereiro de 1904.'''</ref>. Em 19 de Fevereiro era transferido para o lugar de engenheiro na província de Macau, embarcando em Julho desse ano. Não obstante, veio a assumir interinamente a [[Direcção das Obras Públicas de Macau e Timor|Direcção das Obras Públicas]] a partir de 1 de Setembro'''<ref name=":0" />'''. Retomou as mesmas funções no segundo trimestre de 1905-1906<ref name=":1" />, em particular, no desenvolvimento dos estudos sobre o porto de Macau, tendo desenvolvido vários projectos urbanísticos na zona do porto e envolvências<ref>Campinho, "Modernizing Macao", 293.</ref>. Terminou a direcção com a nomeação de [[António Miranda Guedes|António Pinto de Miranda Guedes]] em Setembro de 1906 não obstante o seu pedido para passar à efectividade no cargo em Agosto<ref>Arquivo Histórico Ultramarino. '''Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Ofício n.º 213 do Governo da Província de Macau ao Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar. Macau, 24 de Agosto de 1906.'''</ref>. Nesse período, integrou o Concelho Técnico Municipal das Obras Públicas de Macau<ref>Campinho, "Modernizing Macao", 279.</ref>.   


À altura ainda foi considerado para o lugar de chefe da secção de agrimensura das obras públicas de Angola<ref>Arquivo Histórico Ultramarino. '''Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Ofício da 3.ª Repartição da Direcção Geral do Ultramar. 19 de Setembro de 1906.'''</ref>, mas com a nomeação do general [[José Emílio Castelo Branco]] para dirigir a Inspecção das Obras Públicas de Macau no início de 1907<ref>Campinho, "Modernizing Macao", 277.</ref>, foi convidado e nomeado para o lugar de engenheiro adjunto em Dezembro<ref name=":1" />. Incumbido dessas funções até Março de 1911, colaborou, em particular, no desenvolvimento dos estudos sobre o porto de Macau, tendo desenvolvido vários projectos urbanísticos na zona do porto e envolvências. Em 30 de Julho de 1909 assumiu a direcção dos trabalhos de drenagem naquele porto e as obras do mesmo decorridas em 1911'''<ref name=":0" />'''<ref>Campinho, "Modernizing Macao", 293.</ref>. Em 1909 pelo menos, assegurou também a aula de desenho no Liceu Nacional de Macau<ref>Arquivo de Macau. Processo n.º 211. Série L. Ofício n.º 62 do Liceu Nacional de Macau à Secretaria Geral do Governo de Macau. 11 de Junho de 1909.</ref>. Foi ordenado a regressar a Lisboa em Dezembro de 1910<ref>Arquivo Histórico Ultramarino. '''Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Guia n.º 52. Macau, 16 de Dezembro de 1910.'''</ref>, mas terá regressado a Macau ainda antes de ter sido incumbido da chefia da Direcção das Obras Públicas de São Tomé e Príncipe e do Caminho de Ferro em 24 de Abril de 1911. Se inicialmente foi exonerado destes lugares em 19 de Outubro de 1912, uma nova ordem do Governo de São Tomé de Novembro manteve-o em funções interinamente. Permaneceu no lugar até 3 de Julho de 1913 quando foi nomeado administrador delegado interino do Conselho de Administração dos Portos e Viação<ref name=":1" />, decisão que contrariava o seu desejo de regressar como engenheiro ao quadro das obras públicas de Macau<ref>Arquivo Histórico Ultramarino. '''Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Cópia. Ofício de Raúl Machado de Faria e Maia. Secretaria Geral do Governo em São Tomé, 24 de Setembro de 1913.'''</ref>.   
À altura ainda foi considerado para o lugar de chefe da secção de agrimensura das obras públicas de Angola<ref>Arquivo Histórico Ultramarino. '''Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Ofício da 3.ª Repartição da Direcção Geral do Ultramar. 19 de Setembro de 1906.'''</ref>, mas com a nomeação do general [[José Emílio Castelo Branco]] para dirigir a Inspecção das Obras Públicas de Macau no início de 1907<ref>Campinho, "Modernizing Macao", 277.</ref>, foi convidado e nomeado para o lugar de engenheiro adjunto em Dezembro<ref name=":1" />. Incumbido dessas funções até Março de 1911, assumiu a direcção dos trabalhos de drenagem naquele porto em 30 de Julho de 1909 e as obras decorridas em 1911'''<ref name=":0" />'''. Em 1909 pelo menos, assegurou também a aula de desenho no Liceu Nacional de Macau<ref>Arquivo de Macau. Processo n.º 211. Série L. Ofício n.º 62 do Liceu Nacional de Macau à Secretaria Geral do Governo de Macau. 11 de Junho de 1909.</ref>. Foi ordenado a regressar a Lisboa em Dezembro de 1910<ref>Arquivo Histórico Ultramarino. '''Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Guia n.º 52. Macau, 16 de Dezembro de 1910.'''</ref>, mas terá regressado a Macau ainda antes de ter sido incumbido da chefia da [[Direcção das Obras Públicas de São Tomé e Príncipe]] e do Caminho de Ferro em 24 de Abril de 1911. Se inicialmente foi exonerado destes lugares em 19 de Outubro de 1912, uma nova ordem do Governo de São Tomé de Novembro manteve-o em funções interinamente. Permaneceu no lugar até 3 de Julho de 1913 quando foi nomeado administrador delegado interino do Conselho de Administração dos Portos e Viação<ref name=":1" />, decisão que contrariava o seu desejo de regressar como engenheiro ao quadro das obras públicas de Macau<ref>Arquivo Histórico Ultramarino. '''Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Cópia. Ofício de Raúl Machado de Faria e Maia. Secretaria Geral do Governo em São Tomé, 24 de Setembro de 1913.'''</ref>.   


No final do ano retornou a Lisboa por motivos de saúde<ref>Arquivo Histórico Ultramarino. '''Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Guia. São Tomé, 27 de Novembro de 1913.'''</ref>. No ano seguinte, remeteu novo requerimento para a sua nomeação enquanto director das Obras Públicas de Macau em face do possível deferimento do "''pedido de exoneração deste cargo apresentado pelo engenheiro A.Pinto Miranda Guedes'' (...) ''desistindo, no caso de deferimento, do concurso para Director dos Portos e Viação em S. Tomé e Príncipe''"<ref>Arquivo Histórico Ultramarino. '''Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Requerimento de Raúl Machado de Faria e Maia. Lisboa, 7 de Fevereiro de 1914.'''</ref>. A nomeação seria aceite em 18 de Abril de 1914<ref name=":0">Arquivo Histórico Ultramarino. '''Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Informação referida ao ano de 1914.'''</ref>, retomando os trabalhos de reconstrução do porto interior da cidade<ref>Campinho, "Modernizing Macao", 360.</ref>. Em finais de 1916, gozou de um período de licença no Japão. No ano seguinte, em Setembro, viria a ser transferido para Cabo Verde para dirigir as obras públicas, mas não é certo que tenha ocupado o cargo considerando que se encontrava em gozo de licença registada, possivelmente por motivos de saúde<ref name=":1" />.   
No final do ano retornou a Lisboa por motivos de saúde<ref>Arquivo Histórico Ultramarino. '''Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Guia. São Tomé, 27 de Novembro de 1913.'''</ref>. No ano seguinte, remeteu novo requerimento para a sua nomeação enquanto director das [[Direcção das Obras Públicas de Macau e Timor|Obras Públicas de Macau]] em face do possível deferimento do "''pedido de exoneração deste cargo apresentado pelo engenheiro A.Pinto Miranda Guedes'' (...) ''desistindo, no caso de deferimento, do concurso para Director dos Portos e Viação em S. Tomé e Príncipe''"<ref>Arquivo Histórico Ultramarino. '''Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Requerimento de Raúl Machado de Faria e Maia. Lisboa, 7 de Fevereiro de 1914.'''</ref>. A nomeação seria aceite em 18 de Abril de 1914<ref name=":0">Arquivo Histórico Ultramarino. '''Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Informação referida ao ano de 1914.'''</ref>, retomando os trabalhos de reconstrução do porto interior da cidade<ref>Campinho, "Modernizing Macao", 360.</ref>. Em finais de 1916, gozou de um período de licença no Japão. No ano seguinte, em Setembro, viria a ser transferido para Cabo Verde para dirigir as obras públicas, mas não é certo que tenha ocupado o cargo considerando que se encontrava em gozo de licença registada, possivelmente por motivos de saúde<ref name=":1" />.   


Em 1919, uma nota de serviço coloca-o em Macau. No final desse ano já se encontrava doente e em gozo de licença, vindo a falecer no ano seguinte<ref name=":1" />.
Em 1919, uma nota de serviço coloca-o em Macau. No final desse ano já se encontrava doente e em gozo de licença, vindo a falecer no ano seguinte<ref name=":1" />.
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==Fontes==<!-- Ou seja, as fontes, com links quando possível, que conhecem sobre o assunto. Atenção: Chicago bibliography-->
==Fontes==<!-- Ou seja, as fontes, com links quando possível, que conhecem sobre o assunto. Atenção: Chicago bibliography-->
Arquivo Histórico Ultramarino. 2G. 1S. SEMU. DGU cx. “Planta do Mercado de S. Domingos. Raúl Machado de Faria e Maia”. 15 de Junho de 1905.
Arquivo Histórico Ultramarino. 2G. 1S. SEMU. DGU cx. “Planta do Mercado de S. Domingos. Raúl Machado de Faria e Maia”. 15 de Junho de 1905.
Arquivo Histórico Ultramarino. 251. 2G-1S. SEMU. DGU. cx. “Projecto de construção de uma Avenida do Largo do


Senado ao Porto Interior e melhoramento de várias ruas do Bazar China”. 5 de Maio de 1905.
Arquivo Histórico Ultramarino. 251. 2G-1S. SEMU. DGU. cx. “Projecto de construção de uma Avenida do Largo do Senado ao Porto Interior e melhoramento de várias ruas do Bazar China”. 5 de Maio de 1905.


Arquivo Histórico Ultramarino. 797. 1D. SEMU. MU. DGAPC. Mç. 1876-1929. Processos Individuais. Macau. Raúl Machado de Faria e Maia.
Arquivo Histórico Ultramarino. 797. 1D. SEMU. MU. DGAPC. Mç. 1876-1929. Processos Individuais. Macau. Raúl Machado de Faria e Maia.
Arquivo Histórico Ultramarino. 759, 2. Cabo Verde.
Arquivo Histórico Ultramarino. 759, 2. Cabo Verde.
 
----Arquivo de Macau. Processo n.º 211. Série L. Ofício n.º 62 do Liceu Nacional de Macau à Secretaria Geral do Governo de Macau. 11 de Junho de 1909[https://www.archives.gov.mo/WebAS/ArchiveDetail2016.aspx?id=20375 .]
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Arquivo de Macau. Processo n.º 211. Série L. Ofício n.º 62 do Liceu Nacional de Macau à Secretaria Geral do Governo de Macau. 11 de Junho de 1909[https://www.archives.gov.mo/WebAS/ArchiveDetail2016.aspx?id=20375 .]


Arquivo Histórico Ultramarino. '''Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Atestado pela Administração do Segundo Bairro de Lisboa. Lisboa, 10 de Maio de 1893.'''
Arquivo Histórico Ultramarino. '''Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Atestado pela Administração do Segundo Bairro de Lisboa. Lisboa, 10 de Maio de 1893.'''
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Arquivo Histórico Ultramarino. '''Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Requerimento de Raúl Machado de Faria e Maia. Lisboa, 30 de Maio de 1893.'''
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Diploma de 30 de Novembro de 1893, Diário do Governo, no. 282, 13 de Dezembro de 1893, 3151[https://digigov.cepese.pt/pt/pesquisa/listbyyearmonthday?ano=1893&mes=12&tipo=a-diario&filename=1893/12/13/D_0282_1893-12-13&pag=1&txt=Raul%20Machado%20Faria%20e%20Maia .]
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Campinho, Regina da Luz Ferreira da Silva. "Modernizing Macao. Public works and urban planining in the imperial network, 1856-1919", 2 vols. Tese de Doutoramento, Universidade de Coimbra, 2021[https://estudogeral.uc.pt/handle/10316/99266 .]
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==Autor(es) do artigo==
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João de Almeida Barata
https://orcid.org/0000-0001-9048-0447


==Financiamento==
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Fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto TechNetEMPIRE | Redes técnico-científicas na formação do ambiente construído no Império português (1647-1871) PTDC/ART-DAQ/31959/2017
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Edição atual desde as 17h22min de 28 de junho de 2024


Raúl de Faria e Maia
Nome completo Raúl Machado de Faria e Maia
Outras Grafias Raúl de Medeiros de Albuquerque
Pai valor desconhecido
Mãe Maria Luísa Medeiros de Albuquerque
Cônjuge Clotilde Machado de Faria e Maia
Filho(s) valor desconhecido
Irmão(s) valor desconhecido
Nascimento 26 outubro 1856
Lisboa, Lisboa, Portugal
Morte 3 agosto 1920
Lisboa, Lisboa, Portugal
Sexo Masculino
Religião valor desconhecido
Formação
Formação Engenharia civil
Data Início: 1879
Fim: 1883
Local de Formação Paris, Paris, França
Cargos
Cargo Chefe de secção
Data Início: maio de 1880
Fim: junho de 1881

Cargo Chefe de secção
Data Início: novembro de 1884
Fim: abril de 1886

Cargo Director
Data Início: 06 de julho de 1893
Fim: 11 de junho de 1895

Cargo Director
Data Início: 25 de maio de 1896
Fim: 20 de outubro de 1899

Cargo Director
Data Início: 16 de agosto de 18902
Fim: 03 de novembro de 1903

Cargo Engenheiro
Data Início: 19 de fevereiro de 1904
Fim: 01 de setembro de 1904

Cargo Director
Data Início: 01 de setembro de 1904

Cargo Director
Data Início: 1905
Fim: setembro de 1906

Cargo Professor
Data Início: 1909
Fim: 1909
Actividade
Actividade Demarcação de fronteira
Data Início: 1893
Fim: 1895
Local de Actividade Moçambique

Actividade Levantamento do território
Data Início: 1893
Fim: 1895
Local de Actividade Moçambique

Actividade Inspecção
Data Início: 11 de junho de 1895
Fim: 17 de fevereiro de 1896
Local de Actividade África

Actividade Projeto de Infraestrutura
Data Início: 20 de outubro de 1899
Fim: 16 de agosto de 1902
Local de Actividade Angola

Actividade Projeto de Infraestrutura
Data Início: 16 de agosto de 1902
Fim: 03 de novembro de 1903


Biografia

Dados biográficos

Raúl Machado de Faria e Maia, ou também Raúl de Medeiros de Albuquerque, nome adoptado com os apelidos da mãe, nasceu em 26 de Outubro de 1856 na freguesia de Santa Isabel em Lisboa. Era filho de Augusto Machado de Faria e Maia e Maria Luísa Medeiros de Albuquerque[1].

Esteve casado com Clotilde Machado de Faria e Maia[2].

Frequentou o curso preparatório, com a duração de um ano, da École des Ponts et Chaussées em Paris, exigido àqueles que apresentassem estudos considerados insuficientes. Em 1879 matriculou-se no curso de engenharia civil como aluno civil externo. Terminou o curso em 1883 com a frequência nas cadeiras de "Construction et hydraulique agricoles, Mecánique et Machines à vapeur, Architecture, Mineralogie, Geologie et Manipulations chimiques, Economie politique, Dessin, Lavis, Lever de Machines, Opérations sur le terrain"[3]. Diplomou-se em 1883[4][5]. No livro de alunos externos da Escola parisiense surge indicado como Raoul d' Albuquerque, sendo o seu nome de baptismo Raúl de Medeiros de Albuquerque, o qual veio a substituir por Raúl Machado de Faria e Maia em 1888[6].

Faleceu em 3 de Agosto de 1920 em Lisboa[5]

Carreira

Serviu como chefe da primeira secção de fiscalização da construção do Caminho de Ferro da Beira Alta entre Maio de 1880 e Junho de 1881, tendo dirigido e assistido a construção das alvenarias dos viadutos de Milijoso e Trezóio entre Maio e Setembro daquele primeiro ano[7]. Seguiu-se um período, entre Novembro de 1884 e Abril de 1886, em que exerceu funções idênticas desta feita na construção de um troço do Caminho de Ferro do Algarve entre Odemira e Santa Clara de Sabóia[8]. Entre Outubro de 1887 e Dezembro de 1888 dirigiu a construção do bairro operário junto da Companhia de Fabrico de Algodões de Xabregas em Lisboa segundo projecto com a autoria do engenheiro civil António Teixeira Júdice[9].

A carreira nas obras públicas do Império iniciou-se em 6 de Julho de 1893 com a nomeação para o lugar de subdirector dos Caminhos de Ferro de Lourenço Marques após ter apresentado pedido[10]. No período de permanência em Moçambique conduziu as demarcações das fronteiras entre o Chire e a Zambésia e entre Manica e o Transvaal[5]. Esteve também envolvido nos trabalhos de levantamento e triangulação entre os rios Pungue e Limpopo sob a direcção de António Enes com fim de se determinarem fronteiras, tendo "além d'isso [feito] na sua viagem para a Costa acompanhado pelo Capitão d'infantaria Matias Serrano, o reconhecimento rigoroso do rio Limpopo, desde a sua punção com o Pafuri até quase à foz e de aí para Lourenço Marques"[11]. Recebeu em 1893 o grau de cavaleiro da Ordem de São Tiago, de mérito científico, literário e artístico[12]. Em Março de 1895 recebia guia de passagem para Lisboa por motivos familiares autorizada pelo comissário régio em Moçambique, António Enes[2]. Ocupando ainda as funções de subdirector, a deslocação era também autorizada atendendo ao seu desejo em deixar o lugar e ser transferido para outra província do Império constando ter-se incompatibilizado com o director dos Caminhos de Ferro de Lourenço Marques, segundo o comissário régio[13].

Foi incumbido da inspecção das obras públicas da África Ocidental compreendendo os territórios de Angola, São Tomé e Príncipe e Cabo Verde em 11 de Junho de 1895, sucedendo nas funções e retomando o trabalho de Arnaldo de Novaes Guedes Rebelo[14]. Em 1 de Fevereiro de 1896 alcançou Cabo Verde vindo de São Tomé, e, em 17 desse mês, partiu para Lisboa[15].

Em Angola, assumiu, interinamente, a direcção da fiscalização do Caminho de Ferro de Luanda a Ambaca em substituição do director Henrique Barahona e Costa incumbido de prestar serviço na Companhia de Moçambique[16]. Iniciou funções em 25 de Maio de 1896, mas prontamente retornou a Lisboa para gozo de licença em 6 de Julho de 1896[5] e, novamente em Maio de 1899[17]. Em Agosto desse ano, cumpridos três anos em funções, requereu a sua nomeação definitiva, a qual não consta ter sido aceite[18] uma vez que seria eminente o fim da comissão do director efectivo e o seu regresso às funções[16]. Em 20 de Outubro, foi incumbido de estudar a integração das regiões atravessadas pelo Caminho de Ferro de Luanda a Ambaca através da ligação entre as estações e as vias de comunicação existentes na região[19], tendo dois dias antes apresentado requerimento para que lhe fosse concedida licença ilimitada[20]. Após apresentação à junta de saúde, pela qual foi diagnosticado de anemia palustre, regressou a Lisboa em Julho de 1900[21][22], tendo retornado a Luanda antes de Setembro de 1901, data em que recebeu guia de passagem a Lisboa para gozo de licença de seis meses[5][23], prorrogada por três meses em Maio de 1902[24].

Em 16 de Agosto de 1902, chefiou a brigada de estudos sobre a rede de estradas na Ilha de São Tomé e Príncipe, acumulando essas funções com a direcção interina da Direcção das Obras Públicas. Não obstante, logo em 3 de Novembro do ano seguinte foi transferido para a Direcção das Obras Públicas de Angola sem que se saiba que funções assumiu[19]. No início de 1904 foi presente à junta de saúde e diagnosticado com impaludismo crónico[25], tendo recebido licença para regresso ao Reino em Fevereiro, constando da comunicação do Governo Geral de Angola que o engenheiro "não chegou a apresentar-se" naquela Direcção[26]. Em 19 de Fevereiro era transferido para o lugar de engenheiro na província de Macau, embarcando em Julho desse ano. Não obstante, veio a assumir interinamente a Direcção das Obras Públicas a partir de 1 de Setembro[19]. Retomou as mesmas funções no segundo trimestre de 1905-1906[5], em particular, no desenvolvimento dos estudos sobre o porto de Macau, tendo desenvolvido vários projectos urbanísticos na zona do porto e envolvências[27]. Terminou a direcção com a nomeação de António Pinto de Miranda Guedes em Setembro de 1906 não obstante o seu pedido para passar à efectividade no cargo em Agosto[28]. Nesse período, integrou o Concelho Técnico Municipal das Obras Públicas de Macau[29].

À altura ainda foi considerado para o lugar de chefe da secção de agrimensura das obras públicas de Angola[30], mas com a nomeação do general José Emílio Castelo Branco para dirigir a Inspecção das Obras Públicas de Macau no início de 1907[31], foi convidado e nomeado para o lugar de engenheiro adjunto em Dezembro[5]. Incumbido dessas funções até Março de 1911, assumiu a direcção dos trabalhos de drenagem naquele porto em 30 de Julho de 1909 e as obras decorridas em 1911[19]. Em 1909 pelo menos, assegurou também a aula de desenho no Liceu Nacional de Macau[32]. Foi ordenado a regressar a Lisboa em Dezembro de 1910[33], mas terá regressado a Macau ainda antes de ter sido incumbido da chefia da Direcção das Obras Públicas de São Tomé e Príncipe e do Caminho de Ferro em 24 de Abril de 1911. Se inicialmente foi exonerado destes lugares em 19 de Outubro de 1912, uma nova ordem do Governo de São Tomé de Novembro manteve-o em funções interinamente. Permaneceu no lugar até 3 de Julho de 1913 quando foi nomeado administrador delegado interino do Conselho de Administração dos Portos e Viação[5], decisão que contrariava o seu desejo de regressar como engenheiro ao quadro das obras públicas de Macau[34].

No final do ano retornou a Lisboa por motivos de saúde[35]. No ano seguinte, remeteu novo requerimento para a sua nomeação enquanto director das Obras Públicas de Macau em face do possível deferimento do "pedido de exoneração deste cargo apresentado pelo engenheiro A.Pinto Miranda Guedes (...) desistindo, no caso de deferimento, do concurso para Director dos Portos e Viação em S. Tomé e Príncipe"[36]. A nomeação seria aceite em 18 de Abril de 1914[19], retomando os trabalhos de reconstrução do porto interior da cidade[37]. Em finais de 1916, gozou de um período de licença no Japão. No ano seguinte, em Setembro, viria a ser transferido para Cabo Verde para dirigir as obras públicas, mas não é certo que tenha ocupado o cargo considerando que se encontrava em gozo de licença registada, possivelmente por motivos de saúde[5].

Em 1919, uma nota de serviço coloca-o em Macau. No final desse ano já se encontrava doente e em gozo de licença, vindo a falecer no ano seguinte[5].

Outras informações

Obras

Planta do Mercado de S. Domingos, Macau (1905).

Projecto de construção de uma Avenida do Largo do Senado ao Porto Interior e melhoramento de várias ruas do Bazar China, Macau (1905).

Notas

  1. Arquivo Histórico Ultramarino. Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Província de Macau. Folha de funcionário.
  2. 2,0 2,1 Arquivo Histórico Ultramarino. Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Guia n.º 45. Lourenço Marques, 26 de Março de 1895.
  3. Arquivo Histórico Ultramarino. Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Certificat d'Etudes. Paris, 21 de Fevereiro de 1883.
  4. Lacourt, "Liste générale des élèves", 51.
  5. 5,0 5,1 5,2 5,3 5,4 5,5 5,6 5,7 5,8 5,9 Faria, "Raúl Machado de Faria e Maia".
  6. Arquivo Histórico Ultramarino. Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Atestado pela Administração do Segundo Bairro de Lisboa. Lisboa, 10 de Maio de 1893.
  7. Arquivo Histórico Ultramarino. Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Atestado por Manuel Francisco Vargas. Lisboa, 5 de Maio de 1893.
  8. Arquivo Histórico Ultramarino. Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Atestado por António José Arroio. Lisboa, 5 de Maio de 1893.
  9. Arquivo Histórico Ultramarino. Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Atestado por António Teixeira Júdice. Lisboa, 6 de Maio de 1893.
  10. Arquivo Histórico Ultramarino. Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Requerimento de Raúl Machado de Faria e Maia. Lisboa, 30 de Maio de 1893.
  11. Arquivo Histórico Ultramarino. Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Atestado por Alfredo Freire de Andrade. Lisboa, 12 de Maio de 1893.
  12. Diploma de 30 de Novembro de 1893, Diário do Governo, no. 282, 13 de Dezembro de 1893, 3151.
  13. Arquivo Histórico Ultramarino. Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Ofício n.º 367 de António Enes ao Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar. Lourenço Marques, 26 de Março de 1895.
  14. Arquivo Histórico Ultramarino. Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Ofício n.º 11 da 6.ª Repartição à 3.ª Repartição da Direcção Geral do Ultramar. [Lisboa], 20 de Junho de 1895.
  15. Arquivo Histórico Ultramarino. Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Guia n.º 19. Praia, 17 de Fevereiro de 1896.
  16. 16,0 16,1 Arquivo Histórico Ultramarino. Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Ofício "79" da Direcção Geral do Ultramar. Paço, Setembro de 1899.
  17. Arquivo Histórico Ultramarino. Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Ofício n.º 364 do Governo Geral da Província de Angola ao Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar. Luanda, 12 de Maio de 1899.
  18. Arquivo Histórico Ultramarino. Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Requerimento de Raúl Machado de Faria e Maia. Lisboa, 9 de Agosto de 1899.
  19. 19,0 19,1 19,2 19,3 19,4 Arquivo Histórico Ultramarino. Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Informação referida ao ano de 1914.
  20. Arquivo Histórico Ultramarino. Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Requerimento de Raúl Machado de Faria e Maia. Lisboa, 18 de Outubro de 1899.
  21. Arquivo Histórico Ultramarino. Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Ofício n.º 636 do Governo Geral da Província de Angola ao Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar. Luanda, 14 de Julho de 1900.
  22. Arquivo Histórico Ultramarino. Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Mappa de inspecção feita pela Junta Militar de Saúde em sessão de 12 de Julho de 1900.
  23. Arquivo Histórico Ultramarino. Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Guia n.º 398. Luanda, 5 de Setembro de 1901.
  24. Arquivo Histórico Ultramarino. Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Requerimento de Raúl Machado de Faria e Maia. Lisboa, 7 de Maio de 1902.
  25. Arquivo Histórico Ultramarino. Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Mappa de inspecção feita pela Junta Militar de Saúde em sessão de 21 de Janeiro de 1904.
  26. Arquivo Histórico Ultramarino. Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Ofício do Governador Geral interino da Província de Angola ao Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar. Luanda, 25 de Fevereiro de 1904.
  27. Campinho, "Modernizing Macao", 293.
  28. Arquivo Histórico Ultramarino. Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Ofício n.º 213 do Governo da Província de Macau ao Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar. Macau, 24 de Agosto de 1906.
  29. Campinho, "Modernizing Macao", 279.
  30. Arquivo Histórico Ultramarino. Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Ofício da 3.ª Repartição da Direcção Geral do Ultramar. 19 de Setembro de 1906.
  31. Campinho, "Modernizing Macao", 277.
  32. Arquivo de Macau. Processo n.º 211. Série L. Ofício n.º 62 do Liceu Nacional de Macau à Secretaria Geral do Governo de Macau. 11 de Junho de 1909.
  33. Arquivo Histórico Ultramarino. Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Guia n.º 52. Macau, 16 de Dezembro de 1910.
  34. Arquivo Histórico Ultramarino. Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Cópia. Ofício de Raúl Machado de Faria e Maia. Secretaria Geral do Governo em São Tomé, 24 de Setembro de 1913.
  35. Arquivo Histórico Ultramarino. Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Guia. São Tomé, 27 de Novembro de 1913.
  36. Arquivo Histórico Ultramarino. Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Requerimento de Raúl Machado de Faria e Maia. Lisboa, 7 de Fevereiro de 1914.
  37. Campinho, "Modernizing Macao", 360.

Fontes

Arquivo Histórico Ultramarino. 2G. 1S. SEMU. DGU cx. “Planta do Mercado de S. Domingos. Raúl Machado de Faria e Maia”. 15 de Junho de 1905.

Arquivo Histórico Ultramarino. 251. 2G-1S. SEMU. DGU. cx. “Projecto de construção de uma Avenida do Largo do Senado ao Porto Interior e melhoramento de várias ruas do Bazar China”. 5 de Maio de 1905.

Arquivo Histórico Ultramarino. 797. 1D. SEMU. MU. DGAPC. Mç. 1876-1929. Processos Individuais. Macau. Raúl Machado de Faria e Maia. Arquivo Histórico Ultramarino. 759, 2. Cabo Verde.


Arquivo de Macau. Processo n.º 211. Série L. Ofício n.º 62 do Liceu Nacional de Macau à Secretaria Geral do Governo de Macau. 11 de Junho de 1909.

Arquivo Histórico Ultramarino. Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Atestado pela Administração do Segundo Bairro de Lisboa. Lisboa, 10 de Maio de 1893.

Arquivo Histórico Ultramarino. Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Atestado por Alfredo Freire de Andrade. Lisboa, 12 de Maio de 1893.

Arquivo Histórico Ultramarino. Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Atestado por António José Arroio. Lisboa, 5 de Maio de 1893.

Arquivo Histórico Ultramarino. Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Atestado por António Teixeira Júdice. Lisboa, 6 de Maio de 1893.

Arquivo Histórico Ultramarino. Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Atestado por Manuel Francisco Vargas. Lisboa, 5 de Maio de 1893.

Arquivo Histórico Ultramarino. Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Certificat d'Etudes. Paris, 21 de Fevereiro de 1883.

Arquivo Histórico Ultramarino. Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Cópia. Ofício de Raúl Machado de Faria e Maia. Secretaria Geral do Governo em São Tomé, 24 de Setembro de 1913.

Arquivo Histórico Ultramarino. Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Guia n.º 19. Praia, 17 de Fevereiro de 1896.

Arquivo Histórico Ultramarino. Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Guia n.º 45. Lourenço Marques, 26 de Março de 1895.

Arquivo Histórico Ultramarino. Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Guia n.º 52. Macau, 16 de Dezembro de 1910.

Arquivo Histórico Ultramarino. Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Guia n.º 398. Luanda, 5 de Setembro de 1901.

Arquivo Histórico Ultramarino. Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Guia. São Tomé, 27 de Novembro de 1913.

Arquivo Histórico Ultramarino. Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Informação referida ao ano de 1914.

Arquivo Histórico Ultramarino. Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Mappa de inspecção feita pela Junta Militar de Saúde em sessão de 12 de Julho de 1900.

Arquivo Histórico Ultramarino. Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Mappa de inspecção feita pela Junta Militar de Saúde em sessão de 21 de Janeiro de 1904.

Arquivo Histórico Ultramarino. Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Ofício "79" da Direcção Geral do Ultramar. Paço, Setembro de 1899.

Arquivo Histórico Ultramarino. Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Ofício da 3.ª Repartição da Direcção Geral do Ultramar. 19 de Setembro de 1906.

Arquivo Histórico Ultramarino. Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Ofício n.º 11 da 6.ª Repartição à 3.ª Repartição da Direcção Geral do Ultramar. [Lisboa], 20 de Junho de 1895.

Arquivo Histórico Ultramarino. Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Ofício n.º 85 do Governador Geral interino da Província de Angola ao Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar. Luanda, 25 de Fevereiro de 1904.

Arquivo Histórico Ultramarino. Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Ofício n.º 364 do Governo Geral da Província de Angola ao Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar. Luanda, 12 de Maio de 1899.

Arquivo Histórico Ultramarino. Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Ofício n.º 367 de António Enes ao Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar. Lourenço Marques, 26 de Março de 1895.

Arquivo Histórico Ultramarino. Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Ofício n.º 636 do Governo Geral da Província de Angola ao Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar. Luanda, 14 de Julho de 1900.

Arquivo Histórico Ultramarino. Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Requerimento de Raúl Machado de Faria e Maia. Lisboa, 7 de Fevereiro de 1914.

Arquivo Histórico Ultramarino. Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Província de Macau. Folha de funcionário.

Arquivo Histórico Ultramarino. Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Requerimento de Raúl Machado de Faria e Maia. Lisboa, 9 de Agosto de 1899.

Arquivo Histórico Ultramarino. Pasta. Raúl Machado de Faria e Maia. Requerimento de Raúl Machado de Faria e Maia. Lisboa, 30 de Maio de 1893.

Diploma de 30 de Novembro de 1893, Diário do Governo, no. 282, 13 de Dezembro de 1893, 3151.

Bibliografia

Campinho, Regina da Luz Ferreira da Silva. "Modernizing Macao. Public works and urban planining in the imperial network, 1856-1919", 2 vols. Tese de Doutoramento, Universidade de Coimbra, 2021.

Faria, Alice Santiago. "Raúl Machado de Faria e Maia". Biografias. Construindo o Imperio Português no Século XIX, 2014. Visualizado em 26 Junho, 2024.

Lacourt, Anne. "Liste générale des élèves du corps et des élèves civils de l’Ecole des ponts et chaussées 1744-1930 et des élèves des cours préparatoires 1875-1920". Ecole nationale des ponts et chaussées – Direction de la documentation, des archives et du patrimoine – Mission archives, 2020. Visualizado em 27 Junho, 2024.

Ligações Externas

Autor(es) do artigo

João de Almeida Barata

https://orcid.org/0000-0001-9048-0447

Financiamento

Fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto TechNetEMPIRE | Redes técnico-científicas na formação do ambiente construído no Império português (1647-1871) PTDC/ART-DAQ/31959/2017

Bolsa de investigação no CHAM - Centro de Humanidades da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, com a referência UIDB/04666/2020, financiado por fundos nacionais através da FCT/MCTES (PIDDAC), para desenvolvimento de trabalhos de investigação na plataforma eViterbo

DOI

Citar este artigo

Almeida Barata, João de. "Raúl de Faria e Maia", in eViterbo. Lisboa: CHAM - Centro de Humanidades, FCSH, Universidade Nova de Lisboa, 2022. (última modificação: 28/06/2024). Consultado a 30 de junho de 2024, em https://eviterbo.fcsh.unl.pt/wiki/Ra%C3%BAl_de_Faria_e_Maia. DOI: []