José de Avelar Rebelo: diferenças entre revisões

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Nasceu em Lisboa entre 1600 e 1610. Com o mecenato do duque de Bragança esteve em Madrid a estudar. Em 1633 trabalhou nas obras do paço ducal de Vila Viçosa. A partir de 1637 aparece várias vezes documentado em Lisboa, com a sua mulher D. [[Joana de Andrade]] vivendo primeiro na Rua dos Almocreves (aos Anjos) e depois na Cruz de Pedra (S. Domingos de Benfica)<ref>José de Avelar Rebelo In http://www.mosteirojeronimos.gov.pt/pt/index.php?s=white&pid=226 consultado a 16/08/2017</ref>.
Nasceu em Lisboa entre 1600 e 1610. Com o mecenato do duque de Bragança esteve em Madrid a estudar. Em 1633 trabalhou nas obras do paço ducal de Vila Viçosa. A partir de 1637 aparece várias vezes documentado em Lisboa, com a sua mulher D. [[Joana de Andrade]] vivendo primeiro na Rua dos Almocreves (aos Anjos) e depois na Cruz de Pedra (S. Domingos de Benfica)<ref>José de Avelar Rebelo In http://www.mosteirojeronimos.gov.pt/pt/index.php?s=white&pid=226 consultado a 16/08/2017</ref>.


Morreu, depois de prolongada doença, a 14 de outubro de 1657, na sua casa na Cruz da Pedra. Por sua vontade, foi sepultado com o hábito dominicano no Convento de S. Domingos de Benfica<i>Notícia de Alguns Pintores Portuguezes e de outros que sendo estrangeiros exerceram a sua arte em Portugal.</i> Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1911 (3ª série), 51-52.</ref>. <!-- Viterbo cita e transcreve o seu testamento e Livro terceiro dos baptismos, matrimónios e óbitos da freguesia de Nossa Senhora do Amparo de Benfica, fl. 7 da segunda parte-->
Morreu, depois de prolongada doença, a 14 de outubro de 1657, na sua casa na Cruz da Pedra. Por sua vontade, foi sepultado com o hábito dominicano no Convento de S. Domingos de Benfica<i>Notícia de Alguns Pintores Portuguezes e de outros que sendo estrangeiros exerceram a sua arte em Portugal.<ref>Francisco de Sousa Viterbo, <i>Notícia de Alguns Pintores Portuguezes e de outros que sendo estrangeiros exerceram a sua arte em Portugal.</i> Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1911 (3ª série), 51-52.</ref>. <!-- Viterbo cita e transcreve o seu testamento e Livro terceiro dos baptismos, matrimónios e óbitos da freguesia de Nossa Senhora do Amparo de Benfica, fl. 7 da segunda parte-->
   
   
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Em 1654 recebeu de D. João IV o hábito da Ordem de Avis e trinta mil réis de renda nos bens dos confiscados ou ausentes em Castela<ref>Francisco de Sousa Viterbo, <i>Notícia de Alguns Pintores Portuguezes e de outros que sendo estrangeiros exerceram a sua arte em Portugal.</i> Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1911 (3ª série), 47-48.</ref>. No entanto, por doença prolongada de Avelar Rebelo e por morte de D. João IV, nunca chegou a receber esta mercê, que só veio a ser entregue ao seu filho natural [[Manuel Avelar de Sousa]], por D. Pedro II, em 1692<ref>Francisco de Sousa Viterbo, <i>Notícia de Alguns Pintores Portuguezes e de outros que sendo estrangeiros exerceram a sua arte em Portugal.</i> Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1911 (3ª série), 52-53.</ref>.
Em 1654 recebeu de D. João IV o hábito da Ordem de Avis e trinta mil réis de renda nos bens dos confiscados ou ausentes em Castela<ref>Francisco de Sousa Viterbo, <i>Notícia de Alguns Pintores Portuguezes e de outros que sendo estrangeiros exerceram a sua arte em Portugal.</i> Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1911 (3ª série), 47-48.</ref>. No entanto, por doença prolongada de Avelar Rebelo e por morte de D. João IV, nunca chegou a receber esta mercê, que só veio a ser entregue ao seu filho natural [[Manuel Avelar de Sousa]], por D. Pedro II, em 1692<ref>Francisco de Sousa Viterbo, <i>Notícia de Alguns Pintores Portuguezes e de outros que sendo estrangeiros exerceram a sua arte em Portugal.</i> Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1911 (3ª série), 52-53.</ref>.
 
==Obras==
==Obras==
*1633-1637 - Pintura a fresco dos tectos da sala do Cântico dos Cânticos e das Delícias da Música no Paço Ducal de Vila Viçosa.
*1633-1637 - Pintura a fresco dos tectos da sala do Cântico dos Cânticos e das Delícias da Música no Paço Ducal de Vila Viçosa.

Revisão das 15h42min de 16 de agosto de 2017


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José de Avelar Rebelo
Nascimento entre 1600 e 1610
Lisboa
Morte 14 de outubro de 1657
Lisboa
Nacionalidade Portuguesa
Progenitores Mãe: Sebastiana de Avelar
Sexo masculino
Filho(s) Manuel Avelar de Sousa (filho natural)
Irmão(s) Francisco Cardoso

Biografia

Dados biográficos

Nasceu em Lisboa entre 1600 e 1610. Com o mecenato do duque de Bragança esteve em Madrid a estudar. Em 1633 trabalhou nas obras do paço ducal de Vila Viçosa. A partir de 1637 aparece várias vezes documentado em Lisboa, com a sua mulher D. Joana de Andrade vivendo primeiro na Rua dos Almocreves (aos Anjos) e depois na Cruz de Pedra (S. Domingos de Benfica)[1].

Morreu, depois de prolongada doença, a 14 de outubro de 1657, na sua casa na Cruz da Pedra. Por sua vontade, foi sepultado com o hábito dominicano no Convento de S. Domingos de BenficaNotícia de Alguns Pintores Portuguezes e de outros que sendo estrangeiros exerceram a sua arte em Portugal.[2].

Carreira

Entre 1633 e 1637 pintou para o duque de Bragança, futuro rei D. João IV, no paço ducal de Vila Viçosa.

Depois da Restauração foi nomeado pintor régio, por D. João IV, e mestre de pintura do príncipe D. Teodósio de Bragança.

Em 1644 foi eleito juiz da Irmandade de São Lucas.


Outras informações

Em 1654 recebeu de D. João IV o hábito da Ordem de Avis e trinta mil réis de renda nos bens dos confiscados ou ausentes em Castela[3]. No entanto, por doença prolongada de Avelar Rebelo e por morte de D. João IV, nunca chegou a receber esta mercê, que só veio a ser entregue ao seu filho natural Manuel Avelar de Sousa, por D. Pedro II, em 1692[4].

Obras

  • 1633-1637 - Pintura a fresco dos tectos da sala do Cântico dos Cânticos e das Delícias da Música no Paço Ducal de Vila Viçosa.
  • 1638-1648 - Pintura do tecto da Igreja do Loreto, Lisboa.
  • 1639-1648 - Pintura de 72 painéis para o tecto da Basílica dos Mártires em Lisboa, representando cenas da vida de Cristo.
  • 1639-1648 - Pintura sobre a tomada de Lisboa sob o arco da capela-mor da Basílica dos Mártires em Lisboa.
  • 1640-1645 - Pintura de S. Jerónimo do Mosteiro dos Jerónimos, Lisboa.
  • 1641 - Desenho que serviu de base à gravura de Agostinho Soares Floriano que serve de frontispício à obra: Applausos Academicos da Universidade de Coimbra a El-Rei Nosso Senhor D. João IV, impressa em Coimbra por Duarte Gomes de Loureiro.
  • 1643 - Retrato de D. João IV.
  • 1648 - Pintura de uma Adoração dos Magos .
  • 1650 - Pintura do tecto do coro da Basílica dos Mártires, Lisboa.
  • 1656 - Pintura do Triunfo de Nossa Senhora para a portaria do convento de S. Bento em Lisboa.


Referências bibliográficas

  1. José de Avelar Rebelo In http://www.mosteirojeronimos.gov.pt/pt/index.php?s=white&pid=226 consultado a 16/08/2017
  2. Francisco de Sousa Viterbo, Notícia de Alguns Pintores Portuguezes e de outros que sendo estrangeiros exerceram a sua arte em Portugal. Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1911 (3ª série), 51-52.
  3. Francisco de Sousa Viterbo, Notícia de Alguns Pintores Portuguezes e de outros que sendo estrangeiros exerceram a sua arte em Portugal. Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1911 (3ª série), 47-48.
  4. Francisco de Sousa Viterbo, Notícia de Alguns Pintores Portuguezes e de outros que sendo estrangeiros exerceram a sua arte em Portugal. Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1911 (3ª série), 52-53.

Bibliografia e Fontes

  • Costa, Félix, The antiquity of the art of painting by Félix da Costa, New Haven and London, Yale University Press, 1967.
  • Flor, Susana Varela, Flor, Pedro, Pintores de Lisboa: Séculos XVII-XVIII. A Irmandade de S. Lucas. Lisboa: Scribe, 2013.
  • [ http://hdl.handle.net/10451/8491 Gonçalves, Susana Cavaleiro Ferreira Nobre, "A arte do retrato em Portugal no tempo do barroco (1683-1750): conceitos, tipologias e protagonistas." Dissertação de Doutoramento, Universidade de Lisboa 2013.]
  • Serrão, Vítor, "José de Avelar Rebelo" In Dicionário da Arte Barroca em Portugal. coord. Paulo Pereira, . Lisboa: Editorial Presença. 1989.
  • Serrão, Vítor (dir.), Rouge et or: Trésors du Portugal baroque . [Lisboa]: Gabinete das Relações Internacionais; Paris: Institut de France, 2001.
  • Silva, Inocêncio Francisco, Diccionário bibliographico portuguez: estudos de Innocêncio Francisco da Silva aplicáveis a Portugal e ao Brazil. Lisboa: Imprensa Nacional, 1858-1923.
  • Sobral, Luís de Moura, Pintura Portuguesa do Século XVII: Histórias, lendas, narrativas. Lisboa: Museu Nacional de Arte Antiga, 2004.
  • Viterbo, Francisco de Sousa, Notícia de Alguns Pintores Portuguezes e de outros que sendo estrangeiros exerceram a sua arte em Portugal. Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1911 (3ª série).

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