Escapulário: diferenças entre revisões
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Deriva-se da palavra latina ''Scapulae'' genit. ''Scapularum'' que quer dizer ombros, porque antigamente escapulário era a parte do hábito monacal que cobria só os ombros e dela usavam os monges quando se ocupavam em algum exercício corporal, porque não embaraçava tanto como o capelo. Hoje é o que os religiosos monacais vestem sobre a túnica e é composto de duas tiras de pano que, cobrindo as costas e o peito, chegam nos religiosos professos até aos pés e nos irmãos leigos até aos joelhos. Querem alguns que das dalmáticas tivessem origem nos escapulários. Por esta razão diz o padre Fr. João de Madriaga na vida de S. Bruno, que não usavam na religião da Cartuxa de dalmáticas nas missas solenes, porque estes seus mesmos escapulários são verdadeiras dalmáticas de igreja, e o serem abertas ou cerradas não lhes muda a substância, e que aos frades leigos da mesma ordem proibiram os padres desta sagrada religião de trazerem estes escapulários por não serem ministros do altar, e lhe concederam somente as cogulas curtas como insígnia própria de monges. O bentinho do Carmo e da Trindade é uma espécie de escapulário. Os autores eclesiásticos lhe chamam ''Scapulare, is. Neut.''<ref>Bluteau, ''Vocabulário Português e Latino,'' letra E: 209.</ref>. | |||
Tira de pano comprida e larga, usada sobre a parte da frente do corpo, associada às ordens religiosas (pág. 152). - Fialho | |||
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Bluteau, Rafael | Bluteau, Rafael. ''Vocabulário Português e Latino…'' 8 vols. e 2 Suplementos. Coimbra: Colégio das Artes da Companhia de Jesus, 1712-1728. | ||
Fialho, Maria João. “O traje de corte feminino em Portugal da época de D. Manuel I a D. Pedro II”. Dissertação de Mestrado, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa, 2011. | |||
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==Autor(es) do artigo== | ==Autor(es) do artigo== | ||
André Filipe Neto e Maria Teresa Oliveira ; Andreia Fontenete Louro | |||
* André Filipe Neto e Maria Teresa Oliveira (bolseiros de iniciação à investigação) | |||
Projeto eViterbo, CHAM - Centro de Humanidades NOVA FCSH, 2017-18; | |||
* Andreia Fontenete Louro (bolseira de iniciação à investigação) | |||
Projeto DRESS, 2019; | |||
* Inês Amaral Canhão (bolseira de iniciação à investigação) | |||
Projeto Verão com Ciência, 2022; | |||
==Financiamento== | ==Financiamento== | ||
Fundação Calouste Gulbenkian | VESTE _ Vestir a corte: traje, género e identidade(s), Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito da Norma Transitória - DL 57/2016/CP1453/CT0069. | ||
DRESS _ Desenhar a moda das fontes quinhentistas, Fundação Calouste Gulbenkian, Projetos de Investigação em Língua e Cultura Portuguesa 2018, Ref.: 227751. | |||
Verão com Ciência FCT, 2022. | |||
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Revisão das 11h04min de 19 de agosto de 2022
Definição
Deriva-se da palavra latina Scapulae genit. Scapularum que quer dizer ombros, porque antigamente escapulário era a parte do hábito monacal que cobria só os ombros e dela usavam os monges quando se ocupavam em algum exercício corporal, porque não embaraçava tanto como o capelo. Hoje é o que os religiosos monacais vestem sobre a túnica e é composto de duas tiras de pano que, cobrindo as costas e o peito, chegam nos religiosos professos até aos pés e nos irmãos leigos até aos joelhos. Querem alguns que das dalmáticas tivessem origem nos escapulários. Por esta razão diz o padre Fr. João de Madriaga na vida de S. Bruno, que não usavam na religião da Cartuxa de dalmáticas nas missas solenes, porque estes seus mesmos escapulários são verdadeiras dalmáticas de igreja, e o serem abertas ou cerradas não lhes muda a substância, e que aos frades leigos da mesma ordem proibiram os padres desta sagrada religião de trazerem estes escapulários por não serem ministros do altar, e lhe concederam somente as cogulas curtas como insígnia própria de monges. O bentinho do Carmo e da Trindade é uma espécie de escapulário. Os autores eclesiásticos lhe chamam Scapulare, is. Neut.[1].
Tira de pano comprida e larga, usada sobre a parte da frente do corpo, associada às ordens religiosas (pág. 152). - Fialho
Alterações
Outras informações
Notas
- ↑ Bluteau, Vocabulário Português e Latino, letra E: 209.
Fontes
Bibliografia
Bluteau, Rafael. Vocabulário Português e Latino… 8 vols. e 2 Suplementos. Coimbra: Colégio das Artes da Companhia de Jesus, 1712-1728.
Fialho, Maria João. “O traje de corte feminino em Portugal da época de D. Manuel I a D. Pedro II”. Dissertação de Mestrado, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa, 2011.
Ligações Externas
Autor(es) do artigo
- André Filipe Neto e Maria Teresa Oliveira (bolseiros de iniciação à investigação)
Projeto eViterbo, CHAM - Centro de Humanidades NOVA FCSH, 2017-18;
- Andreia Fontenete Louro (bolseira de iniciação à investigação)
Projeto DRESS, 2019;
- Inês Amaral Canhão (bolseira de iniciação à investigação)
Projeto Verão com Ciência, 2022;
Financiamento
VESTE _ Vestir a corte: traje, género e identidade(s), Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito da Norma Transitória - DL 57/2016/CP1453/CT0069.
DRESS _ Desenhar a moda das fontes quinhentistas, Fundação Calouste Gulbenkian, Projetos de Investigação em Língua e Cultura Portuguesa 2018, Ref.: 227751.
Verão com Ciência FCT, 2022.
DOI
Citar este artigo
- Escapulário (última modificação: 19/08/2022). eViterbo. Visitado em