Piscina: diferenças entre revisões

Fonte: eViterbo
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Piscina ou Picina. É palavra latina derivada de ''Piscis'', Peixe, e vale o mesmo que Tanque, ou receptáculo de água, onde vai beber o gado, ou para lavar o corpo. Em Português só tem uso quando se fala na Piscina probática, assim chamada do Grego ''Probaton'', que vale o mesmo que ovelha, porque nela se lavavam as ovelhas e outros animais, destinados ao sacrifício. Os Hebreus lhe chamavam Bethsaida, que quer dizer ''Domus grugum'', ou segundo alguns Bethesda, que vale o mesmo que Lago, ou lugar para onde correm as aguas, que lhe vinham de uma fonte vizinha e das que caíram do adro do Templo. Em certos tempos, não já certos e determinados, mas quando queria o Senhor, movia um Anjo as aguas da Piscina e o enfermo que tinha a fortuna de entrar nela primeiro, sarava da sua enfermidade, qualquer que fosse, não por virtude das aguas, porque nenhuma agua mineral é boa para todo o género de doenças, mas por uma especial e milagrosa virtude, que o Anjo imprimia nas aguas, quando as movia. Dizem que ainda hoje se vem os cinco pórticos, debaixo dos quais estavam os enfermos esperando pelo movimento das aguas, e que ainda permanecem os degraus, por onde se descia à piscina, mas o fundo dela está cheio de ervas e seco. ''Piscina, ae. Fem''. São as palavras de que usa o Evangelho (Chegada a segunda festa da Páscoa do ano de Cristo trinta e dois, sarou Cristo um homem, que havia trinta e oito anos que estava tolhido de paralisia, junto à probática Pisicina. Mon. Lusit. Tom.2. fol.10. col.2)<ref>Bluteau, ''Vocabulario Portuguez e latino'' (Tomo VI: P), 533.</ref>.
Piscina ou Picina. É palavra latina derivada de ''Piscis'', Peixe, e vale o mesmo que Tanque, ou receptáculo de água, onde vai beber o gado, ou para lavar o corpo. Em Português só tem uso quando se fala na Piscina probática, assim chamada do Grego ''Probaton'', que vale o mesmo que ovelha, porque nela se lavavam as ovelhas e outros animais, destinados ao sacrifício. Os Hebreus lhe chamavam Bethsaida, que quer dizer ''Domus grugum'', ou segundo alguns Bethesda, que vale o mesmo que Lago, ou lugar para onde correm as aguas, que lhe vinham de uma fonte vizinha e das que caíram do adro do Templo. Em certos tempos, não já certos e determinados, mas quando queria o Senhor, movia um Anjo as aguas da Piscina e o enfermo que tinha a fortuna de entrar nela primeiro, sarava da sua enfermidade, qualquer que fosse, não por virtude das aguas, porque nenhuma agua mineral é boa para todo o género de doenças, mas por uma especial e milagrosa virtude, que o Anjo imprimia nas aguas, quando as movia. Dizem que ainda hoje se vem os cinco pórticos, debaixo dos quais estavam os enfermos esperando pelo movimento das aguas, e que ainda permanecem os degraus, por onde se descia à piscina, mas o fundo dela está cheio de ervas e seco. ''Piscina, ae. Fem''. São as palavras de que usa o Evangelho (Chegada a segunda festa da Páscoa do ano de Cristo trinta e dois, sarou Cristo um homem, que havia trinta e oito anos que estava tolhido de paralisia, junto à probática Pisicina. Mon. Lusit. Tom.2. fol.10. col.2)<ref>Bluteau, ''Vocabulario Portuguez e latino'' (Tomo VI: P), 533.</ref>.


==Referências bibliográficas==
==Notas==
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<!-- As notas e a bibliografia que foi, de facto, usada para construir a informação. Atenção: Chicago Manual Style 17th edition (note), notas" ou seja ou sistema "shortened notes--> <references />
==Bibliografia e Fontes==
==Bibliografia e Fontes==
*Bluteau, Rafael. ''Vocabulario portuguez e latino, aulico, anatomico, architectonico, bellico, botanico, brasilico, comico, critico, chimico, dogmatico, dialectico, dendrologico, ecclesiastico, etymologico, economico, florifero, forense, fructifero... autorizado com exemplos dos melhores escritores portugueses, e latinos...'' Tomo VI: Letra O-P. Coimbra: Collegio das Artes da Companhia de Jesu, 1716.  
*Bluteau, Rafael. ''Vocabulario portuguez e latino, aulico, anatomico, architectonico, bellico, botanico, brasilico, comico, critico, chimico, dogmatico, dialectico, dendrologico, ecclesiastico, etymologico, economico, florifero, forense, fructifero... autorizado com exemplos dos melhores escritores portugueses, e latinos...'' Tomo VI: Letra O-P. Coimbra: Collegio das Artes da Companhia de Jesu, 1716.  

Edição atual desde as 10h41min de 18 de agosto de 2022

Piscina ou Picina. É palavra latina derivada de Piscis, Peixe, e vale o mesmo que Tanque, ou receptáculo de água, onde vai beber o gado, ou para lavar o corpo. Em Português só tem uso quando se fala na Piscina probática, assim chamada do Grego Probaton, que vale o mesmo que ovelha, porque nela se lavavam as ovelhas e outros animais, destinados ao sacrifício. Os Hebreus lhe chamavam Bethsaida, que quer dizer Domus grugum, ou segundo alguns Bethesda, que vale o mesmo que Lago, ou lugar para onde correm as aguas, que lhe vinham de uma fonte vizinha e das que caíram do adro do Templo. Em certos tempos, não já certos e determinados, mas quando queria o Senhor, movia um Anjo as aguas da Piscina e o enfermo que tinha a fortuna de entrar nela primeiro, sarava da sua enfermidade, qualquer que fosse, não por virtude das aguas, porque nenhuma agua mineral é boa para todo o género de doenças, mas por uma especial e milagrosa virtude, que o Anjo imprimia nas aguas, quando as movia. Dizem que ainda hoje se vem os cinco pórticos, debaixo dos quais estavam os enfermos esperando pelo movimento das aguas, e que ainda permanecem os degraus, por onde se descia à piscina, mas o fundo dela está cheio de ervas e seco. Piscina, ae. Fem. São as palavras de que usa o Evangelho (Chegada a segunda festa da Páscoa do ano de Cristo trinta e dois, sarou Cristo um homem, que havia trinta e oito anos que estava tolhido de paralisia, junto à probática Pisicina. Mon. Lusit. Tom.2. fol.10. col.2)[1].

Notas

  1. Bluteau, Vocabulario Portuguez e latino (Tomo VI: P), 533.

Bibliografia e Fontes

  • Bluteau, Rafael. Vocabulario portuguez e latino, aulico, anatomico, architectonico, bellico, botanico, brasilico, comico, critico, chimico, dogmatico, dialectico, dendrologico, ecclesiastico, etymologico, economico, florifero, forense, fructifero... autorizado com exemplos dos melhores escritores portugueses, e latinos... Tomo VI: Letra O-P. Coimbra: Collegio das Artes da Companhia de Jesu, 1716.