Real Colégio Militar: diferenças entre revisões
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| colspan="5" |1852- | |||
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|Primeira cadeira | |||
|"''Aritmética elementar; primeiras noções de álgebra; geometria elementar''"<ref>Ribeiro, 7:347.</ref>. | |||
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|"''Desenho linear e de ornatos industriais''"<ref>Ribeiro, 7:347.</ref>. | |||
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Secundário | |||
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|"''Elementos de geometria descritiva aplicada às artes''"<ref>Ribeiro, 7:347.</ref>. | |||
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|"''Noções elementares de física e química''"<ref>Ribeiro, 7:347.</ref>. | |||
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|Professor proprietário, em 4 de Agosto de 1853: José de Parada e Silva Leitão<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos,'' 12:167.</ref>. | |||
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|Quinta | |||
cadeira | |||
|"''Desenho de modelos e máquinas. Primeira parte''"<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos,'' 7:347.</ref>''.'' | |||
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| rowspan="2" |Ensino Complementar | |||
|Sexta | |||
cadeira | |||
|"''Mecânica industrial''"<ref>Ribeiro, 7:347.</ref>''.'' | |||
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|Sétima | |||
cadeira | |||
|"''Química aplicada ás artes''"<ref>Ribeiro, 7:347.</ref>. | |||
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|Professor proprietário, em 10 de Maio de 1853: Sebastião Betâmio de Almeida<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos,'' 12:167.</ref>. | |||
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==Notas==<!-- As notas e a bibliografia que foi, de facto, usada para construir a informação. Atenção: Chicago full note with bibliography--> | ==Notas==<!-- As notas e a bibliografia que foi, de facto, usada para construir a informação. Atenção: Chicago full note with bibliography--> | ||
<references /> | <references /> |
Revisão das 19h35min de 18 de outubro de 2022
Real Colégio Militar | |
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(valor desconhecido) | |
Outras denominações | Colégio Militar, Colégio Militar da Luz, Colégio Regimental da Artilharia da Corte, Colégio da Feitoria |
Tipo de Instituição | Ensino militar |
Data de fundação | 2 janeiro 1814 |
Data de extinção | 8 outubro 1917 |
Paralisação | Início: valor desconhecido Fim: valor desconhecido |
Localização | |
Localização | Forte da Feitoria, Oeiras, Lisboa,- Início: 1813 Fim: 07 de janeiro de 1814 |
Localização | Hospital de Nossa Senhora dos Prazeres, Lisboa,- Início: 07 de janeiro de 1814 |
Localização | Convento de Mafra, Mafra,- Início: 1848 |
Localização | Hospital de Nossa Senhora dos Prazeres, Lisboa,- |
Antecessora | Colégio Regimental da Artilharia da Corte |
Sucessora | valor desconhecido |
História
O Real Colégio Militar, ou apenas Colégio Militar, foi uma instituição de ensino militar criada em 1814. Sucedeu ao Colégio Regimental da Artilharia da Corte, ou Colégio da Feitoria, estabelecido em 2 de Março de 1803. Esta instituição, "germen ou antes preparatório para o futuro Colégio Militar"[1], fora criada por António Teixeira Rebelo, comandante daquele regimento, no sítio da Feitoria, na Torre de São Julião da Barra, com o fim de "dar a instrução aos filhos dos oficiais do regimento de artilharia da corte"[2].
Os primeiros Estatutos do Colégio Militar datam de 7 de Janeiro de 1814, tendo sido prontamente reformulados em 1816[3]. Os últimos Estatutos procuraram "dar àquele estabelecimento maiores proporções, alargando a esfera de sua ação e benefícios - admitindo maior número de colegiais"[4]. Verificou-se o aumento de 50 para 100 alunos pensionistas suportados pelo Estado, num total de 200, sendo os restantes suportados pelos pais ou tutores. Atendiam também às questões disciplinares e à administração económica.
O Colégio Militar adoptava o mesmo propósito, habilitando para o estudo da carreira militar os filhos dos oficiais do Exército e da Marinha "que não tivessem meio de os mandar educar, e que, por serviços militares houvessem merecido aprovação e louvor da parte de seus superiores"[5].
A primeira localização do Colégio Militar fora no Forte de São Julião. Foi transferido para para o edifício do Hospital Real de Nossa Senhora dos Prazeres na Luz[6] em 7 de Janeiro de 1814[7].
Real Colégio Militar
3:146-154.
5:238-242.
6:26; 341-367.
11:112-122.
17: 271, 279, 317, 397, 516, 593
... fundado no quartel da Feitoria, onde se achava instalado parte do Regimento de Artilharia da Corte e respectiva Aula de Artilharia de São Julião da Barra. Inicialmente dirigido apenas à instrução dos "filhos dos oficiais do Regimento", "em breve abriu as suas portas aos filhos dos oficiais de todo o exército e da marinha e a muitos indivíduos da classe civil"[8].
Outras informações
A admissão ao Colégio Militar era permitida, por conta do estado, a indivíduos com idades entre os nove e os 11 anos e na condição de filhos legítimos. Os matriculados porcionistas teriam de ter idade compreendida entre os sete e os 11 anos, serem de limpo nascimento e pagarem uma pensão mensal[9].
Professores
António Teixeira Rebelo marechal de campo ocupou o lugar de primeiro diretor entre 1814 e 1825[10].
Director, em 1840 e 1846: João José da Cunha Fidie[11][12].
CORPO DOCENTE EM 1840
Professor de matemática, em 1840, adido à Escola Politécnica de Lisboa: João António Tibério Furtado Silva (Major)[13].
Professor do 1.º ano de matemática, em 1840 e 1846: Manuel Álvares da Silva (Capitão)[14][15].
Encarregado de explicar os princípios matemáticos, em 1840: Jacinto Carlos Mourão (Major)[16].
Professor de desenho, em 1840 e 1846: Teodoro António de Lima[17][18].
Professor substituto de desenho, em 1840 e 1846: Joaquim da Costa Cascais (Primeiro tenente)[19][20].
Professor de eloquência, e direito natural, em 1840: João Carlos da Silva[21].
Professor de filosofia, geografia, cronologia, e história, em 1840 e 1846: António Eduardo Pacheco[22][23].
Professor de latinidade, em 1840: Luís António Ribeiro de Mesquita[24].
Professor substituto de latinidade, em 1840: João Lourenço Ursulo Machado[25].
Professor de gramática portuguesa, e latina, em 1840: João Lineu Jordão[26].
Professor de língua francesa, em 1840 e 1846: Timóteo Álvares da Silva[27][28].
Professor de língua inglesa, em 1840 e 1846: Carlos Milton Graveley[29][30].
Professor de caligrafia, em 1840 e 1846: Joaquim Rogério[31][32].
Professor coadjuvante, em 1840: Estevão José Corsino[33].
Professor de equitação, em 1840: João Círiaco Coelho (Tenente)[34].
Professor de música, em 1840: João Nepomuceno de Mendonça[35].
Mestre de esgrima, em 1840 e 1846: Francisco José Tavares[36][37].
Mestre de dança, em 1840 e 1846: José Ramos[38][39].
CORPO DOCENTE EM 1846
Professor de fortificação: João António Tibério Furtado e Silva[40].
Professor substituto das cadeiras militares: Jacinto Carlos Mourão[41].
Professor de eloquência e poética (com alterações no nome da cadeira): João Carlos da Silva[42].
Professor substituto de filosofia, geografia, cronologia, e história: João Lourenço Ursulo Machado[43].
Professor de latim (com alterações no nome da cadeira): Luís António Ribeiro de Mesquita[44].
Professor substituto de língua francesa e inglesa: Daniel da Cunha[45].
Curricula
1852- | ||||
Graus de ensino | Nome da Cadeira | Matérias | Livros | Professores |
Ensino
Elementar |
Primeira cadeira | "Aritmética elementar; primeiras noções de álgebra; geometria elementar"[46]. | ||
Segunda
cadeira |
"Desenho linear e de ornatos industriais"[47]. | |||
Ensino
Secundário |
Terceira cadeira | "Elementos de geometria descritiva aplicada às artes"[48]. | ||
Quarta
cadeira |
"Noções elementares de física e química"[49]. | Professor proprietário, em 4 de Agosto de 1853: José de Parada e Silva Leitão[50]. | ||
Quinta
cadeira |
"Desenho de modelos e máquinas. Primeira parte"[51]. | |||
Ensino Complementar | Sexta
cadeira |
"Mecânica industrial"[52]. | ||
Sétima
cadeira |
"Química aplicada ás artes"[53]. | Professor proprietário, em 10 de Maio de 1853: Sebastião Betâmio de Almeida[54]. |
Notas
- ↑ Ribeiro, 3:115.
- ↑ Ribeiro, 3:113.
- ↑ Ribeiro, 3:147.
- ↑ Ribeiro, 3:148.
- ↑ Ribeiro, 3:147.
- ↑ Ribeiro, 3:147.
- ↑ Ribeiro, 3:147.
- ↑ Botelho, Novos subsídios para a História, 60.
- ↑ Ribeiro, 3:147.
- ↑ Ribeiro, 3:114.
- ↑ Almanak Estatistico de Lisboa em 1840, 226.
- ↑ Almanak Estatistico de Lisboa em 1846, 116.
- ↑ Almanak Estatistico de Lisboa em 1840, 228.
- ↑ Almanak Estatistico de Lisboa em 1840, 228.
- ↑ Almanak Estatistico de Lisboa em 1846, 117.
- ↑ Almanak Estatistico de Lisboa em 1840, 228.
- ↑ Almanak Estatistico de Lisboa em 1840, 228.
- ↑ Almanak Estatistico de Lisboa em 1846, 117.
- ↑ Almanak Estatistico de Lisboa em 1840, 228.
- ↑ Almanak Estatistico de Lisboa em 1846, 118.
- ↑ Almanak Estatistico de Lisboa em 1840, 228.
- ↑ Almanak Estatistico de Lisboa em 1840, 228.
- ↑ Almanak Estatistico de Lisboa em 1846, 117.
- ↑ Almanak Estatistico de Lisboa em 1840, 228.
- ↑ Almanak Estatistico de Lisboa em 1840, 228.
- ↑ Almanak Estatistico de Lisboa em 1840, 228.
- ↑ Almanak Estatistico de Lisboa em 1840, 228.
- ↑ Almanak Estatistico de Lisboa em 1846, 117.
- ↑ Almanak Estatistico de Lisboa em 1840, 228.
- ↑ Almanak Estatistico de Lisboa em 1846, 117.
- ↑ Almanak Estatistico de Lisboa em 1840, 229.
- ↑ Almanak Estatistico de Lisboa em 1846, 118.
- ↑ Almanak Estatistico de Lisboa em 1840, 229.
- ↑ Almanak Estatistico de Lisboa em 1840, 229.
- ↑ Almanak Estatistico de Lisboa em 1840, 229.
- ↑ Almanak Estatistico de Lisboa em 1840, 229.
- ↑ Almanak Estatistico de Lisboa em 1846, 117.
- ↑ Almanak Estatistico de Lisboa em 1840, 229.
- ↑ Almanak Estatistico de Lisboa em 1846, 117.
- ↑ Almanak Estatistico de Lisboa em 1846, 117.
- ↑ Almanak Estatistico de Lisboa em 1846, 117.
- ↑ Almanak Estatistico de Lisboa em 1846, 117.
- ↑ Almanak Estatistico de Lisboa em 1846, 117.
- ↑ Almanak Estatistico de Lisboa em 1846, 117.
- ↑ Almanak Estatistico de Lisboa em 1846, 117.
- ↑ Ribeiro, 7:347.
- ↑ Ribeiro, 7:347.
- ↑ Ribeiro, 7:347.
- ↑ Ribeiro, 7:347.
- ↑ Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 12:167.
- ↑ Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 7:347.
- ↑ Ribeiro, 7:347.
- ↑ Ribeiro, 7:347.
- ↑ Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 12:167.
Fontes
Almanak Estatistico de Lisboa em 1840. Lisboa: Impressão Morandiana, 1839.
Almanak Estatistico de Lisboa em 1846. Lisboa: Typographia do Gratis, [s.d.].
Ribeiro, José Silvestre. ''Historia dos estabelecimentos Scientificos Litterarios e Artisticos de Portugal nos Sucessivos Reinados da Monarquia''. Vol. 3. Lisboa: Typografia Real da Academia de Sciencias, 1873, pp. 146-155.
Ribeiro, José Silvestre. ''Historia dos estabelecimentos Scientificos Litterarios e Artisticos de Portugal nos Sucessivos Reinados da Monarquia''. Vol. 5. Lisboa: Typografia Real da Academia de Sciencias, 1876, pp. 238-241.
Ribeiro, José Silvestre. ''Historia dos estabelecimentos Scientificos Litterarios e Artisticos de Portugal nos Sucessivos Reinados da Monarquia''. Vol. 6. Lisboa: Typografia Real da Academia de Sciencias, 1876, pp. 26, 341-367.
Bibliografia
Botelho, José Justino Teixeira, Novos subsídios para a História da Artilharia Portuguesa. Vol. I. Lisboa: Comissão de História Militar, 1944.
https://www.colegiomilitar.pt/quem-somos/sintese-historica/
Ligações Internas
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Ligações Externas
Autor(es) do artigo
João de Almeida Barata
https://orcid.org/0000-0001-9048-0447
Financiamento
Fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto TechNetEMPIRE | Redes técnico-científicas na formação do ambiente construído no Império português (1647-1871) PTDC/ART-DAQ/31959/2017
DOI
Citar este artigo
- Real Colégio Militar (última modificação: 18/10/2022). eViterbo. Visitado em 28 de setembro de 2024, em https://eviterbo.fcsh.unl.pt/wiki/Real_Col%C3%A9gio_Militar