Tomé Pinheiro de Miranda: diferenças entre revisões

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==Biografia==
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=== Dados biográficos === <!--Nome pelo qual é conhecido. Local de nascimento. Data. Filiação (pai/mãe). Casamento(s). Filhos(s). Formação escolar e académica. Sítios onde estudou. Outros dados biográficos que sejam interessantes/relevantes-->
=== Dados biográficos === <!--Nome pelo qual é conhecido. Local de nascimento. Data. Filiação (pai/mãe). Casamento(s). Filhos(s). Formação escolar e académica. Sítios onde estudou. Outros dados biográficos que sejam interessantes/relevantes-->
Tomé Pinheiro de Miranda era natural de Valença do Minho. Sabe-se que desde 1666 até data incerta e depois a partir de princípios do ano de 1669 até ao seu embarque definitivo para o Maranhão, no Brasil, em 1671, esteve servindo no Minho, sob as ordens de Miguel Lescol<ref>Soromenho, Miguel. ''Manuel Pinto de Vilalobos: Da Engenharia Militar à Aquitectura.'' Dissertação de Mestrado. Universidade Nova de Lisboa, 1991, p. 22. </ref>. Permaneceu no Maranhão até 1681, quando morreu<ref>AHU_ Consultas Mistas. Códice 17.  335v-336. Nomeação de pessoas para o posto de capitão engenheiro que estava vago no Maranhão por morte de Tomé Pinheiro de Miranda. 27 de Agosto de 1681.  </ref>.   
Tomé Pinheiro de Miranda era natural de Valença do Minho. Terá nascido por volta de 1630. Sabe-se que desde 1666 até data incerta e depois a partir de princípios do ano de 1669 até ao seu embarque definitivo para o Maranhão, no Brasil, em 1671, esteve servindo no Minho, sob as ordens de Miguel Lescol<ref>Soromenho, Miguel. ''Manuel Pinto de Vilalobos: Da Engenharia Militar à Aquitectura.'' Dissertação de Mestrado. Universidade Nova de Lisboa, 1991, p. 22. </ref>. Permaneceu no Maranhão até 1681, quando morreu<ref>AHU_ Consultas Mistas. Códice 17.  335v-336. Nomeação de pessoas para o posto de capitão engenheiro que estava vago no Maranhão por morte de Tomé Pinheiro de Miranda. 27 de Agosto de 1681.  </ref>.   


===Carreira===<!-- Fazer copy/paste do que escreveram em Excel (caixas de notas). Incluí prémios e condecorações/homenagens/ títulos honoríficos. Este é o local para colocar toda a informação que não cabe nas info-box, como por exemplo, as justificações das informações que estão na info-box. subdividida em períodos se necessário-->  
===Carreira===<!-- Fazer copy/paste do que escreveram em Excel (caixas de notas). Incluí prémios e condecorações/homenagens/ títulos honoríficos. Este é o local para colocar toda a informação que não cabe nas info-box, como por exemplo, as justificações das informações que estão na info-box. subdividida em períodos se necessário-->  
É provável que Tomé Pinheiro de Miranda tenha feito a sua formação na Aula de Forticação e Engenharia Militar, pois em petição apresentada ao Conselho Ultramarino refere que, tendo sido avisado pelo engenheiro-mor  que deveria ir para o Maranhão  "para lá desenhar, por em execução e construir as fortificações necessárias naquele Estado e que o dito engenheiro mor mandará outro discípulo da Aula para assistir às fortificações do Minho que basta ainda que de novo seja dos da Aula por haver de assistir a prática com o Mestre de Campo Miguel de Lescol até ter tomado bastante da prática". Neste mesmo documento o próprio confirma que serviu "muitos anos de engenheiro da província do Minho, desenhando e obrando nas fortificações onde lhe ordenava o Marechal de Campo  [[Miguel Lescol]]", afirmando ainda que fez obras em terras da Galiza em tempo de guerra<ref>AHU_ACL_CU_009, Cx. 5, D. 556. 1671, Janeiro, 21. Consulta do Conselho Ultramarino para o Príncipe regente D. Pedro, sobre o pedido do engenheiro Tomé Pinheiro de Miranda, que vai para o Maranhão e deseja uma ajuda de custo. </ref>.  
É provável que Tomé Pinheiro de Miranda tenha feito a sua formação na Aula de Forticação e Engenharia Militar, pois em petição apresentada ao Conselho Ultramarino refere que, tendo sido avisado pelo engenheiro-mor  que deveria ir para o Maranhão  "''para lá desenhar, por em execução e construir as fortificações necessárias naquele Estado e que o dito engenheiro mor mandará outro discípulo da Aula para assistir às fortificações do Minho que basta ainda que de novo seja dos da Aula por haver de assistir a prática com o Mestre de Campo Miguel de Lescol até ter tomado bastante da prática''". Neste mesmo documento o próprio confirma que serviu "''muitos anos de engenheiro da província do Minho, desenhando e obrando nas fortificações onde lhe ordenava o Marechal de Campo  [[Miguel Lescol]]''", afirmando ainda que "fez obras em terras da Galiza em tempo de guerra"<ref>AHU_ACL_CU_009, Cx. 5, D. 556. 1671, Janeiro, 21. Consulta do Conselho Ultramarino para o Príncipe regente D. Pedro, sobre o pedido do engenheiro Tomé Pinheiro de Miranda, que vai para o Maranhão e deseja uma ajuda de custo. </ref>.  


Em 1671 é nomeado engenheiro do estado do Maranhão, com posto de capitão de infantaria, partindo com o governador Pedro César de Meneses. Em 1685 é nomeado [[Pedro de Azevedo Carneiro]] para a sua vaga<ref>Viterbo, <i>Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal</i>, [https://archive.org/details/diccionariohisto02vite Vol II], 277.</ref>.
Como a viagem ao Maranhão era “dilatada e de grandes custos” Tomé Pinheiro de Miranda pediu ajuda de custo, dizendo que esta tinha sido dada a António Correia Pinto, que foi enviado para Pernambuco. Dizia que Correia Pinto foi  “discípulo da mesma Aula do Engenheiro-Mor", mas que embora tenha "praticado nas fortificações", "era mais moderno que o suplicante”. Na petição reclamva para si além da ajuda de custo, o posto  de capitão de infantaria com o respectivo soldo e o hábito de Cristo. Os conselheiros do  Conselho Ultramarino  concordavam que se devia dar o posto e o soldo de capitão de infantaria, que o governador o deveria prover em chegando ao Maranhão, assim como deveria também “lhe repartir terra como lhe parecer para a beneficiar”. Acatavam também o pedido de ajuda de custo para ele pudesse viajar com o governador Pedro César de Meneses, tendo em conta a necessidade de acodir urgentemente às fortificações daquele Estado. A carta patente está datada de 19 de Janeiro de 1671quando é nomeado engenheiro do estado do Maranhão, com posto de capitão de infantaria, partindo com o governador Pedro César de Meneses. Em 1685 foi nomeado [[Pedro de Azevedo Carneiro]] para a sua vaga<ref>Viterbo, <i>Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal</i>, [https://archive.org/details/diccionariohisto02vite Vol II], 277.</ref>.  


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Revisão das 20h44min de 8 de setembro de 2020


Tomé Pinheiro de Miranda
Nome completo Tomé Pinheiro de Miranda
Outras Grafias EQUAL
Postos
Posto Capitão
Data Início: 1671
Fim: 1685
Arma Infantaria
Cargos
Cargo Engenheiro
Data Início: 1671
Fim: 1685
Local Cargo [[Maranhão, Brasil]]


Biografia

Dados biográficos

Tomé Pinheiro de Miranda era natural de Valença do Minho. Terá nascido por volta de 1630. Sabe-se que desde 1666 até data incerta e depois a partir de princípios do ano de 1669 até ao seu embarque definitivo para o Maranhão, no Brasil, em 1671, esteve servindo no Minho, sob as ordens de Miguel Lescol[1]. Permaneceu no Maranhão até 1681, quando morreu[2].

Carreira

É provável que Tomé Pinheiro de Miranda tenha feito a sua formação na Aula de Forticação e Engenharia Militar, pois em petição apresentada ao Conselho Ultramarino refere que, tendo sido avisado pelo engenheiro-mor que deveria ir para o Maranhão "para lá desenhar, por em execução e construir as fortificações necessárias naquele Estado e que o dito engenheiro mor mandará outro discípulo da Aula para assistir às fortificações do Minho que basta ainda que de novo seja dos da Aula por haver de assistir a prática com o Mestre de Campo Miguel de Lescol até ter tomado bastante da prática". Neste mesmo documento o próprio confirma que serviu "muitos anos de engenheiro da província do Minho, desenhando e obrando nas fortificações onde lhe ordenava o Marechal de Campo Miguel Lescol", afirmando ainda que "fez obras em terras da Galiza em tempo de guerra"[3].

Como a viagem ao Maranhão era “dilatada e de grandes custos” Tomé Pinheiro de Miranda pediu ajuda de custo, dizendo que esta tinha sido dada a António Correia Pinto, que foi enviado para Pernambuco. Dizia que Correia Pinto foi “discípulo da mesma Aula do Engenheiro-Mor", mas que embora tenha "praticado nas fortificações", "era mais moderno que o suplicante”. Na petição reclamva para si além da ajuda de custo, o posto de capitão de infantaria com o respectivo soldo e o hábito de Cristo. Os conselheiros do Conselho Ultramarino concordavam que se devia dar o posto e o soldo de capitão de infantaria, que o governador o deveria prover em chegando ao Maranhão, assim como deveria também “lhe repartir terra como lhe parecer para a beneficiar”. Acatavam também o pedido de ajuda de custo para ele pudesse viajar com o governador Pedro César de Meneses, tendo em conta a necessidade de acodir urgentemente às fortificações daquele Estado. A carta patente está datada de 19 de Janeiro de 1671quando é nomeado engenheiro do estado do Maranhão, com posto de capitão de infantaria, partindo com o governador Pedro César de Meneses. Em 1685 foi nomeado Pedro de Azevedo Carneiro para a sua vaga[4].

Outras informações

Obras

Referências bibliográficas

  1. Soromenho, Miguel. Manuel Pinto de Vilalobos: Da Engenharia Militar à Aquitectura. Dissertação de Mestrado. Universidade Nova de Lisboa, 1991, p. 22.
  2. AHU_ Consultas Mistas. Códice 17.  335v-336. Nomeação de pessoas para o posto de capitão engenheiro que estava vago no Maranhão por morte de Tomé Pinheiro de Miranda. 27 de Agosto de 1681. 
  3. AHU_ACL_CU_009, Cx. 5, D. 556. 1671, Janeiro, 21. Consulta do Conselho Ultramarino para o Príncipe regente D. Pedro, sobre o pedido do engenheiro Tomé Pinheiro de Miranda, que vai para o Maranhão e deseja uma ajuda de custo.
  4. Viterbo, Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal, Vol II, 277.

Fontes

AHU_ACL_CU_009, Cx. 5, D. 556. 1671, Janeiro, 21. Consulta do Conselho Ultramarino para o Príncipe regente D. Pedro, sobre o pedido do engenheiro Tomé Pinheiro de Miranda, que vai para o Maranhão e deseja uma ajuda de custo.

AHU_ Consultas Mistas. Códice 17.  335v-336. Nomeação de pessoas para o posto de capitão engenheiro que estava vago no Maranhão por morte de Tomé Pinheiro de Miranda. 27 de Agosto de 1681. 

Bibliografia

Soromenho, Miguel. Manuel Pinto de Vilalobos: Da Engenharia Militar à Aquitectura. Dissertação de Mestrado. Universidade Nova de Lisboa, 1991.

Viterbo, Francisco de Sousa. Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal. Vol II. Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1904.

Ligações Externas

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Financiamento

Fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto TechNetEMPIRE | Redes técnico-cientificas na formação do ambiente construído no Império português (1647-1871) PTDC/ART-DAQ/31959/2017

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