Diogo da Silveira Veloso: diferenças entre revisões

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===Dados biográficos===
===Dados biográficos===
Diogo da Silveira Veloso nasceu na Freguesia de São Mamede, Lisboa – Portugal, em data anterior a 1 de maio de 1679. Morreu em Recife, Pernambuco – Brasil, em 1750. Era filho de Marcos Veloso Pederneira, nascido na Freguesia de São Julião de Lisboa em 5 de maio de 1615, e de Leonor Maria da Silveira, nascida na freguesia de São Mamede em 26 de janeiro de 1620. Casou-se com Teodora Maria Teresa da Silva, nascida em 22 de maio de 1697 na Freguesia de São Vicente, antiga Freguesia de Santa Engrácia. Deste matrimônio nasceram Ana Maria Antônia da Silveira, Antônio Veloso da Silveira - alferes, Francisco Veloso da Silveira, Josefa Maria Antonia da Silveira - freira, Margarida Ignacia da Silveira - freira e Maria Antonia da Silveira - freira.
Diogo da Silveira Veloso nasceu na Freguesia de São Mamede, Lisboa – Portugal, em data anterior a 1 de maio de 1679. Morreu em Recife, Pernambuco – Brasil, em 1750. Era filho de Marcos Veloso Pederneira, nascido na Freguesia de São Julião de Lisboa em 5 de maio de 1615, e de Leonor Maria da Silveira, nascida na freguesia de São Mamede em 26 de janeiro de 1620. Casou-se com Teodora Maria Teresa da Silva, nascida em 22 de maio de 1697 na Freguesia de São Vicente, antiga Freguesia de Santa Engrácia. Deste matrimônio nasceram Ana Maria Antônia da Silveira, Antônio Veloso da Silveira - alferes, Francisco Veloso da Silveira, Josefa Maria Antonia da Silveira - freira, Margarida Ignacia da Silveira - freira e Maria Antonia da Silveira - freira.
Silveira Veloso estudou nas Aulas de ''Fortificação e Arquitectura Militar'' em Lisboa. Foi aluno de Francisco Pimentel, filho de Luís Serrão Pimentel. Serviu como Ajudante de Engenheiro em Portugal. Em 22 de fevereiro de 1702 foi nomeado Capitão Engenheiro da colônia de Montevideo, encarregado de “desenhar e delinear a fortaleza que se há de fazer”. No ano de 1706 fora enviado à capitania de Pernambuco, nordeste do Brasil, com o cargo de Capitão Engenheiro da capitania.  Em 1720, recebeu a patente do posto de Sargento-mor Engenheiro, ad honorem, ficando com a mesma incumbência de Capitão Engenheiro de Pernambuco. É de 5 de maio de 1730 a carta patente de Tenente General de Infantaria com exercício de Engenheiro também na Praça de Pernambuco. Em 7 de março de 1735, o Conselho Ultramarino apresenta parecer favorável a nomeação de Diogo da Silveira Veloso ao posto de Tenente-general de Artilharia em Pernambuco, vago em decorrência do falecimento do Tenente-general e engenheiro João de Macedo Corte Real. Diogo da Silveira Veloso passou a exercer ambos os postos junto ao cargo de engenheiro na capitania pernambucana.


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Revisão das 13h13min de 21 de dezembro de 2020


Diogo da Silveira Veloso
Nome completo Diogo da Silveira Veloso
Outras Grafias Diogo da Sylveyra Velloso
Pai Marcos Veloso Pederneira
Mãe Leonor Maria da Silveira
Cônjuge Teodora Maria Teresa da Silva
Filho(s) António Veloso da Silveira, Ana Maria Antónia da Silveira, Josefa Maria Antónia da Silveira, Francisco Veloso da Silveira, Margarida Ignacia da Silveira, Maria Antónia da Silveira
Irmão(s) valor desconhecido
Nascimento valor desconhecido
Lisboa, Lisboa, Portugal
Morte 1750
Recife, Pernambuco, Brasil
Sexo Masculino
Religião Cristã
Residência
Residência Lisboa, Lisboa, Portugal
Data Fim: 1702

Residência Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
Data Início: 1702
Fim: 1706

Residência Recife, Pernambuco, Brasil
Data Início: 1706
Fim: julho de 1710
Formação
Formação Engenharia Militar

Data Início: julho de 1710
Fim: outubro de 1711
Local de Formação Lisboa, Lisboa, Portugal
Postos
Posto Soldado

Posto Ajudante
Data Fim: 22 de fevereiro de 1702

Posto Capitão Engenheiro
Data Início: 22 de fevereiro de 1702
Fim: 1720
Cargos
Cargo Professor
Actividade
Actividade Desenho de fortificação
Data Início: 1709
Fim: 1709
Local de Actividade Ceará, Brasil

Actividade Missão
Data Início: março de 1728
Local de Actividade Recife, Pernambuco, Brasil

Actividade Missão
Data Início: 1729
Local de Actividade Lisboa, Lisboa, Portugal

Actividade Desenho de fortificação
Data Início: 1738
Fim: 1740
Local de Actividade Brasil


Biografia

Dados biográficos

Diogo da Silveira Veloso nasceu na Freguesia de São Mamede, Lisboa – Portugal, em data anterior a 1 de maio de 1679. Morreu em Recife, Pernambuco – Brasil, em 1750. Era filho de Marcos Veloso Pederneira, nascido na Freguesia de São Julião de Lisboa em 5 de maio de 1615, e de Leonor Maria da Silveira, nascida na freguesia de São Mamede em 26 de janeiro de 1620. Casou-se com Teodora Maria Teresa da Silva, nascida em 22 de maio de 1697 na Freguesia de São Vicente, antiga Freguesia de Santa Engrácia. Deste matrimônio nasceram Ana Maria Antônia da Silveira, Antônio Veloso da Silveira - alferes, Francisco Veloso da Silveira, Josefa Maria Antonia da Silveira - freira, Margarida Ignacia da Silveira - freira e Maria Antonia da Silveira - freira.

Silveira Veloso estudou nas Aulas de Fortificação e Arquitectura Militar em Lisboa. Foi aluno de Francisco Pimentel, filho de Luís Serrão Pimentel. Serviu como Ajudante de Engenheiro em Portugal. Em 22 de fevereiro de 1702 foi nomeado Capitão Engenheiro da colônia de Montevideo, encarregado de “desenhar e delinear a fortaleza que se há de fazer”. No ano de 1706 fora enviado à capitania de Pernambuco, nordeste do Brasil, com o cargo de Capitão Engenheiro da capitania.  Em 1720, recebeu a patente do posto de Sargento-mor Engenheiro, ad honorem, ficando com a mesma incumbência de Capitão Engenheiro de Pernambuco. É de 5 de maio de 1730 a carta patente de Tenente General de Infantaria com exercício de Engenheiro também na Praça de Pernambuco. Em 7 de março de 1735, o Conselho Ultramarino apresenta parecer favorável a nomeação de Diogo da Silveira Veloso ao posto de Tenente-general de Artilharia em Pernambuco, vago em decorrência do falecimento do Tenente-general e engenheiro João de Macedo Corte Real. Diogo da Silveira Veloso passou a exercer ambos os postos junto ao cargo de engenheiro na capitania pernambucana.



Carreira

Serviu quatro anos como ajudante em Lisboa.

A 22 de fevereiro de 1702 foi nomeado capitão engenheiro para desenhar e fazer a fortaleza da nova colónia de Montevideo. Serviu três anos e meio no Rio de Janeiro, em Santos, em São Paulo e na Ilha Grande. Passou depois a Pernambuco, naufragando.

Em 1720 foi nomeado sargento-mor, engenheiro ad honorem devido aos serviços prestados no Brasil.

Em 1739 é designado como tenente general de artilharia[1].


Outras informações

Obras

No Arquivo Histórico do Exército, no Rio de Janeiro, consta o seguinte mapa que lhe faz referência:

Cópia da segunda planta delineada pelo sargento mor e hoje tenente general da artilharia, Diogo da Silveira Velloso para se fortificar o bairro de Santo Antonio a qual vai segundo o original que me deu o Illmo e Exmo Sr. Governador e Capitão General Henrique Luis Pereira Freire Resende. 28 de Outubro de 1739. Assinada Luiz Xavier Bernardo. Copiado pelo Capitão D. de Araújo e Silva em 1869. Colorido, nanquim, tinta colorida, aquarela, com escala, papel canson, 108cm x 51,5cm. (AHE 04.21.0110)

Outras referências:

  • 1699 - Geometria pratica. Tomo I. Dividido em tres tractados, escrita por Diogo da Sylveyra Vellozo Tenente de Mestre de Campo General com exercicio de Engenheyro na praça de Pernambuco. Biblioteca da Ajuda.
  • 1739 - Copea da primeira planta dilineada pelo Sargento Mor e hoje Tenente General da arthelharia Diogo da Sylveira Vellozo para se fortificar a Villa do Recife a qual vay 2º o original que me deu o Illmo. e Exmo. Sñor. Governador e Cappm. Gnal. Henrique Luís Preira Fre. Recife 28 de outubro de 1739. Luis Xavier Bernardo.
  • 1743 - Architectura militar ou Fortificação moderna. Dividida em duas partes, a primeira Ignografica, a segunda Orthographica. Escrita por Diogo da Sylveyra Velloso. Tenente general da artelharia na praça de Pernambuco. Anno Salutis 1743. Biblioteca das Necessidades.


Referências bibliográficas

CONCEIÇÃO, Margarida Tavares. Da cidade e fortificação em textos portugueses (1540 – 1640). Nota de Rodapé Edições. Paris-França. 2015

JUCÁ NETO, Clovis Ramiro. Primórdios da Urbanização no Ceará. Edições UFC: Editora Banco do Nordeste do Brasil. Fortaleza - Ceará. 2007.

MELLO, José Antônio Gonsalves de. Manuel Ferreira Jácome. Arquiteto, juiz do ofício de pedreiro. In: Revista da Escola de Belas Artes de Pernambuco. Ano I – Número 1. Universidade do Recife. 1957.

MOURA FILHA, Maria Berthilde de Barros Lima e. Discussões técnicas em torno do sistema defensivo da Paraíba no século XVIII: uma “guerra de conhecimentos” entremeada pelo Atlântico. In: Artistas e Artífices e sua Mobilidade no Mundo de Expressão Portuguesa. Natália Marinho Ferreira-Alves (Coordenação). CEPESE. 2007.

RIBEIRO, Dulcyene Maria. A formação dos engenheiros militares: Azevedo Fortes, Matemática e ensino da Engenharia Militar no século XVIII em Portugal e no Brasil. Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Educação. Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo. São Paulo: s.n., 2009.

SEPULVEDA, Chistovam Ayres de Magalhães. História Organica e Política do Exército Português. Provas. Volume VIII. Coimbra. Imprensa da Universidade. 1919.

VELLOSO. Diogo da Sylveyra. ARQUITETURA MILITAR OU FORTIFICAÇÃO MODERNA, escrito por Diogo da Sylveyra Vellozo, comentado e transcrito por Mário Mendonça de Oliveira (2005).

VITERBO, Sousa. Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Constructores Portuguezes ou a serviço de Portugal. Reprodução em fac-símile do exemplar com data de 1922 da Biblioteca da INCM. Volume III – S / Z. Imprensa

VITERBO, Souza. Expedições Científico-Militares enviadas ao Brasil. Coordenação, aditamentos e introdução de Jorge Faro. 1 Vol. Edições Panorama. Lisboa. Portugal. 1962.

  1. Viterbo, Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal, Vol III, 48-50

Fontes

  • Viterbo, Francisco de Sousa. Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal. Vol III. Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1922.


Bibliografia

Ligações Externas

Autor(es) do artigo

Financiamento

Fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto TechNetEMPIRE | Redes técnico-cientificas na formação do ambiente construído no Império português (1647-1871) PTDC/ART-DAQ/31959/2017

DOI

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