Academia Politécnica do Porto: diferenças entre revisões

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===Outras informações===<!--é o local onde cabe tudo o que não se relaciona especificamente com os dois parâmetros anteriores-->
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Consideravam-se estabelecimentos anexos à Academia Politécnica do Porto os estabelecimentos anteriormente anexos à [[Academia Real de Marinha e Comércio do Porto|Academia Real de Marinha e Comércio]], a que acresciam: 1.º Um gabinete de historia natural industrial; 2.º um gabinete de máquinas; 3.º um laboratório químico, e oficina metalúrgica; 4.º um jardim botânico e experimental"<ref>Ribeiro, 6:162.</ref>.


==Professores== <!--Apagar caso a instituição não seja de ensino-->  
==Professores== <!--Apagar caso a instituição não seja de ensino-->
O número de professores proprietários que compunham o corpo docente não é apresentado por José Silvestre Ribeiro, deixando apenas a nota de "Tantos professores proprietários, quantos são os cursos". Estabeleciam-se seis lugares de professor substitutos na qualidade de "demonstradores natos", ou seja, executavam a componente prática das disciplinas. Um substituto encontrava-se especialmente dedicado à cadeira de desenho<ref>Ribeiro, 6:162.</ref>.


==Curricula== <!--Apagar caso a instituição não seja de ensino-->  
==Curricula== <!--Apagar caso a instituição não seja de ensino-->  
<!--Nota: no caso de instituições que não sejam de ensino, a criação de novos campos tem que ser debatida previamente-->
<!--Nota: no caso de instituições que não sejam de ensino, a criação de novos campos tem que ser debatida previamente-->


 
A oferta curricular apresentada aquando da fundação da Academia Politécnica do Porto compunha-se de seis cursos, a saber, de engenheiro de marinha e de oficial de marinha, com a duração mínima de cinco anos; e de piloto, de comércio, de agricultura e de artes com a duração mínima de três anos<ref>Ribeiro, 6:161.</ref>.


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A oferta disciplinar da Academia no que concerne ao aparelho e manobra navais era assegurada por um mestre, subordinado ao professor de disciplina de navegação, e a arquitectura civil e naval era ministrada na [[Academia Portuense de Belas Artes]]. A componente prática do ensino, a saber, "''experiência, manipulações, e os mais exercícios práticos'' [seriam realizados] ''nos gabinetes da academia, nas oficinas da Academia Portuense de Belas Artes, e nas salas do Conservatório das Artes e Ofícios, que serão para esse fim estabelecimentos comuns''". Simultaneamente, era estabelecido que a Academia Politécnica albergasse aulas que correspondiam a aulas leccionadas no Liceu Nacional do Porto, cujos alunos passariam a frequentar em substituição<ref>Ribeiro, 6:161.</ref>.


Sendo indispensável fixar provisoriamente a collocação das nova» cadeiras criadas na Academia Polytechnica do Porto, pelo decreto de 2 de setembro de 1901, emquanto não são reorganizados, como é mester, os cursos professados na mesma Academia Polytechnica: Ha Sua Majestade El-Rei por bem determinar o seguinte : 1. ° A cadeira de physica mathematica (decreto com força de lei de 2 de setembro de 1901, artigo l.°) ficará no 3. ° anno dos tres cursos de engenheiros civis, de obras publicas, de minas e industriaos, assim como no 3.® anno do curso preparatorio para a Escola do Exercito; 2. ° A cadeira de mineralogia (decreto com força de lei de 2 de setembro de 1901, artigo l.°) será professada no 4. ° anno do curso de minas. No próximo anuo lectivo de 1903-1904, o conselho académico organizará, para serem submettidos á approvação superior, os programmas que teem de servir para as novas cadeiras. Paço, em 2 de setembro de 1903. = Luiz Augusto Pimentel Pinto. - d. do g. 196, 4/09/1903. - https://digigov.cepese.pt/pt/pesquisa/listbyyearmonthday?ano=1903&mes=9&tipo=a-diario&filename=1903/09/04/D_0196_1903-09-04&pag=2&txt=Escola%20do%20Exercito
Sendo indispensável fixar provisoriamente a collocação das nova» cadeiras criadas na Academia Polytechnica do Porto, pelo decreto de 2 de setembro de 1901, emquanto não são reorganizados, como é mester, os cursos professados na mesma Academia Polytechnica: Ha Sua Majestade El-Rei por bem determinar o seguinte : 1. ° A cadeira de physica mathematica (decreto com força de lei de 2 de setembro de 1901, artigo l.°) ficará no 3. ° anno dos tres cursos de engenheiros civis, de obras publicas, de minas e industriaos, assim como no 3.® anno do curso preparatorio para a Escola do Exercito; 2. ° A cadeira de mineralogia (decreto com força de lei de 2 de setembro de 1901, artigo l.°) será professada no 4. ° anno do curso de minas. No próximo anuo lectivo de 1903-1904, o conselho académico organizará, para serem submettidos á approvação superior, os programmas que teem de servir para as novas cadeiras. Paço, em 2 de setembro de 1903. = Luiz Augusto Pimentel Pinto. - d. do g. 196, 4/09/1903. - https://digigov.cepese.pt/pt/pesquisa/listbyyearmonthday?ano=1903&mes=9&tipo=a-diario&filename=1903/09/04/D_0196_1903-09-04&pag=2&txt=Escola%20do%20Exercito

Revisão das 17h07min de 6 de outubro de 2022


Item1
(valor desconhecido)
Outras denominações valor desconhecido
Tipo de Instituição valor desconhecido
Data de fundação 1641
Data de extinção valor desconhecido
Antecessora valor desconhecido

Sucessora valor desconhecido


História

A Academia Politécnica do Porto foi criada por decreto de 13 de Janeiro de 1837, sucedendo à extinta Academia Real de Marinha e Comércio da Cidade do Porto, a qual surge por iniciativa privada e concretização régia. O propósito da nova Academia era o do "ensino das ciências industriais" e aqueles a que se destinavam, nomeadamente, engenheiros civis "de todas as classes, tais coo os engenheiros de minas, os engenheiros construtores e os engenheiros de pontes e estradas"; oficiais de marinha; pilotos; comerciantes; agricultores; directores de fábricas e artistas, em geral, demonstravam a extensão que se pretendia da acção da Academia Politécnica[1].

Academia Politécnica do Porto 6:160-181;

10:30-40.

17:115; 261-267; 519; 587.

Outras informações

Consideravam-se estabelecimentos anexos à Academia Politécnica do Porto os estabelecimentos anteriormente anexos à Academia Real de Marinha e Comércio, a que acresciam: 1.º Um gabinete de historia natural industrial; 2.º um gabinete de máquinas; 3.º um laboratório químico, e oficina metalúrgica; 4.º um jardim botânico e experimental"[2].

Professores

O número de professores proprietários que compunham o corpo docente não é apresentado por José Silvestre Ribeiro, deixando apenas a nota de "Tantos professores proprietários, quantos são os cursos". Estabeleciam-se seis lugares de professor substitutos na qualidade de "demonstradores natos", ou seja, executavam a componente prática das disciplinas. Um substituto encontrava-se especialmente dedicado à cadeira de desenho[3].

Curricula

A oferta curricular apresentada aquando da fundação da Academia Politécnica do Porto compunha-se de seis cursos, a saber, de engenheiro de marinha e de oficial de marinha, com a duração mínima de cinco anos; e de piloto, de comércio, de agricultura e de artes com a duração mínima de três anos[4].

1779-1797
Ano Nome da Cadeira Matérias[5] Livros Professores
Primeiro grupo disciplinar "Aritmética, geometria elementar, trigonometria plana, álgebra até às equações do segundo grau"
Segundo grupo disciplinar

"Continuação da álgebra, sua aplicação à geometria, cálculo diferencial e integral, princípios de mecânica"

Terceiro grupo disciplinar "Geometria descritiva, e suas aplicações"
Quarto grupo disciplinar "Desenho relativo aos diferentes cursos"
Quinto grupo disciplinar "Trigonometria esférica, princípios de astronomia, de geodésia, navegação teórica e prática"
Sexto grupo disciplinar "Artilharia e táctica naval"
Sétimo grupo disciplinar "História natural dos três reinos da natureza aplicada às artes e ofícios"
Oitavo grupo disciplinar "Física e mecânica industriais"
Nono grupo disciplinar "Química, artes químicas, e lavra de minas"
Décimo grupo disciplinar "Botânica, agricultura, economia rural, e veterinária"
Décimo primeiro grupo disciplinar "Comércio e economia industrial"

A oferta disciplinar da Academia no que concerne ao aparelho e manobra navais era assegurada por um mestre, subordinado ao professor de disciplina de navegação, e a arquitectura civil e naval era ministrada na Academia Portuense de Belas Artes. A componente prática do ensino, a saber, "experiência, manipulações, e os mais exercícios práticos [seriam realizados] nos gabinetes da academia, nas oficinas da Academia Portuense de Belas Artes, e nas salas do Conservatório das Artes e Ofícios, que serão para esse fim estabelecimentos comuns". Simultaneamente, era estabelecido que a Academia Politécnica albergasse aulas que correspondiam a aulas leccionadas no Liceu Nacional do Porto, cujos alunos passariam a frequentar em substituição[6].

Sendo indispensável fixar provisoriamente a collocação das nova» cadeiras criadas na Academia Polytechnica do Porto, pelo decreto de 2 de setembro de 1901, emquanto não são reorganizados, como é mester, os cursos professados na mesma Academia Polytechnica: Ha Sua Majestade El-Rei por bem determinar o seguinte : 1. ° A cadeira de physica mathematica (decreto com força de lei de 2 de setembro de 1901, artigo l.°) ficará no 3. ° anno dos tres cursos de engenheiros civis, de obras publicas, de minas e industriaos, assim como no 3.® anno do curso preparatorio para a Escola do Exercito; 2. ° A cadeira de mineralogia (decreto com força de lei de 2 de setembro de 1901, artigo l.°) será professada no 4. ° anno do curso de minas. No próximo anuo lectivo de 1903-1904, o conselho académico organizará, para serem submettidos á approvação superior, os programmas que teem de servir para as novas cadeiras. Paço, em 2 de setembro de 1903. = Luiz Augusto Pimentel Pinto. - d. do g. 196, 4/09/1903. - https://digigov.cepese.pt/pt/pesquisa/listbyyearmonthday?ano=1903&mes=9&tipo=a-diario&filename=1903/09/04/D_0196_1903-09-04&pag=2&txt=Escola%20do%20Exercito

Notas

Sucessoras: Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, Faculdade Técnica da Universidade do Porto

  1. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 6:160.
  2. Ribeiro, 6:162.
  3. Ribeiro, 6:162.
  4. Ribeiro, 6:161.
  5. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 6:160-161.
  6. Ribeiro, 6:161.

Fontes

Ribeiro, José Silvestre. Historia dos estabelecimentos Scientificos Litterarios e Artisticos de Portugal nos Sucessivos Reinados da Monarquia. Vol. 6. Lisboa: Typografia Real da Academia de Sciencias, 1876, pp. 160-181.

Ribeiro, José Silvestre. Historia dos estabelecimentos Scientificos Litterarios e Artisticos de Portugal nos Sucessivos Reinados da Monarquia. Vol. 10. Lisboa: Typografia Real da Academia de Sciencias, 1882, pp. 30-40.

Bibliografia

Ligações Internas

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Ligações Externas

Autor(es) do artigo

Financiamento

Fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto TechNetEMPIRE | Redes técnico-científicas na formação do ambiente construído no Império português (1647-1871) PTDC/ART-DAQ/31959/2017

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