Tomé Pinheiro de Miranda
Tomé Pinheiro de Miranda | |
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Nome completo | Tomé Pinheiro de Miranda |
Outras Grafias | EQUAL |
Postos | |
Posto | Capitão |
Data | Início: 1671 Fim: 1685 |
Arma | Infantaria |
Cargos | |
Cargo | Engenheiro |
Data | Início: 1671 Fim: 1685 |
Local Cargo | [[Maranhão, Brasil]] |
Biografia
Dados biográficos
Tomé Pinheiro de Miranda era natural de Valença do Minho. Terá nascido por volta de 1630. Sabe-se que desde 1666 até data incerta e depois a partir de princípios do ano de 1669 até ao seu embarque definitivo para o Maranhão, no Brasil, em 1671, esteve servindo no Minho, sob as ordens de Miguel Lescol[1]. Permaneceu no Maranhão até 1681, quando morreu[2].
Carreira
É provável que Tomé Pinheiro de Miranda tenha feito a sua formação na Aula de Forticação e Engenharia Militar, pois em petição apresentada ao Conselho Ultramarino refere que, tendo sido avisado pelo engenheiro-mor que deveria ir para o Maranhão "para lá desenhar, por em execução e construir as fortificações necessárias naquele Estado e que o dito engenheiro mor mandará outro discípulo da Aula para assistir às fortificações do Minho que basta ainda que de novo seja dos da Aula por haver de assistir a prática com o Mestre de Campo Miguel de Lescol até ter tomado bastante da prática". Neste mesmo documento o próprio confirma que serviu "muitos anos de engenheiro da província do Minho, desenhando e obrando nas fortificações onde lhe ordenava o Marechal de Campo Miguel Lescol", afirmando ainda que "fez obras em terras da Galiza em tempo de guerra"[3].
Como a viagem ao Maranhão era “dilatada e de grandes custos” Tomé Pinheiro de Miranda pediu ajuda de custo, dizendo que esta tinha sido dada a António Correia Pinto, que foi enviado para Pernambuco. Dizia que Correia Pinto foi “discípulo da mesma Aula do Engenheiro-Mor", mas que embora tenha "praticado nas fortificações", "era mais moderno que o suplicante”. Na petição reclamva para si além da ajuda de custo, o posto de capitão de infantaria com o respectivo soldo e o hábito de Cristo. Os conselheiros do Conselho Ultramarino concordavam que se devia dar o posto e o soldo de capitão de infantaria, que o governador o deveria prover em chegando ao Maranhão, assim como deveria também “lhe repartir terra como lhe parecer para a beneficiar”. Acatavam também o pedido de ajuda de custo para ele pudesse viajar com o governador Pedro César de Meneses, tendo em conta a necessidade de acodir urgentemente às fortificações daquele Estado. A carta patente está datada de 19 de Janeiro de 1671quando é nomeado engenheiro do estado do Maranhão, com posto de capitão de infantaria, partindo com o governador Pedro César de Meneses. Em 1685 foi nomeado Pedro de Azevedo Carneiro para a sua vaga[4].
Outras informações
Obras
Referências bibliográficas
- ↑ Soromenho, Miguel. Manuel Pinto de Vilalobos: Da Engenharia Militar à Aquitectura. Dissertação de Mestrado. Universidade Nova de Lisboa, 1991, p. 22.
- ↑ AHU_ Consultas Mistas. Códice 17. 335v-336. Nomeação de pessoas para o posto de capitão engenheiro que estava vago no Maranhão por morte de Tomé Pinheiro de Miranda. 27 de Agosto de 1681.
- ↑ AHU_ACL_CU_009, Cx. 5, D. 556. 1671, Janeiro, 21. Consulta do Conselho Ultramarino para o Príncipe regente D. Pedro, sobre o pedido do engenheiro Tomé Pinheiro de Miranda, que vai para o Maranhão e deseja uma ajuda de custo.
- ↑ Viterbo, Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal, Vol II, 277.
Fontes
AHU_ACL_CU_009, Cx. 5, D. 556. 1671, Janeiro, 21. Consulta do Conselho Ultramarino para o Príncipe regente D. Pedro, sobre o pedido do engenheiro Tomé Pinheiro de Miranda, que vai para o Maranhão e deseja uma ajuda de custo.
AHU_ Consultas Mistas. Códice 17. 335v-336. Nomeação de pessoas para o posto de capitão engenheiro que estava vago no Maranhão por morte de Tomé Pinheiro de Miranda. 27 de Agosto de 1681.
Bibliografia
Soromenho, Miguel. Manuel Pinto de Vilalobos: Da Engenharia Militar à Aquitectura. Dissertação de Mestrado. Universidade Nova de Lisboa, 1991.
Viterbo, Francisco de Sousa. Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal. Vol II. Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1904.
Ligações Externas
Autor(es) do artigo
Financiamento
Fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto TechNetEMPIRE | Redes técnico-cientificas na formação do ambiente construído no Império português (1647-1871) PTDC/ART-DAQ/31959/2017
DOI
Citar este artigo
- Tomé Pinheiro de Miranda (última modificação: 08/09/2020). eViterbo. Visitado em 08 de julho de 2024, em https://eviterbo.fcsh.unl.pt/wiki/Tom%C3%A9_Pinheiro_de_Miranda