Pedro de Azevedo Carneiro

Fonte: eViterbo
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Pedro de Azevedo Carneiro
Nome completo Pedro de Azevedo Carneiro
Outras Grafias valor desconhecido
Pai Pedro Carneiro
Mãe valor desconhecido
Cônjuge valor desconhecido
Filho(s) Félix de Azevedo Carneiro
Irmão(s) valor desconhecido
Nascimento valor desconhecido
Morte valor desconhecido
Sexo Masculino
Religião Cristã
Residência
Residência Lisboa, Lisboa, Portugal
Data Início: 1681
Fim: 1685

Residência Belém, Pará, Brasil
Data Início: 1686
Fim: 1690

Residência São Luís, Maranhão, Brasil
Data Início: 1690
Fim: 1691
Formação
Formação Engenharia Militar
Data Início: novembro de 1681
Fim: março de 1685
Local de Formação Lisboa, Lisboa, Portugal
Postos
Posto Soldado
Data Início: 1662
Fim: 1665

Posto Cabo de esquadra
Data Início: 1666

Posto Ajudante
Data Início: 1681
Fim: 1685
Arma Infantaria
Cargos
Cargo Aprendiz
Data Início: 1681
Fim: 1685

Cargo Engenheiro
Data Início: 1685
Fim: 1692

Cargo Engenheiro
Data Início: 1697
Actividade
Actividade Desenho de fortificação
Data Início: 1686
Fim: 1691
Local de Actividade Belém, Pará, Brasil

Actividade Desenho de fortificação
Data Início: 1686
Fim: 1691
Local de Actividade São Luís, Maranhão, Brasil


Biografia

Dados biográficos

Pedro de Azevedo Carneiro era natural de Lisboa, filho de Pedro Carneiro (1). Terá nascido por volta de 1646-50. Teria alguma relação com a casa de Pedro Sánchez de Farinha, que foi secretário de estado do rei D. Afonso VI, de 1663 a 1667 e secretário das mercês do rei D. Pedro II, de 1668 a 1693. Foi também capitão donatário das Ilhas do Pico e Faial, tendo lhe sucedido o seu filho Rodrigo Sánchez de Baena e Farinha, a quem Pedro de Azevedo Carneiro refere como seu amo (2).

Em 1662 fez a campanha de Jerumenha como simples soldado voluntário. Em 1663, já pago, embarca em uma das fragatas da armada destinadas a correr a costa, em 1664 estava no comboio que foi para a Bahia. Em 1666 era cabo de esquadra da armada e depois da paz passou a alferes e ajudante de um dos terços da Corte (3). Entre novembro de 1681 e março de 1685, ainda como ajudante, foi um dos doze alunos com partido na “aula real” (Aula de Fortificação e Arquitetura) onde aprendeu “geometria e fortificação”, “mostrando muito bom talento e suficiência não só nas ditas ciências mas também na arte do manejo e formatura dos esquadrões”(4). Estas informações constam da sua carta de nomeação para o cargo de Engenheiro do Estado do Maranhão, para onde foi, em companhia do governador Gomes Freire de Andrade, em 1685. Trabalhou no Estado do Maranhão e Grão Pará entre 1685 e 1692.

Azevedo Carneiro foi nomeando para o cargo em substituição de Tomé Pinheiro de Miranda que tinha falecido. Tal como o seu antecessor, recebeu o posto de capitão de infantaria e o soldo correspondente.

Na sua correspondência, em mais de uma ocasião refere as dificuldades que tinha para sustentar-se com o seu soldo nas dilatadas jornadas que tinha de fazer para cumprir as ordens que recebia. Numa destas representações esclarece que não podia atender com o seu soldo à sua mulher e filhas que tinham permanecido em Lisboa e que estas “da mesma maneira lhes não é possível passarem com as limitações dos trinta (ou três?) mil reis da aula que Vossa Majestade foi servido me ficarem correndo para seu sustento”. Tinham ido juntamente com o engenheiro para o Maranhão e Grão Pará, o seu filho Félix de Azevedo Carneiro e o seu sobrinho Manuel Correia Campelo(2) .

Em 1690 Azevedo Carneiro pediu para que lhe fosse concedida licença para voltar ao reino para tratar da sua saúde, frequentando as Caldas, pois tinha adquirido uma doença no Cabo do Norte que o deixara aleijado do braço esquerdo e de uma perna. Na petição, alegava os termos da sua carta de nomeação, que determinava que deveria voltar com o governador Gomes Freire de Andrade (1685-1687)(5) . Em 1691 a licença foi concedida e, neste mesmo ano, Custódio Pereira foi nomeado para o substituir no cargo de capitão engenheiro da capitania do Maranhão. Azevedo Carneiro voltou para Lisboa em 1692. O seu filho deve ter permanecido no Pará pois há na Torre do Tombo uma carta de confirmação de sesmaria em nome de Félix de Azevedo Carneiro e Cunha, datada de 1714(6) .

Em 1695 o engenheiro escreveu, já em Lisboa, um longo relatório sobre todas as fortificações do Estado apontando as obras e guarnições que lhe pareciam necessárias em cada uma delas. Neste relatório recomenda que se cuidasse especialmente da instrução dos artilheiros sugerindo que se mandasse fazer na casa forte do Pará “uma casa de tenência onde esteja o trem de artilharia, e onde se leia lição, ao menos duas vezes na semana, e quando se queira encarregar o sargento mor engenheiro José Velho de Azevedo me parece capaz de poder ensinar artilheiros, e mais oficiais na lição assim de suas obrigações”(7) .

Em outras ocasiões já tinha feito recomendações similares, quer para a instrução de artilheiros, quer de engenheiros, propondo-se para ambas as funções

Carreira


Outras informações

Obras

Notas


Fontes

  • Barreto, Aníbal (Cel.). Fortificações no Brasil (Resumo Histórico). Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército Editora, 1958.
  • Reis, Arthur Cézar Ferreira. As Fortificações da Amazônia no Período Colonial. Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro 344 (jul/set. 1984): 217-227.
  • Viterbo, Francisco de Sousa. Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal, Vol I. Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1899.

Bibliografia

Ligações Externas

Autor(es) do artigo

Financiamento

Fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto TechNetEMPIRE | Redes técnico-cientificas na formação do ambiente construído no Império português (1647-1871) PTDC/ART-DAQ/31959/2017

DOI

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