Instituto Industrial de Lisboa
Instituto Industrial de Lisboa | |
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(IIL, IICL) | |
Outras denominações | Instituto Industrial e Comercial de Lisboa |
Tipo de Instituição | Ensino civil |
Data de fundação | 30 dezembro 1852 |
Data de extinção | 23 maio 1911 |
Paralisação | Início: valor desconhecido Fim: valor desconhecido |
Localização | |
Localização | Instituto Industrial de Lisboa, Lisboa,- Início: 30 de dezembro de 1852 Fim: 1911 |
Antecessora | valor desconhecido |
Sucessora | Instituto Superior Técnico, Instituto Superior de Comércio |
História
Instituto Industrial e Comercial de Lisboa 16: 483. 17: 16, 211 e segg., 332 a 339, 401 a 411, 514, 547, 593.
7:346-358. 13:226-246.
O Instituto Industrial de Lisboa foi criado por decreto de 30 de Setembro de 1852, no contexto da ditadura do Duque de Saldanha, uma vez encerrado o parlamento. A autoria de António Fontes Pereira de Melo, Rodrigo da Fonseca Magalhães e Jervis de Atouguia[1], figuras distintas que marcaram a segunda metade do século XIX português, enquadram a fundação deste Instituto no impulso dado à instrução técnica, nos domínios agrícola e industrial, durante o período inicial de vigência do movimento da Regeneração e, mais particularmente, do designado período do Fontismo. O mesmo sucedeu no Porto com o estabelecimento da Escola Industrial do Porto pelo mesmo decreto[2]. A mais, no final do ano de 1852, na vertente agrícola observou-se também a fundação do Instituto Agrícola e Escola Regional de Lisboa, incumbidos da instrução agrícola e agronómica, técnica e científica, de grau médio e superior.
Na perspectiva dos regeneradores o processo de industrialização português teria obrigatoriamente que respeitar a duas condições, a saber, a instrução, ou "educação profissional", e o desenvolvimento de uma "viação rápida e barata"[3], em relação com a criação de um mercado interno a que procederiam.
A organização da instrução industrial estabelecia três graus, elementar, secundário e complementar baseados num plano de estudos com nove cadeiras, respectivamente distribuídas pelos graus e cursos como assinalado à frente[4].
Outras informações
Relativamente ao museu do Instituto e o surgimento das primeiras propostas, na década de 30 do século XIX, para o desenvolvimento de uma instituição desse tipo, vide Ribeiro, 3:376-382.
Professores
Curricula
A vertente prática do ensino completava-se com a instrução nas oficinas de forjar; de fundir e moldar; de serrilharia e ajustamento; de tornear e modelar; e de manipulações químicas[5].
1852- | ||||
Graus de ensino | Nome da Cadeira | Matérias | Livros | Professores |
Ensino
Elementar |
Primeira cadeira | "Aritmética elementar; primeiras noções de álgebra; geometria elementar"[6]. | ||
Segunda
cadeira |
"Desenho linear e de ornatos industriais"[7]. | |||
Ensino
Secundário |
Terceira cadeira | "Elementos de geometria descritiva aplicada às artes"[8]. | ||
Quarta
cadeira |
"Noções elementares de física e química"[9]. | |||
Quinta
cadeira |
"Desenho de modelos e máquinas. Primeira parte"[10]. | |||
Ensino Complementar | Sexta
cadeira |
"Mecânica industrial"[11]. | ||
Sétima
cadeira |
"Química aplicada ás artes"[12]. | |||
Oitava cadeira | "Economia e legislação industrial"[13]. | |||
Nona cadeira | "Desenho de modelos e máquinas"[14]. |
O Instituto Industrial de Lisboa passava as cartas de curso, consoante a frequência nas seguintes cadeiras: 1.ª e 2.ª cadeiras, operário habilitado; 1.ª, 2ª e 5.ª cadeiras, oficial mecânico; 1.ª, 2.ª e 4.ª cadeiras com oficina de manipulações químicas, oficial químico; 1.ª, 2.ª e 4.ª cadeiras com oficina de forjar, oficial forjador; 1.ª, 2.ª e 4.ª cadeiras com oficina de fundir e moldar, oficial fundidor; 1.ª, 2.ª e 5.ª cadeiras com oficina de serrilharia e ajustamento, oficial serralheiro ajustador; 1.ª, 2.ª e 5.ª cadeiras com oficina de tornear e moldar, oficial torneiro ajustador; 1.ª, 2.ª, 3.ª e 5.ª cadeiras, oficinas; 1.ª, 2.ª e 3.ª cadeiras, mestre mecânico; 1.ª, 2.ª, 4.ª e 7.ª cadeiras com oficina de manipulações químicas, mestre químico; 1.ª, 2.ª, 3.ª, 4.ª, 5.ª, 6.ª e 8.ª cadeiras com as oficinas de forjar, fundir e moldar, serrilharia e ajustamento, e, tornear e moldar, diretor mecânico; 1.ª, 2.ª, 4.ª, 5.ª, 6.ª e 8.ª cadeiras com oficina de manipulações químicas, diretor químico[15].
Notas
- ↑ Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 3:379.
- ↑ Veja-se para a relação entre a Escola Industrial do Porto e o Instituto Industrial de Lisboa preconizada no Regulamento provisório para ambos as instituições, datado de 1853, Ribeiro, 7:106.
- ↑ Ribeiro, 7:346.
- ↑ Ribeiro, 7:347-348.
- ↑ Ribeiro, 7:347.
- ↑ Ribeiro, 7:347.
- ↑ Ribeiro, 7:347.
- ↑ Ribeiro, 7:347.
- ↑ Ribeiro, 7:347.
- ↑ Ribeiro, 7:347.
- ↑ Ribeiro, 7:347.
- ↑ Ribeiro, 7:347.
- ↑ Ribeiro, 7:347.
- ↑ Ribeiro, 7:347.
- ↑ Ribeiro, 7:348.
Fontes
Ribeiro, José Silvestre. Historia dos estabelecimentos Scientificos Litterarios e Artisticos de Portugal nos Sucessivos Reinados da Monarquia. Vol. 7. Lisboa: Typografia Real da Academia de Sciencias, 1878, pp. 346-358.
Bibliografia
Ligações Internas
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Ligações Externas
Autor(es) do artigo
Financiamento
Fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto TechNetEMPIRE | Redes técnico-científicas na formação do ambiente construído no Império português (1647-1871) PTDC/ART-DAQ/31959/2017
DOI
Citar este artigo
- Instituto Industrial de Lisboa (última modificação: 13/10/2022). eViterbo. Visitado em 08 de junho de 2024, em https://eviterbo.fcsh.unl.pt/wiki/Instituto_Industrial_de_Lisboa