Academia Real de Marinha de Lisboa: diferenças entre revisões

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A Academia Real de Marinha de Lisboa foi criada por alvará de D. Maria I, datado de 5 de Agosto de 1779. Com a constituição da Academia de Marinha, o curso de matemática tornou-se requisito obrigatório para a entrada na marinha de guerra nas patentes de oficial ou piloto<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos'', 2:34.</ref>. Tendo por fim o reforço da qualificação dos oficiais da Armada Real, este mecanismo foi reforçado a partir de 1796, determinando-se a preferência à promoção dos oficiais "que, em igualdade de merecimentos e embarques, tiverem mais profundos conhecimentos teóricos adquiridos nas sobreditas aulas e Universidade"<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos'', 2:377.</ref>.
A Academia Real de Marinha de Lisboa foi criada por alvará de D. Maria I, datado de 5 de Agosto de 1779. Com a constituição da Academia de Marinha, o curso de matemática tornou-se requisito obrigatório para a entrada na marinha de guerra nas patentes de oficial ou piloto<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos'', 2:34.</ref>. Tendo por fim o reforço da qualificação dos oficiais da Armada Real, este mecanismo foi reforçado a partir de 1796, determinando-se a preferência à promoção dos oficiais "que, em igualdade de merecimentos e embarques, tiverem mais profundos conhecimentos teóricos adquiridos nas sobreditas aulas e Universidade"<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos'', 2:377.</ref>.


Os Estatutos da Academia Real foram aprovados por alvará de 20 de Maio de 1796<ref><i>Regimento provisional para o serviço, e disciplina das esquadras, e navios da Armada Real que por ordem de Sua Majestade deve servir de regulamento.</i>, [http://id.bnportugal.gov.pt/bib/catbnp/544639]</ref>, ano em que o presidente do Conselho do Almirantado fica encarregado de inspeccionar tudo o que a esta academia diga respeito e "''fazer executar tudo o que se acha estabelecido para promover os Estudos, e instrução do Corpo dos Guardas Marinhas''". Estava igualmente encarregue de propor à coroa tudo "''o que julgar convir para melhorar''" o estabelecimento, além da implementação dos "''Cruzeiros Regulares das Curvetas, para o ensino e prática dos Guardas Marinhas''"<ref>"Lei de 26 de Outubro de 1796. Dando nova forma ao Conselho do Almirantado, e criando uma Junta de Fazenda da Marinha, e novo Corpo de Engenheiros Construtores" in Silva, António Delgado da. <i>Collecção da legislação Portugueza desde a ultima compilação das ordenações: Legislação de 1791 a 1801.</i> Vol. 4. Lisboa: Na tipografia Maigrense, 1828, p.307. [https://opacplus.bsb-muenchen.de/title/BV005584081].</ref>.
Os Estatutos da Academia Real foram aprovados por alvará de 20 de Maio de 1796<ref>Vide, ''Regimento provisional para o serviço, e disciplina das esquadras, e navios da Armada Real que por ordem de Sua Majestade deve servir de regulamento''. Lisboa: Officina de António Rodrigues Galhardo, Impressor do Conselho do Almirantado, 1796.</ref>, ano em que o presidente do Conselho do Almirantado fica encarregado de inspeccionar tudo o que a esta academia diga respeito e "''fazer executar tudo o que se acha estabelecido para promover os Estudos, e instrução do Corpo dos Guardas Marinhas''". Estava igualmente encarregue de propor à coroa tudo "''o que julgar convir para melhorar''" o estabelecimento, além da implementação dos "''Cruzeiros Regulares das Curvetas, para o ensino e prática dos Guardas Marinhas''"<ref>"Lei de 26 de Outubro de 1796. Dando nova forma ao Conselho do Almirantado, e criando uma Junta de Fazenda da Marinha, e novo Corpo de Engenheiros Construtores" in Silva, António Delgado da. <i>Collecção da legislação Portugueza desde a ultima compilação das ordenações: Legislação de 1791 a 1801.</i> Vol. 4. Lisboa: Na tipografia Maigrense, 1828, p.307. [https://opacplus.bsb-muenchen.de/title/BV005584081].</ref>.


Também em 1796, no mesmo decreto, D. Maria I mandava criar o Corpo de Engenheiros Construtores navais, cujo primeiro Construtor em Chefe será igualmente Primeiro Mestre da [[Escola de Construção, Desenho e Traçamento das Formas]]<ref>"Lei de 26 de Outubro de 1796. Dando nova forma ao Conselho do Almirantado, e criando uma Junta de Fazenda da Marinha, e novo Corpo de Engenheiros Construtores" in Silva, António Delgado da. <i>Collecção da legislação Portugueza desde a ultima compilação das ordenações: Legislação de 1791 a 1801.</i> Vol. 4. Lisboa: Na tipografia Maigrense, 1828, p.306 e pp.311-312. [https://opacplus.bsb-muenchen.de/title/BV005584081].</ref>. A Sala das Formas, onde se traçava e armazenava os desenhos de construção naval, partilhava o espaço com a [[Real Casa do Risco das Obras Públicas |Casa do Risco]], no Arsenal da Marinha<ref>Silva, Augusto Vieira da. <i>Dispersos</i>. 2ª. Vol. Vol 1. Biblioteca de Estudos Olisiponenses. Lisboa: Câmara Municipal, 1968, p. 401.</ref>.
Também em 1796, no mesmo decreto, D. Maria I mandava criar o Corpo de Engenheiros Construtores navais, cujo primeiro Construtor em Chefe será igualmente Primeiro Mestre da [[Escola de Construção, Desenho e Traçamento das Formas]]<ref>"Lei de 26 de Outubro de 1796. Dando nova forma ao Conselho do Almirantado, e criando uma Junta de Fazenda da Marinha, e novo Corpo de Engenheiros Construtores", in ''Collecção da legislação Portugueza desde a ultima compilação das ordenações: Legislação de 1791 a 1801''. Vol. 4. Lisboa: Na tipografia Maigrense, 1828, 306; 311-312.</ref>. A Sala das Formas, onde se traçava e armazenava os desenhos de construção naval, partilhava o espaço com a [[Real Casa do Risco das Obras Públicas |Casa do Risco]], no Arsenal da Marinha<ref>Silva, Augusto Vieira da. <i>Dispersos</i>. 2ª. Vol. Vol 1. Biblioteca de Estudos Olisiponenses. Lisboa: Câmara Municipal, 1968, p. 401.</ref>.


Em 1838, integre nas reformas levada a cabo no ensino militar, por exemplo, com a criação da Escola do Exército, a Academia Real de Marinha de Lisboa era suprimida dando lugar à [[Escola Politécnica de Lisboa]], sendo a última responsável pela preparação científica dos alunos dirigidos aos cursos militares. O Observatório Real da Marinha transitava anexo à nova instituição<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos'', 6:148.</ref>. A extinção da Academia Real dava também lugar à criação da Escola Naval. Uma vez não se encontrar de imediato estabelecida em 1838, a terceira cadeira da extinta Academia, ficava provisoriamente anexava-se à Escola Politécnica<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos'', 6:149.</ref>.
Em 1838, integre nas reformas levada a cabo no ensino militar, por exemplo, com a criação da Escola do Exército, a Academia Real de Marinha de Lisboa era suprimida dando lugar à [[Escola Politécnica de Lisboa]], sendo a última responsável pela preparação científica dos alunos dirigidos aos cursos militares. O Observatório Real da Marinha transitava anexo à nova instituição<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos'', 6:148.</ref>. A extinção da Academia Real dava também lugar à criação da Escola Naval. Uma vez não se encontrar de imediato estabelecida em 1838, a terceira cadeira da extinta Academia, ficava provisoriamente anexava-se à Escola Politécnica<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos'', 6:149.</ref>.
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Verifica-se assim que, uma vez extinta a velha Aula de Fortificação em 1779, tardou a organizar-se uma instituição de inequívoca orientação militar, já que a Academia Real de Fortificação, Artilharia e Desenho apenas foi decretada em 1790 (transformada em Escola do Exército na reforma de 1837). A estrutura do curso incluía toda a gama das matemáticas, bem como hidráulica e construção de edifícios, etc. (ver esquema das disciplinas), revelando até que ponto foi complexa e lenta a separação entre a ciência militar tout court, a engenharia e a arquitectura. Aspecto visível numa brevíssima amostra dos manuais adoptados e escritos pelos próprios lentes: Compêndio de Minas de José António Rosa, de leitura obrigatória entre 1791 e 1834; Regras de Desenho para a delineação das plantas, perfis e perspectivas pertencentes à architectura militar e civil…, por Antonio José Moreira (Lisboa, 1793); Compendio Militar, escripto segundo a doutrina dos melhores auctores … (Lisboa, 1796, 3 tomos), de Matias José Dias Azedo, o autor do plano defensivo (e vitorioso) das Linhas de Torres, que tinha coordenado a monumental tradução, realizada por um colectivo de professores, do manual de artilharia de Alessandro d’Antoni, publicado sob o título Architectura Militar (Lisboa, 1790, 9 tomos), que conheceu sucessivas edições.
Verifica-se assim que, uma vez extinta a velha Aula de Fortificação em 1779, tardou a organizar-se uma instituição de inequívoca orientação militar, já que a Academia Real de Fortificação, Artilharia e Desenho apenas foi decretada em 1790 (transformada em Escola do Exército na reforma de 1837). A estrutura do curso incluía toda a gama das matemáticas, bem como hidráulica e construção de edifícios, etc. (ver esquema das disciplinas), revelando até que ponto foi complexa e lenta a separação entre a ciência militar tout court, a engenharia e a arquitectura. Aspecto visível numa brevíssima amostra dos manuais adoptados e escritos pelos próprios lentes: Compêndio de Minas de José António Rosa, de leitura obrigatória entre 1791 e 1834; Regras de Desenho para a delineação das plantas, perfis e perspectivas pertencentes à architectura militar e civil…, por Antonio José Moreira (Lisboa, 1793); Compendio Militar, escripto segundo a doutrina dos melhores auctores … (Lisboa, 1796, 3 tomos), de Matias José Dias Azedo, o autor do plano defensivo (e vitorioso) das Linhas de Torres, que tinha coordenado a monumental tradução, realizada por um colectivo de professores, do manual de artilharia de Alessandro d’Antoni, publicado sob o título Architectura Militar (Lisboa, 1790, 9 tomos), que conheceu sucessivas edições.


Em 26 de Outubro de 1779, a Mesa Censória, órgão que, então, administrava o Real Colégio dos Nobres era ordenada a colocar à disposição salas no edifício que albergava aquele Colégio, para instalar as aulas da Academia Real de Marinha de Lisboa<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos'', 2:36.</ref>.
Em 26 de Outubro de 1779, a Mesa Censória, órgão que, então, administrava o Real Colégio dos Nobres era ordenada a colocar à disposição salas no edifício que albergava aquele Colégio, para instalar as aulas da Academia Real de Marinha de Lisboa<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos'', 2:36.</ref>.
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Arquivo Histórico Militar. Processo de João Evangelista Torriani. Fundo 3, Série 7, Cx. 533, n.º8.
Arquivo Histórico Militar. Processo de João Evangelista Torriani. Fundo 3, Série 7, Cx. 533, n.º8.


''sAlmanach para o anno de M. DCC. LXXXIX..'' Lisboa: Officina da Academia Real das Sciencias, 1789.
''Almanach para o anno de M. DCC. LXXXIX..'' Lisboa: Officina da Academia Real das Sciencias, 1789.


''Almanach para o anno de M. DCC. XCII..'' Lisboa: Officina da Academia Real das Sciencias, 1792.
''Almanach para o anno de M. DCC. XCII..'' Lisboa: Officina da Academia Real das Sciencias, 1792.
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''Almanach para o anno de 1798''. Lisboa: Typographia da Academia Real das Sciencias, 1798.
''Almanach para o anno de 1798''. Lisboa: Typographia da Academia Real das Sciencias, 1798.


Regimento provisional para o serviço, e disciplina das esquadras, e navios da Armada Real que por ordem de Sua Majestade deve servir de regulamento. Lisboa: na Officina de António Rodrigues Galhardo, Impressor do Conselho do Almirantado, 1796. <nowiki>[http://id.bnportugal.gov.pt/bib/catbnp/544639]</nowiki>.
''Regimento provisional para o serviço, e disciplina das esquadras, e navios da Armada Real que por ordem de Sua Majestade deve servir de regulamento''. Lisboa: Officina de António Rodrigues Galhardo, Impressor do Conselho do Almirantado, 1796[http://id.bnportugal.gov.pt/bib/catbnp/544639 .] <nowiki>[http://id.bnportugal.gov.pt/bib/catbnp/544639]</nowiki>.


Regulamento provisional do Real Corpo de Engenheiros. Lisboa: Imp. Régia, 1812. <nowiki>[http://id.bnportugal.gov.pt/bib/catbnp/721189]</nowiki>.
"Lei de 26 de Outubro de 1796. Dando nova forma ao Conselho do Almirantado, e criando uma Junta de Fazenda da Marinha, e novo Corpo de Engenheiros Construtores", in ''Collecção da legislação Portugueza desde a ultima compilação das ordenações: Legislação de 1791 a 1801''. Vol. 4. Lisboa: Na tipografia Maigrense, 1828, 306; 311-312[https://opacplus.bsb-muenchen.de/title/BV005584081 .]


Ribeiro, José Silvestre. <nowiki>''</nowiki>Historia dos estabelecimentos Scientificos Litterarios e Artisticos de Portugal nos Sucessivos Reinados da Monarquia<nowiki>''</nowiki>. Vol. 2. Lisboa: Typografia Real da Academia de Sciencias, 1872, pp. 32-36.
Ribeiro, José Silvestre. <nowiki>''</nowiki>Historia dos estabelecimentos Scientificos Litterarios e Artisticos de Portugal nos Sucessivos Reinados da Monarquia<nowiki>''</nowiki>. Vol. 2. Lisboa: Typografia Real da Academia de Sciencias, 1872, pp. 32-36.

Revisão das 15h59min de 4 de outubro de 2022


Academia Real de Marinha de Lisboa
(valor desconhecido)
Outras denominações Academia Real de Marinha e Comércio, Academia de Marinha de Lisboa, Academia das Reais Aulas da Marinha, Real Academia de Marinha e Comércio
Tipo de Instituição Ensino militar
Data de fundação 5 agosto 1779
Data de extinção 11 janeiro 1837
Paralisação
Início: valor desconhecido
Fim: valor desconhecido
Localização
Localização Colégio Real dos Nobres, Lisboa,-
Início: outubro de 1779
Fim: 11 de janeiro de 1837
Antecessora Aula de Fortificação de Lisboa

Sucessora Escola Politécnica de Lisboa, Escola Naval


História

A Academia Real de Marinha de Lisboa foi criada por alvará de D. Maria I, datado de 5 de Agosto de 1779. Com a constituição da Academia de Marinha, o curso de matemática tornou-se requisito obrigatório para a entrada na marinha de guerra nas patentes de oficial ou piloto[1]. Tendo por fim o reforço da qualificação dos oficiais da Armada Real, este mecanismo foi reforçado a partir de 1796, determinando-se a preferência à promoção dos oficiais "que, em igualdade de merecimentos e embarques, tiverem mais profundos conhecimentos teóricos adquiridos nas sobreditas aulas e Universidade"[2].

Os Estatutos da Academia Real foram aprovados por alvará de 20 de Maio de 1796[3], ano em que o presidente do Conselho do Almirantado fica encarregado de inspeccionar tudo o que a esta academia diga respeito e "fazer executar tudo o que se acha estabelecido para promover os Estudos, e instrução do Corpo dos Guardas Marinhas". Estava igualmente encarregue de propor à coroa tudo "o que julgar convir para melhorar" o estabelecimento, além da implementação dos "Cruzeiros Regulares das Curvetas, para o ensino e prática dos Guardas Marinhas"[4].

Também em 1796, no mesmo decreto, D. Maria I mandava criar o Corpo de Engenheiros Construtores navais, cujo primeiro Construtor em Chefe será igualmente Primeiro Mestre da Escola de Construção, Desenho e Traçamento das Formas[5]. A Sala das Formas, onde se traçava e armazenava os desenhos de construção naval, partilhava o espaço com a Casa do Risco, no Arsenal da Marinha[6].

Em 1838, integre nas reformas levada a cabo no ensino militar, por exemplo, com a criação da Escola do Exército, a Academia Real de Marinha de Lisboa era suprimida dando lugar à Escola Politécnica de Lisboa, sendo a última responsável pela preparação científica dos alunos dirigidos aos cursos militares. O Observatório Real da Marinha transitava anexo à nova instituição[7]. A extinção da Academia Real dava também lugar à criação da Escola Naval. Uma vez não se encontrar de imediato estabelecida em 1838, a terceira cadeira da extinta Academia, ficava provisoriamente anexava-se à Escola Politécnica[8].


Margarida: Mas, na verdade, sabemos ainda muito pouco acerca do modo como as reformas curriculares de 1763 foram efectivamente aplicadas na Aula de Lisboa, bem como o grau de influência que tiveram na própria extinção da Aula de Fortificação em 1779, aparentemente dando lugar à Real Academia da Marinha, também mencionada como Academia das Reais Aulas da Marinha e, em 1811, como Real Academia de Marinha e Comércio. De início, terá funcionado nas instalações do Real Colégio dos Nobres. Em 1780 registava-se aí a docência de Custódio Gomes de Vilas Boas, que publicou Curso de Matematicas (Lisboa, 1786), tradução do tratado de mecânica de Étienne Bezout. Em 1796 o curso tinha a duração de três anos lectivos e, observando as matérias leccionadas (aritmética, geometria, álgebra, trigonometria linear e esférica, aplicações matemáticas à ciência náutica, construções navais e portuárias, táctica naval), com lições e prática de laboratório diárias, conclui-se que se tratava de uma formação completa em matemáticas puras e aplicadas (Delson, 1999: 238). Enquanto lente desta academia, Mateus Valente do Couto publicou Breve tratado de Trigonometria Esférica (Lisboa, 1803) e Tratado de Trigonometria Rectilínea e de Trigonometria Esférica (Lisboa, 1819). Paralelamente, e não sem criar alguns equívocos na destrinça das várias academias, cada vez com conteúdos mais particularizados, regista-se em 1782 a criação da Academia de Guardas Marinhas, mais vocacionada para a marinha de guerra, onde foi lente entre 1791 e 1811 Eusédio Dias Azedo que publicou Construção e analyse das proposições geometricas e experiencias praticas, que servem de fundamento à Architectura Naval (Lisboa,1798). Nesse mesmo período destaca-se a docência de António Pires da Silva Pontes, natural de Minas Gerais, Doutor em Matemtática pela Universidade de Coimbra, sócio da Academia das Ciências e que assinou a já citada Carta Geographica do Brasil…, (Araujo, 2000:), um currículo muito abreviado, mas que demonstra bem a complexidade da rede de academias, denunciando ao mesmo tempo a dificuldade de levar à prática a especialização institucionalmente determinada, sendo por demais evidente uma efectiva polivalência profissional, em última análise induzida pelo próprio espírito enciclopédico.

Verifica-se assim que, uma vez extinta a velha Aula de Fortificação em 1779, tardou a organizar-se uma instituição de inequívoca orientação militar, já que a Academia Real de Fortificação, Artilharia e Desenho apenas foi decretada em 1790 (transformada em Escola do Exército na reforma de 1837). A estrutura do curso incluía toda a gama das matemáticas, bem como hidráulica e construção de edifícios, etc. (ver esquema das disciplinas), revelando até que ponto foi complexa e lenta a separação entre a ciência militar tout court, a engenharia e a arquitectura. Aspecto visível numa brevíssima amostra dos manuais adoptados e escritos pelos próprios lentes: Compêndio de Minas de José António Rosa, de leitura obrigatória entre 1791 e 1834; Regras de Desenho para a delineação das plantas, perfis e perspectivas pertencentes à architectura militar e civil…, por Antonio José Moreira (Lisboa, 1793); Compendio Militar, escripto segundo a doutrina dos melhores auctores … (Lisboa, 1796, 3 tomos), de Matias José Dias Azedo, o autor do plano defensivo (e vitorioso) das Linhas de Torres, que tinha coordenado a monumental tradução, realizada por um colectivo de professores, do manual de artilharia de Alessandro d’Antoni, publicado sob o título Architectura Militar (Lisboa, 1790, 9 tomos), que conheceu sucessivas edições.

Em 26 de Outubro de 1779, a Mesa Censória, órgão que, então, administrava o Real Colégio dos Nobres era ordenada a colocar à disposição salas no edifício que albergava aquele Colégio, para instalar as aulas da Academia Real de Marinha de Lisboa[9].

Outras informações

A frequência na Academia Real era permitida a indivíduos com idade superior a quatorze anos, sendo "requisito impreterível o conhecimento das quatro regras fundamentais da aritmética, verificado por meio de exame pelo professor de geometria da academia"[10].

Apesar de dedicada à formação de oficiais e pilotos, o curso ministrado na Academia da Marinha podia também ser frequentado por indivíduos que "aspirassem aos postos de oficiais engenheiros", o qual seria complementado com as "lições de fortificação e engenharia, etc., nas aulas competentes"[11].

A formação dos pilotos continuava consoante a aplicação à marinha de guerra, caso em que "poderiam requerer admissão às naus de guerra, para nelas se exercitarem, por espaço de dois anos, na prática da navegação e manobra". Uma vez concluída a sua formação, os pilotos de naus de guerra ficavam obrigados perante a Academia de Marinha a fazer o relato escrito das suas viagens e observações, cuja cópia "depositada no arquivo da academia, [seria] aproveitada na emenda dos roteiros e cartas marítimas"[12].

A partir de 1790, era permitido aos alunos das aulas militares regimentais realizarem exames perante os professores da Academia Real, juntamente com as certidões de frequência e exames, sendo que, "ficando aprovados (...) estariam desde logo habilitados a entrar na escola dos engenheiros, e gozar das graças e privilégios concedido aos matriculados e aprovados na mesma Academia de Marinha"[13].

A aprovação dos Estatutos da Academia Real de Marinha, em 1796, estabeleceu que os alunos, tendo completado o curso de matemática, pudessem servir em naus e fragatas da Armada Real, sob condição de "voluntários da real Academia da Marinha", com fim de serem promovidos a segundos tenentes da Armada, na condição de terem demostrado "nos mesmos embarques todas as provas de capacidade, e génio para a vida do mar, e aprendendo a bordo dos sobreditos navios aquelas artes, serviço, e disciplina, que um maior espaço de tempo, e com mais tardo aproveitamento teriam aprendido nos exercícios e modelos da Academia dos Guardas Marinhas"[14]. Em consequência, os discípulos da Academia Real de Marinha ficavam isentos dos dois anos práticos em exercícios no mar requeridos aos Guardas Marinhas para acesso à mesma patente. A partir de 1798, para admissão nos navios de guerra era necessário apresentar aprovação nos exercícios práticos realizados no Observatório Real da Marinha[15].

No mesmo sentido, a resolução régia de 22 de Novembro de 1796 definia que os alunos que "quisessem empregar na arquitectura naval" seriam admitidos na patente de aspirantes de engenheiros construtores, com a graduação dos guardas marinhas. Após conclusão do curso de construção naval eram promovidos a segundos tenentes[16].

Devido a problemas com a disciplina dos alunos tomam-se providências quanto às faltas, em 1800[17] e 1830[18].

A Academia de Marinha de Lisboa tinha anexa à aula de navegação uma casa de arrecadação utilizada para uso e guarda dos instrumentos astronómicos e marítimos, e um observatório "d'onde, diz a carta de lei, se possa avistar qualquer parte do céu"[19].


Entre 1789 e 1827 a frequência de alunos na Academia Real de Marinha demonstra ter diminuido progressivamente:

Frequência de alunos no ano lectivo de 1789-1790[20]:

Primeiro ano: 120 alunos;

Segundo ano: 19 alunos;

Terceiro ano: 14 alunos.

Frequência de alunos no ano lectivo de 1792-1793[21]:

Primeiro ano: 145 alunos;

Segundo ano: 20 alunos;

Terceiro ano: 14 alunos.

Frequência de alunos no ano lectivo de 1816-1817[22]:

Primeiro ano: 110 alunos;

Segundo ano: 32 alunos;

Terceiro ano: 21 alunos.

Frequência de alunos no ano lectivo de 1826-1827[23]:

Primeiro ano: 81 alunos ordinários e 18 alunos voluntários;

Segundo ano: 91 alunos ordinários;

Terceiro ano: 71 alunos ordinários e dois alunos voluntários.

Professores

Para admissão no corpo docente era exigida carta de curso de matemática pela Universidade de Coimbra, de cinco anos, e o grau de licenciado[24], sendo os candidatos propostos por aquela corporação ou pelos professores da Academia Real de Marinha. Não obstante, em 1821 considerando as dificuldades em prover o lugar de professor substituto determinava-se ser suficiente os candidatos deterem o grau de bacharel no curso de matemática da Universidade de Coimbra. No ano seguinte, os candidatos a professor eram propostos pela "congregação dos lentes" da Academia Real[25].

A partir de 1799, por decreto de 14 de Dezembro, convindo ao número elevado de matrículas no curso de matemática, determinava-se, caso necessário, a divisão dos discípulos em duas turmas, respectivamente a cargo do professor proprietário e do professor substituto, sendo para efeito o salário do último igualado ao do primeiro[26].

Curricula

Em 1799, por decreto de 14 de Dezembro, determinava-se que os alunos de primeiro ano fossem examinados logo que "findasse a explicação de aritmética". Os alunos reprovados eram expulsos da Academia Real de Marinha. Segundo José Silvestre Ribeiro, o fito do decreto era "obstar a que muitos alunos, ou por falta de capacidade, ou da necessária aplicação, perdessem o tempo na academia sem o fruto que poderiam tirar de outras ocupações"[27].

1779-1797
Ano Nome da Cadeira Matérias Livros Professores
Primeira cadeira "Aritmética, geometria, trigonometria plana, o seu uso prático, e os princípios elementares da álgebra até às equações do segundo grau inclusive"[28]. Professor proprietário, em 1789: João Angelo Brunelli[29].

Professor proprietário, em 1792 e 1797: Custódio Gomes Vilas-Boas (Sargento-mor de artilharia)[30][31][29][32].

Professor proprietário, entre 1816 e 1823: Francisco Vilela Barbosa[33][34].

Professor substituto, em 1789: Francisco de Borga Garção Stockler (Capitão de artilharia)[35]. Professor substituto, em 1792 e 1797: João Manuel de Abreu (Bacharel)[36][37][38].

Segunda cadeira

"iria prosseguindo na continuação da álgebra, na sua aplicação à geometria, e no ensino do cálculo diferencial e integral; e só depois explicaria os princípios fundamentais da estática, da dinâmica, hidrostática, e da óptica"[28].

Professor proprietário, em 1789: Miguel Franzini[39].

Professor proprietário, entre 1792 e 1797: Francisco de Borga Garção Stockler (Capitão de artilharia)[40][41][42].

Professor proprietário, em 1816: Francisco Simões Margiochi[43].


Professor substituto, em 1789: Manuel do Espírito Santo Limpo[44].


Professor substituto, em 1792 e 1797: Manuel Jacinto Nogueira da Gama (Bacharel)[45][46][44].

Terceira cadeira "ensinaria a trigonometria esférica, e a arte de navegação teórica e prática"[28]. Professor substituto, em 1789: Custódio Gomes de Vilas-Boas (Capitão)[47].

Professor proprietário, entre 1789 e 1797: Francisco António Ciéra[48][49][50].

Professor proprietário, em 1816: Mateus Valente do Couto[51]. Professor substituto, entre 1792 e 1797: Manuel do Espírito Santo Limpo[52][53][35].

1798
Ano Nome da Cadeira Matérias Livros Professores
Aritmética, Geometria, Trigonometria, e princípios de Álgebra Professor proprietário, em 1798: Custódio Gomes Vilas-Boas (Coronel graduado de artilharia)[54].
Cálculo e foronomia Professor proprietário, em 1798: Francisco Borja Garção Stockler (Coronel do regimento de artilharia da Corte)[55].
De Astronomia, e teoria da navegação Professor proprietário, em 1798: Francisco António Ciéra[56].
De Aritmética Professor proprietário, em 1798: João Manuel de Abreu[57].
De Cálculo Professor proprietário, em 1798: Manuel Jacinto Nogueira da Gama (Capitão tenente)[58].
De Astronomia Professor proprietário, em 1798: Manuel do Espírito Santo Limpo (Capitão de fragata)[58].

A partir de 1835, determinava-se que fosse leccionado a "2.ª parte do Código Comercial Português" nas cadeiras do terceiro ano[59]. Nesse ano era aberto concurso para apresentação de um "compêndio de geometria para uso da mesma academia (...) acomodado ao ensino académico, aos diferentes destinos que tomavam os alunos, e concebido em termos de ficar ao nível do estado atual da ciência"[60].

Em 1836, era aberto um curso de geodésia com fim de instruir os oficiais responsáveis pelo levantamento da carta geográfica do reino[61].

Professor substituto, [s.d.]: José de Freitas Teixedo Spínola Castelo Branco[62]. Professor substituto, [s.d.]: João Evangelista Torriani[63].

Professor, [s.d.]: Joaquim José Ferreira[64].

Professor proprietário, em 1834: António Aluízio Jervis de Atouguia[65].

Professor substituto, em 1834: Filipe Folque[66].

Professor substituto extraordinário, em 1834: João Ferreira Campos (Bacharel em matemática)[67].

Notas

  1. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 2:34.
  2. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 2:377.
  3. Vide, Regimento provisional para o serviço, e disciplina das esquadras, e navios da Armada Real que por ordem de Sua Majestade deve servir de regulamento. Lisboa: Officina de António Rodrigues Galhardo, Impressor do Conselho do Almirantado, 1796.
  4. "Lei de 26 de Outubro de 1796. Dando nova forma ao Conselho do Almirantado, e criando uma Junta de Fazenda da Marinha, e novo Corpo de Engenheiros Construtores" in Silva, António Delgado da. Collecção da legislação Portugueza desde a ultima compilação das ordenações: Legislação de 1791 a 1801. Vol. 4. Lisboa: Na tipografia Maigrense, 1828, p.307. [1].
  5. "Lei de 26 de Outubro de 1796. Dando nova forma ao Conselho do Almirantado, e criando uma Junta de Fazenda da Marinha, e novo Corpo de Engenheiros Construtores", in Collecção da legislação Portugueza desde a ultima compilação das ordenações: Legislação de 1791 a 1801. Vol. 4. Lisboa: Na tipografia Maigrense, 1828, 306; 311-312.
  6. Silva, Augusto Vieira da. Dispersos. 2ª. Vol. Vol 1. Biblioteca de Estudos Olisiponenses. Lisboa: Câmara Municipal, 1968, p. 401.
  7. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 6:148.
  8. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 6:149.
  9. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 2:36.
  10. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 2:33.
  11. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 2:35.
  12. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 2:35.
  13. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 2:36.
  14. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 2:376.
  15. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 2:378.
  16. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 2:377.
  17. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 2:379.
  18. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 5:344 e ss.
  19. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 2:34.
  20. Almanach para o anno de M. DCC. LXXXIX., 343.
  21. Almanach para o anno de M. DCC. XCII., 446.
  22. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 2:381.
  23. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 5:221.
  24. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 2:33.
  25. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 2:384-385.
  26. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 2:378.
  27. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 2:379.
  28. 28,0 28,1 28,2 Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 2:33.
  29. 29,0 29,1 Almanach para o anno de 1797, 365.
  30. Almanach para o anno de M. DCC. XCII., 445.
  31. Almanach para o anno de M. DCC. XCIII., 467-468.
  32. Almanach para o anno de 1798, 419.
  33. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 2:381.
  34. Viterbo, Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, 1:88.
  35. 35,0 35,1 Almanach para o anno de M. DCC. LXXXIX., 343.
  36. Almanach para o anno de M. DCC. XCII., 445.
  37. Almanach para o anno de M. DCC. XCIII., 468.
  38. Almanach para o anno de 1797, 365.
  39. Almanach para o anno de M. DCC. LXXXIX., 343.
  40. Almanach para o anno de M. DCC. XCII., 446.
  41. Almanach para o anno de M. DCC. XCIII., 468.
  42. Almanach para o anno de 1797, 365.
  43. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 2:381.
  44. 44,0 44,1 Almanach para o anno de M. DCC. LXXXIX., 343.
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  46. Almanach para o anno de M. DCC. XCIII., 468.
  47. Almanach para o anno de M. DCC. LXXXIX., 343.
  48. Almanach para o anno de M. DCC. LXXXIX., 343.
  49. Almanach para o anno de M. DCC. XCII., 446.
  50. Almanach para o anno de M. DCC. XCIII., 468.
  51. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 2:381.
  52. Almanach para o anno de M. DCC. XCII., 446.
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  54. Almanach para o anno de 1798, 419.
  55. Almanach para o anno de 1798, 420.
  56. Almanach para o anno de 1798, 420.
  57. Almanach para o anno de 1798, 420.
  58. 58,0 58,1 Almanach para o anno de 1798, 420.
  59. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 6:147.
  60. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 6:148.
  61. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 6:148.
  62. Viterbo, Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, 3:77.
  63. Arquivo Histórico Militar. Processo de João Evangelista Torriani. Fundo 3, Série 7, Cx. 533, n.º8.
  64. Viterbo, Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, 1:360.
  65. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 6:14.
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  67. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 6:14.

Fontes

Arquivo Histórico Militar. Processo de João Evangelista Torriani. Fundo 3, Série 7, Cx. 533, n.º8.

Almanach para o anno de M. DCC. LXXXIX.. Lisboa: Officina da Academia Real das Sciencias, 1789.

Almanach para o anno de M. DCC. XCII.. Lisboa: Officina da Academia Real das Sciencias, 1792.

Almanach para o anno de M. DCC. XCIII.. Lisboa: Officina da Academia Real das Sciencias, 1793.

Almanach para o anno de 1797. Lisboa: Typographia da Academia Real das Sciencias, 1797.

Almanach para o anno de 1798. Lisboa: Typographia da Academia Real das Sciencias, 1798.

Regimento provisional para o serviço, e disciplina das esquadras, e navios da Armada Real que por ordem de Sua Majestade deve servir de regulamento. Lisboa: Officina de António Rodrigues Galhardo, Impressor do Conselho do Almirantado, 1796. [http://id.bnportugal.gov.pt/bib/catbnp/544639].

"Lei de 26 de Outubro de 1796. Dando nova forma ao Conselho do Almirantado, e criando uma Junta de Fazenda da Marinha, e novo Corpo de Engenheiros Construtores", in Collecção da legislação Portugueza desde a ultima compilação das ordenações: Legislação de 1791 a 1801. Vol. 4. Lisboa: Na tipografia Maigrense, 1828, 306; 311-312.

Ribeiro, José Silvestre. ''Historia dos estabelecimentos Scientificos Litterarios e Artisticos de Portugal nos Sucessivos Reinados da Monarquia''. Vol. 2. Lisboa: Typografia Real da Academia de Sciencias, 1872, pp. 32-36.

Ribeiro, José Silvestre. ''Historia dos estabelecimentos Scientificos Litterarios e Artisticos de Portugal nos Sucessivos Reinados da Monarquia''. Vol. 5. Lisboa: Typografia Real da Academia de Sciencias, 1876, pp. 220-221.

Ribeiro, José Silvestre. ''Historia dos estabelecimentos Scientificos Litterarios e Artisticos de Portugal nos Sucessivos Reinados da Monarquia''. Vol. 6. Lisboa: Typografia Real da Academia de Sciencias, 1876, p. 14.

Bibliografia

Vieira, Belchior. “O ensino científico-militar em Portugal no século XVIII – Anastácio da Cunha, discípulo da Aula de Artilharia da Praça de Valença do Minho.” Em Anastácio da Cunha. 1744/1787. O matemático e o poeta. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1990.


Ribeiro, José Silvestre. Historia dos estabelecimentos scientificos litterarios e artisticos de Portugal nos Sucessivos Reinados da Monarquia. Vol. 2. Lisboa: Typografia Real da Academia de Sciencias, 1872.

Ribeiro, José Silvestre. Historia dos estabelecimentos scientificos litterarios e artisticos de Portugal nos sucessivos reinados da monarquia. Vol. 5. Lisboa: Typografia Real da Academia de Sciencias, 1876.

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