Academia Real dos Guardas-Marinhas: diferenças entre revisões

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==História==<!--História geral da instituição. Este é o local para colocar toda a informação que justifica o que está na infobox e outra complementar, subdividida em períodos, se necessário-->
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A Companhia dos Guardas-Marinhas foi uma instituição militar criada em 1782, por decreto de 14 de Dezembro, no reinado de D. Maria I<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos'', 2:61.</ref>. A formação dos aspirantes a guardas-marinhas estabeleceu-se inicialmente pela frequência das aulas de marinha ministradas na [[Academia Real de Marinha de Lisboa]], criadas em 5 de Agosto de 1779<ref>Ribeiro, 2:62.</ref>. Posteriormente, a formação da Companhia passou a ser assegurada em instituição própria, a Academia Real dos Guardas-Marinhas, "''na qual eram lidas as disciplinas da Academia Real da Marinha''"<ref>Ribeiro, 2:62.</ref>. Não sendo certa a data em que as aulas da Academia iniciaram, existe indicação de lentes próprios desde 1789, como indicado abaixo. Porém, a instituição apenas seria dotada de plano de estatutos próprios, apresentados pelo Conselho do Almirantado<ref name=":02">Ribeiro, 2:64.</ref>, em 1 de Abril de 1796, data que se toma como referência para a sua fundação. A Academia Real dos Guardas-Marinhas encontrava-se instalada no Arsenal da Marinha, na Ribeira das Naus, pelo menos a partir de 1795<ref>''Almanach para o anno de 1795''., 17.</ref>.  
A Companhia dos Guardas-Marinhas foi uma instituição militar criada em 1782, por decreto de 14 de Dezembro, no reinado de D. Maria I<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos'', 2:61.</ref>. Nesse ano foram admitidos 48 guardas-marinhas, aos quais acresceram 12 praças, em 1788, totalizando 60 guardas-marinhas e 24 aspirantes. Podiam candidatar-se ao posto de aspirante, condição necessária no acesso ao lugar de guarda-marinha, independentemente da "''qualidade, ou condição''", alunos com idades compreendidas entre os 12 e os 16 anos<ref>Ribeiro, 2:63.</ref>. Era obrigatória a apresentação de carta de atestado, redigida por um lente da instituição, confirmando "''que o mancebo tinha suficiente conhecimento das quatro primeiras regras da aritmética, e da tradução da língua francesa, bem como de não ter defeito físico''"<ref>Ribeiro, 2:429.</ref>. A admissão requeria qualificações idênticas às dos cadetes do exército. Uma disposição que Silvestre Ribeiro apelidou de "''soberanamente aristocrática''", dado que dela se encontravam dispensados aqueles que fossem filhos de oficiais de marinha, capitães tenentes e graduações acima, bem como, sargentos mores e os alunos da [[Academia Real de Marinha de Lisboa|Academia Real da Marinha]].


No ano da criação da Companhia, foram admitidos 48 guardas-marinhas, aos quais se acresceram 12 praças, em 1788, totalizando 60 guardas-marinhas e 24 aspirantes. Podiam candidatar-se ao posto de aspirante, condição necessária no acesso ao lugar de guarda-marinha, independentemente da "''qualidade, ou condição''", alunos com idades compreendidas entre os 12 e os 16 anos<ref>Ribeiro, 2:63.</ref>. Era obrigatória a apresentação de carta de atestado, redigida por um lente da instituição, confirmando "''que o mancebo tinha suficiente conhecimento das quatro primeiras regras da aritmética, e da tradução da língua francesa, bem como de não ter defeito físico''"<ref>Ribeiro, 2:429.</ref>. A admissão requeria qualificações idênticas às dos cadetes do exército. Uma disposição que Silvestre Ribeiro apelidou de "''soberanamente aristocrática''", dado que dela se encontravam dispensados aqueles que fossem filhos de oficiais de marinha, capitães tenentes e graduações acima, bem como, sargentos mores e os alunos da [[Academia Real de Marinha de Lisboa|Academia Real da Marinha]]. As condições requeridas na matrícula foram modificadas várias vezes, nomeadamente, em 20 de Novembro de 1799<ref>Ribeiro, 2:431.</ref> e em 30 de Julho de 1800<ref>Ribeiro, 2:432.</ref>. A partir de 1800, por decreto de 13 de Novembro, a admissão a guarda marinha exigia "''o foro de fidalgo, ou por pai ou por mãe, provando além disso, que seus pais viveram à lei da nobreza''"<ref>Ribeiro, 2:433.</ref>. Logo no mesmo ano, por decreto de 19 de Dezembro, o acesso a aspirantes era estendido aos "''filhos dos capitães de mar e guerra, e os de coronel do exército; e bem assim os filhos dos chefes de divisão, e brigadeiros''"<ref>Ribeiro, 2:434.</ref>. Esta disposição viria por fim ser revogada pelo regime constitucional liberal<ref>Ribeiro, 2:62.</ref>. Por resolução régia de 5 de Novembro de 1796, estabelecia-se a preferência nas promoções aos oficiais "''que em igualdade de merecimentos, e embarques tiveram mais profundos conhecimentos teóricos adquiridos nas aulas da marinha e universidade''"<ref>Ribeiro, 2:430.</ref>. Por decreto de 13 de Novembro de 1800 a admissão ao oficialato da marinha apenas admitia na qualidade de guardas-marinhas, os discípulos da [[Academia Real de Marinha de Lisboa|Academia Real de Marinha]], segundo diversas condições de matrícula, os pilotos com cinco anos de exercício, os engenheiros construtores com estudos, ou os voluntários existentes à altura da legislação<ref>Ribeiro, 2:433.</ref>. Os aspirantes admitidos na Companhia apenas detinham a condição de matriculados, sem obterem farda ou praça, e não integravam a formação<ref>Ribeiro, 2:428.</ref>.   
A formação dos aspirantes a guardas-marinhas correspondeu inicialmente à frequência das aulas de marinha ministradas na [[Academia Real de Marinha de Lisboa]], criadas em 5 de Agosto de 1779<ref>Ribeiro, 2:62.</ref>. Posteriormente, a formação da Companhia passou a ser assegurada em instituição própria, a Academia Real dos Guardas-Marinhas, "''na qual eram lidas as disciplinas da Academia Real da Marinha''"<ref>Ribeiro, 2:62.</ref>. Não sendo certa a data em que as aulas da Academia iniciaram, existe indicação de lentes próprios desde 1789, como indicado abaixo. Porém, a instituição apenas seria dotada de plano de estatutos próprios, apresentados pelo Conselho do Almirantado<ref name=":02">Ribeiro, 2:64.</ref>, em 1 de Abril de 1796, data que se toma como referência para a sua fundação. A Academia Real dos Guardas-Marinhas encontrava-se instalada no Arsenal da Marinha, na Ribeira das Naus, pelo menos a partir de 1795<ref>''Almanach para o anno de 1795''., 17.</ref>.  
 
As condições requeridas na matrícula foram modificadas várias vezes, nomeadamente, em 20 de Novembro de 1799<ref>Ribeiro, 2:431.</ref> e em 30 de Julho de 1800<ref>Ribeiro, 2:432.</ref>. A partir de 1800, por decreto de 13 de Novembro, a admissão a guarda marinha exigia "''o foro de fidalgo, ou por pai ou por mãe, provando além disso, que seus pais viveram à lei da nobreza''"<ref>Ribeiro, 2:433.</ref>. Logo no mesmo ano, por decreto de 19 de Dezembro, o acesso a aspirantes era estendido aos "''filhos dos capitães de mar e guerra, e os de coronel do exército; e bem assim os filhos dos chefes de divisão, e brigadeiros''"<ref>Ribeiro, 2:434.</ref>. Esta disposição viria por fim ser revogada pelo regime constitucional liberal<ref>Ribeiro, 2:62.</ref>. Por resolução régia de 5 de Novembro de 1796, estabelecia-se a preferência nas promoções aos oficiais "''que em igualdade de merecimentos, e embarques tiveram mais profundos conhecimentos teóricos adquiridos nas aulas da marinha e universidade''"<ref>Ribeiro, 2:430.</ref>. Por decreto de 13 de Novembro de 1800 a admissão ao oficialato da marinha apenas admitia na qualidade de guardas-marinhas, os discípulos da [[Academia Real de Marinha de Lisboa|Academia Real de Marinha]], segundo diversas condições de matrícula, os pilotos com cinco anos de exercício, os engenheiros construtores com estudos, ou os voluntários existentes à altura da legislação<ref>Ribeiro, 2:433.</ref>. Os aspirantes admitidos na Companhia apenas detinham a condição de matriculados, sem obterem farda ou praça, e não integravam a formação<ref>Ribeiro, 2:428.</ref>.   


Aquando das Invasões Francesas, e no seguimento da transferência da Corte Real para o Brasil, a Academia foi instalada no hospício do mosteiro de S. Bento do Rio de Janeiro em 5 de Maio de 1808, "''com todos os instrumentos, livros, modelos, máquinas, cartas, e planos, que a mesma academia tinha em Lisboa''"<ref>Ribeiro, 2:435.</ref>. Em 1809, foi ordenada a construção de um observatório astronómico anexo ao mosteiro de S. Bento, no Rio de Janeiro<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos'', 4:244.</ref>, e, em 1812, foi instalada no Rio de Janeiro a biblioteca da Companhia fundada em 1802<ref>Ribeiro, 2:434.</ref>. Desconhecendo-se a data exacta em que a biblioteca foi transportada para o Brasil, conhece-se a transferência em duas fases do espólio da companhia dos guardas-marinhas para o Brasil, em cuja última fase se transportou igualmente a documentação<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos'', 4:167.</ref> da [[Sociedade Real Marítima, Militar e Geográfica]], instituição militar responsável pelo desenho de cartas hidrográficas, geográficas e militares.   
Aquando das Invasões Francesas, e no seguimento da transferência da Corte Real para o Brasil, a Academia foi instalada no hospício do mosteiro de S. Bento do Rio de Janeiro em 5 de Maio de 1808, "''com todos os instrumentos, livros, modelos, máquinas, cartas, e planos, que a mesma academia tinha em Lisboa''"<ref>Ribeiro, 2:435.</ref>. Em 1809, foi ordenada a construção de um observatório astronómico anexo ao mosteiro de S. Bento, no Rio de Janeiro<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos'', 4:244.</ref>, e, em 1812, foi instalada no Rio de Janeiro a biblioteca da Companhia fundada em 1802<ref>Ribeiro, 2:434.</ref>. Desconhecendo-se a data exacta em que a biblioteca foi transportada para o Brasil, conhece-se a transferência em duas fases do espólio da companhia dos guardas-marinhas para o Brasil, em cuja última fase se transportou igualmente a documentação<ref>Ribeiro, ''Historia dos estabelecimentos scientificos'', 4:167.</ref> da [[Sociedade Real Marítima, Militar e Geográfica]], instituição militar responsável pelo desenho de cartas hidrográficas, geográficas e militares.   

Revisão das 18h12min de 6 de outubro de 2023


Academia Real dos Guardas-Marinhas
(valor desconhecido)
Outras denominações Real Academia dos Guardas-Marinhas, Academia dos Guardas-Marinhas do Rio de Janeiro
Tipo de Instituição Ensino militar
Data de fundação 1 abril 1796
Data de extinção 23 abril 1845
Paralisação
Início: 29 novembro 1807
Fim: 5 maio 1808
Localização
Localização Ribeira das Naus, Lisboa,-
Início: 1795
Fim: 05 de maio de 1808

Localização Rio de Janeiro, Brasil
Início: 05 de maio de 1808
Fim: 1825

Localização Ribeira das Naus, Lisboa,-
Início: 1825
Fim: 23 de abril de 1845
Antecessora valor desconhecido

Sucessora Escola Naval


História

A Companhia dos Guardas-Marinhas foi uma instituição militar criada em 1782, por decreto de 14 de Dezembro, no reinado de D. Maria I[1]. Nesse ano foram admitidos 48 guardas-marinhas, aos quais acresceram 12 praças, em 1788, totalizando 60 guardas-marinhas e 24 aspirantes. Podiam candidatar-se ao posto de aspirante, condição necessária no acesso ao lugar de guarda-marinha, independentemente da "qualidade, ou condição", alunos com idades compreendidas entre os 12 e os 16 anos[2]. Era obrigatória a apresentação de carta de atestado, redigida por um lente da instituição, confirmando "que o mancebo tinha suficiente conhecimento das quatro primeiras regras da aritmética, e da tradução da língua francesa, bem como de não ter defeito físico"[3]. A admissão requeria qualificações idênticas às dos cadetes do exército. Uma disposição que Silvestre Ribeiro apelidou de "soberanamente aristocrática", dado que dela se encontravam dispensados aqueles que fossem filhos de oficiais de marinha, capitães tenentes e graduações acima, bem como, sargentos mores e os alunos da Academia Real da Marinha.

A formação dos aspirantes a guardas-marinhas correspondeu inicialmente à frequência das aulas de marinha ministradas na Academia Real de Marinha de Lisboa, criadas em 5 de Agosto de 1779[4]. Posteriormente, a formação da Companhia passou a ser assegurada em instituição própria, a Academia Real dos Guardas-Marinhas, "na qual eram lidas as disciplinas da Academia Real da Marinha"[5]. Não sendo certa a data em que as aulas da Academia iniciaram, existe indicação de lentes próprios desde 1789, como indicado abaixo. Porém, a instituição apenas seria dotada de plano de estatutos próprios, apresentados pelo Conselho do Almirantado[6], em 1 de Abril de 1796, data que se toma como referência para a sua fundação. A Academia Real dos Guardas-Marinhas encontrava-se instalada no Arsenal da Marinha, na Ribeira das Naus, pelo menos a partir de 1795[7].  

As condições requeridas na matrícula foram modificadas várias vezes, nomeadamente, em 20 de Novembro de 1799[8] e em 30 de Julho de 1800[9]. A partir de 1800, por decreto de 13 de Novembro, a admissão a guarda marinha exigia "o foro de fidalgo, ou por pai ou por mãe, provando além disso, que seus pais viveram à lei da nobreza"[10]. Logo no mesmo ano, por decreto de 19 de Dezembro, o acesso a aspirantes era estendido aos "filhos dos capitães de mar e guerra, e os de coronel do exército; e bem assim os filhos dos chefes de divisão, e brigadeiros"[11]. Esta disposição viria por fim ser revogada pelo regime constitucional liberal[12]. Por resolução régia de 5 de Novembro de 1796, estabelecia-se a preferência nas promoções aos oficiais "que em igualdade de merecimentos, e embarques tiveram mais profundos conhecimentos teóricos adquiridos nas aulas da marinha e universidade"[13]. Por decreto de 13 de Novembro de 1800 a admissão ao oficialato da marinha apenas admitia na qualidade de guardas-marinhas, os discípulos da Academia Real de Marinha, segundo diversas condições de matrícula, os pilotos com cinco anos de exercício, os engenheiros construtores com estudos, ou os voluntários existentes à altura da legislação[14]. Os aspirantes admitidos na Companhia apenas detinham a condição de matriculados, sem obterem farda ou praça, e não integravam a formação[15].

Aquando das Invasões Francesas, e no seguimento da transferência da Corte Real para o Brasil, a Academia foi instalada no hospício do mosteiro de S. Bento do Rio de Janeiro em 5 de Maio de 1808, "com todos os instrumentos, livros, modelos, máquinas, cartas, e planos, que a mesma academia tinha em Lisboa"[16]. Em 1809, foi ordenada a construção de um observatório astronómico anexo ao mosteiro de S. Bento, no Rio de Janeiro[17], e, em 1812, foi instalada no Rio de Janeiro a biblioteca da Companhia fundada em 1802[18]. Desconhecendo-se a data exacta em que a biblioteca foi transportada para o Brasil, conhece-se a transferência em duas fases do espólio da companhia dos guardas-marinhas para o Brasil, em cuja última fase se transportou igualmente a documentação[19] da Sociedade Real Marítima, Militar e Geográfica, instituição militar responsável pelo desenho de cartas hidrográficas, geográficas e militares.

Em função da instalação da companhia no Brasil, entre 1807 e 1825, os aspirantes à marinha de guerra que se encontrassem em Portugal continental apenas podiam ser habilitados pela Academia Real de Marinha[20]. Em 1822, Ignácio Quintela, ministro da marinha, relatava ao congresso a situação desfavorável em que se encontrava a instituição: "Hoje a companhia de guardas marinhas está dispersa; uma parte no Rio de Janeiro, outra em Lisboa, e sem centro de união"[21]. A partir de 1825, a Companhia dos Guardas Marinhas era reinstituída em Portugal, após a declaração da independência brasileira, e organizada por novo regulamento[22]. Em 1839, proibia-se aos membros da armada estudar "fora de Lisboa o que se ensinasse nas Academias dos Guardas Marinhas, ou de Marinha"[23].

Em 1845, por carta de lei de 23 de Abril, a Academia dos Guardas Marinhas foi extinta e, por decreto com força de lei de 19 de Maio de 1845, estabelecido que, uma vez "estabelecida para a educação e instrução da Marinha de guerra, denominar-se-á daqui em diante - Escola Naval - e tem por fim completar o Curso da marinha dos alunos já habilitados"[24].

Outras informações

Os assuntos relativos ao ensino ministrado e ao funcionamento da Academia eram discutidos em "conferências" dos lentes da instituição cujas propostas era remetidas ao Conselho do Almirantado e apresentadas ao pode real. Acrescia o posto de comandante da companhia dos guardas-marinhas, cuja sucessão foi regulada por aviso de 7 de Maio de 1797[25]. Neste lugar estiveram colocados Joaquim José dos Santos, capitão tenente do mar, em 1789[26]; o Conde de São Vicente, tenente general da Armada Real em 1792[27]; António Pires da Silva Pontes Leme, capitão de fraga, no lugar de interino entre 1797 e 1798[28][29]; e João de Fontes Pereira de Melo, capitão tenente da Armada em 1840. Nesse ano, ocupou o lugar de vice-comandante o capitão tenente António Lopes da Costa e Almeida[30]. A partir de 1796, a inspeção dos estudos e instrução da Academia Real recaía no presidente do Conselho do Almirantado[31]. Em 1807, foi criado o lugar de diretor da Academia Real que recaiu sobre o comandante[32], lugar ocupado, nesse ano, por José Maria Dantas Pereira[33].

Professores

Os Estatutos da Academia Real dos Guardas-Marinhas, datados de 1796, estabeleciam um corpo docente composto por três lentes efetivos de matemática e dois lentes substitutos; um lente de artilharia; um mestre de aparelho; um mestre de construção naval prática; e um mestre de desenho[34].

O acesso ao lugar de lente substituto era provido pelos indivíduos que obtivessem carta de formação na Universidade de Coimbra ou no curso matemático da Real Academia de Marinha, ou os formados da Real Academia dos Guardas Marinhas, sendo promovidos ao lugar de lente por critério de antiguidade[35].

Curricula

Segundo os Estatutos da Academia Real dos Guardas-Marinhas de 1796, o plano de estudos era composto de um curso matemático com a duração de três anos e a seguinte distribuição de disciplinas: "aritmética, geometria e trigonometria reta com o seu uso prático mais próprio aos oficiais do mar" no primeiro ano; "princípios de álgebra até às equações do 2.º grau inclusive; primeiras aplicações dela à aritmética e geometria; secções cónicas, e a mecânica com a sua aplicação imediata ao aparelho e manobra" no segundo ano; e "trigonometria esférica; navegação teórica e prática; e uns rudimentos da táctica naval" no terceiro ano. Cursavam ainda, no primeiro ano, "tudo quanto diz respeito aos aparelhos"; no segundo ano, "tudo quanto pertence ao desenho da marinha, e depois o que é relativo a construcção"; e, no terceiro ano a "continuação do desenho, e depois tudo quanto respeita à artilharia"[36][37].

Foram acrescentadas outras disciplinas ao plano de estudos da Academia, a saber: Artilharia, em 1800[38]; e, Francês e Inglês. A data de criação das duas últimas cadeiras não é certa. Contudo, confirma-se o reestabelecimento da cadeira de inglês em 1843[39].

Estabeleciam-se os seguintes compêndios a utilizar nas aulas da Companhia: "1.º de Artilharia - a última Educação do Companheiro do Artilheiro Naval, e a última Edição do Manual do Artilheiro, por Urtubie - 2.º da Construção naval prática, e do desenho - Ozane, a última Educação de Arquitectura marítima de Sutherland, e o Tratado composto por Clairbois para uso dos Guardas-Marinhas. - 3.º do aparelho, e manobra - os Elementos, e prática de aparelhar, mastrear, etc., 3 vol. 8.º; o Tratado de Will sobre a perda do leme; as Reflexões de Ciscar sobre as máquinas, e manobras; mais os Elementos de manobra, por Suzanne, e as Regras práticas, publicadas por Matheus Valente do Couto, no 3.º Vol. das Memórias da Academia Real das Ciências; mais os Elementos de manobra escritos por Manuel do Espírito Santo Limpo. Apenas alguns Alunos estiverem suficientemente destros no aparelho, e na manobra, o próprio Comandante procurará instruí-los na táctica naval; servindo-se de adequados modelinhos de Navios, dos Princípios de táctica publicados pelo mencionado Manuel do Espírito Santo Limpo; da Táctica de Ramatuelle, da de Clerk, e do Tratado sobre os Combates Navais, escrito por Delarouvraye, e publicado em 1815; convindo que (...) lhes faça transmitir na Classe de Construção naval prática algumas noções de instalação, para cujo ensino poderá servir o Tratado de MIssiessy."[40].

Pelo regulamento de 1825, os alunos da reinstituída Academia Real dos Guardas-Marinhas realizavam a matrícula e frequentavam as aulas da Academia Real de Marinha[41]. Estabelecia-se também a frequência do curso físico-químico, após aquisição dos conhecimentos referidos[42].

A promoção a guarda-marinha dependia da aprovação nas disciplinas do primeiro ano, e a transição para o terceiro ano exigia um ano de embarque, em "converta de ensino" ou "qualquer navio da armada", por forma a darem "provas de que possuíam as disposições necessárias para a vida do mar"[43]. O tirocínio era regulado nos Estatutos da Academia[44]. A partir de 1843, pelo decreto de 2 de Outubro, a promoção de guarda-marinha para oficial exigia a conclusão dos estudos e "três anos de embarcado", este último com a necessária aprovação em exame[45].

Para admissão em navios de guerra, na condição de voluntário ou segundo tenente, ou seja, no corpo de oficiais da Armada Real, ou classe de pilotos da marinha de guerra e mercante, os alunos da Academia Real tinham de apresentar "aprovação legal da sua instrução nos exercícios práticos do Observatório Real da Marinha"[46][47], demonstrando domínio cabal das "manobras dos instrumentos náuticos" e dos "cálculos das observações astronómicas úteis à pilotagem"[48].

A partir de 23 de Dezembro de 1800 os aspirantes a guardas marinhas deveriam "ver e praticar nos estabelecimentos navais da cabrea, arsenal e cordoaria"[49]. Já em 1835 era ordenado pelo quartel general que os exercícios a bordo dos navios decorressem diariamente[50]. Em 1837, determina-se proibir a embarcação de aspirantes sem o primeiro ano do curso matemático[51].

Por resolução régia de 22 de Novembro de 1796, tendo concluído o curso matemático os alunos da Academia Real encontravam-se habilitados para o exercício de arquitectura naval[52]. Em 1800, era determinado que o curso matemático "fosse igual ao da Academia de Marinha" e que o ano de embarque ou tirocínio fosse realizado no último ano do curso[53]. A partir de 11 de Fevereiro de 1768, uma disposição confirmada por decreto de 13 de Maio de 1807, os guarda marinhas eram comparados ao posto de alferes com as respectivas honras de posto[54].

Plano de estudos entre 1789 e 1796
Ano Nome da Cadeira Matérias Livros Professores
Matemática Professor proprietário em 1789: José Pinto Rebelo[55].

Professor proprietário entre 1789 e 1812: Eusébio Dias Azedo[56][57].

Professor proprietário entre 1792 e 1794: António Pires da Silva Pontes[58][59].

Professor proprietário entre 1792 e 1797: Francisco José de Lacerda[60][61].

Professor proprietário entre 1792 e 1803: José Maria Dantas Pereira[62][63].

Professor substituto em 1798: João Martiniano de Oliveira e Sousa[64].

Professor substituto entre 1798 e 1800: Tristão Alves da Costa Silveira[65][66].

Professor substituto em 1800: Manuel Pedro de Melo[67].

Professor graduado entre 1812 e 1817 no Rio de Janeiro: Manuel Ferreira Araújo Guimarães[68][69].

Professor substituto entre 1812 e 1817 no Rio de Janeiro: José Joaquim Pereira[70][71].

Professor substituto entre 1812 e 1817 no Rio de Janeiro: Joaquim Ângelo Coelho Freire[72][73].

Professor substituto entre 1812 e 1817 no Rio de Janeiro: Joaquim Inácio de Lima[74][75].

Artilharia Professor proprietário entre 1789 e 1798: Feliciano António Falcão[76][77].

Professor proprietário entre 1802 e 1807; entre 1812 e 1817 no Rio de Janeiro: António Gonçalves Pereira[78][79][80][81].

Professor proprietário entre 1812 e 1817 no Rio de Janeiro: Luís Magno dos Santos[82][83].

De Arquitectura Naval, e Desenho Mestre entre 1789 e 1793: João de Sousa[84][85].
Mestre de arquitetura naval entre 1794 e 1803; entre 1812 e 1817 no Rio de Janeiro: José Corrêa da Costa[86][87][88][89].

Professor proprietário de desenho entre 1812 e 1817 no Rio de Janeiro; em 1820: António do Carmo Pinto de Figueiredo[90][91][92].

Professor substituto de desenho em 1817 no Rio de Janeiro; em 1820: José de Cristo Moreira[93][94].

Língua francesa Mestre entre 1789 e 1795: Francisco de Mendonça Sepúlveda[95][96].
De Aparelho, e obra de marinheiro (Em 1817 no Rio de Janeiro era designada por "De Construção e Aparelho"[97]. Mestre em 1789: Matias Pereira[98].
Mestre entre 1792 e 1795: Nicolau Rodrigues[99][100].
Mestre entre 1797 e 1820; entre 1812 e 1817 no Rio de Janeiro: Nicolau José Ribeiro [101][102][103][104].
Esgrima Mestre em 1789: Leonardo Pinot[105].

Mestre entre 1792 e 1795: Caetano Sierra[106][107].

Mestre entre 1803 e 1807: Julião Francisco Franchi[108].

Professor substituto entre 1802 e 1803: António Caetano de Sequeira Sério[109][110].

Professor substituto graduado entre 1802 e 1807: Manuel Ferreira de Araújo Guimarães[111][112].

Professor substituto entre 1802 e 1807: José Joaquim Ferreira[113][114].

Professor substituto em 1807: Joaquim Ângelo Coelho Freire[115].

Professor substituto em 1820: José Correia de Sousa[116].

Professor substituto em 1820: João António Pussich[116].

Plano de estudos em 1807-1825 no Rio de Janeiro
Ano Nome da Cadeira Matérias[117] Livros Professores
Primeiro "aritmética, álgebra até às equações do 2.º grau, geometria e trigonometria"
Segundo "álgebra e aplicação desta à geometria, cálculo diferencial e integral, e mecânica"
Terceiro "óptica e astronomia; navegação, aparelho náutico, e prática dos instrumentos no observatório". "Leccionava-se também a artilharia e o desenho. (...) exercício de fuzilaria (...) bem como se exercitavam na esgrima e na manobra naval"
Plano de estudos em 1840
Ano Nome da Cadeira Matérias Livros Professores
Artilharia Professor proprietário em 1840: António Lopes da Costa e Almeida[118].

Professor substituto em 1840: Joaquim Romão Lobato Pires[118].

Arquitectura Naval, e Desenho Professor proprietário em 1840: Francisco José Martinho[118].
Língua francesa Professor proprietário em 1840: José Maria de Oliveira Júnior[118].
Língua inglesa Professor proprietário em 1840: Bruno Nugent White[118].
Aparelho e manobra Mestre em 1840: Francisco José Marques[118].
Esgrima Professor proprietário em 1840: Francisco António Sampaio[119].

Notas

  1. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 2:61.
  2. Ribeiro, 2:63.
  3. Ribeiro, 2:429.
  4. Ribeiro, 2:62.
  5. Ribeiro, 2:62.
  6. Ribeiro, 2:64.
  7. Almanach para o anno de 1795., 17.
  8. Ribeiro, 2:431.
  9. Ribeiro, 2:432.
  10. Ribeiro, 2:433.
  11. Ribeiro, 2:434.
  12. Ribeiro, 2:62.
  13. Ribeiro, 2:430.
  14. Ribeiro, 2:433.
  15. Ribeiro, 2:428.
  16. Ribeiro, 2:435.
  17. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 4:244.
  18. Ribeiro, 2:434.
  19. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 4:167.
  20. Ribeiro, 2:437.
  21. Ribeiro, 2:435.
  22. Ribeiro, 2:438.
  23. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 6:156.
  24. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 2:62.
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  26. Almanach para o anno de M. DCC. LXXXIX., 342.
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  30. Almanak Estatistico de Lisboa em 1840, 44.
  31. Ribeiro, 2:429.
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  36. Ribeiro, 2:428.
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  39. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 6:157.
  40. Arquivo Histórico-Parlamentar. "Regulamento Provisorio do Ensino dos Guardas-Marinhas, Aspirantes, e Voluntarios da Armada Real, que Sua Magestade Foi Servido Approvar pela Sua Augusta Resolução de 29 de Março de 1825, tomada em Consulta do Real Conselho de Marinha" in Livro 1820-1825. D. João VI., 68-69.
  41. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 2:439.
  42. Arquivo Histórico-Parlamentar. "Regulamento Provisorio do Ensino dos Guardas-Marinhas, Aspirantes, e Voluntarios da Armada Real, que Sua Magestade Foi Servido Approvar pela Sua Augusta Resolução de 29 de Março de 1825, tomada em Consulta do Real Conselho de Marinha" in Livro 1820-1825. D. João VI., 68-69.
  43. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 2:429.
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  46. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 2:378.
  47. Podem ser consultadas informações sobre o Observatório astronómico da Marinha em Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 3:361-366; 8:214-230; 14:310-311.
  48. Ribeiro, Historia dos estabelecimentos scientificos, 2:378.
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  55. Almanach para o anno de M. DCC. LXXXIX., 342.
  56. Almanach para o anno de M. DCC. LXXXIX., 342.
  57. Almanach de Lisboa para o anno de MDCCCXII, 512.
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  61. Almanach para o anno de 1797, 364.
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  63. Almanach para o anno de 1803., 513.
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  67. Almanach para o anno de 1800., 474.
  68. Almanach de Lisboa para o anno de MDCCCXII, 512.
  69. Almanach de Lisboa para o anno de MDCCCXVII., 29.
  70. Almanach de Lisboa para o anno de MDCCCXII, 512.
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  73. Almanach de Lisboa para o anno de MDCCCXVII., 29.
  74. Almanach de Lisboa para o anno de MDCCCXII, 512.
  75. Almanach de Lisboa para o anno de MDCCCXVII., 29.
  76. Almanach para o anno de M. DCC. LXXXIX., 342.
  77. Almanach para o anno de 1798, 418-419.
  78. Almanach para o anno de 1802., 506.
  79. Almanach do anno de 1807, 593.
  80. Almanach de Lisboa para o anno de MDCCCXII, 513.
  81. Almanach de Lisboa para o anno de MDCCCXVII., 29.
  82. Almanach de Lisboa para o anno de MDCCCXII, 513.
  83. Almanach de Lisboa para o anno de MDCCCXVII., 29.
  84. Almanach para o anno de M. DCC. LXXXIX., 342.
  85. Almanach para o anno de M. DCC. XCIII., 467.
  86. Almanach para o anno de M.DCC.XCIV., 480.
  87. Almanach para o anno de 1803., 514.
  88. Almanach de Lisboa para o anno de MDCCCXII, 513.
  89. Almanach de Lisboa para o anno de MDCCCXVII., 30.
  90. Almanach de Lisboa para o anno de MDCCCXII, 513.
  91. Almanach de Lisboa para o anno de MDCCCXVII., 130.
  92. Almanach para o anno de M.DCCC.XX., 799.
  93. Almanach de Lisboa para o anno de MDCCCXVII., 130.
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  96. Almanach para o anno de 1795., 17.
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  99. Almanach para o anno de M. DCC. XCII., 445.
  100. Almanach para o anno de 1795., 17.
  101. Almanach para o anno de 1797, 364.
  102. Almanach de Lisboa para o anno de MDCCCXVII., 30.
  103. Almanach de Lisboa para o anno de MDCCCXII, 513.
  104. Almanach para o anno de M.DCCC.XX., 799.
  105. Almanach para o anno de M. DCC. LXXXIX., 343.
  106. Almanach para o anno de M. DCC. XCII., 445.
  107. Almanach para o anno de 1795., 17.
  108. Almanach para o anno de 1803., 514.
  109. Almanach para o anno de 1802., 506.
  110. Almanach para o anno de 1803., 513.
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  113. Almanach para o anno de 1802., 506.
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  118. 118,0 118,1 118,2 118,3 118,4 118,5 Almanak Estatistico de Lisboa em 1840, 44.
  119. Almanak Estatistico de Lisboa em 1840, 45.

Fontes

Arquivo Histórico-Parlamentar. "Regulamento Provisorio do Ensino dos Guardas-Marinhas, Aspirantes, e Voluntarios da Armada Real, que Sua Magestade Foi Servido Approvar pela Sua Augusta Resolução de 29 de Março de 1825, tomada em Consulta do Real Conselho de Marinha" in Livro 1820-1825. D. João VI., 68-69.

Almanach para o anno de M. DCC. LXXXIX.. Lisboa: Officina da Academia Real das Sciencias, 1789.

Almanach para o anno de M. DCC. XCII.. Lisboa: Officina da Academia Real das Sciencias, 1792.

Almanach para o anno de M. DCC. XCIII.. Lisboa: Officina da Academia Real das Sciencias, 1793.

Almanach para o anno de 1797.. Lisboa: Typographia da Academia Real das Sciencias, 1797.

Almanach para o anno de 1798.. Lisboa: Typographia da Academia Real das Sciencias, 1798.

Almanach para o anno de 1800.. Lisboa. Officina de Antonio Rodrigues Galhardo, 1800.

Almanach para o anno de 1802.. Lisboa: Regia Officina Typographica, 1802.

Almanach do anno de 1807.. Lisboa: Impressão Regia, 1807.

Almanach de Lisboa para o anno de MDCCCXII.. Lisboa: [s.ed.], 1812.

Almanach de Lisboa para o anno de MDCCCXIV.. Lisboa: Typographia da Academia Real das Sciencias, 1814.

Almanach de Lisboa para o anno de MDCCCXVII.. Lisboa: Typographia da Academia Real das Sciencias, 1817.

Almanach para o anno de M.DCCC.XX.. Lisboa: Officina de J. F. M. de Campos, 1820.

Almanak Estatistico de Lisboa em 1840.. Lisboa: Impressão Morandiana, 1839.

Bibliografia

Ribeiro, José Silvestre. Historia dos estabelecimentos scientificos litterarios e artisticos de Portugal nos sucessivos reinados da monarquia. Vol. 2. Lisboa: Typografia Real da Academia de Sciencias, 1872.

Ribeiro, José Silvestre. Historia dos estabelecimentos scientificos litterarios e artisticos de Portugal nos sucessivos reinados da monarquia. Vol. 4. Lisboa: Typografia Real da Academia de Sciencias, 1874.

Ribeiro, José Silvestre. Historia dos estabelecimentos scientificos litterarios e artisticos de Portugal nos sucessivos reinados da monarquia. Vol. 6. Lisboa: Typografia Real da Academia de Sciencias, 1876.

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Categoria:Academia Real dos Guardas-Marinhas

Ligações Externas

Silva, Carlos André Lopes da. "A Biblioteca da Real Academia dos Guardas-Marinha: A constituição e organização de um acervo especializado mediada pela formação profissional do oficialato militar-naval". Antíteses 7, no. 13 (Janeiro/Junho 2014): 113-133.

Autor(es) do artigo

João de Almeida Barata

https://orcid.org/0000-0001-9048-0447

Financiamento

Fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto TechNetEMPIRE | Redes técnico-científicas na formação do ambiente construído no Império português (1647-1871) PTDC/ART-DAQ/31959/2017

Apoio especial “Verão com Ciência 2022” da UID 4666 – CHAM — Centro de Humanidades, financiado por fundos nacionais através da FCT/MCTES (PIDDAC)

DOI

https://doi.org/10.34619/7hjl-xirr

Citar este artigo

Almeida Barata, João de. "Academia Real dos Guardas-Marinhas", in eViterbo. Lisboa: CHAM - Centro de Humanidades, FCSH, Universidade Nova de Lisboa, 2022. (última modificação: 06/10/2023). Consultado a 12 de maio de 2024, em https://eviterbo.fcsh.unl.pt/wiki/Academia_Real_dos_Guardas-Marinhas. DOI: https://doi.org/10.34619/7hjl-xirr