Afonso Botelho de Sampaio: diferenças entre revisões

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=== Dados biográficos === <!--Nome pelo qual é conhecido. Local de nascimento. Data. Filiação (pai/mãe). Casamento(s). Filhos(s). Formação escolar e académica. Sítios onde estudou. Outros dados biográficos que sejam interessantes/relevantes-->
=== Dados biográficos === <!--Nome pelo qual é conhecido. Local de nascimento. Data. Filiação (pai/mãe). Casamento(s). Filhos(s). Formação escolar e académica. Sítios onde estudou. Outros dados biográficos que sejam interessantes/relevantes-->


Afonso Botelho de Sampaio e Sousa era natural de Casa de Passos, Vila Real, tendo laços familiares com os Morgados de Mateus.
Afonso Botelho de Sampaio e Sousa nasceu em 1728. Era natural de Casa de Passos, Vila Real, tendo laços familiares com os Morgados de Mateus. Faleceu em 1793.
 
Mestre de Campo do Terço de Auxiliares de Vila Real, combateu a invasão espanhola de 1762.


===Carreira===<!-- Fazer copy/paste do que escreveram em Excel (caixas de notas). Incluí prémios e condecorações/homenagens/ títulos honoríficos. Este é o local para colocar toda a informação que não cabe nas info-box, como por exemplo, as justificações das informações que estão na info-box. subdividida em períodos se necessário-->
===Carreira===<!-- Fazer copy/paste do que escreveram em Excel (caixas de notas). Incluí prémios e condecorações/homenagens/ títulos honoríficos. Este é o local para colocar toda a informação que não cabe nas info-box, como por exemplo, as justificações das informações que estão na info-box. subdividida em períodos se necessário-->


De 1765 a 1775, Afonso Botelho de Sampaio e Sousa foi ajudante de ordens do governador da capitania de São Paulo, D. Luís António de Sousa Botelho Mourão (seu primo), empreendendo entre 1768 e 1772 expedições de reconhecimento do território com o objetivo de garantir a posse, povoamento e exploração do interior sul do Brasil.  
Afonso Sampaio e Sousa desenvolveu carreira militar, desconhecendo-se, até ao momento, o local da sua formação militar. Ocupou o lugar de mestre de campo do Terço de Auxiliares de Vila Real, e defendeu durante a invasão espanhola de 1762, desenvolvida no contexto da Guerra dos Sete Anos (1756-1763).  


Os relatos das viagens, por si redigidos, permitem reconhecer as expedições nos seus aspetos logísticos, políticos e económicos. Da sua ação é possível nomear sete expedições oficiais na exploração de sertões e bacias hidrográficas<ref>Maria Thereza David João. “Afonso Botelho e os Sertões do Tibagi”, <i> Revista Vernáculo</i> (11-12-13, 2004), 89.</ref>:
Apesar de se desconhecer a data em que Afonso Sampaio e Sousa se deslocou para o território brasileiro, apura-se que serviu entre 1765 a 1775, no posto de ajudante de ordens do governador da capitania de São Paulo, D. Luís António de Sousa Botelho Mourão, de quem era primo.  
*5 de dezembro de 1768, comandada por Domingos Lopes Cascaes, parte do Rio do Registro (Iguaçu).
*20 de junho de 1769, comandada por Estevão Ribeiro Bayão, parte do Porto de S. Bento (Tibagi) 
*12 de agosto de 1769, comandada por Francisco Nunes, posteriormente substituído por Francisco Lopes da Silveira, parte do porto de S. Bento (Tibagi) 
*28 de agosto de 1769, comandada por Bruno da Costa Filgueira, parte do Rio do Registro (Iguaçu).
*16 de outubro de 1769, comandada por Antônio da Silveira Peixoto, parte do Porto de Nossa Senhora da Conceição do Caiacanga (Registro).
*26 de julho de 1770, comandada por Francisco Martins Lustosa, a expedição visa explorar os campos de Guarapuava partindo do Carrapato (serra de São Luís do Purunã).
*9 de novembro de 1711, comandada por Afonso Botelho, campos de Guarapuava.


Além destas expedições, Afonso Botelho é figura chave em assuntos de urbanização e fortificação da capitania de São Paulo. São exemplo disso as obras da Fortaleza de Nossa Senhora dos Prazeres de Parananguá (1769), ou a fundação de São José de Ararapira (foz do rio Ribeira).
Foi nesse período, em particular, entre os anos de 1768 e 1772, que Afonso Sampaio e Sousa empreendeu relevantes expedições com o fim de realizar o reconhecimento do território, almejando garantir a posse, a exploração e o decorrente povoamento do interior sul do Brasil. Os relatos das viagens, por si redigidos, permitem reconhecer as expedições nos seus aspetos logísticos, políticos e económicos.


Após o regresso a Portugal solicita, em 1785, a atribuição da patente de Brigadeiro pelos serviços prestados à coroa, a qual lhe é atribuída em 1791.
Com a sua ação é possível nomear sete expedições oficiais na exploração de sertões e bacias hidrográficas<ref>Maria Thereza David João. “Afonso Botelho e os Sertões do Tibagi”, <i> Revista Vernáculo</i> (11-12-13, 2004), 89.</ref>. A saber, em 5 de dezembro de 1768, comandada por Domingos Lopes Cascaes, tendo partido do Rio do Registro, em Iguaçu; em 20 de junho de 1769, comandada por Estevão Ribeiro Bayão, tendo partido do Porto de S. Bento, em Tibagi; em 12 de agosto de 1769, comandada por Francisco Nunes, posteriormente substituído por Francisco Lopes da Silveira, tendo partido do porto de S. Bento, em Tibagi; em 28 de agosto de 1769, comandada por Bruno da Costa Filgueira, tendo partido do Rio do Registro, em Iguaçu; em 16 de outubro de 1769, comandada por Antônio da Silveira Peixoto, tendo partido do Porto de Nossa Senhora da Conceição do Caiacanga, no Registro; em 26 de julho de 1770, comandada por Francisco Martins Lustosa, em que se visou explorar os campos de Guarapuava, partindo do Carrapato na serra de São Luís do Purunã; e, em 9 de novembro de 1711, comandada por Afonso Botelho, nos campos de Guarapuava.  


===Outras informações=== <!--é o local onde cabe tudo o que não se relaciona especificamente com os dois parâmetros anteriores-->
Além destas expedições, Afonso Botelho é figura chave em assuntos de urbanização e fortificação na capitania de São Paulo. São exemplo disso as obras da Fortaleza de Nossa Senhora dos Prazeres de Parananguá, datada de 1769, ou a fundação de São José de Ararapira, na foz do rio Ribeira.


==Obras== <!-- Incluí projectos não realizados mas sobre os quais tenhamos informação. Pode incluir informação que não sendo segura, pode ser atribuída; por exemplo: uma determinada obra sobre a qual haja informação de que deve ser atribuída a x pessoa, não deve ser acrescentada na info-box, mas deve constar aqui-->
Terá regressado a Portugal antes de 1785, data na qual solicitou a atribuição de patente de Brigadeiro pelos serviços prestados à coroa, a qual lhe foi atribuída em 1791.


==Notas==<!-- As notas e a bibliografia que foi, de facto, usada para construir a informação. Atenção: Chicago full note with bibliography-->
==Notas==<!-- As notas e a bibliografia que foi, de facto, usada para construir a informação. Atenção: Chicago full note with bibliography-->

Revisão das 17h21min de 29 de junho de 2023


Afonso Botelho de Sampaio
Nome completo Afonso Botelho de Sampaio de Sousa
Outras Grafias Afonso Botelho de San Paio e Sousa, Afonso Botelho de San Payo e Sousa
Pai Afonso Botelho de Sampaio de Sousa
Mãe Maria Madalena de Vasconcellos Castelo-Branco
Cônjuge Quitéria Liberata Sotto-Mayor De Azevedo Cão
Filho(s) valor desconhecido
Irmão(s) valor desconhecido
Nascimento 1728
Vila Real, Portugal
Morte 1793
Sexo Masculino
Religião valor desconhecido
Residência
Residência Vila Real, Portugal
Data Início: 1728
Fim: 1765

Residência São Paulo, Brasil
Data Início: 1765
Fim: 1785

Residência Portugal
Data Início: 1785
Fim: 1793
Postos
Posto Mestre de campo
Data Fim: 1765

Posto Brigadeiro
Data Início: 1791
Cargos
Cargo valor desconhecido
Data Início: 1765
Fim: 1775
Actividade
Actividade Expedição
Data Início: 05 de dezembro de 1768
Fim: 09 de novembro de 1711
Local de Actividade Brasil

Actividade Reparação
Data Início: 1769
Local de Actividade Paraná, Brasil

Actividade Desenho urbano
Local de Actividade Paraná, Brasil


Biografia

Dados biográficos

Afonso Botelho de Sampaio e Sousa nasceu em 1728. Era natural de Casa de Passos, Vila Real, tendo laços familiares com os Morgados de Mateus. Faleceu em 1793.

Carreira

Afonso Sampaio e Sousa desenvolveu carreira militar, desconhecendo-se, até ao momento, o local da sua formação militar. Ocupou o lugar de mestre de campo do Terço de Auxiliares de Vila Real, e defendeu durante a invasão espanhola de 1762, desenvolvida no contexto da Guerra dos Sete Anos (1756-1763).

Apesar de se desconhecer a data em que Afonso Sampaio e Sousa se deslocou para o território brasileiro, apura-se que serviu entre 1765 a 1775, no posto de ajudante de ordens do governador da capitania de São Paulo, D. Luís António de Sousa Botelho Mourão, de quem era primo.

Foi nesse período, em particular, entre os anos de 1768 e 1772, que Afonso Sampaio e Sousa empreendeu relevantes expedições com o fim de realizar o reconhecimento do território, almejando garantir a posse, a exploração e o decorrente povoamento do interior sul do Brasil. Os relatos das viagens, por si redigidos, permitem reconhecer as expedições nos seus aspetos logísticos, políticos e económicos.

Com a sua ação é possível nomear sete expedições oficiais na exploração de sertões e bacias hidrográficas[1]. A saber, em 5 de dezembro de 1768, comandada por Domingos Lopes Cascaes, tendo partido do Rio do Registro, em Iguaçu; em 20 de junho de 1769, comandada por Estevão Ribeiro Bayão, tendo partido do Porto de S. Bento, em Tibagi; em 12 de agosto de 1769, comandada por Francisco Nunes, posteriormente substituído por Francisco Lopes da Silveira, tendo partido do porto de S. Bento, em Tibagi; em 28 de agosto de 1769, comandada por Bruno da Costa Filgueira, tendo partido do Rio do Registro, em Iguaçu; em 16 de outubro de 1769, comandada por Antônio da Silveira Peixoto, tendo partido do Porto de Nossa Senhora da Conceição do Caiacanga, no Registro; em 26 de julho de 1770, comandada por Francisco Martins Lustosa, em que se visou explorar os campos de Guarapuava, partindo do Carrapato na serra de São Luís do Purunã; e, em 9 de novembro de 1711, comandada por Afonso Botelho, nos campos de Guarapuava.

Além destas expedições, Afonso Botelho é figura chave em assuntos de urbanização e fortificação na capitania de São Paulo. São exemplo disso as obras da Fortaleza de Nossa Senhora dos Prazeres de Parananguá, datada de 1769, ou a fundação de São José de Ararapira, na foz do rio Ribeira.

Terá regressado a Portugal antes de 1785, data na qual solicitou a atribuição de patente de Brigadeiro pelos serviços prestados à coroa, a qual lhe foi atribuída em 1791.

Notas

  1. Maria Thereza David João. “Afonso Botelho e os Sertões do Tibagi”, Revista Vernáculo (11-12-13, 2004), 89.

Fontes

Sousa, Afonso Botelho de Sampaio e. Carta ao governador da Capitania de São Paulo Luís Antônio de Sousa Botelho Mourão, relatando medidas tomadas para limpeza e reforma de cada uma das fortalezas daquela praça. Fundação Biblioteca Nacional - Brasil (BNB). Cota: I-30,19,006 nº010 - Manuscritos.

Sousa, Afonso Botelho de Sampaio e. Carta ao governador da Capitania de São Paulo Luís Antônio de Sousa Botelho Mourão, relatando as obras que se faziam necessárias para a reforma das fortalezas daquela praça. Fundação Biblioteca Nacional - Brasil (BNB). Cota: I-30,19,006 nº006 - Manuscritos.

Sousa, Afonso Botelho de Sampaio e. Carta ao governador da Capitania de São Paulo, Luís Antônio de Sousa Botelho Mourão, informando o estágio em que se encontravam as obras da fortaleza e pedindo mais dinheiro para pagamentos e obras. Fundação Biblioteca Nacional - Brasil (BNB). Cota: I-30,18,003 n. 007 - Manuscritos.

Sousa, Afonso Botelho de Sampaio e. Ordens de Afonso Botelho de Sampaio e Souza a Estevão Ribeiro Barão, capitão de auxiliares da freguesia de São José, referentes à saída da expedição de que era comandante, para exploração do Sertão do rio Tibaji. Fundação Biblioteca Nacional - Brasil (BNB). Cota: I-30,25,003 - Manuscritos.

Souza, Afonso Botelho de Sampaio e. Anais da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, v. 76 (1962).

Bibliografia

Bellotto, Heloísa Liberalli. Autoridade e conflito no Brasil colonial: o governo do Morgado de Mateus em São Paulo (1765-1775). São Paulo: Conselho estadual de Artes e Ciências Humanas, 1979.

Belluzzo, Ana Maria de Moraes & Piccoli, Valéria. “Desenho e conquista territorial”. In Do contato ao confronto: a conquista de Guarapuava no século XVIII. São Paulo: BNP Paribas, 2003.

Bueno, Beatriz Piccolotto Siqueira. Desenho e desígnio: o Brasil dos engenheiros militares (1500-1822), São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo (Fapesp), 2011.

Carneiro, David. Duas conferências sobre a vida e a obra de Afonso Botelho de Sampaio e Souza. Curitiba: Papelaria Universal, 1950.

Derntl, Maria. “Uma oficina de novidades: a implantação de núcleos urbanos na capitania de São Paulo, 1765-1775”, Anais do Museu Paulista História e Cultura Material, Vol. 20 (2012): 109-131.

Garcez Filho, João Moreira. “Notas biográficas sobre Afonso Botelho de Sampaio e Souza”. In Do Contato ao confronto: A conquista de Guarapuava no Século XVIII. São Paulo: BNP Paribas, 2003.

João, Maria Thereza David. “Afonso Botelho e os Sertões do Tibagi”, Revista Vernáculo, Vol. 11-12-13 (2004): 87- 94

Ligações Externas

Biblioteca Digital da Fundação Biblioteca Nacional.

Autor(es) do artigo

João Cabeleira

Lab2PT - Universidade do Minho

http://orcid.org/0000-0002-6800-8557.

Financiamento

Fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto TechNetEMPIRE | Redes técnico-científicas na formação do ambiente construído no Império português (1647-1871) PTDC/ART-DAQ/31959/2017

DOI

https://doi.org/10.34619/ixth-gzki

Citar este artigo

Cabeleira, João. "Afonso Botelho de Sampaio", in eViterbo. Lisboa: CHAM - Centro de Humanidades, FCSH, Universidade Nova de Lisboa, 2022. (última modificação: 29/06/2023). Consultado a 13 de maio de 2024, em https://eviterbo.fcsh.unl.pt/wiki/Afonso_Botelho_de_Sampaio. DOI: https://doi.org/10.34619/ixth-gzki