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ANEL ou ANNEL. Deriva-se de ''Anellus'' que se acha em Plauto, e Horácio pôs ''Annulus'', que quer dizer Anel e ''Annulus'' se deriva de ''Annus, Anno'' porque assim como ''Anno'' se figura em um círculo pela volta que dá o sol neste espaço de tempo, restituindo-se ao mesmo ponto donde começou a sua carreira, assim com figura circular cinge o anel o dedo. Dizem que Scauro, genro de Scylla foi o primeiro que trouxe anéis em Roma. Anéis de ferro traziam os escravos, de prata os livres, de ouro os nobres e da ordem senatória. O anel dos desposados é símbolo de fidelidade no estado conjugal e o dos bispos mostra que a sua Igreja é a sua esposa. Mandaram os imperadores que os doutores ou professores públicos trouxessem anéis como honorífico distintivo do seu carácter. Escreve Laércio que Aristóteles trazia os dedos carregados de anéis, parece que com estas insígnias se dava a conhecer por príncipe dos filósofos. Nos seus mais esplêndidos banquetes, tiravam os romanos os anéis dos dedos e os punham ao redor dos copos, em que bebiam (...). Nos anéis se engastaram pedras e se esculpiram figuras como empresas ou divisas particulares que serviam de selos e firmas, como no anel do imperador Augusto a esfinge (...).
==Definição==


<b>Anel de selar</b>. É cuja cabeça tem sinete. ''Annullus signatorius. Max. lib. 8, cap. 14. num 4''. (...)<ref>Bluteau, ''Vocabulario Portuguez e latino'' (Tomo I: Letra A), 371-372.</ref>.
Deriva de ''Anellus'' que se acha em Plauto, e Horácio pôs ''Annulus'', que quer dizer Anel e ''Annulus'' se deriva de ''Annus, Anno'' porque assim como ''Anno'' se figura em um círculo pela volta que dá o sol neste espaço de tempo, restituindo-se ao mesmo ponto donde começou a sua carreira, assim com figura circular cinge o anel o dedo. Dizem que Scauro, genro de Scylla foi o primeiro que trouxe anéis em Roma. Anéis de ferro traziam os escravos, de prata os livres, de ouro os nobres e da ordem senatória. O anel dos desposados é símbolo de fidelidade no estado conjugal e o dos bispos mostra que a sua Igreja é a sua esposa. Mandaram os imperadores que os doutores ou professores públicos trouxessem anéis como honorífico distintivo do seu carácter. Escreve Laércio que Aristóteles trazia os dedos carregados de anéis, parece que com estas insígnias se dava a conhecer por príncipe dos filósofos. Nos seus mais esplêndidos banquetes, tiravam os romanos os anéis dos dedos e os punham ao redor dos copos, em que bebiam (...). Nos anéis se engastaram pedras e se esculpiram figuras como empresas ou divisas particulares que serviam de selos e firmas, como no anel do imperador Augusto a esfinge (...).


==Referências bibliográficas==
<b>Anel de selar</b>. É cuja cabeça tem sinete. ''Annullus signatorius. Max. lib. 8, cap. 14. num 4''. (...)<ref>Bluteau, Rafael, ''Vocabulário Português e Latino…'', 8 vols. e 2 Suplementos. Coimbra: Colégio das Artes da Companhia de Jesus, 1712, 371-372.</ref>.
 
 
Consistia num adorno muito apreciado, usado em todos os dedos.<ref>Palla, Maria José. ''Do essencial e do Supérfluo''. ''Estudo lexical do traje e adornos em Gil Vicente.'' Lisboa: Editorial Estampa, 190.</ref>
 
 
 
- Outra(s) grafia(s): Annel.
 
 
===Referências Documentais=== <!-- Fazer copy/paste do que escreveram em Excel (caixas de notas). Incluí prémios e condecorações/homenagens/ títulos honoríficos. Este é o local para colocar toda a informação que não cabe nas info-box, como por exemplo, as justificações das informações que estão na info-box. subdividida em períodos se necessário-->
 
===Outras informações=== <!--é o local onde cabe tudo o que não se relaciona especificamente com os dois parâmetros anteriores-->
 
==Obra== <!-- Incluí projectos não realizados mas sobre os quais tenhamos informação. Pode incluir informação que não sendo segura, pode ser atribuída; por exemplo: uma determinada obra sobre a qual haja informação de que deve ser atribuída a x pessoa, não deve ser acrescentada na info-box, mas deve constar aqui-->
 
==Notas==<!-- a bibliografia que foi, de facto, usada para construir a informação. Atenção: Chicago full note with bibliography-->
<references />
<references />
==Bibliografia e Fontes==
==Fontes==<!-- Ou seja, as fontes, com links quando possível, que conhecem sobre o assunto. Atenção: Chicago bibliography-->
*Bluteau, Rafael. ''Vocabulario portuguez e latino, aulico, anatomico, architectonico, bellico, botanico, brasilico, comico, critico, chimico, dogmatico, dialectico, dendrologico, ecclesiastico, etymologico, economico, florifero, forense, fructifero... autorizado com exemplos dos melhores escritores portugueses, e latinos...'' Tomo I: Letra A. Coimbra: Collegio das Artes da Companhia de Jesu, 1712.  
==Bibliografia == <!-- Ou seja, a bibliografia, com links quando possível, que conhecem sobre o assunto. Atenção: Chicago bibliography-->
Bluteau, Rafael, ''Vocabulário Português e Latino…'' Vol. 1. Coimbra: Colégio das Artes da Companhia de Jesus, 1712-1728.
 
Palla, Maria José. ''Do essencial e do Supérfluo''. ''Estudo lexical do traje e adornos em Gil Vicente.'' Lisboa: Editorial Estampa, 1992.
 
==Ligações Externas== <!--Ligações externas a sítios de internet, etc. que não foram utilizadas concretamente na construção da biografia -->
<!-- Comentários vossos e bibliografia citada pelas fontes -->
 
==Autor(es) do artigo==
 
* André Filipe Neto e Maria Teresa Oliveira (bolseiros de iniciação à investigação)
 
Projeto eViterbo, CHAM - Centro de Humanidades NOVA FCSH, 2017-18;
 
* Andreia Fontenete Louro (bolseira de iniciação à investigação)
 
Projeto DRESS, 2019;
 
* Inês Amaral Canhão (bolseira de iniciação à investigação)
 
Projeto Verão com Ciência, 2022;
 
==Financiamento==
VESTE _ Vestir a corte: traje, género e identidade(s), Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito da Norma Transitória - DL 57/2016/CP1453/CT0069.
 
DRESS _ Desenhar a moda das fontes quinhentistas, Fundação Calouste Gulbenkian, Projetos de Investigação em Língua e Cultura Portuguesa 2018, Ref.: 227751.
 
Verão com Ciência FCT, 2022.


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==Citar este artigo==
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Edição atual desde as 11h26min de 6 de setembro de 2022

Definição

Deriva de Anellus que se acha em Plauto, e Horácio pôs Annulus, que quer dizer Anel e Annulus se deriva de Annus, Anno porque assim como Anno se figura em um círculo pela volta que dá o sol neste espaço de tempo, restituindo-se ao mesmo ponto donde começou a sua carreira, assim com figura circular cinge o anel o dedo. Dizem que Scauro, genro de Scylla foi o primeiro que trouxe anéis em Roma. Anéis de ferro traziam os escravos, de prata os livres, de ouro os nobres e da ordem senatória. O anel dos desposados é símbolo de fidelidade no estado conjugal e o dos bispos mostra que a sua Igreja é a sua esposa. Mandaram os imperadores que os doutores ou professores públicos trouxessem anéis como honorífico distintivo do seu carácter. Escreve Laércio que Aristóteles trazia os dedos carregados de anéis, parece que com estas insígnias se dava a conhecer por príncipe dos filósofos. Nos seus mais esplêndidos banquetes, tiravam os romanos os anéis dos dedos e os punham ao redor dos copos, em que bebiam (...). Nos anéis se engastaram pedras e se esculpiram figuras como empresas ou divisas particulares que serviam de selos e firmas, como no anel do imperador Augusto a esfinge (...).

Anel de selar. É cuja cabeça tem sinete. Annullus signatorius. Max. lib. 8, cap. 14. num 4. (...)[1].


Consistia num adorno muito apreciado, usado em todos os dedos.[2]


- Outra(s) grafia(s): Annel.


Referências Documentais

Outras informações

Obra

Notas

  1. Bluteau, Rafael, Vocabulário Português e Latino…, 8 vols. e 2 Suplementos. Coimbra: Colégio das Artes da Companhia de Jesus, 1712, 371-372.
  2. Palla, Maria José. Do essencial e do Supérfluo. Estudo lexical do traje e adornos em Gil Vicente. Lisboa: Editorial Estampa, 190.

Fontes

Bibliografia

Bluteau, Rafael, Vocabulário Português e Latino… Vol. 1. Coimbra: Colégio das Artes da Companhia de Jesus, 1712-1728.

Palla, Maria José. Do essencial e do Supérfluo. Estudo lexical do traje e adornos em Gil Vicente. Lisboa: Editorial Estampa, 1992.

Ligações Externas

Autor(es) do artigo

  • André Filipe Neto e Maria Teresa Oliveira (bolseiros de iniciação à investigação)

Projeto eViterbo, CHAM - Centro de Humanidades NOVA FCSH, 2017-18;

  • Andreia Fontenete Louro (bolseira de iniciação à investigação)

Projeto DRESS, 2019;

  • Inês Amaral Canhão (bolseira de iniciação à investigação)

Projeto Verão com Ciência, 2022;

Financiamento

VESTE _ Vestir a corte: traje, género e identidade(s), Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito da Norma Transitória - DL 57/2016/CP1453/CT0069.

DRESS _ Desenhar a moda das fontes quinhentistas, Fundação Calouste Gulbenkian, Projetos de Investigação em Língua e Cultura Portuguesa 2018, Ref.: 227751.

Verão com Ciência FCT, 2022.

DOI

Citar este artigo

  • Anel (última modificação: 06/09/2022). eViterbo. Visitado em