Diogo de Torralva: diferenças entre revisões

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Segundo Camilo Castelo Branco, era um arquitecto italiano ou do Piemonte que veio para Portugal no tempo de D. Manuel. Deu o risco para o cruzeiro da igreja de Belém e, na primeira coluna que sustenta o arco do cruzeiro fez o seu retrato em pedra<ref>Sousa Viterbo, <i>Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal</i> (Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências) [https://archive.org/details/diccionariohisto03vite Vol III (1922)], 25.</ref>.  
Segundo Camilo Castelo Branco, era um arquitecto italiano ou do Piemonte que veio para Portugal no tempo de D. Manuel. Deu o risco para o cruzeiro da igreja de Belém e, na primeira coluna que sustenta o arco do cruzeiro fez o seu retrato em pedra<ref>Viterbo, <i>Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal</i>, [https://archive.org/details/diccionariohisto03vite Vol III], 125.</ref>.  


Viterbo argumenta que o nome Torralva não era inédito em Portugal, dando o exemplo do mestre Francisco de Torralva que estava em África em 1541 e que era filho de Afonso Fernandes Torralva, criado da rainha D. Maria, mãe de D. João III, pelo que o supõe castelhano.  
Viterbo argumenta que o nome Torralva não era inédito em Portugal, dando o exemplo do mestre Francisco de Torralva que estava em África em 1541 e que era filho de Afonso Fernandes Torralva, criado da rainha D. Maria, mãe de D. João III, pelo que o supõe castelhano.  
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Parece ter feito obras para o Mosteiro da Madre de Deus de Xabregas, pois é mencionado numa carta de 7 de dezembro de 1551 escrita pela a abadessa, Sóror Catarina do Espírito Santo, a D. João III.
Parece ter feito obras para o Mosteiro da Madre de Deus de Xabregas, pois é mencionado numa carta de 7 de dezembro de 1551 escrita pela a abadessa, Sóror Catarina do Espírito Santo, a D. João III.


Em 1557 fez obras no convento de Tomar, nomeadamente no claustro chamado dos "Filipes", apesar de começado no tempo da regência de D. Catarina. Era mestre de obras do mesmo convento.  <!-- ANTT, ORdem de Cristo, n. 102, fls. 21v, 206, 214 e 215v -->
Em 1557 fez obras no convento de Tomar, nomeadamente no claustro chamado dos "Filipes", apesar de começado no tempo da regência de D. Catarina. Era mestre de obras do mesmo convento<ref>Viterbo, <i>Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal</i>, [https://archive.org/details/diccionariohisto03vite Vol III], 125-134.</ref>.  <!-- ANTT, Ordem de Cristo, n. 102, fls. 21v, 206, 214 e 215v -->
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==Bibliografia e Fontes==
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*[http://purl.pt/6391 Raczynski, Atanazy, <i>Dictionnaire historico-artistique du Portugal pour faire suite à lªouvrage ayant pour titre: Les arts en Portugal, lettres adressées à la Société artistique et scientifique de Berlin et accompagnées de documents.</i> Paris: Jules Renouard et Cie, Libraires-Éditeurs, 1847.]
*[https://estudogeral.sib.uc.pt/handle/10316/9600 Lima, Carlos Ruão. "O Eupalinos Moderno": teoria e prática da arquitectura religiosa em Portugal: 1550-1640." Tese de Doutoramento, Universidade de Coimbra, 2011].
 
*[http://purl.pt/6391 Raczynski, Atanazy. <i>Dictionnaire historico-artistique du Portugal pour faire suite à lªouvrage ayant pour titre: Les arts en Portugal, lettres adressées à la Société artistique et scientifique de Berlin et accompagnées de documents.</i> Paris: Jules Renouard et Cie, Libraires-Éditeurs, 1847.]
*Viterbo, Francisco de Sousa <i>Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal</i> (Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências) [https://archive.org/details/diccionariohisto03vite Vol III (1922)].
*[http://hdl.handle.net/10316/23318 Silva, Nuno Miguel Maia. "Claustros serlianos em Portugal: 1558-1635." Dissertação de Mestrado, Universidade de Coimbra, 2012.]
*Viterbo, Francisco de Sousa. <i>Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal</i>, [https://archive.org/details/diccionariohisto03vite Vol III]. Lisboa: Tipografia da Academia Real das Ciências, 1922.
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*[http://digitarq.arquivos.pt/details?id=3776367 ANTT, Corpo Cronológico, Parte 1, m. 70, doc. 7.]
*[http://digitarq.arquivos.pt/details?id=3776367 ANTT, Corpo Cronológico, Parte 1, m. 70, doc. 7.]
*[http://digitarq.arquivos.pt/details?id=3778656 ANTT, Corpo Cronológico, Parte 1, m. 87, doc. 37.]
*[http://digitarq.arquivos.pt/details?id=3778656 ANTT, Corpo Cronológico, Parte 1, m. 87, doc. 37.]
==Ligações Externas==   
==Ligações Externas==   
*Diogo de Torralva In [https://pt.wikipedia.org/wiki/Diogo_de_Torralva Wikipédia].
*Diogo de Torralva In [https://pt.wikipedia.org/wiki/Diogo_de_Torralva Wikipédia].  
*Diogo de Torralva In [https://www.infopedia.pt/$diogo-de-torralva Infopédia].
*Arquitectos do [http://www.mosteirojeronimos.gov.pt/pt/index.php?s=white&pid=225 Mosteiro dos Jerónimos].
*Diogo de Torralva In [http://www.conventocristo.gov.pt/pt/index.php?s=white&pid=231 Convento de Cristo].
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Revisão das 18h25min de 12 de outubro de 2017


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Diogo de Torralva
Sexo masculino
Filho(s) João Freire

Biografia

Dados biográficos

Casou com uma filha de Francisco de Arruda. É provável que fosse irmão de Gonçalo de Torralva.

Em 1566 era já falecido, pois a 23 de setembro desse ano foi substituído no cargo de mestre de obra do Alentejo e dos paços de Évora por Manuel Pires, mestre de obras do cardeal-infante D. Henrique.

Tinha casas em Belém onde se aposentou o príncipe D. João Manuel aquando da trasladação dos ossos da rainha D. Maria, sua avó.

Tinha um filho chamado João Freire, ao qual o rei fez mercê de 15000 réis de tença anuais pelos serviços do seu pai.

Carreira

Segundo Camilo Castelo Branco, era um arquitecto italiano ou do Piemonte que veio para Portugal no tempo de D. Manuel. Deu o risco para o cruzeiro da igreja de Belém e, na primeira coluna que sustenta o arco do cruzeiro fez o seu retrato em pedra[1].

Viterbo argumenta que o nome Torralva não era inédito em Portugal, dando o exemplo do mestre Francisco de Torralva que estava em África em 1541 e que era filho de Afonso Fernandes Torralva, criado da rainha D. Maria, mãe de D. João III, pelo que o supõe castelhano.

É mencionado numa carta de Fernão Peres de Andrade, capitão-mor da armada de socorro e protecção dos lugares de África, datada de 27 de junho de 1541 e enviada de Mazagão.

Foi cavaleiro da casa de D. João III e mestre das suas obras, como consta de uma carta de 10 de junho de 1545, na qual Diogo de Torralva permuta a sua tença de cinquenta moios de trigo anuais por umas terras em Algés que pertenciam a João de Castilho.

A 7 de novembro de 1548 foi nomeado mestre de todas as obras da comarca do Alentejo e dos paços de Évora, substituindo Francisco de Arruda, seu sogro. Receberia 12000 réis anuais. Também foi nomeado medidor das obras, substituindo o mesmo Francisco de Arruda.

Parece ter feito obras para o Mosteiro da Madre de Deus de Xabregas, pois é mencionado numa carta de 7 de dezembro de 1551 escrita pela a abadessa, Sóror Catarina do Espírito Santo, a D. João III.

Em 1557 fez obras no convento de Tomar, nomeadamente no claustro chamado dos "Filipes", apesar de começado no tempo da regência de D. Catarina. Era mestre de obras do mesmo convento[2].

Outras informações

Obras

Referências bibliográficas

  1. Viterbo, Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal, Vol III, 125.
  2. Viterbo, Diccionario Histórico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portugueses ou a serviço de Portugal, Vol III, 125-134.

Bibliografia e Fontes


Ligações Externas

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