Filipe Corte Real: diferenças entre revisões

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O percurso profissional de Filipe Corte Real começou em 1876, como empregado subalterno na secretaria da Direção das Obras Públicas de Faro. Passados oito meses, foi nomeado chefe da secretaria de Loulé da mesma Direção de Obras Públicas. Desempenhou posteriormente funções como pagador subalterno naquela Direção, de onde pediu licença ainda em 1877<ref>Arquivo Histórico Ultramarino, Angola, Obras Públicas, Processos Individuais. cx. 771/1, 1D UM, 1879-1929, "Filippe Alistão Telles Moniz Corte Real", ''Informação referida ao ano de 1883,'' 1/01/1884.</ref>. Neste período trabalhou sob a tutela do Engenheiro Civil [[João Macário dos Santos]], Major Graduado de Engenharia e Diretor de Obras Públicas do Distrito de Faro<ref>[https://arquivohistorico.sgeconomia.gov.pt/details?id=229801 Arquivo Central da Economia. Acervo Infraestruturas, Transportes e Comunicações. Processos Individuais de Funcionários. Cx. 153. SANTOS, João Macário dos. Visualizado em 13 maio, 2022.]</ref>.
O percurso profissional de Filipe Corte Real começou em 1876, como empregado subalterno na secretaria da Direção das Obras Públicas de Faro. Passados oito meses, foi nomeado chefe da secretaria de Loulé da mesma Direção de Obras Públicas. Desempenhou posteriormente funções como pagador subalterno naquela Direção, de onde pediu licença ainda em 1877<ref>Arquivo Histórico Ultramarino, Angola, Obras Públicas, Processos Individuais. cx. 771/1, 1D UM, 1879-1929, "Filippe Alistão Telles Moniz Corte Real", ''Informação referida ao ano de 1883,'' 1/01/1884.</ref>. Neste período trabalhou sob a tutela do Engenheiro Civil [[João Macário dos Santos]], Major Graduado de Engenharia e Diretor de Obras Públicas do Distrito de Faro<ref>[https://arquivohistorico.sgeconomia.gov.pt/details?id=229801 Arquivo Central da Economia. Acervo Infraestruturas, Transportes e Comunicações. Processos Individuais de Funcionários. Cx. 153. SANTOS, João Macário dos. Visualizado em 13 maio, 2022.]</ref>.


A 29 de dezembro de 1880, requereu um lugar como desenhador em contexto ultramarino, posto que lhe foi atribuído na [[Direcção das Obras Públicas de São Tomé e Príncipe|Direção de Obras Públicas de São Tomé e Príncipe]] pelo Ministro da Marinha e do Ultramar, Júlio Marques Vilhena, por portaria régia de 8 de julho de 1881<ref>[http://www.politipedia.pt/vilhena-julio-marques-de-1846-1928/ Observatório Político. "Vilhena, Júlio Marques de (1846-1928)". Visualizado a 13 maio, 2022.]</ref><ref>Arquivo Histórico Ultramarino, Angola, Obras Públicas, Processos Individuais. cx. 771/1, 1D UM, 1879-1929, "Filippe Alistão Telles Moniz Corte Real", 8/07/1881.</ref><ref>Governo Geral de Angola (2/12/1881), "Portaria régia" nº79A, 8/07/1881, ''Boletim Oficial'' nº48.</ref>. Entrou em funções nesta Direção de Obras Públicas a 28 de novembro de 1882<ref>Governo Geral de Angola (2/12/1881), "Portaria provincial" nº180, 2/12/1881, ''Boletim Oficial'' nº48.</ref><ref>Arquivo Histórico Ultramarino, Angola, Obras Públicas, Processos Individuais. cx. 771/1, 1D UM, 1879-1929, "Filippe Alistão Telles Moniz Corte Real", 21/01/01883, 24/08/1884 e 1/09/1884.</ref>.
A 29 de dezembro de 1880, requereu um lugar como desenhador em contexto ultramarino, posto que lhe foi atribuído na [[Direcção das Obras Públicas de São Tomé e Príncipe|Direção de Obras Públicas de São Tomé e Príncipe]] pelo Ministro da Marinha e do Ultramar, Júlio Marques Vilhena, por portaria régia de 8 de julho de 1881<ref>[http://www.politipedia.pt/vilhena-julio-marques-de-1846-1928/ Observatório Político. "Vilhena, Júlio Marques de (1846-1928)". Visualizado a 13 maio, 2022.]</ref><ref>Arquivo Histórico Ultramarino, Angola, Obras Públicas, Processos Individuais. cx. 771/1, 1D UM, 1879-1929, "Filippe Alistão Telles Moniz Corte Real", 8/07/1881.</ref><ref>Governo Geral de Angola (8/07/1881), "Portaria régia" nº79A, 2/12/1881, ''Boletim Oficial'' nº48.</ref>. Entrou em funções nesta Direção de Obras Públicas a 28 de novembro de 1882<ref>Governo Geral de Angola (2/12/1881), "Portaria provincial" nº180, 2/12/1881, ''Boletim Oficial'' nº48.</ref><ref>Arquivo Histórico Ultramarino, Angola, Obras Públicas, Processos Individuais. cx. 771/1, 1D UM, 1879-1929, "Filippe Alistão Telles Moniz Corte Real", 21/01/01883, 24/08/1884 e 1/09/1884.</ref>.


Regressou para o Reino em janeiro de 1883, conforme parecer da Junta de Saúde, tendo um total de 90 dias para se tratar, ao fim dos quais é exonerado do cargo de desenhador, por portaria régia de 3 de maio de 1884<ref>Governo Geral de Angola (27/05/1884), "Portaria provincial" nº12, 21/05/1884, ''Boletim Oficial'' nº4.</ref><ref>Governo Geral de Angola (5/05/1883), "Portaria régia" nº13, 19/02/1883, ''Boletim Oficial'' nº48.</ref><ref>Governo Geral de Angola (27/5/1883), "Portaria régia" nº23, 5/05/1883, ''Boletim Oficial'' nº13.</ref><ref>Governo Geral de Angola (21/03/1884), "Portaria régia" nº44, 3/05/1884, ''Boletim Oficial'' nº22.</ref>.
Regressou para o Reino em janeiro de 1883, conforme parecer da Junta de Saúde, tendo um total de 90 dias para se tratar, ao fim dos quais é exonerado do cargo de desenhador, por portaria régia de 3 de maio de 1884<ref>Governo Geral de Angola (21/05/1884), "Portaria provincial" nº12, 27/05/1884, ''Boletim Oficial'' nº4.</ref><ref>Governo Geral de Angola (19/02/1883), "Portaria régia" nº13, 5/05/1883, ''Boletim Oficial'' nº48.</ref><ref>Governo Geral de Angola (5/05/1883), "Portaria régia" nº23, 27/5/1883, ''Boletim Oficial'' nº13.</ref><ref>Governo Geral de Angola (21/03/1884), "Portaria régia" nº44, 3/05/1884, ''Boletim Oficial'' nº22.</ref>.


A  24 de janeiro de 1887, iniciou funções como condutor auxiliar, conforme portaria régia de 20 de dezembro do ano anterior<ref>Arquivo Histórico Ultramarino, Angola, Obras Públicas, Processos Individuais. cx. 771/1, 1D UM, 1879-1929, "Filippe Alistão Telles Moniz Corte Real", 24/08/1884 e 31/10/1891.</ref><ref>Governo Geral de Angola (20/12/1886), "Portaria régia" nº161A, 29/01/1887, ''Boletim Oficial'' nº5.
A  24 de janeiro de 1887, iniciou funções como condutor auxiliar, conforme portaria régia de 20 de dezembro do ano anterior<ref>Arquivo Histórico Ultramarino, Angola, Obras Públicas, Processos Individuais. cx. 771/1, 1D UM, 1879-1929, "Filippe Alistão Telles Moniz Corte Real", 24/08/1884 e 31/10/1891.</ref><ref>Governo Geral de Angola (20/12/1886), "Portaria régia" nº161A, 29/01/1887, ''Boletim Oficial'' nº5.</ref>. Será como condutor auxiliar que desempenhará funções, entre fevereiro e agosto de 1887, como Chefe da Secção de Trabalhos na Ilha de Príncipe<ref name=":3">Arquivo Histórico Ultramarino. 771_1_E_F. Processos Individuais. Filippe Alistão Telles Moniz Corte Real. (P1142940, P1142941, P1142955)</ref>.
 
Portaria régia nº161A de 20 de Dezembro de 1886 publicada no Boletim Oficial nº5 de 29 de Janeiro de 1887</ref>. Será como condutor auxiliar que desempenhará funções, entre fevereiro e agosto de 1887, como Chefe da Secção de Trabalhos na Ilha de Príncipe<ref name=":3">Arquivo Histórico Ultramarino. 771_1_E_F. Processos Individuais. Filippe Alistão Telles Moniz Corte Real. (P1142940, P1142941, P1142955)</ref>.


A 24 de agosto de 1887 apresentou um requerimento para promoção de 2.ª classe, processo que havia iniciado em julho desse ano e que acabou por ser arquivado, sem produzir qualquer resultado<ref name=":3" />. A 24 de setembro de 1887, ao abrigo de uma licença da junta de saúde, regressou a Lisboa<ref>Arquivo Histórico Ultramarino. 771_1_E_F. Processos Individuais. Filippe Alistão Telles Moniz Corte Real. Portaria da Junta de Saúde de 24 de agosto de 1887. (P1142948)</ref><ref>Portaria provincial nº160 de 23 do mesmo mês publicada no Boletim Oficial nº39 de 24 do mesmo mês</ref><ref>Portaria régia nº110 de 24 de Outubro de 1887 publicada no Boletim Oficial nº49 de 3 de Dezembro do mesmo ano</ref><ref>Portaria régia nº124 de 29 de Dezembro de 1887 publicada no Boletim Oficial nº8 de 25 de Fevereiro de 1888</ref>, cidade onde permaneceu até 1901. Durante a estada em Lisboa, apresenta requerimentos infrutíferos para ser transferido para as Direções de Obras Públicas de outras Províncias Ultramarinas - em março de 1891 pede para ser transferido para Moçambique e em maio do mesmo ano, pede para ser transferido para Angola. Para ambos os pedidos dos quais não há registo de resposta<ref>Arquivo Histórico Ultramarino. 771_1_E_F. Processos Individuais. Filippe Alistão Telles Moniz Corte Real. (P1142956, P1142957 e P1142958)</ref>.
A 24 de agosto de 1887 apresentou um requerimento para promoção de 2.ª classe, processo que havia iniciado em julho desse ano e que acabou por ser arquivado, sem produzir qualquer resultado<ref name=":3" />. A 24 de setembro de 1887, ao abrigo de uma licença da junta de saúde, regressou a Lisboa<ref>Arquivo Histórico Ultramarino. 771_1_E_F. Processos Individuais. Filippe Alistão Telles Moniz Corte Real. Portaria da Junta de Saúde de 24 de agosto de 1887. (P1142948)</ref><ref>Portaria provincial nº160 de 23 do mesmo mês publicada no Boletim Oficial nº39 de 24 do mesmo mês</ref><ref>Portaria régia nº110 de 24 de Outubro de 1887 publicada no Boletim Oficial nº49 de 3 de Dezembro do mesmo ano</ref><ref>Portaria régia nº124 de 29 de Dezembro de 1887 publicada no Boletim Oficial nº8 de 25 de Fevereiro de 1888</ref>, cidade onde permaneceu até 1901. Durante a estada em Lisboa, apresenta requerimentos infrutíferos para ser transferido para as Direções de Obras Públicas de outras Províncias Ultramarinas - em março de 1891 pede para ser transferido para Moçambique e em maio do mesmo ano, pede para ser transferido para Angola. Para ambos os pedidos dos quais não há registo de resposta<ref>Arquivo Histórico Ultramarino. 771_1_E_F. Processos Individuais. Filippe Alistão Telles Moniz Corte Real. (P1142956, P1142957 e P1142958)</ref>.

Revisão das 13h54min de 31 de agosto de 2022


Filipe Corte Real
Nome completo Filipe Alistão Telo de Moniz Corte Real
Outras Grafias Filippe Alistão Tello de Moniz Corte-Real, Filippe Alistão Telles Moniz Corte Real, Filipe Alistão Telles de Menezes Corte Real
Pai António Lúcio Teles Corte Real
Mãe Isabel Adelaide de Mendonça Corte Real
Cônjuge Maria Emília Ferreira Pinto Corte Real
Filho(s) António Alistão Telles Moniz Corte Real, Filipe Alistão Telles Moniz Corte Real, Cremilde Eulália Telles Moniz Corte Real
Irmão(s) Feliciana Adelaide de Mendonça Telles Moniz Corte Real, Maria das Dore de Mendonça Telles Moniz Corte Real, Isabel Telles Moniz de Mendonça Corte Real, Maria José de Mendonça Telles Moniz Corte Real, António Lúcio Telles Moniz Corte Real
Nascimento 29 abril 1853
Tavira, Faro, Portugal
Morte 20 agosto 1905
Benguela, Angola
Sexo Masculino
Religião Cristã
Residência
Residência São Tomé, São Tomé e Príncipe
Data Fim: janeiro de 1883

Residência Portugal
Data Início: janeiro de 1883
Fim: maio de 1883

Residência São Tomé, São Tomé e Príncipe
Data Início: maio de 1883
Fim: setembro de 1887
Cargos
Cargo Desenhador
Data Início: 28 de novembro de 1882
Fim: 03 de maio de 1884

Cargo Condutor auxiliar
Data Início: 24 de janeiro de 1887
Fim: 09 de dezembro de 1887

Cargo Condutor auxiliar
Data Início: 24 de janeiro de 1887
Fim: 20 de outubro de 1891

Cargo Condutor de 2ª classe
Data Início: 26 de outubro de 1901
Fim: 06 de maio de 1903

Cargo Condutor de 2ª classe
Data Início: 21 de maio de 1903
Fim: 12 de outubro de 1903
Actividade
Actividade Projeto de Infraestrutura
Data Início: 17 de dezembro de 1901
Fim: 12 de outubro de 1903
Local de Actividade Benguela, Angola


Biografia

Dados biográficos

Filipe Alistão Teles Moniz Corte Real nasceu a 29 de abril de 1853, em Tavira, filho de António Lúcio Teles Moniz Corte Real (natural de Lagoa) e de Dona Isabel Adelaide de Mendonça Corte Real (natural de São Bartolomeu de Messines). Era neto, por via paterna, do Capitão-mor Manuel Raimundo de Teles Moniz Corte Real (natural de Portimão) e de Dona Maria José da Costa e Silva Corte Real (natural de Lagoa) e por via materna de Dom Tomás de Mendonça Pessanha e de Dona Maria do Carmo Mendes Mendonça[1].

Foi batizado no dia 9 de dezembro de 1853, na Igreja Paroquial de Santiago de Tavira, sendo seus padrinhos João José Teixeira de Seixas Braga e Dona Maria José Teixeira da Silveira, ambos naturais de Portimão.[1]

Em 18 de junho de 1870, foram-lhe conferidas, por ordem do Rei D. Luís de Portugal, as honras de Moço-Fidalgo da Casa Real[2][3].

A 31 de janeiro de 1884 casou com Maria Emília Pinto Corte Real[4], casamento do qual resultaram pelo menos cinco filhos[5], dos quais António, Filipe e Cremilde todos ainda menores no ano de 1902[4].

Carreira

O percurso profissional de Filipe Corte Real começou em 1876, como empregado subalterno na secretaria da Direção das Obras Públicas de Faro. Passados oito meses, foi nomeado chefe da secretaria de Loulé da mesma Direção de Obras Públicas. Desempenhou posteriormente funções como pagador subalterno naquela Direção, de onde pediu licença ainda em 1877[6]. Neste período trabalhou sob a tutela do Engenheiro Civil João Macário dos Santos, Major Graduado de Engenharia e Diretor de Obras Públicas do Distrito de Faro[7].

A 29 de dezembro de 1880, requereu um lugar como desenhador em contexto ultramarino, posto que lhe foi atribuído na Direção de Obras Públicas de São Tomé e Príncipe pelo Ministro da Marinha e do Ultramar, Júlio Marques Vilhena, por portaria régia de 8 de julho de 1881[8][9][10]. Entrou em funções nesta Direção de Obras Públicas a 28 de novembro de 1882[11][12].

Regressou para o Reino em janeiro de 1883, conforme parecer da Junta de Saúde, tendo um total de 90 dias para se tratar, ao fim dos quais é exonerado do cargo de desenhador, por portaria régia de 3 de maio de 1884[13][14][15][16].

A 24 de janeiro de 1887, iniciou funções como condutor auxiliar, conforme portaria régia de 20 de dezembro do ano anterior[17][18]. Será como condutor auxiliar que desempenhará funções, entre fevereiro e agosto de 1887, como Chefe da Secção de Trabalhos na Ilha de Príncipe[19].

A 24 de agosto de 1887 apresentou um requerimento para promoção de 2.ª classe, processo que havia iniciado em julho desse ano e que acabou por ser arquivado, sem produzir qualquer resultado[19]. A 24 de setembro de 1887, ao abrigo de uma licença da junta de saúde, regressou a Lisboa[20][21][22][23], cidade onde permaneceu até 1901. Durante a estada em Lisboa, apresenta requerimentos infrutíferos para ser transferido para as Direções de Obras Públicas de outras Províncias Ultramarinas - em março de 1891 pede para ser transferido para Moçambique e em maio do mesmo ano, pede para ser transferido para Angola. Para ambos os pedidos dos quais não há registo de resposta[24].

Em 1891, permanecia em Lisboa, mesmo após lhe ter sido solicitado que se apresentasse ao serviço em São Tomé e Príncipe[25]. Por decreto de 6 de outubro de 1891, foi nomeado solicitador da Comarca de Lisboa, cargo que passa a desempenhar a partir do dia 20 do mesmo mês[26].

A 18 de janeiro de 1901, apresentou um requerimento à Direção Geral do Ultramar para ser reintegrado nas Obras Públicas do Ultramar como condutor - neste requerimento, faz referência às dificuldades económicas que alegadamente atravessava[5]. Notemos que em 1901, Portugal atravessava uma grave crise política e económica, decorrente do esforço financeiro provocado pelo alargamento das funções do Estado no modelo fontista, mas também na consequência do Ultimato Britânico e da incapacidade de cobrança de impostos [27].

Por decisão de 26 de outubro de 1901, Filipe Corte Real foi nomeado condutor provisório de 2.ª classe da Direção de Obras Públicas de Angola[28] - apresentou-se ao serviço a 3 de dezembro do mesmo ano[4], sendo-lhe atribuída a Direção da Circunscrição de Obras Públicas de Benguela, no dia 17 do mesmo mês. Permaneceu neste cargo até agosto de 1902.

A 14 de agosto de 1902, foi presente à Junta de Saúde que lhe concedeu uma licença de 30 dias. A 25 de setembro do mesmo ano, a Junta de Saúde prescreveu-lhe o regresso a Lisboa[4][29].

Por Portaria Régia de 6 de maio de 1903, Filipe Corte Real foi nomeado condutor de 2.ª classe da Direção Fiscal do Caminho de Ferro de Benguela, entrando em funções a 21 de maio[30]. A 12 de outubro de 1903, por indicação da Junta de Saúde, regressou à metrópole[31].

Outras informações

Obras

Notas

  1. 1,0 1,1 Arquivo Histórico Ultramarino, Angola, Obras Públicas, Processos Individuais. cx. 771/1, 1D UM, 1879-1929, "Filippe Alistão Telles Moniz Corte Real", Cópia do Registo de Batismo, 24/09/1880.
  2. Registo Geral de Mercês. Mercês de D. Luís I. liv. 21. f. 170v. (PT-TT-RGM-J-0021_m0344.tif e PT-TT-RGM-J-0021-m0345.tif). Visualizado em 13 maio, 2022.
  3. Um moço-fidalgo é o título menos honroso da primeira ordem de fidalguia. Raminelli 2015 apud Ronald Raminelli, «Nobreza e principais da terra - América Portuguesa, séculos XVII e XVIII», Topoi (Rio de Janeiro) 19, n. 38 (agosto de 2018): 217–40. Visualizado em 13 maio, 2022.
  4. 4,0 4,1 4,2 4,3 Arquivo Histórico Ultramarino, Angola, Obras Públicas, Processos Individuais. cx. 771/1, 1D UM, 1879-1929, "Filippe Alistão Telles Moniz Corte Real", Notas Biográficas, 11/10/1902.
  5. 5,0 5,1 Arquivo Histórico Ultramarino, Angola, Obras Públicas, Processos Individuais. cx. 771/1, 1D UM, 1879-1929, "Filippe Alistão Telles Moniz Corte Real", 10/01/1901.
  6. Arquivo Histórico Ultramarino, Angola, Obras Públicas, Processos Individuais. cx. 771/1, 1D UM, 1879-1929, "Filippe Alistão Telles Moniz Corte Real", Informação referida ao ano de 1883, 1/01/1884.
  7. Arquivo Central da Economia. Acervo Infraestruturas, Transportes e Comunicações. Processos Individuais de Funcionários. Cx. 153. SANTOS, João Macário dos. Visualizado em 13 maio, 2022.
  8. Observatório Político. "Vilhena, Júlio Marques de (1846-1928)". Visualizado a 13 maio, 2022.
  9. Arquivo Histórico Ultramarino, Angola, Obras Públicas, Processos Individuais. cx. 771/1, 1D UM, 1879-1929, "Filippe Alistão Telles Moniz Corte Real", 8/07/1881.
  10. Governo Geral de Angola (8/07/1881), "Portaria régia" nº79A, 2/12/1881, Boletim Oficial nº48.
  11. Governo Geral de Angola (2/12/1881), "Portaria provincial" nº180, 2/12/1881, Boletim Oficial nº48.
  12. Arquivo Histórico Ultramarino, Angola, Obras Públicas, Processos Individuais. cx. 771/1, 1D UM, 1879-1929, "Filippe Alistão Telles Moniz Corte Real", 21/01/01883, 24/08/1884 e 1/09/1884.
  13. Governo Geral de Angola (21/05/1884), "Portaria provincial" nº12, 27/05/1884, Boletim Oficial nº4.
  14. Governo Geral de Angola (19/02/1883), "Portaria régia" nº13, 5/05/1883, Boletim Oficial nº48.
  15. Governo Geral de Angola (5/05/1883), "Portaria régia" nº23, 27/5/1883, Boletim Oficial nº13.
  16. Governo Geral de Angola (21/03/1884), "Portaria régia" nº44, 3/05/1884, Boletim Oficial nº22.
  17. Arquivo Histórico Ultramarino, Angola, Obras Públicas, Processos Individuais. cx. 771/1, 1D UM, 1879-1929, "Filippe Alistão Telles Moniz Corte Real", 24/08/1884 e 31/10/1891.
  18. Governo Geral de Angola (20/12/1886), "Portaria régia" nº161A, 29/01/1887, Boletim Oficial nº5.
  19. 19,0 19,1 Arquivo Histórico Ultramarino. 771_1_E_F. Processos Individuais. Filippe Alistão Telles Moniz Corte Real. (P1142940, P1142941, P1142955)
  20. Arquivo Histórico Ultramarino. 771_1_E_F. Processos Individuais. Filippe Alistão Telles Moniz Corte Real. Portaria da Junta de Saúde de 24 de agosto de 1887. (P1142948)
  21. Portaria provincial nº160 de 23 do mesmo mês publicada no Boletim Oficial nº39 de 24 do mesmo mês
  22. Portaria régia nº110 de 24 de Outubro de 1887 publicada no Boletim Oficial nº49 de 3 de Dezembro do mesmo ano
  23. Portaria régia nº124 de 29 de Dezembro de 1887 publicada no Boletim Oficial nº8 de 25 de Fevereiro de 1888
  24. Arquivo Histórico Ultramarino. 771_1_E_F. Processos Individuais. Filippe Alistão Telles Moniz Corte Real. (P1142956, P1142957 e P1142958)
  25. Arquivo Histórico Ultramarino. 771_1_E_F. Processos Individuais. Filippe Alistão Telles Moniz Corte Real. (P1142959 e P1142960)
  26. Arquivo Histórico Ultramarino. 771_1_E_F. Processos Individuais. Filippe Alistão Telles Moniz Corte Real. (P1142964)
  27. Rui Branco, «A Vida Política (1834-1890)», em História Contemporânea de Portugal. Vol 2 - 1834-1890 - A Construção Nacional, por Pedro Tavares de Almeida, 1.a ed (Lisboa: Fundacion Mapfre/Editora Objectiva, 2013), 31–76. Visualizado em 10 junho, 2022.
  28. Arquivo Histórico Ultramarino. 771_1_E_F. Processos Individuais. Filippe Alistão Telles Moniz Corte Real. (P1142981)
  29. Arquivo Histórico Ultramarino. 771_1_E_F. Processos Individuais. Filippe Alistão Telles Moniz Corte Real. Guia n.º 414. (P1142987)
  30. Arquivo Histórico Ultramarino. 771_1_E_F. Processos Individuais. Filippe Alistão Telles Moniz Corte Real. (P1142996)
  31. Arquivo Histórico Ultramarino. 771_1_E_F. Processos Individuais. Filippe Alistão Telles Moniz Corte Real. Guia n.º 91 da Repartição da Fazenda Provincial de Angola. (P1142997)

Fontes

Arquivo Central da Economia. Acervo Infraestruturas, Transportes e Comunicações. Processos Individuais de Funcionários. Cx. 153. SANTOS, João Macário dos. Visualizado em 13 maio, 2022.

Arquivo Histórico Ultramarino. 771_1_E_F. Processos Individuais. Filippe Alistão Telles Moniz Corte Real.

AHSTP, Repertório Simples do Fundo Arquivístico: Câmara Municipal de São Tomé e Príncipe, "Livro de registo de pessoal técnico e de administração (1886-1890)".

AHU. 428 1N SEMU_MU DGU liv 1893_1919 Obras Públicas-Pessoal ULT.

AHU. 905 1N SEMU DGU liv 1880_1892 Reg pessoal das obras públicas ULT.

Bibliografia

Branco, Rui. «A Vida Política (1834-1890)». Em História Contemporânea de Portugal. Vol 2 - 1834-1890 - A Construção Nacional, por Pedro Tavares de Almeida, 31–76, 1.a ed. Lisboa: Fundacion Mapfre/Editora Objectiva, 2013. Visualizado a 10 junho, 2022.

Observatório Político. "Vilhena, Júlio Marques de (1846-1928)". Visualizado a 13 maio, 2022.

Raminelli, Ronald. «Nobreza e principais da terra - América Portuguesa, séculos XVII e XVIII». Topoi (Rio de Janeiro) 19, n. 38 (agosto de 2018): 217–40. Visualizado em 13 maio, 2022.

Ligações Externas

Autor(es) do artigo

Mafalda Pacheco

Gonçalo Margato

Departamento de Estudos Políticos, NOVA-FCSH

https://orcid.org/0000-0002-6248-3947

Financiamento

Fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto TechNetEMPIRE | Redes técnico-científicas na formação do ambiente construído no Império português (1647-1871) PTDC/ART-DAQ/31959/2017

DOI

Citar este artigo