Francisco Mendes Esculca: diferenças entre revisões

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Em Maio de 1898, pediu ao Ministério da Marinha e das Obras Públicas para ser enviado para a África Ocidental. O seu pedido foi aceite em Março de 1899, tendo recebido uma licença para desempenhar o cargo de [[Condutor de 2ª classe|condutor]] de 2ª classe em Angola. Em Agosto de 1902 a  [[Direcção dos Caminhos de Ferro Ultramarinos|Direcção dos Caminhos-de-Ferro Ultramarinos]] nomeou-o para o serviço de fiscalização dos Caminhos-de-Ferro de Ambaca desempenhando enquanto [[Condutor de 1ª classe|condutor]] de 1ª classe provisório, devido a falta de condutores nessa província<ref name=":0" /><ref>"Direcção dos Caminhos de Ferro Ultramarinos", Decreto de 3 de Setembro de 1903, ''Diário do Governo'' nº 206, de 16 de Setembro de 1903, 3218.</ref>. Manteve-se nesse cargo pelo menos até Janeiro de 1906, data em que recebeu uma licença de 60 dias<ref>''"''Na Arcada''", A Vanguarda,'' nº 3307 de 24 de Janeiro de 1906, [1].</ref>.
Em Maio de 1898, pediu ao Ministério da Marinha e das Obras Públicas para ser enviado para a África Ocidental. O seu pedido foi aceite em Março de 1899, tendo recebido uma licença para desempenhar o cargo de [[Condutor de 2ª classe|condutor]] de 2ª classe em Angola. Em Agosto de 1902 a  [[Direcção dos Caminhos de Ferro Ultramarinos|Direcção dos Caminhos-de-Ferro Ultramarinos]] nomeou-o para o serviço de fiscalização dos Caminhos-de-Ferro de Ambaca desempenhando enquanto [[Condutor de 1ª classe|condutor]] de 1ª classe provisório, devido a falta de condutores nessa província<ref name=":0" /><ref>"Direcção dos Caminhos de Ferro Ultramarinos", Decreto de 3 de Setembro de 1903, ''Diário do Governo'' nº 206, de 16 de Setembro de 1903, 3218.</ref>. Manteve-se nesse cargo pelo menos até Janeiro de 1906, data em que recebeu uma licença de 60 dias<ref>''"''Na Arcada''", A Vanguarda,'' nº 3307 de 24 de Janeiro de 1906, [1].</ref>.


Regressou ao reino em 1906, após ter sido exonerado, a seu pedido, do lugar de condutor de 1ª classe da [[Direcção de Caminhos de Ferro de Luanda|Direcção de Caminhos-de-Ferro de Luanda]]<ref>Arquivo Histórico Ultramarino. "Francisco Mendes Esculca - “Guia da Direção dos Caminhos de Ferro Ultramarinos, de 23 de Março de 1906" in Angola. Obras Públicas. Processos individuais, Caixa 771/2, E-F.</ref><ref>"Despachos effectuados nas datas abaixo indicadas", Portaria de 20 de Março de 1906, ''Diário do Governo'' nº 63, de 21 de Março de 1906, 1023.</ref>, onde continuou a sua carreira como condutor de 3ª classe em serviço destacado no Ministério da Marinha e Ultramar<ref>"Repartição do Pessoal. Março 24", ''Diário do Governo'' nº 69, de 28 de Março de 1906, 1092.</ref>. Em Janeiro de 1909 ''O Roteiro'' e o ''Diário Ilustrado'' anunciaram a sua passagem à disponibilidade<ref>"Despachos. Obras Públicas", ''O Roteiro'' nº 1, 1 de Fevereiro de 1909.</ref><ref>"Obras Publicas", ''Diário Ilustrado'' nº 12759, de 26 de Janeiro de 1909, 3.</ref>. Em Fevereiro de 1909 foi colocado na Direcção das Obras Públicas de Vila Real<ref>"Repartição do Pessoal. Fevereiro 11", ''Diário do Governo'' nº 36, de 16 de Fevereiro de 1909, 544.</ref>.  
Regressou ao reino em 1906, após ter sido exonerado, a seu pedido, do lugar de condutor de 1ª classe da [[Direcção de Caminhos de Ferro de Luanda|Direcção de Caminhos-de-Ferro de Luanda]]<ref>Arquivo Histórico Ultramarino. "Francisco Mendes Esculca - “Guia da Direção dos Caminhos de Ferro Ultramarinos, de 23 de Março de 1906" in Angola. Obras Públicas. Processos individuais, Caixa 771/2, E-F.</ref><ref>"Despachos effectuados nas datas abaixo indicadas", Portaria de 20 de Março de 1906, ''Diário do Governo'' nº 63, de 21 de Março de 1906, 1023.</ref>, onde continuou a sua carreira como condutor de 3ª classe em serviço destacado no Ministério da Marinha e Ultramar<ref>"Repartição do Pessoal. Março 24", ''Diário do Governo'' nº 69, de 28 de Março de 1906, 1092.</ref>. Em Janeiro de 1909 ''O Roteiro'' e o ''Diário Ilustrado'' anunciaram a sua passagem à disponibilidade<ref>"Despachos. Obras Públicas", ''O Roteiro'' nº 1, de 1 de Fevereiro de 1909.</ref><ref>"Obras Publicas", ''Diário Ilustrado'' nº 12759, de 26 de Janeiro de 1909, 3.</ref>. Em Fevereiro de 1909 foi colocado na Direcção das Obras Públicas de Vila Real<ref>"Repartição do Pessoal. Fevereiro 11", ''Diário do Governo'' nº 36, de 16 de Fevereiro de 1909, 544.</ref>.  


Ao longo da sua carreira foi acumulando consecutivas licenças ilimitadas - publicadas em diversos Diários do Governo. Em 1913 encontrava-se inativo por doença<ref>"Sessão nº 37", ''Diário do Governo'' nº 37, de 15 de Fevereiro de 1913, 11.</ref>.  
Ao longo da sua carreira foi acumulando consecutivas licenças ilimitadas - publicadas em diversos Diários do Governo. Em 1913 encontrava-se inativo por doença<ref>"Sessão nº 37", ''Diário do Governo'' nº 37, de 15 de Fevereiro de 1913, 11.</ref>.  

Revisão das 15h34min de 27 de dezembro de 2022


Francisco Mendes Esculca
Nome completo Francisco Mendes Esculca
Outras Grafias valor desconhecido
Pai Francisco Rodrigues Esculca
Mãe Maria José Mendes
Cônjuge valor desconhecido
Filho(s) valor desconhecido
Irmão(s) valor desconhecido
Nascimento 21 abril 1866
Oliveira do Hospital, Portugal
Morte 7 novembro 1937
Oliveira do Hospital, Portugal
Sexo Masculino
Religião valor desconhecido
Residência
Residência Oliveira do Hospital, Portugal
Data Início: 21 de abril de 1866
Fim: 07 de novembro de 1937

Residência Lisboa, Portugal

Residência Angola
Data Início: março de 1899
Fim: janeiro de 1906
Cargos
Cargo Apontador
Data Início: 1885
Fim: 1889

Cargo Condutor auxiliar
Data Início: 1889
Fim: 1892

Cargo Condutor de 3ª classe
Data Início: 1892
Fim: 1899

Cargo Condutor de 2ª classe
Data Início: 1899
Fim: 1902

Cargo Condutor de 1ª classe
Data Início: 1902
Fim: 1906

Cargo Condutor de 3ª classe
Data Início: fevereiro de 1909
Actividade
Actividade Fiscalização
Data Início: 1885
Fim: 1889
Local de Actividade Portalegre, Portugal


Biografia

Dados biográficos

Francisco Mendes Esculca nasceu a 21 de Abril de 1866 no lugar de Vendas de Galizes, freguesia de Nogueira do Cravo, concelho de Oliveira do Hospital, distrito de Coimbra. Era filho legítimo de Francisco Rodrigues Esculca (ou Culcas), natural de Bobadela, e de Maria José Mendes, natural de Vendas de Galizes, da referida freguesia onde também casaram e eram moradores. Era neto paterno de Manuel Rodrigues Culcas e de Maria Caetana, da Bobadela, e materno de António Mendes e de Maria [da Luz], de Vendas de Galizes[1]. Até à data de 1903 encontrava-se solteiro e sem filhos[2]. Faleceu a 7 de Novembro de 1937 no lugar onde nasceu[3][1].

Carreira

Francisco Mendes Esculca Iniciou a sua carreira como apontador no município de Ponte de Soure, Portalegre, cargo que desempenhou de 1885 a 1889. De Novembro a Dezembro de 1889 passou a trabalhar como condutor auxiliar nas Obras Públicas em Bragança. Tornou-se condutor de 3ª classe em 1892 e de 2ª classe em 1899. Em Dezembro de 1892 foi nomeado condutor auxiliar[4]. De 1898 a 1899, chefiou a 4ª secção de construção das Obras Públicas de Viana do Castelo[2].

Em Maio de 1898, pediu ao Ministério da Marinha e das Obras Públicas para ser enviado para a África Ocidental. O seu pedido foi aceite em Março de 1899, tendo recebido uma licença para desempenhar o cargo de condutor de 2ª classe em Angola. Em Agosto de 1902 a Direcção dos Caminhos-de-Ferro Ultramarinos nomeou-o para o serviço de fiscalização dos Caminhos-de-Ferro de Ambaca desempenhando enquanto condutor de 1ª classe provisório, devido a falta de condutores nessa província[2][5]. Manteve-se nesse cargo pelo menos até Janeiro de 1906, data em que recebeu uma licença de 60 dias[6].

Regressou ao reino em 1906, após ter sido exonerado, a seu pedido, do lugar de condutor de 1ª classe da Direcção de Caminhos-de-Ferro de Luanda[7][8], onde continuou a sua carreira como condutor de 3ª classe em serviço destacado no Ministério da Marinha e Ultramar[9]. Em Janeiro de 1909 O Roteiro e o Diário Ilustrado anunciaram a sua passagem à disponibilidade[10][11]. Em Fevereiro de 1909 foi colocado na Direcção das Obras Públicas de Vila Real[12].

Ao longo da sua carreira foi acumulando consecutivas licenças ilimitadas - publicadas em diversos Diários do Governo. Em 1913 encontrava-se inativo por doença[13].

Outras informações

Antes de Francisco Mendes Esculca, António Heitor desempenhava o cargo de condutor de 1ª classe na fiscalização dos Caminhos de Ferro de Ambaca. Em 1903, este último foi transferido para a repartição dos Caminhos de Ferro Ultramarinos[2].

Obras

Fiscalização dos Caminhos-de-Ferro de Luanda a Ambaca (1902-1906).

Notas

  1. 1,0 1,1 Arquivo da Universidade de Coimbra, Oliveira do Hospital, Paróquia de Nogueira do Cravo, Baptismos 1860-1869, fl. 9-9v, nº 26.
  2. 2,0 2,1 2,2 2,3 Arquivo Histórico Ultramarino. "Francisco Mendes Esculca - Processo individual" in Angola. Obras Públicas. Processos individuais, Caixa 771/2, E-F.
  3. Averbamento nº 1 ao assento de baptismo. Registo de óbito nº 415 de 18.11.1937, Conservatória do Registo Civil de Oliveira do Hospital.
  4. "Ministério das Obras Publicas, Commercio e Industria (...)" Despacho de 26 de Fevereiro de 1894, Diário do Governo nº 237, de 18 de Outubro de 1894, 2782.
  5. "Direcção dos Caminhos de Ferro Ultramarinos", Decreto de 3 de Setembro de 1903, Diário do Governo nº 206, de 16 de Setembro de 1903, 3218.
  6. "Na Arcada", A Vanguarda, nº 3307 de 24 de Janeiro de 1906, [1].
  7. Arquivo Histórico Ultramarino. "Francisco Mendes Esculca - “Guia da Direção dos Caminhos de Ferro Ultramarinos, de 23 de Março de 1906" in Angola. Obras Públicas. Processos individuais, Caixa 771/2, E-F.
  8. "Despachos effectuados nas datas abaixo indicadas", Portaria de 20 de Março de 1906, Diário do Governo nº 63, de 21 de Março de 1906, 1023.
  9. "Repartição do Pessoal. Março 24", Diário do Governo nº 69, de 28 de Março de 1906, 1092.
  10. "Despachos. Obras Públicas", O Roteiro nº 1, de 1 de Fevereiro de 1909.
  11. "Obras Publicas", Diário Ilustrado nº 12759, de 26 de Janeiro de 1909, 3.
  12. "Repartição do Pessoal. Fevereiro 11", Diário do Governo nº 36, de 16 de Fevereiro de 1909, 544.
  13. "Sessão nº 37", Diário do Governo nº 37, de 15 de Fevereiro de 1913, 11.

Fontes

Arquivo da Universidade de Coimbra, Oliveira do Hospital, Paróquia de Nogueira do Cravo, Baptismos 1860-1869.

Arquivo Histórico Ultramarino, Angola, Obras Públicas, Processos individuais, Caixa 771/2, E-F.

A Vanguarda nº 3307, de 24 de Janeiro de 1906.

Diário do Governo nº 237, de 18 de Outubro de 1894.

Diário do Governo nº 206, de 16 de Setembro de 1903.

Diário do Governo nº 63, de 21 de Março de 1906.

Diário do Governo nº 69, de 28 de Março de 1906.

Diário do Governo nº 36, de 16 de Fevereiro de 1909.

Diário do Governo nº 37, de 15 de Fevereiro de 1913.

Diário Ilustrado nº 12759, de 26 de Janeiro de 1909.

O Roteiro nº 1, 1 de Fevereiro de 1909.


Bibliografia

Ligações Externas

Autor(es) do artigo

Mariana Nicolau

https://orcid.org/0000-0002-1454-1794

Sandra Osório da Silva

Departamento de História, FCSH, Universidade NOVA de Lisboa

https://orcid.org/0000-0001-7529-5008

Financiamento

Fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto TechNetEMPIRE | Redes técnico-científicas na formação do ambiente construído no Império português (1647-1871) PTDC/ART-DAQ/31959/2017

DOI

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