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===Dados biográficos=== <!--Nome pelo qual é conhecido. Local de nascimento. Data. Filiação (pai/mãe). Casamento(s). Filhos(s). Formação escolar e académica. Sítios onde estudou. Outros dados biográficos que sejam interessantes/relevantes-->
===Dados biográficos=== <!--Nome pelo qual é conhecido. Local de nascimento. Data. Filiação (pai/mãe). Casamento(s). Filhos(s). Formação escolar e académica. Sítios onde estudou. Outros dados biográficos que sejam interessantes/relevantes-->


Francisco Mendes Esculca nasceu a 21 de Abril de 1866 no lugar de Vendas de Galizes, freguesia de Nogueira do Cravo, concelho de Oliveira do Hospital, distrito de Coimbra. Era filho legítimo de Francisco Rodrigues Esculca (ou Culcas), natural de Bobadela, e de Maria José Mendes, natural de Vendas de Galizes, da referida freguesia onde também casaram e eram moradores. Era neto paterno de Manuel Rodrigues Culcas e de Maria Caetana, da Bobadela, e materno de António Mendes e de Maria [da Luz], de Vendas de Galizes<ref name=":1">Arquivo da Universidade de Coimbra, Oliveira do Hospital, Paróquia de Nogueira do Cravo, Baptismos 1860-1869, fl. 9-9v, nº 26.</ref>. Até à data de 1903 encontrava-se solteiro e sem filhos<ref name=":0">Arquivo Histórico Ultramarino. "Francisco Mendes Esculca - Processo individual" in Angola. Obras Públicas. Processos individuais, Caixa 771/2, E-F.</ref>. Faleceu a 7 de Novembro de 1937 no lugar onde nasceu<ref>Averbamento nº 1 ao assento de baptismo. Registo de óbito nº 415 de 18.11.1937, Conservatória do Registo Civil de Oliveira do Hospital.</ref><ref name=":1" />.
Francisco Mendes Esculca nasceu a 21 de Abril de 1866 no lugar de Vendas de Galizes, freguesia de Nogueira do Cravo, concelho de Oliveira do Hospital, distrito de Coimbra. Era filho legítimo de Francisco Rodrigues Esculca (ou Culcas), natural de Bobadela, e de Maria José Mendes, natural de Vendas de Galizes, da referida freguesia onde também casaram e eram moradores. Era neto paterno de Manuel Rodrigues Culcas e de Maria Caetana, da Bobadela, e materno de António Mendes e de Maria [da Luz], de Vendas de Galizes<ref name=":1">Arquivo da Universidade de Coimbra, Oliveira do Hospital, Paróquia de Nogueira do Cravo, Baptismos 1860-1869, fl. 9-9v, nº 26.</ref>. Até à data de 1903 encontrava-se solteiro e sem filhos<ref name=":0">Arquivo Histórico Ultramarino. "Francisco Mendes Esculca - Processo individual" in Angola. Obras Públicas. Processos individuais, Caixa 771/2, E-F.</ref>.  
 
Tinha o Bilhete de Identidade nº 59.316, emitido em Lisboa<ref>Arquivo Histórico Ministério das Obras Públicas. "Francisco Mendes Esculca - Ministério do Comércio e Comunicações, Coimbra" in Processos Individuais. Caixa 56.</ref>. 
 
Faleceu a 7 de Novembro de 1937 no lugar onde nasceu<ref>Averbamento nº 1 ao assento de baptismo. Registo de óbito nº 415 de 18.11.1937, Conservatória do Registo Civil de Oliveira do Hospital.</ref><ref name=":1" />.


===Carreira===
===Carreira===


Francisco Mendes Esculca Iniciou a sua carreira como [[apontador]] no município de Ponte de Soure, Portalegre, cargo que desempenhou de 1885 a 1889. De Novembro a Dezembro de 1889 passou a trabalhar como condutor auxiliar nas Obras Públicas em Bragança. Tornou-se [[Condutor de Obras|condutor]] de 3ª classe em 1892 e de 2ª classe em 1899. Em Dezembro de 1892 foi nomeado condutor auxiliar<ref>"Ministério das Obras Publicas, Commercio e Industria (...)" Despacho de 26 de Fevereiro de 1894, ''Diário do Governo'' nº 237, de 18 de Outubro de 1894, 2782.</ref>. De 1898 a 1899, chefiou a 4ª secção de construção das Obras Públicas de Viana do Castelo<ref name=":0" />.
Francisco Mendes Esculca Iniciou a sua carreira como [[apontador]] no município de Ponte de Soure, Portalegre, cargo que desempenhou de 1885 a 1889. De Novembro a Dezembro de 1889 passou a trabalhar como condutor auxiliar nas Obras Públicas em Bragança. Tornou-se [[Condutor de Obras|condutor]] de 3ª classe em 1892 e de 2ª classe em 1899. Em Dezembro de 1892 foi nomeado condutor auxiliar<ref>"Ministério das Obras Publicas, Commercio e Industria (...)" Despacho de 26 de Fevereiro de 1894, ''Diário do Governo'' nº 237, de 18 de Outubro de 1894, 2782.</ref>. De 1898 a 1899, chefiou a 4ª secção de construção das Obras Públicas de Viana do Castelo<ref name=":0" />.


'''Nomeado condutor auxiliar das obras públicas (por despacho de 27 de Novembro de 1889) , tendo-se apresentado ao serviço em Dezembro de 1889, tendo sido transferido para Coimbra por despacho de 8 de Abril do mesmo ano. (AHMOP " lista de actividade profissional").'''
Foi licenciado em 1 de Janeiro de 1892. Por despacho de 22 de Abril de 1895 foi colocado na situação de disponibilidade. Por Portaria de 11 de Julho de 1895 (Diário do Governo nº 154 do mesmo mês) ficou adido ao quadro dos condutores de 3ª classe. Por despacho de 14 de Maio de 1898 passou à actividade e foi colocado na Direcção das Obras Públicas de Viseu<ref name=":2">Arquivo Histórico Ministério das Obras Públicas. "Francisco Mendes Esculca - Lista de actividade profissional" in Processos Individuais. Caixa 56.</ref>, onde prestou serviço de 25 de Junho a 18 de Abril de 1899<ref>Arquivo Histórico Ministério das Obras Públicas. "Francisco Mendes Esculca - Certidão da Secretaria da Direcção de Estradas do Distrito de Viseu, e 14 de Agosto de 1934" in Processos Individuais. Caixa 56.</ref>.


'''Foi licenciado em 1 de Janeiro de 1892. Por despacho de 22 de Abril de 1895 foi colocado na situação de disponibilidade. Por Portaria de 11 de Julho de 1895 (Diário do Governo nº 154 do mesmo mês) ficou adido ao quadro dos condutores de 3ª classe. Por despacho de de 14 de Maio de 1898 passou à actividade e foi colocado na Direcção das Obras Públicas de Viseu. Em 25 de Julho do mesmo ano foi requisitado pelo  Ministério da Marinha, pelo facto de ter sido nomeado condutor de 2ª classe das Obras Públicas do Ultramar (despacho de 7 de Abril de 1899, Diário do Governo nº 79 do mesmo mês). Por decreto de 7 de Novembro de 1901 (Diário do Governo nº 253 de 9 do mesmo mês foi colocado no quadro com a categoria de condutor de 3ªa classe. Por despacho de 7 de Fevereiro de 1906 foi mandado rectificar a sua situação para serviço destacado ao serviço do Ministério da Marinha na Direcção dos Caminhos de Ferro de Luanda. Em 24 de Janeiro de 1906, por despacho da mesma data, desempenhou a chefia da via e obras no caminho de ferro de Luanda. Por despacho de 11 de Fevereiro de 1909 foi colocado na Direcção das Obras Públicas de Vila Real (Diário do Governo de de 16 de 1909.'''
Em Maio de 1898, pediu ao Ministério da Marinha e das Obras Públicas para ser enviado para a África Ocidental. O seu pedido foi aceite em Março de 1899, tendo recebido uma licença para desempenhar o cargo de [[Condutor de 2ª classe|condutor]] de 2ª classe em Angola (despacho de 7 de Abril de 1899, Diário do Governo nº 79 do mesmo mês)<ref name=":2" />.


'''Juntas Médicas em''' '''7 de Junho de 1909, 16 de Novembro de 1910, 16 de Maio de 1911, 7 de Outubro de 1911, 13 de Dezembro de 1911.'''
Por decreto de 7 de Novembro de 1901 (Diário do Governo nº 253 de 9 do mesmo mês) foi colocado no quadro com a categoria de condutor de 3ª classe<ref name=":2" />.


'''Por''' '''Despacho de 12 de Janeiro de 1914''' '''foi colocado na Direcção das Obras Públicas de Coimbra (Diário do Governo de 28 de Janeiro de 1914). Por Decreto de 29 de Abril de 1916 foi promovido a condutor de classe (Diário do Governo de 118 de Maio de 1916). Por Decreto de 25 de Outubro de 1920 (DG 247 de 6 de Novembro de 1920) foi colocado no quadro com a categoria de engenheiro auxiliar de 3ª classe. Por Portaria de 23 de Março de 1921 (DG 72 de 30 de Março de 1921) na Administração Geral das Estradas e Turismo. Por Decreto de 28 de Outubro de 1924 foi promovido à 2ª classe (DG 281, 2ª série, de 29 de Novembro de 1924). Por decreto de 21 de Setembro de 1932 foi promovido à 1ª classe (DG 252, 2ª série, 27 de Outubro de 1932. (AHMOP " lista de actividade profissional").'''
Em Agosto de 1902 a  [[Direcção dos Caminhos de Ferro Ultramarinos|Direcção dos Caminhos-de-Ferro Ultramarinos]] nomeou-o para o serviço de fiscalização dos Caminhos-de-Ferro de Ambaca desempenhando enquanto [[Condutor de 1ª classe|condutor]] de classe provisório, devido a falta de condutores nessa província<ref name=":0" /><ref>"Direcção dos Caminhos de Ferro Ultramarinos", Decreto de 3 de Setembro de 1903, ''Diário do Governo'' nº 206, de 16 de Setembro de 1903, 3218.</ref>. Manteve-se nesse cargo pelo menos até Janeiro de 1906, data em que recebeu uma licença de 60 dias<ref>''"''Na Arcada''", A Vanguarda,'' nº 3307 de 24 de Janeiro de 1906, [1].</ref>.


'''Bilhete de Identidade 59.316, Lisboa.''' ('''AHMOP "Ministério do Comércio e Comunicações, Coimbra,'''  
Regressou ao reino em 1906, após ter sido exonerado, a seu pedido, do lugar de condutor de 1ª classe da [[Direcção de Caminhos de Ferro de Luanda|Direcção de Caminhos-de-Ferro de Luanda]]<ref>Arquivo Histórico Ultramarino. "Francisco Mendes Esculca - “Guia da Direção dos Caminhos de Ferro Ultramarinos, de 23 de Março de 1906" in Angola. Obras Públicas. Processos individuais, Caixa 771/2, E-F.</ref><ref>"Despachos effectuados nas datas abaixo indicadas", Portaria de 20 de Março de 1906, ''Diário do Governo'' nº 63, de 21 de Março de 1906, 1023.</ref> onde desempenhava a chefia da via e obras no caminho-de-ferro de Luanda<ref name=":2" />, onde continuou a sua carreira como condutor de 3ª classe em serviço destacado no Ministério da Marinha e Ultramar<ref>"Repartição do Pessoal. Março 24", ''Diário do Governo'' nº 69, de 28 de Março de 1906, 1092.</ref><ref name=":2" />. Em Janeiro de 1909 ''O Roteiro'' e o ''Diário Ilustrado'' anunciaram a sua passagem à disponibilidade<ref>"Despachos. Obras Públicas", ''O Roteiro'' nº 1, de 1 de Fevereiro de 1909.</ref><ref>"Obras Publicas", ''Diário Ilustrado'' nº 12759, de 26 de Janeiro de 1909, 3.</ref>. Em Fevereiro de 1909 foi colocado na Direcção das Obras Públicas de Vila Real<ref>"Repartição do Pessoal. Fevereiro 11", ''Diário do Governo'' nº 36, de 16 de Fevereiro de 1909, 544.</ref><ref name=":2" />.


Ao longo da sua carreira foi a diversas Juntas Médicas, a saber: 7 de Junho de 1909, 16 de Novembro de 1910, 16 de Maio de 1911, 7 de Outubro de 1911, 13 de Dezembro de 1911<ref name=":2" />. Foi também acumulando consecutivas licenças ilimitadas - publicadas em diversos Diários do Governo. Em 1913 encontrava-se inativo por doença<ref>"Sessão nº 37", ''Diário do Governo'' nº 37, de 15 de Fevereiro de 1913, 11.</ref>. 


'''Prestou serviço na Direcçao das Estradas de Viseu desde 25 de Junho 1898 a 18 de Abril de 1899. (AHMOP "Certidão da Secretaria da Direcção de Estradas do Districto de Viseu, e 14 de Agosto de 1934".)'''
Por Despacho de 12 de Janeiro de 1914 foi colocado na Direcção das Obras Públicas de Coimbra (Diário do Governo de 28 de Janeiro de 1914). Por Decreto de 29 de Abril de 1916 foi promovido a condutor de 2ª classe (Diário do Governo de 18 de Maio de 1916). Por Decreto de 25 de Outubro de 1920 (Diário do Governo 247 de 6 de Novembro de 1920) foi colocado no quadro com a categoria de engenheiro auxiliar de classe. Por Portaria de 23 de Março de 1921 (Diário do Governo 72 de 30 de Março de 1921) na Administração Geral das Estradas e Turismo. Por Decreto de 28 de Outubro de 1924 foi promovido à 2ª classe (Diário do Governo 281, 2ª série, de 29 de Novembro de 1924). Por decreto de 21 de Setembro de 1932 foi promovido à 1ª classe (DG 252, 2ª série, 27 de Outubro de 1932<ref name=":2" />.  
 
 
Em Maio de 1898, pediu ao Ministério da Marinha e das Obras Públicas para ser enviado para a África Ocidental. O seu pedido foi aceite em Março de 1899, tendo recebido uma licença para desempenhar o cargo de [[Condutor de 2ª classe|condutor]] de 2ª classe em Angola. Em Agosto de 1902 a  [[Direcção dos Caminhos de Ferro Ultramarinos|Direcção dos Caminhos-de-Ferro Ultramarinos]] nomeou-o para o serviço de fiscalização dos Caminhos-de-Ferro de Ambaca desempenhando enquanto [[Condutor de 1ª classe|condutor]] de 1ª classe provisório, devido a falta de condutores nessa província<ref name=":0" /><ref>"Direcção dos Caminhos de Ferro Ultramarinos", Decreto de 3 de Setembro de 1903, ''Diário do Governo'' nº 206, de 16 de Setembro de 1903, 3218.</ref>. Manteve-se nesse cargo pelo menos até Janeiro de 1906, data em que recebeu uma licença de 60 dias<ref>''"''Na Arcada''", A Vanguarda,'' nº 3307 de 24 de Janeiro de 1906, [1].</ref>.
 
Regressou ao reino em 1906, após ter sido exonerado, a seu pedido, do lugar de condutor de classe da [[Direcção de Caminhos de Ferro de Luanda|Direcção de Caminhos-de-Ferro de Luanda]]<ref>Arquivo Histórico Ultramarino. "Francisco Mendes Esculca - “Guia da Direção dos Caminhos de Ferro Ultramarinos, de 23 de Março de 1906" in Angola. Obras Públicas. Processos individuais, Caixa 771/2, E-F.</ref><ref>"Despachos effectuados nas datas abaixo indicadas", Portaria de 20 de Março de 1906, ''Diário do Governo'' nº 63, de 21 de Março de 1906, 1023.</ref>, onde continuou a sua carreira como condutor de 3ª classe em serviço destacado no Ministério da Marinha e Ultramar<ref>"Repartição do Pessoal. Março 24", ''Diário do Governo'' nº 69, de 28 de Março de 1906, 1092.</ref>. Em Janeiro de 1909 ''O Roteiro'' e o ''Diário Ilustrado'' anunciaram a sua passagem à disponibilidade<ref>"Despachos. Obras Públicas", ''O Roteiro'' nº 1, de 1 de Fevereiro de 1909.</ref><ref>"Obras Publicas", ''Diário Ilustrado'' nº 12759, de 26 de Janeiro de 1909, 3.</ref>. Em Fevereiro de 1909 foi colocado na Direcção das Obras Públicas de Vila Real<ref>"Repartição do Pessoal. Fevereiro 11", ''Diário do Governo'' nº 36, de 16 de Fevereiro de 1909, 544.</ref>.
 
Ao longo da sua carreira foi acumulando consecutivas licenças ilimitadas - publicadas em diversos Diários do Governo. Em 1913 encontrava-se inativo por doença<ref>"Sessão nº 37", ''Diário do Governo'' nº 37, de 15 de Fevereiro de 1913, 11.</ref>.


'''De 2 de Novembro de 1934 a ... desempenhou as funções de agente técnico de Engenharia de 1ª clarre do quadro das obras públicas (promovido por decreto de 21 de Setembro, Diário do Governo nº 252, 2ªa Série, de 27 de Outubro de 1932) (AHMOP "Direcção das Estradas do Districto de Coimbra, 10 de Novembro de 1932)'''  
'''De 2 de Novembro de 1934 a ... desempenhou as funções de agente técnico de Engenharia de 1ª clarre do quadro das obras públicas (promovido por decreto de 21 de Setembro, Diário do Governo nº 252, 2ªa Série, de 27 de Outubro de 1932) (AHMOP "Direcção das Estradas do Districto de Coimbra, 10 de Novembro de 1932)'''  
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==Fontes==<!-- Ou seja, as fontes, com links quando possível, que conhecem sobre o assunto. Atenção: Chicago bibliography-->
==Fontes==<!-- Ou seja, as fontes, com links quando possível, que conhecem sobre o assunto. Atenção: Chicago bibliography-->
Arquivo da Universidade de Coimbra, Oliveira do Hospital, Paróquia de Nogueira do Cravo, Baptismos 1860-1869.
Arquivo da Universidade de Coimbra, Oliveira do Hospital, Paróquia de Nogueira do Cravo, Baptismos 1860-1869.
Arquivo Histórico Ministério das Obras Públicas, Processos Individuais, Caixa 56.


Arquivo Histórico Ultramarino, Angola, Obras Públicas, Processos individuais, Caixa 771/2, E-F.
Arquivo Histórico Ultramarino, Angola, Obras Públicas, Processos individuais, Caixa 771/2, E-F.

Revisão das 18h32min de 31 de janeiro de 2023


Francisco Mendes Esculca
Nome completo Francisco Mendes Esculca
Outras Grafias valor desconhecido
Pai Francisco Rodrigues Esculca
Mãe Maria José Mendes
Cônjuge valor desconhecido
Filho(s) valor desconhecido
Irmão(s) valor desconhecido
Nascimento 21 abril 1866
Oliveira do Hospital, Portugal
Morte 7 novembro 1937
Oliveira do Hospital, Portugal
Sexo Masculino
Religião valor desconhecido
Residência
Residência Oliveira do Hospital, Portugal
Data Início: 21 de abril de 1866
Fim: 07 de novembro de 1937

Residência Lisboa, Portugal

Residência Angola
Data Início: março de 1899
Fim: janeiro de 1906
Cargos
Cargo Apontador
Data Início: 1885
Fim: 1889

Cargo Condutor auxiliar
Data Início: 1889
Fim: 1892

Cargo Condutor de 3ª classe
Data Início: 1892
Fim: 1899

Cargo Condutor de 2ª classe
Data Início: 1899
Fim: 1902

Cargo Condutor de 1ª classe
Data Início: 1902
Fim: 1906

Cargo Condutor de 3ª classe
Data Início: fevereiro de 1909
Actividade
Actividade Fiscalização
Data Início: 1885
Fim: 1889
Local de Actividade Portalegre, Portugal


Biografia

Dados biográficos

Francisco Mendes Esculca nasceu a 21 de Abril de 1866 no lugar de Vendas de Galizes, freguesia de Nogueira do Cravo, concelho de Oliveira do Hospital, distrito de Coimbra. Era filho legítimo de Francisco Rodrigues Esculca (ou Culcas), natural de Bobadela, e de Maria José Mendes, natural de Vendas de Galizes, da referida freguesia onde também casaram e eram moradores. Era neto paterno de Manuel Rodrigues Culcas e de Maria Caetana, da Bobadela, e materno de António Mendes e de Maria [da Luz], de Vendas de Galizes[1]. Até à data de 1903 encontrava-se solteiro e sem filhos[2].

Tinha o Bilhete de Identidade nº 59.316, emitido em Lisboa[3].

Faleceu a 7 de Novembro de 1937 no lugar onde nasceu[4][1].

Carreira

Francisco Mendes Esculca Iniciou a sua carreira como apontador no município de Ponte de Soure, Portalegre, cargo que desempenhou de 1885 a 1889. De Novembro a Dezembro de 1889 passou a trabalhar como condutor auxiliar nas Obras Públicas em Bragança. Tornou-se condutor de 3ª classe em 1892 e de 2ª classe em 1899. Em Dezembro de 1892 foi nomeado condutor auxiliar[5]. De 1898 a 1899, chefiou a 4ª secção de construção das Obras Públicas de Viana do Castelo[2].

Foi licenciado em 1 de Janeiro de 1892. Por despacho de 22 de Abril de 1895 foi colocado na situação de disponibilidade. Por Portaria de 11 de Julho de 1895 (Diário do Governo nº 154 do mesmo mês) ficou adido ao quadro dos condutores de 3ª classe. Por despacho de 14 de Maio de 1898 passou à actividade e foi colocado na Direcção das Obras Públicas de Viseu[6], onde prestou serviço de 25 de Junho a 18 de Abril de 1899[7].

Em Maio de 1898, pediu ao Ministério da Marinha e das Obras Públicas para ser enviado para a África Ocidental. O seu pedido foi aceite em Março de 1899, tendo recebido uma licença para desempenhar o cargo de condutor de 2ª classe em Angola (despacho de 7 de Abril de 1899, Diário do Governo nº 79 do mesmo mês)[6].

Por decreto de 7 de Novembro de 1901 (Diário do Governo nº 253 de 9 do mesmo mês) foi colocado no quadro com a categoria de condutor de 3ª classe[6].

Em Agosto de 1902 a Direcção dos Caminhos-de-Ferro Ultramarinos nomeou-o para o serviço de fiscalização dos Caminhos-de-Ferro de Ambaca desempenhando enquanto condutor de 1ª classe provisório, devido a falta de condutores nessa província[2][8]. Manteve-se nesse cargo pelo menos até Janeiro de 1906, data em que recebeu uma licença de 60 dias[9].

Regressou ao reino em 1906, após ter sido exonerado, a seu pedido, do lugar de condutor de 1ª classe da Direcção de Caminhos-de-Ferro de Luanda[10][11] onde desempenhava a chefia da via e obras no caminho-de-ferro de Luanda[6], onde continuou a sua carreira como condutor de 3ª classe em serviço destacado no Ministério da Marinha e Ultramar[12][6]. Em Janeiro de 1909 O Roteiro e o Diário Ilustrado anunciaram a sua passagem à disponibilidade[13][14]. Em Fevereiro de 1909 foi colocado na Direcção das Obras Públicas de Vila Real[15][6].

Ao longo da sua carreira foi a diversas Juntas Médicas, a saber: 7 de Junho de 1909, 16 de Novembro de 1910, 16 de Maio de 1911, 7 de Outubro de 1911, 13 de Dezembro de 1911[6]. Foi também acumulando consecutivas licenças ilimitadas - publicadas em diversos Diários do Governo. Em 1913 encontrava-se inativo por doença[16].

Por Despacho de 12 de Janeiro de 1914 foi colocado na Direcção das Obras Públicas de Coimbra (Diário do Governo de 28 de Janeiro de 1914). Por Decreto de 29 de Abril de 1916 foi promovido a condutor de 2ª classe (Diário do Governo de 18 de Maio de 1916). Por Decreto de 25 de Outubro de 1920 (Diário do Governo 247 de 6 de Novembro de 1920) foi colocado no quadro com a categoria de engenheiro auxiliar de 3ª classe. Por Portaria de 23 de Março de 1921 (Diário do Governo 72 de 30 de Março de 1921) na Administração Geral das Estradas e Turismo. Por Decreto de 28 de Outubro de 1924 foi promovido à 2ª classe (Diário do Governo 281, 2ª série, de 29 de Novembro de 1924). Por decreto de 21 de Setembro de 1932 foi promovido à 1ª classe (DG 252, 2ª série, 27 de Outubro de 1932[6].


De 2 de Novembro de 1934 a ... desempenhou as funções de agente técnico de Engenharia de 1ª clarre do quadro das obras públicas (promovido por decreto de 21 de Setembro, Diário do Governo nº 252, 2ªa Série, de 27 de Outubro de 1932) (AHMOP "Direcção das Estradas do Districto de Coimbra, 10 de Novembro de 1932)

Outras informações

Antes de Francisco Mendes Esculca, António Heitor desempenhava o cargo de condutor de 1ª classe na fiscalização dos Caminhos de Ferro de Ambaca. Em 1903, este último foi transferido para a repartição dos Caminhos de Ferro Ultramarinos[2].

Obras

Fiscalização dos Caminhos-de-Ferro de Luanda a Ambaca (1902-1906).

Notas

  1. 1,0 1,1 Arquivo da Universidade de Coimbra, Oliveira do Hospital, Paróquia de Nogueira do Cravo, Baptismos 1860-1869, fl. 9-9v, nº 26.
  2. 2,0 2,1 2,2 2,3 Arquivo Histórico Ultramarino. "Francisco Mendes Esculca - Processo individual" in Angola. Obras Públicas. Processos individuais, Caixa 771/2, E-F.
  3. Arquivo Histórico Ministério das Obras Públicas. "Francisco Mendes Esculca - Ministério do Comércio e Comunicações, Coimbra" in Processos Individuais. Caixa 56.
  4. Averbamento nº 1 ao assento de baptismo. Registo de óbito nº 415 de 18.11.1937, Conservatória do Registo Civil de Oliveira do Hospital.
  5. "Ministério das Obras Publicas, Commercio e Industria (...)" Despacho de 26 de Fevereiro de 1894, Diário do Governo nº 237, de 18 de Outubro de 1894, 2782.
  6. 6,0 6,1 6,2 6,3 6,4 6,5 6,6 6,7 Arquivo Histórico Ministério das Obras Públicas. "Francisco Mendes Esculca - Lista de actividade profissional" in Processos Individuais. Caixa 56.
  7. Arquivo Histórico Ministério das Obras Públicas. "Francisco Mendes Esculca - Certidão da Secretaria da Direcção de Estradas do Distrito de Viseu, e 14 de Agosto de 1934" in Processos Individuais. Caixa 56.
  8. "Direcção dos Caminhos de Ferro Ultramarinos", Decreto de 3 de Setembro de 1903, Diário do Governo nº 206, de 16 de Setembro de 1903, 3218.
  9. "Na Arcada", A Vanguarda, nº 3307 de 24 de Janeiro de 1906, [1].
  10. Arquivo Histórico Ultramarino. "Francisco Mendes Esculca - “Guia da Direção dos Caminhos de Ferro Ultramarinos, de 23 de Março de 1906" in Angola. Obras Públicas. Processos individuais, Caixa 771/2, E-F.
  11. "Despachos effectuados nas datas abaixo indicadas", Portaria de 20 de Março de 1906, Diário do Governo nº 63, de 21 de Março de 1906, 1023.
  12. "Repartição do Pessoal. Março 24", Diário do Governo nº 69, de 28 de Março de 1906, 1092.
  13. "Despachos. Obras Públicas", O Roteiro nº 1, de 1 de Fevereiro de 1909.
  14. "Obras Publicas", Diário Ilustrado nº 12759, de 26 de Janeiro de 1909, 3.
  15. "Repartição do Pessoal. Fevereiro 11", Diário do Governo nº 36, de 16 de Fevereiro de 1909, 544.
  16. "Sessão nº 37", Diário do Governo nº 37, de 15 de Fevereiro de 1913, 11.

Fontes

Arquivo da Universidade de Coimbra, Oliveira do Hospital, Paróquia de Nogueira do Cravo, Baptismos 1860-1869.

Arquivo Histórico Ministério das Obras Públicas, Processos Individuais, Caixa 56.

Arquivo Histórico Ultramarino, Angola, Obras Públicas, Processos individuais, Caixa 771/2, E-F.

A Vanguarda nº 3307, de 24 de Janeiro de 1906.

Diário do Governo nº 237, de 18 de Outubro de 1894.

Diário do Governo nº 206, de 16 de Setembro de 1903.

Diário do Governo nº 63, de 21 de Março de 1906.

Diário do Governo nº 69, de 28 de Março de 1906.

Diário do Governo nº 36, de 16 de Fevereiro de 1909.

Diário do Governo nº 37, de 15 de Fevereiro de 1913.

Diário Ilustrado nº 12759, de 26 de Janeiro de 1909.

O Roteiro nº 1, 1 de Fevereiro de 1909.


Bibliografia

Ligações Externas

Autor(es) do artigo

Mariana Nicolau

https://orcid.org/0000-0002-1454-1794

Sandra Osório da Silva

Departamento de História, FCSH, Universidade NOVA de Lisboa

https://orcid.org/0000-0001-7529-5008

Financiamento

Fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto TechNetEMPIRE | Redes técnico-científicas na formação do ambiente construído no Império português (1647-1871) PTDC/ART-DAQ/31959/2017

DOI

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