Francisco Romano Newton

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Actividade
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Biografia

Dados biográficos

Francisco Romano Newton, nasceu em Lisboa, em 1846. Tendo provavelmente residido no distrito de Évora, onde trabalhou, pelo menos desde 1863, antes de ir servir em Angola, por requisição do Ministério da Marinha e do Ultramar, em 1877. Era casado e pai de dez filhos, tendo à sua guarda duas menores órfãs. Faleceu a 30 de março de 1894, em Luanda, Angola.

Carreira

Francisco foi desenhador e depois condutor auxiliar no reino, sob a Direção das Obras Públicas do distrito de Évora, entre 1863 e 1877.

A 26 de dezembro de 1876 foi requisitado pelo Ministério da Marinha e Ultramar ao Ministério das Obras Públicas, Comércio e Indústria. Nesse sentido, foi a 3 de janeiro de 1877 nomeado condutor de 1ª classe para servir na expedição das Obras Públicas de Angola, tendo lhe sido passado a guia a 15 de janeiro de 1877, pela Direção de Obras Públicas de Évora, documento que Francisco Romano deveria apresentar junto do Ministério da Marinha. A comissão como condutor de 1ª classe, em Angola, durou de maio de 1877 a 19 de junho de 1880 [8], tendo sido chefe da circunscrição das Obras Públicas de Mossamedes, entre agosto de 1877 e maio de 1880 [9]. Pelo fim desta comissão, embarcou para Lisboa a 22 de junho de 1880, tendo alcançado a capital em julho [11].

Num requerimento ao rei, de 7 de outubro de 1880, afirmou que, desde que regressou ao reino, o Ministério das Obras Públicas o colocou em situação de inatividade que, segundo o próprio, “(…) equivale a um castigo imerecido (…)”, ainda para mais tendo uma família numerosa, com dez filhos menores, e duas menores, órfãs de pai e mãe, à sua guarda. Por isso, pedia para ser recolocado na antiga condição de condutor de 1ª classe. Noutro requerimento, de 31 de dezembro de 1880, dirigiu-se ao rei, novamente pela situação de inatividade, apelou a recolocá-lo no quadro dos condutores de 1ª classe da província de Angola. A 20 maio de 1881 pediu resposta a este último requerimento [13]. De notar que nos requerimentos apresentou-se como condutor de 2ª classe, que havia desempenhado comissão no cargo de condutor de 1ª classe, que desejava novamente assumir. Em 22 de junho de 1881, o Diretor Geral do Ultramar informou o Ministério das Obras Públicas, Comércio e Indústria que se passou guia a Fernando Romano, no dia anterior, para este ir servir na Direção das Obras Públicas de Angola [14], referiu-se a Romano como condutor de 2ª classe. Apesar desta aparente incoerência de tratamento, relativamente à classe do condutor, muito provavelmente, nesta segunda comissão, Newton retornou à função de condutor de 1ª classe, que efetivamente iniciou em 22 de julho de 1881. Isto, porque veio a ser confirmado no lugar de condutor de 1ª classe por decreto de 9 de fevereiro de 1893 [16], lugar que deve corresponder à segunda comissão de 1881, pois também não existem indícios para uma terceira comissão durante este período. Em 1894, ano de sua morte, achava-se em serviço em Angola [17].

Outras informações

Em 1877, parte da sua família, mulher e quatro filhos, acompanharam-no para Angola, tendo deixado cinco filhos menores à guarda da sogra. O falecimento da sogra, a quem lhe competia a guarda de cinco filhos menores, levou-o a requerer ao Ministério da Marinha e Ultramar, 31 de janeiro de 1878, o retorno da família em Angola para Lisboa, de forma a acompanhar os cinco filhos menores “desamparados” em Portugal. [18] Não se sabe de desenvolvimentos relativos a este requerimento, mas tal não interferiu com a continuação da sua comissão como condutor de 1º classe.

Autor(es) do artigo

Miguel Ferreira Miranda

Financiamento

Fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto TechNetEMPIRE | Redes técnico-cientificas na formação do ambiente construído no Império português (1647-1871) PTDC/ART-DAQ/31959/2017

Citar este artigo

• Francisco Romano Newton (última modificação: 31/07/2021). eViterbo. Visitado em 20 de maio de 2024, em https://eviterbo.fcsh.unl.pt/wiki/Francisco_Romano_Newton