Francisco Victor Cordon: diferenças entre revisões

Fonte: eViterbo
Saltar para a navegação Saltar para a pesquisa
Linha 218: Linha 218:


===Dados biográficos=== <!--Nome pelo qual é conhecido. Local de nascimento. Data. Filiação (pai/mãe). Casamento(s). Filhos(s). Formação escolar e académica. Sítios onde estudou. Outros dados biográficos que sejam interessantes/relevantes-->
===Dados biográficos=== <!--Nome pelo qual é conhecido. Local de nascimento. Data. Filiação (pai/mãe). Casamento(s). Filhos(s). Formação escolar e académica. Sítios onde estudou. Outros dados biográficos que sejam interessantes/relevantes-->
++Francisco Maria Victor Cordon nasceu a 15 de Março de 1851 em Santo André de Estremoz, Évora, e era filho de Jacome da Silva Cordon, natural de Santa Catarina, Lisboa, e de Emília Eugénia das Dores, natural de Santa Isabel, Lisboa. Era neto paterno de João Baptista Cordon e Ludovina Francisca Rosa, ambos naturais de Santa Catarina, e neto materno de Teotónio Rebelo Nunes e Ana Rita, ambos naturais de Santa Isabel<ref>Arquivo Distrital de Évora, Estremoz, Paróquia de Estremoz (Santo André), Baptismos 1849-10-05  a 1856-09-28, fl. 55.</ref>. Faleceu a 15 de Agosto de 1901 na freguesia e concelho de Mafra<ref>[https://geneall.net/en/name/33770/francisco-maria-vitor-cordon/]</ref>. Foi sepultado em Mafra (segundo consta na carta do seu filho Jorge Victor Cordon, dirigida ao Dr. António Oliveira Salazar, que, sendo uma situação provisória, solicita a construção de um jazigo para que os restos mortais do seu pai possam repousa definitivamente).     
++Francisco Maria Victor Cordon nasceu a 15 de Março de 1851 em Santo André de Estremoz, Évora, e era filho de Jacome da Silva Cordon, natural de Santa Catarina, Lisboa, e de Emília Eugénia das Dores, natural de Santa Isabel, Lisboa. Era neto paterno de João Baptista Cordon e Ludovina Francisca Rosa, ambos naturais de Santa Catarina, e neto materno de Teotónio Rebelo Nunes e Ana Rita, ambos naturais de Santa Isabel<ref>Arquivo Distrital de Évora, Estremoz, Paróquia de Estremoz (Santo André), Baptismos 1849-10-05  a 1856-09-28, fl. 55.</ref>. Faleceu a 15 de Agosto de 1901 na freguesia e concelho de Mafra<ref>[https://geneall.net/en/name/33770/francisco-maria-vitor-cordon/]</ref>. Foi sepultado em Mafra (segundo consta na carta do seu filho Jorge Victor Cordon, dirigida ao Dr. António Oliveira Salazar, que, sendo uma situação provisória, solicita a construção de um jazigo para que os restos mortais do seu pai possam repousar definitivamente).     


++ A 19 de Maio de 1897 solicita uma licença com o intuito de se deslocar até o campo, local onde encontraria as águas minerais que lhe permitiriam restabelecer a saúde, conforme indicação e licença da Junta de Saúde<ref name=":1">"Exposição do condutor de 1ª classe da Obras Públicas de Angola Francisco Maria Victor Cordon, de 19-05-1897, in Cordon, Francisco Maria Victor, Processo Individual, Arquivo Histórico Ultramarino. Angola, <s>1D</s>. Obras Públicas - Processos Individuais - letras: F. Caixa 771/2, 1<s>879-1929</s> (Fotografia 20210114_170303)</ref>, corroborado pelo atestado passado a 2 de Maio de 1897 pelo Dr. Proença da Costa Freire, Médico-Cirurgião, formado na [[:pt:Escola_Médico-Cirúrgica_de_Lisboa|Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa]]<ref>"Atestado de Saúde" redigido pelo médico-cirurgião <s>Proença da Costa Freire,</s> Lisboa, 2 de Maio de 1897, in Cordon, Francisco Maria Victor, Processo Individual, Arquivo Histórico Ultramarino. Angola, <s>1D</s>. Obras Públicas - Processos Individuais - letras: F. Caixa 771/2, 1<s>879-1929</s> (Fotografia 20210114_170309)</ref>. Simultaneamente, roga que não lhe seja retirada a bonificação de 18 mil reis (18$000) que recebe à data. A 31 de <s>Março OU Maio</s> é-lhe concedida uma licença de 3 meses<ref name=":1" />.   
++ A 19 de Maio de 1897 solicita uma licença com o intuito de se deslocar até o campo, local onde encontraria as águas minerais que lhe permitiriam restabelecer a saúde, conforme indicação e licença da Junta de Saúde<ref name=":1">"Exposição do condutor de 1ª classe da Obras Públicas de Angola Francisco Maria Victor Cordon, de 19-05-1897, in Cordon, Francisco Maria Victor, Processo Individual, Arquivo Histórico Ultramarino. Angola, <s>1D</s>. Obras Públicas - Processos Individuais - letras: F. Caixa 771/2, 1<s>879-1929</s> (Fotografia 20210114_170303)</ref>, corroborado pelo atestado passado a 2 de Maio de 1897 pelo Dr. Proença da Costa Freire, Médico-Cirurgião, formado na [[:pt:Escola_Médico-Cirúrgica_de_Lisboa|Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa]]<ref>"Atestado de Saúde" redigido pelo médico-cirurgião <s>Proença da Costa Freire,</s> Lisboa, 2 de Maio de 1897, in Cordon, Francisco Maria Victor, Processo Individual, Arquivo Histórico Ultramarino. Angola, <s>1D</s>. Obras Públicas - Processos Individuais - letras: F. Caixa 771/2, 1<s>879-1929</s> (Fotografia 20210114_170309)</ref>. Simultaneamente, roga que não lhe seja retirada a bonificação de 18 mil reis (18$000) que recebe à data. A 31 de <s>Março OU Maio</s> é-lhe concedida uma licença de 3 meses<ref name=":1" />.   
Linha 225: Linha 225:


===Carreira===
===Carreira===
++A 3 de Maio de 1887 iniciou as funções de telegrafista das Obras Públicas (Portaria 03.01.1876) (fotografia 20210114_170428 e 20210114_170435)
++Capitão do Exército de África Ocidental e condutor de 1ª classe do quadro das Obras Públicas do Ultramar (fotografia 20210114_170400)
++Capitão do Exército de África Ocidental e condutor de 1ª classe do quadro das Obras Públicas do Ultramar (fotografia 20210114_170400)
++A 15 de Junho de 1887 regressou ao Reino no Vapor Zaire para usufruir uma licença por motivos de saúde. (de acordo com Artigo 38 do decreto de 24.12.1885)


Conductor de 1ª classe, Portaria de 5 d’agosto de 1887
Conductor de 1ª classe, Portaria de 5 d’agosto de 1887

Revisão das 15h23min de 5 de abril de 2022


Francisco Victor Cordon
Nome completo Francisco Maria Victor Cordon
Outras Grafias Francisco Maria Víctor Cordon
Pai Jacomo Victor Cordon
Mãe Emília Eugénia das Dores
Cônjuge Ludovina Francisca Rosa, Almira Cordon
Filho(s) Jorge Victor Cordon
Irmão(s) valor desconhecido
Nascimento 15 março 1851
Estremoz, Évora, Portugal
Morte 15 agosto 1901
Mafra, Portugal
Sexo Masculino
Religião Cristã
Residência
Residência Portugal
Data Fim: 1881

Residência Angola
Data Início: 1881
Fim: 1888

Residência Moçambique
Data Início: 1888
Fim: 21 de janeiro de 1890
Formação
Formação Instrução técnico-profissional
Data Início: 1891
Local de Formação Lisboa, Lisboa, Portugal
Postos
Posto Alferes
Data Início: 1881

Posto Tenente
Data Início: 1888
Fim: 1891
Arma Infantaria

Posto Capitão
Data Início: 1891
Fim: 15 de agosto de 1901
Arma Infantaria
Cargos
Cargo Condutor de 1ª classe
Data Início: 09 de fevereiro de 1893
Fim: 09 de maio de 1898
Actividade
Actividade Projeto de Infraestrutura
Data Fim: 1888
Local de Actividade Ambaca, Cuanza Norte, Angola

Actividade Expedição
Data Início: julho de 1888
Fim: janeiro de 1890
Local de Actividade Vale do Rio Zambeze, Moçambique

Actividade Missão
Data Fim: 1888
Local de Actividade Ambaca, Cuanza Norte, Angola

Actividade Projeto de Infraestrutura
Data Início: 1888
Fim: 1890
Local de Actividade Vale do Rio Zambeze, Moçambique

Actividade Expedição
Data Início: 16 de fevereiro de 1877
Fim: 1878
Local de Actividade Angola


Biografia

Dados biográficos

++Francisco Maria Victor Cordon nasceu a 15 de Março de 1851 em Santo André de Estremoz, Évora, e era filho de Jacome da Silva Cordon, natural de Santa Catarina, Lisboa, e de Emília Eugénia das Dores, natural de Santa Isabel, Lisboa. Era neto paterno de João Baptista Cordon e Ludovina Francisca Rosa, ambos naturais de Santa Catarina, e neto materno de Teotónio Rebelo Nunes e Ana Rita, ambos naturais de Santa Isabel[1]. Faleceu a 15 de Agosto de 1901 na freguesia e concelho de Mafra[2]. Foi sepultado em Mafra (segundo consta na carta do seu filho Jorge Victor Cordon, dirigida ao Dr. António Oliveira Salazar, que, sendo uma situação provisória, solicita a construção de um jazigo para que os restos mortais do seu pai possam repousar definitivamente).

++ A 19 de Maio de 1897 solicita uma licença com o intuito de se deslocar até o campo, local onde encontraria as águas minerais que lhe permitiriam restabelecer a saúde, conforme indicação e licença da Junta de Saúde[3], corroborado pelo atestado passado a 2 de Maio de 1897 pelo Dr. Proença da Costa Freire, Médico-Cirurgião, formado na Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa[4]. Simultaneamente, roga que não lhe seja retirada a bonificação de 18 mil reis (18$000) que recebe à data. A 31 de Março OU Maio é-lhe concedida uma licença de 3 meses[3].

++ Atestado passado a 2 de Maio de 1897 pelo Dr. Proença da Costa Freire, Médico-Cirurgião, formado na Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa.

Carreira

++A 3 de Maio de 1887 iniciou as funções de telegrafista das Obras Públicas (Portaria 03.01.1876) (fotografia 20210114_170428 e 20210114_170435)

++Capitão do Exército de África Ocidental e condutor de 1ª classe do quadro das Obras Públicas do Ultramar (fotografia 20210114_170400)

++A 15 de Junho de 1887 regressou ao Reino no Vapor Zaire para usufruir uma licença por motivos de saúde. (de acordo com Artigo 38 do decreto de 24.12.1885)

Conductor de 1ª classe, Portaria de 5 d’agosto de 1887 - Confirmado no logar de conductor de 1ª classe por decreto de 9-2-93 e colocado no quadro das obras publicas d’Angola[5].

-Por despacho de 14-2-96 foi repreendido "pela pouca regular em que tinha a escripturação" na circunscrição de Moçâmedes.

- Apresentou-se na repartição em 15-5-96[5]

- ++Inspeccionado pela Junta de Saúde do Ultramar em 28 de Maio de 1896 obteve 120 dias de licença - Por Portaria 29-5-96.

++ A14 de Julho de 1896 foi-lhe concedida uma licença de 30 Dias. 3ª Repartição Nº 1412 (fotografia 20210114_170400)

- Por despacho de 31 de Março de 1897 foram-lhe concedidos 3 meses de licença - Por Portaria de 19-11-97 foi-lhe concedida licença ilimitada sem vencimento, licença que começou a gozar em 23 do mesmo mês.

++ No dia 23 de Novembro de 1896 solicita uma gratificação de 20 mil reis (20$000) mensais pelo facto de se encontrar a substituir o condutor Garcês que havia seguido para a Guiné em serviço. ????? Pedido que lhe foi concedido a 27 de Janeiro de 1897[6].

++ No dia 21-08-1897 ficava definido que seguiria para Luanda, Angola a 23 de Setembro do mesmo ano para desempenhar o serviço militar que necessário fosse, assim como exercer funções de topógrafo e agrimensor, entre outras da sua especialidade. Receberia pelo serviço 30 mil reis (30$000) de subsídio diário e 10 mil reis (10$000) mensais para o quartel[7].

++ No dia 17-09-1897 foi aceite o seu pedido de deixar de ser condutor da Obras Pública em Luanda[8].

- Exonerado em 7-5-1898 por Portaria do Governador de S. Tomé e Príncipe na mesma data.

Outras informações

ver, Pélissier: " A expedição de Vitor Cordon à Mashonalândia (agosto de 1888-fevereiro de 1889 e junho-outubro de 1889) p. 44-46

Obras

Notas

  1. Arquivo Distrital de Évora, Estremoz, Paróquia de Estremoz (Santo André), Baptismos 1849-10-05  a 1856-09-28, fl. 55.
  2. [1]
  3. 3,0 3,1 "Exposição do condutor de 1ª classe da Obras Públicas de Angola Francisco Maria Victor Cordon, de 19-05-1897, in Cordon, Francisco Maria Victor, Processo Individual, Arquivo Histórico Ultramarino. Angola, 1D. Obras Públicas - Processos Individuais - letras: F. Caixa 771/2, 1879-1929 (Fotografia 20210114_170303)
  4. "Atestado de Saúde" redigido pelo médico-cirurgião Proença da Costa Freire, Lisboa, 2 de Maio de 1897, in Cordon, Francisco Maria Victor, Processo Individual, Arquivo Histórico Ultramarino. Angola, 1D. Obras Públicas - Processos Individuais - letras: F. Caixa 771/2, 1879-1929 (Fotografia 20210114_170309)
  5. 5,0 5,1 Arquivo Histórico Ultramarino. N. Ordem 428. 1N. SEMU_MU. DGU. liv. 1893_1919. Obras Públicas-Pessoal. ULT 4
  6. "Exposição do condutor de 1ª classe da Obras Públicas de Angola Francisco Maria Victor Cordon, de 29-12-1896, nº 2878, in Cordon, Francisco Maria Victor, Processo Individual, Arquivo Histórico Ultramarino. Angola, 1D. Obras Públicas - Processos Individuais - letras: F. Caixa 771/2, 1879-1929 (Fotografia 20210114_170321)
  7. Cordon, Francisco Maria Victor, "Comunicação Nº 306 de 21-08-1897, 1ª Secção da 4ª Repartição da Secretaria de Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar - Direcção Geral do Ultramar, do chefe Augusto Rogério Gonçalves dos Santos, dirigida à 3ª Repartição", in Cordon, Francisco Maria Victor, Processo Individual, Arquivo Histórico Ultramarino. Angola, 1D. Obras Públicas - Processos Individuais - letras: F. Caixa 771/2, 1879-1929 (Fotografia 20210114_170256)
  8. Cordon, Francisco Maria Victor, "Comunicação Nº 355 de 21-08-1897, 1ª Secção da 4ª Repartição da Secretaria de Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar - Direcção Geral do Ultramar, do chefe Augusto Rogério Gonçalves dos Santos, dirigida à 3ª Repartição", in Cordon, Francisco Maria Victor, Processo Individual, Arquivo Histórico Ultramarino. Angola, 1D. Obras Públicas - Processos Individuais - letras: F. Caixa 771/2, 1879-1929. (Fotografia 20210114_170249)

Fontes

AHU. N. Ordem 428 1N SEMU_MU DGU liv 1893_1919 Obras Públicas-Pessoal ULT. AHU, p.4, 33.

AHU. N. Ordem. 905 1N SEMU DGU liv 1880_1892 Reg pessoal das obras públicas ULT, pp. 10v-11

Pélissier, René. História de Moçambique: Formação e Oposição 1854-1918. Histórias de Portugal 10, 11. Lisboa: Estampa, 1994, vol II, pp. 44-46.

Ligações Externas

Francisco Maria Vítor Cordon

Francisco Maria Victor Cordon


Autor(es) do artigo

Financiamento

Fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto TechNetEMPIRE | Redes técnico-cientificas na formação do ambiente construído no Império português (1647-1871) PTDC/ART-DAQ/31959/2017

DOI

Citar este artigo