Francisco Victor Cordon

Fonte: eViterbo
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Francisco Victor Cordon
Nome completo Francisco Maria Victor Cordon
Outras Grafias Francisco Maria Víctor Cordon
Pai Jacomo Victor Cordon
Mãe Emília Eugénia das Dores
Cônjuge Ludovina Francisca Rosa, Almira Cordon
Filho(s) Jorge Victor Cordon
Irmão(s) valor desconhecido
Nascimento 15 março 1851
Estremoz, Évora, Portugal
Morte 15 agosto 1901
Mafra, Portugal
Sexo Masculino
Religião Cristã
Residência
Residência Portugal
Data Fim: 1881

Residência Angola
Data Início: 1881
Fim: 1888

Residência Moçambique
Data Início: 1888
Fim: 21 de janeiro de 1890
Formação
Formação Instrução técnico-profissional
Data Início: 1891
Local de Formação Lisboa, Lisboa, Portugal
Postos
Posto Alferes
Data Início: 1881

Posto Tenente
Data Início: 1888
Fim: 1891
Arma Infantaria

Posto Capitão
Data Início: 1891
Fim: 15 de agosto de 1901
Arma Infantaria
Cargos
Cargo Condutor de 1ª classe
Data Início: 09 de fevereiro de 1893
Fim: 09 de maio de 1898
Actividade
Actividade Projeto de Infraestrutura
Data Fim: 1888
Local de Actividade Ambaca, Cuanza Norte, Angola

Actividade Expedição
Data Início: julho de 1888
Fim: janeiro de 1890
Local de Actividade Vale do Rio Zambeze, Moçambique

Actividade Missão
Data Fim: 1888
Local de Actividade Ambaca, Cuanza Norte, Angola

Actividade Projeto de Infraestrutura
Data Início: 1888
Fim: 1890
Local de Actividade Vale do Rio Zambeze, Moçambique

Actividade Expedição
Data Início: 16 de fevereiro de 1877
Fim: 1878
Local de Actividade Angola


Biografia

Dados biográficos

Francisco Maria Victor Cordon nasceu a 15 de Março de 1851 em Santo André de Estremoz, Évora. Era filho de Jacome da Silva Cordon, natural de Santa Catarina, Lisboa, e de Emília Eugénia das Dores, natural de Santa Isabel, Lisboa. Era neto paterno de João Baptista Cordon e Ludovina Francisca Rosa, ambos naturais de Santa Catarina, e neto materno de Teotónio Rebelo Nunes e Ana Rita, ambos naturais de Santa Isabel[1]. Faleceu a 15 de Agosto de 1901 na freguesia e concelho de Mafra[2], onde foi igualmente sepultado, segundo consta numa carta que seu filho Jorge Victor Cordon endossou ao Dr. António Oliveira Salazar. Nessa carta Jorge Cordon solicitava a construção de um jazigo para que os restos mortais do seu pai aí pudessem repousar definitivamente, uma vez que se encontrava num local de caracter provisório[2].

Em 1977 foi para a Província de Angola, na Expedição do Caminho de Ferro e Obras Públicas, onde desempenhou várias comissões[3], nomeadamente integrando a esquipa de estudo dos caminhos de ferro e águas, com o Major de Artilharia Novais Rebelo[4].

Em Abril de 1896 embarcou no "Vapor Zaire" para regressar a Lisboa e assim poder usufruir da licença emitida pela Junta de Saúde da Província de Angola. Em sua companhia levava "o seu filho menor de 5 anos de nome José Victor Cordon e uma creada menor de 9 anos de nome Conceição"[5].

A 19 de Maio de 1897 solicitou uma licença com o intuito de se deslocar até o campo, onde encontraria as águas minerais que lhe permitiriam restabelecer a sua saúde, conforme indicação na licença da Junta de Saúde[6]. Esta informação estava corroborada pelo atestado passado a 2 de Maio de 1897 pelo Dr. Proença da Costa Freire, Médico-Cirurgião, formado na Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa[7]. Com o pedido de gozo de licença rogou que não lhe fosse retirada a bonificação de dezoito mil reis (18$000) que recebia nessa altura. A 31 de Maio desse mesmo ano foi-lhe concedida uma licença de 3 meses[6].

Faleceu em Mafra, Lisboa, a 15 de Agosto de 1901.

Carreira

Francisco Maria Victor Cordon assentou praça a 20 de Agosto de 1870 no Batalhão de Caçadores Nº 5[3] e em 1871 começou a servir o Estado[8].

Em 1977 foi para a Província de Angola, na Expedição do Caminho de Ferro e Obras Públicas, onde desempenhou várias comissões[3], nomeadamente integrando a esquipa de estudo dos caminhos de ferro e águas, com o Major de Artilharia Novais Rebelo[4]. Em 1882 prestou serviço como chefe do Conselho de Ambriz e de Setembro 1882 a Dezembro de 1884 como chefe do Concelho de Novo Redondo[9].

Foi nomeado, por portaria Régia, para fazer parte da Expedição aos sertões de Moçambique. Foi, também, chefe da Expedição ao Alto Zambeze "no país dos Muzuzuros “Machima” até a Foz do Rio Sanhate de 1888 a 1890"[9].

Por decreto de 1883 e portaria de 5 de Agosto de 1887, foi promovido a condutor de 1ª classe em 1887, passando para o quadro das Obras Públicas do Ultramar[10]. Confirmado no lugar de condutor de 1ª classe por decreto de 9-2-93


Em 1890 foi promovido a capitão.

A 3 de Maio de 1887 iniciou as funções de telegrafista da Direcção das Obras Públicas de Angola[3].

Ao longo da sua carreira, até 1895, usufruiu um ano de licença graciosa, em 1884, e unicamente de seis meses de licença da Junta de Saúde no ano de 1978, em Lisboa [3].


Foi capitão do Exército de África Ocidental e condutor de 1ª classe, .


--Conductor de 1ª classe, Portaria de 5 d’agosto de 1887 - Confirmado no lugar de condutor de 1ª classe por decreto de 9-2-93 e colocado no quadro das obras publicas d’Angola[11].

A 31 de Dezembro de 1895 o seu chefe de serviço tecia a seguinte observação: "Considero-o suficientemente inteligente e conhecedor dos deveres do seu encargo, parece-me contudo já uma pouco cançado e pouco zeloso pelo serviço"[12].

--Por despacho de 14-2-96 foi repreendido "pela pouca regular em que tinha a escripturação" na circunscrição de Moçâmedes.

-- Apresentou-se na repartição em 15-5-96[11]

-+Inspeccionado pela Junta de Saúde do Ultramar em 28 de Maio de 1896 obteve 120 dias de licença[13].

A14 de Julho de 1896 foi-lhe concedida uma licença de 30 Dias[14].

No dia 23 de Novembro de 1896 solicita uma gratificação de vinte mil reis (20$000) mensais pelo facto de se encontrar a substituir o condutor Garcês que havia seguido para a Guiné em serviço. ????? Pedido que lhe foi concedido a 27 de Janeiro de 1897[15].

--Por despacho de 31 de Março de 1897 foram-lhe concedidos 3 meses de licença - Por Portaria de 19-11-97 foi-lhe concedida licença ilimitada sem vencimento, licença que começou a gozar em 23 do mesmo mês.

No dia 21-08-1897 ficava definido que seguiria para Luanda, Angola a 23 de Setembro do mesmo ano para desempenhar o serviço militar que necessário fosse, assim como exercer funções de topógrafo e agrimensor, entre outras da sua especialidade. Receberia pelo serviço 30 mil reis (30$000) de subsídio diário e 10 mil reis (10$000) mensais para o quartel[16].

No dia 17-09-1897 foi aceite o seu pedido de deixar de ser condutor da Obras Pública em Luanda[17].

--Exonerado em 7-5-1898 por Portaria do Governador de S. Tomé e Príncipe na mesma data.


CONDECORAÇÕES

Foi-lhe atribuída a Ordem de Militar de Nosso Senhor Jesus Cristo e o grau de cavaleiro da Ordem Militar da Torre e Espada, Valor, Lealdade e Mérito. Foi, ainda, condecorado com a medalha de prata de comportamento exemplar e proclamado[18] Benemérito da Pátria[19].


FORMAÇÕES

Em 1892 tinha o curso incompleto do Liceu e o primeiro ano do curso de condutor do Instituto Industrial[20].


LINGUAS

Francês e Inglês[20].

Outras informações

ver, Pélissier: " A expedição de Vitor Cordon à Mashonalândia (agosto de 1888-fevereiro de 1889 e junho-outubro de 1889) p. 44-46

IMAGEM

"Serpa Pinto e Victor Cordon" in O Ocidente: revista ilustrada de Portugal e do Estrangeiro. Gravura na pag. 97, Nº 409, 1.5.1890 LINK

Obras

Notas

  1. Arquivo Distrital de Évora, Estremoz, Paróquia de Estremoz (Santo André), Baptismos 1849-10-05  a 1856-09-28, fl. 55.
  2. [1]
  3. 3,0 3,1 3,2 3,3 3,4 "Mapa da Repartição das Obras Públicas da Província de Angola referente ao ano 1895" In Cordon, Francisco Maria Victor Cordon, Processo individual, Arquivo Histórico Ultramarino, Angola, 1D, Obras Públicas – Processos Individuais -Letras: F. Caixa 771/2, 1879-1829 (fotografia 20210114_170535)
  4. 4,0 4,1 "Informação referida no anno de 1892" In Cordon, Francisco Maria Victor Cordon, Processo individual, Arquivo Histórico Ultramarino, Angola, 1D, Obras Públicas – Processos Individuais -Letras: F. Caixa 771/2, 1879-1829 (fotografia 20210114-170713)
  5. "Guia Nº 122 de 28.04.1896" e "Ofício Nº 355 de 27.04.1896" In Cordon, Francisco Maria Victor Cordon, Processo individual, Arquivo Histórico Ultramarino, Angola, 1D, Obras Públicas – Processos Individuais -Letras: F. Caixa 771/2, 1879-1829 (fotografias 20210114_170428 a 20210114_170438)
  6. 6,0 6,1 "Exposição do condutor de 1ª classe da Obras Públicas de Angola Francisco Maria Victor Cordon, de 19-05-1897, in Cordon, Francisco Maria Victor, Processo Individual, Arquivo Histórico Ultramarino. Angola, 1D. Obras Públicas - Processos Individuais - letras: F. Caixa 771/2, 1879-1929 (Fotografia 20210114_170303)
  7. "Atestado de Saúde" redigido pelo médico-cirurgião Proença da Costa Freire, Lisboa, 2 de Maio de 1897, in Cordon, Francisco Maria Victor, Processo Individual, Arquivo Histórico Ultramarino. Angola, 1D. Obras Públicas - Processos Individuais - letras: F. Caixa 771/2, 1879-1929 (Fotografia 20210114_170309)
  8. (fotografia 20210114_170556)
  9. 9,0 9,1 "Informação referida no anno de 1892" In Cordon, Francisco Maria Victor Cordon, Processo individual, Arquivo Histórico Ultramarino, Angola, 1D, Obras Públicas – Processos Individuais -Letras: F. Caixa 771/2, 1879-1829 (fotografia 20210114-170644)
  10. "oficio de Concessão de Licença" In Cordon, Francisco Maria Victor Cordon, Processo individual, Arquivo Histórico Ultramarino, Angola, 1D, Obras Públicas – Processos Individuais -Letras: F. Caixa 771/2, 1879-1829 (fotografia 20210114_170400)
  11. 11,0 11,1 Arquivo Histórico Ultramarino. N. Ordem 428. 1N. SEMU_MU. DGU. liv. 1893_1919. Obras Públicas-Pessoal. ULT 4
  12. "Informação referida ao anno de 1895" In Cordon, Francisco Maria Victor Cordon, Processo individual, Arquivo Histórico Ultramarino, Angola, 1D, Obras Públicas – Processos Individuais -Letras: F. Caixa 771/2, 1879-1829 (fotografia 20210114-170542)
  13. Por Portaria 29-5-96.
  14. Oficio Nº 1412 da 3ª Repartição In Cordon, Francisco Maria Victor Cordon, Processo individual, Arquivo Histórico Ultramarino, Angola, 1D, Obras Públicas – Processos Individuais -Letras: F. Caixa 771/2, 1879-1829 (fotografia 20210114_170400)
  15. "Exposição do condutor de 1ª classe da Obras Públicas de Angola Francisco Maria Victor Cordon, de 29-12-1896, nº 2878, in Cordon, Francisco Maria Victor, Processo Individual, Arquivo Histórico Ultramarino. Angola, 1D. Obras Públicas - Processos Individuais - letras: F. Caixa 771/2, 1879-1929 (Fotografia 20210114_170321)
  16. Cordon, Francisco Maria Victor, "Comunicação Nº 306 de 21-08-1897, 1ª Secção da 4ª Repartição da Secretaria de Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar - Direcção Geral do Ultramar, do chefe Augusto Rogério Gonçalves dos Santos, dirigida à 3ª Repartição", in Cordon, Francisco Maria Victor, Processo Individual, Arquivo Histórico Ultramarino. Angola, 1D. Obras Públicas - Processos Individuais - letras: F. Caixa 771/2, 1879-1929 (Fotografia 20210114_170256)
  17. Cordon, Francisco Maria Victor, "Comunicação Nº 355 de 21-08-1897, 1ª Secção da 4ª Repartição da Secretaria de Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar - Direcção Geral do Ultramar, do chefe Augusto Rogério Gonçalves dos Santos, dirigida à 3ª Repartição", in Cordon, Francisco Maria Victor, Processo Individual, Arquivo Histórico Ultramarino. Angola, 1D. Obras Públicas - Processos Individuais - letras: F. Caixa 771/2, 1879-1929. (Fotografia 20210114_170249)
  18. Câmara dos Deputados a 15 de Setembro de 1890.
  19. "Informação referida no anno de 1893" In Cordon, Francisco Maria Victor Cordon, Processo individual, Arquivo Histórico Ultramarino, Angola, 1D, Obras Públicas – Processos Individuais -Letras: F. Caixa 771/2, 1879-1829 (fotografia 20210114-170644)
  20. 20,0 20,1 "Informação referida no anno de 1892" In Cordon, Francisco Maria Victor Cordon, Processo individual, Arquivo Histórico Ultramarino, Angola, 1D, Obras Públicas – Processos Individuais -Letras: F. Caixa 771/2, 1879-1829 (fotografia 20210114-170720)

Fontes

Arquivo Histórico Ultramarino, N. Ordem 428 1N SEMU_MU DGU liv 1893_1919 Obras Públicas-Pessoal ULT. AHU, p.4, 33.

Arquivo Histórico Ultramarino, N. Ordem. 905 1N SEMU DGU liv 1880_1892 Reg pessoal das obras públicas ULT, pp. 10v-11

Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Arquivo Oliveira Salazar 1908-1974.


Pélissier, René. História de Moçambique: Formação e Oposição 1854-1918. Histórias de Portugal 10, 11. Lisboa: Estampa, 1994, vol II, pp. 44-46.

Ligações Externas

Francisco Maria Vítor Cordon

Francisco Maria Victor Cordon


Autor(es) do artigo

Sandra Osório da Silva

https://orcid.org/0000-0001-7529-5008

Financiamento

Fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto TechNetEMPIRE | Redes técnico-cientificas na formação do ambiente construído no Império português (1647-1871) PTDC/ART-DAQ/31959/2017

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