Jacinto Guerreiro Chaves

Fonte: eViterbo
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Jacinto Guerreiro Chaves
Nome completo Jacinto Gonçalves Guerreiro Chaves
Outras Grafias Jachinto Gonçalves Guerreiro Chaves
Pai Severino Gonçalves Guerreiro Chaves
Mãe Catarina Maria da Conceição
Cônjuge Sofia de Carmo Oliveira
Filho(s) valor desconhecido
Irmão(s) valor desconhecido
Nascimento 1 dezembro 1852
Beja, Portugal
Morte 2 julho 1927
Lisboa, Lisboa, Portugal
Sexo Masculino
Religião Cristã
Formação
Formação Instrução básica
Postos
Posto Sargento
Data Início: 18 de janeiro de 1877
Fim: 22 de fevereiro de 1882
Arma Infantaria

Posto Alferes
Data Início: 22 de fevereiro de 1882
Fim: 18 de janeiro de 1887
Arma Infantaria

Posto Tenente
Data Início: 18 de janeiro de 1887
Fim: 03 de setembro de 1891
Arma Infantaria
Cargos
Data Início: 03 de janeiro de 1877
Fim: 22 de fevereiro de 1881

Cargo Chefe de secção
Data Início: 20 de dezembro de 1880
Fim: 22 de fevereiro de 1881

Cargo Condutor auxiliar
Data Início: 06 de fevereiro de 1882
Fim: 15 de junho de 1885

Data Início: 21 de janeiro de 1886
Fim: 04 de fevereiro de 1901


Biografia

Dados biográficos

Jacinto Gonçalves Guerreiro Chaves nasceu em Mértola, em 24 de janeiro de 1853, filho de Severino Gonçalves Guerreiro Chaves e de Catarina Maria da Conceição[1][2].

A 27 de março de 1882 realizou pedido ao rei para contrair matrimónio com Maria Romana dos Santos, o qual foi deferido a 30 de março[3]. No entanto, não há informação relativa a este matrimónio, sequer se de facto aconteceu. Seguramente, contraiu matrimónio com Sofia de Carmo Oliveira em 12 de agosto de 1855[2].

Completou a instrução primária[1][2].

Carreira

Alistou-se voluntariamente como praça, em 2 de junho de 1871[1]. Era 2º sargento de infantaria do exército de Portugal quando, em 26 de dezembro de 1876, foi requisitado pelo Ministério das Obras Públicas ao Ministério da Guerra para servir no Ultramar[1]. Foi nomeado, em 3 de janeiro de 1877, por três anos, telegrafista da província de Angola, e promovido a 1º sargento do exército de Portugal a 18 de janeiro[4]. Iniciou efetivamente o serviço em Angola a 29 de maio[5].

Próxima de findar comissão de três anos como telegrafista, que ocorreria a 29 de maio de 1880, requereu a renovação por mais três anos a 21 de fevereiro de 1880. Pedia também a promoção ao posto de alferes, ao abrigo de decreto de 1869[4]. Retornou a fazer este pedido em 10 de agosto de 1880, já findada a comissão[5]. Guerreiro Chaves manteve-se ao serviço, sendo inclusive promovido a chefe da secção telegráfica a 20 de dezembro[1], mas continuava sem comissão pelo que, a 22 de fevereiro de 1881, foi exonerado do cargo a seu pedido[6].

Voltou a pedir uma comissão como chefe dos mesmos serviços a 11 de junho de 1881, a sua promoção ao posto de alferes e que fosse considerado como condutor de 2ª classe para efeitos de vencimento[6]. Repetiu o mesmo pedido a 22 de janeiro de 1882[7]. No entanto, não pôde ser nomeado para chefe do serviço de telegrafia, porque, entretanto, já havia nomeação para esse lugar. Ainda assim, considerando “o bom serviço prestado”, era proposta a sua nomeação como condutor auxiliar na Direcção das Obras Públicas de Angola[8]. O sargento aceitou esta oferta, sendo nomeado condutor auxiliar a 6 de fevereiro de 1882. Desembarcou em Luanda a 1 de maio[2] já no posto de alferes para o qual houve ser promovido em março[3].

A 19 de dezembro de 1882, Guerreiro Chaves, pediu, no âmbito do seu cargo militar, para ser transferido do exército de Portugal para o exército da África Oriental, sem prejuízo da sua comissão[9]. Manteve-se no exército de Portugal pelo menos até 17 de abril de 1883, não se sabendo de posteriores desenvolvimentos[10].

Entre 1886 e 1901 foi chefe de concelho de várias localidades de Angola. A saber, Alto Dande, entre 21 de janeiro de 1886 e 19 de maio de 1887; Ambriz, entre 20 de maio de 1887 e 15 de dezembro de 1887; Egipto, entre 23 de fevereiro de 1888 e 20 de janeiro de 1889; Golungo Alto, entre 21 de janeiro de 1889 e 9 de novembro de 1890; Alto Dande (Caxito), entre 10 de novembro de 1890 e 17 de março de 1891; Ícolo e Bengo, entre 18 de março de 1891 e 3 de fevereiro de 1896; Encoge, entre 19 de agosto de 1897 e 5 de janeiro de 1900; e, novamente, em Ícolo e Bengo, entre 7 de abril 1900 e 4 de fevereiro de 1901[2].

Em 18 de janeiro de 1887 foi promovido do posto de alferes para o de tenente[2] e, por fim a capitão, em 24 de agosto de 1891[11]. Foi nomeado promotor de justiça militar junto do conselho de guerra da província de Angola em 5 de março de 1900, tendo permanecido no lugar até 11 de abril desse ano. Foi colocado temporariamente em inatividade de serviço por motivos de doença em 20 de agosto de 1901. Embarcou de regresso ao Reino em 26 de abril de 1902[2], tendo-se apresentado ao Ministério em 21 de Maio[12]. No final desse ano, em Novembro, era dado à disponibilidade, mas ocupando o posto de tenente de Infantaria. Na mesma data recebeu nova licença de saúde para um período de 90 dias[13].

Em 1909, mantinha-se na disponibilidade para ser nomeado para servir no Império, constando no posto de capitão[14].

Notas

  1. 1,0 1,1 1,2 1,3 1,4 Arquivo Histórico Ultramarino. 768/1. 1D. MU. Cx. 1876-1932. Processos Individuais. ANG. Jacinto Gonçalves Guerreiro Chaves. Informação referida ao anno de 1880.
  2. 2,0 2,1 2,2 2,3 2,4 2,5 2,6 Arquivo Histórico Militar. Livro de Mestres. Arma de Infantaria. Regimento de Infantaria nº 3. Liv. nº 56. Processo 31. Jacinto Gonçalves Guerreiro Chaves.
  3. 3,0 3,1 Arquivo Histórico Ultramarino. 768/1. 1D. MU. Cx. 1876-1932. Processos Individuais. ANG. Jacinto Gonçalves Guerreiro Chaves. Requerimento de Jacinto Gonçalves Guerreiro Chaves. Lisboa, 27 de março 1882.
  4. 4,0 4,1 Arquivo Histórico Ultramarino. 768/1. 1D. MU. Cx. 1876-1932. Processos Individuais. ANG. Jacinto Gonçalves Guerreiro Chaves. Requerimento de Jacinto Gonçalves Guerreiro Chaves. Luanda, 21 de fevereiro de 1882.
  5. 5,0 5,1 Arquivo Histórico Ultramarino. 768/1. 1D. MU. Cx. 1876-1932. Processos Individuais. ANG. Jacinto Gonçalves Guerreiro Chaves. Requerimento de Jacinto Gonçalves Guerreiro Chaves. Luanda, 10 de agosto de 1880.
  6. 6,0 6,1 Arquivo Histórico Ultramarino. 768/1. 1D. MU. Cx. 1876-1932. Processos Individuais. ANG. Jacinto Gonçalves Guerreiro Chaves. Requerimento de Jacinto Gonçalves Guerreiro Chaves. Lisboa, 22 de fevereiro de 1881.
  7. Arquivo Histórico Ultramarino. 768/1. 1D. MU. Cx. 1876-1932. Processos Individuais. ANG. Jacinto Gonçalves Guerreiro Chaves. Requerimento de Jacinto Gonçalves Guerreiro Chaves. Lisboa, 26 de janeiro de 1882.
  8. Arquivo Histórico Ultramarino. 768/1. 1D. MU. Cx. 1876-1932. Processos Individuais. ANG. Jacinto Gonçalves Guerreiro Chaves. Resolução de requerimento. 30 de janeiro de 1882.
  9. Arquivo Histórico Ultramarino. 768/1. 1D. MU. Cx. 1876-1932. Processos Individuais. ANG. Jacinto Gonçalves Guerreiro Chaves. Requerimento de Jacinto Gonçalves Guerreiro Chaves. Luanda, 19 de dezembro de 1882.
  10. Arquivo Histórico Ultramarino. 768/1. 1D. MU. Cx. 1876-1932. Processos Individuais. ANG. Jacinto Gonçalves Guerreiro Chaves. Ofício n.º 165 do Governo Geral da Província de Angola ao Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar. Luanda, 17 de abril de 1883.
  11. Portaria de 24 de agosto de 1891, Diário do Governo, no. 198, 5 de Setembro de 1891, 2116.
  12. Boletim Militar do Ultramar, 14 de Junho de 1902, Diário do Governo, no. 137, 23 de Junho de 1902, 1776.
  13. Ordem do Exército n.º 24, 25 de Outubro de 1902, Diário do Governo, no. 248, 3 de Novembro de 1902, 3486; 3488.
  14. Ordem do Exército n.º 26, 2.ª série, 31 de Outubro de 1908, Diário do Governo, no. 256, 11 de Novembro de 1908, 3404.

Fontes

Arquivo Histórico Militar. Livro de Mestres. Arma de Infantaria. Regimento de Infantaria nº 3. Liv. nº 56. Processo 31. Jacinto Gonçalves Guerreiro Chaves.

Arquivo Histórico Ultramarino. 768/1. 1D. MU. Cx. 1876-1932. Processos Individuais. ANG. Jacinto Gonçalves Guerreiro Chaves. Informação referida ao anno de 1880.

Arquivo Histórico Ultramarino. 768/1. 1D. MU. Cx. 1876-1932. Processos Individuais. ANG. Jacinto Gonçalves Guerreiro Chaves. Ofício n.º 165 do Governo Geral da Província de Angola ao Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar. Luanda, 17 de abril de 1883.

Arquivo Histórico Ultramarino. 768/1. 1D. MU. Cx. 1876-1932. Processos Individuais. ANG. Jacinto Gonçalves Guerreiro Chaves. Requerimento de Jacinto Gonçalves Guerreiro Chaves. Lisboa, 22 de fevereiro de 1881.

Arquivo Histórico Ultramarino. 768/1. 1D. MU. Cx. 1876-1932. Processos Individuais. ANG. Jacinto Gonçalves Guerreiro Chaves. Requerimento de Jacinto Gonçalves Guerreiro Chaves. Lisboa, 26 de janeiro de 1882.

Arquivo Histórico Ultramarino. 768/1. 1D. MU. Cx. 1876-1932. Processos Individuais. ANG. Jacinto Gonçalves Guerreiro Chaves. Requerimento de Jacinto Gonçalves Guerreiro Chaves. Lisboa, 27 de março 1882.

Arquivo Histórico Ultramarino. 768/1. 1D. MU. Cx. 1876-1932. Processos Individuais. ANG. Jacinto Gonçalves Guerreiro Chaves. Requerimento de Jacinto Gonçalves Guerreiro Chaves. Luanda, 10 de agosto de 1880.

Arquivo Histórico Ultramarino. 768/1. 1D. MU. Cx. 1876-1932. Processos Individuais. ANG. Jacinto Gonçalves Guerreiro Chaves. Requerimento de Jacinto Gonçalves Guerreiro Chaves. Luanda, 19 de dezembro de 1882.

Arquivo Histórico Ultramarino. 768/1. 1D. MU. Cx. 1876-1932. Processos Individuais. ANG. Jacinto Gonçalves Guerreiro Chaves. Requerimento de Jacinto Gonçalves Guerreiro Chaves. Luanda, 21 de fevereiro de 1882.

Arquivo Histórico Ultramarino. 768/1. 1D. MU. Cx. 1876-1932. Processos Individuais. ANG. Jacinto Gonçalves Guerreiro Chaves. Resolução de requerimento. 30 de janeiro de 1882.

Boletim Militar do Ultramar, 14 de Junho de 1902, Diário do Governo, no. 137, 23 de Junho de 1902, 1776.

Ordem do Exército n.º 24, 25 de Outubro de 1902, Diário do Governo, no. 248, 3 de Novembro de 1902, 3486; 3488.

Ordem do Exército n.º 26, 2.ª série, 31 de Outubro de 1908, Diário do Governo, no. 256, 11 de Novembro de 1908, 3404.

Portaria de 24 de agosto de 1891, Diário do Governo, no. 198, 5 de Setembro de 1891, 2116.

Autor(es) do artigo

Miguel Ferreira Miranda

https://orcid.org/0000-0002-7316-6736

Financiamento

Fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto TechNetEMPIRE | Redes técnico-científicas na formação do ambiente construído no Império português (1647-1871) PTDC/ART-DAQ/31959/2017

DOI

Citar este artigo

Miranda, Miguel Ferreira. "Jacinto Guerreiro Chaves", in eViterbo. Lisboa: CHAM - Centro de Humanidades, FCSH, Universidade Nova de Lisboa, 2022. (última modificação: 02/05/2024). Consultado a 17 de maio de 2024, em https://eviterbo.fcsh.unl.pt/wiki/Jacinto_Guerreiro_Chaves. DOI: []