Jacinto Guerreiro Chaves: diferenças entre revisões

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===Dados biográficos=== <!--Nome pelo qual é conhecido. Local de nascimento. Data. Filiação (pai/mãe). Casamento(s). Filhos(s). Formação escolar e académica. Sítios onde estudou. Outros dados biográficos que sejam interessantes/relevantes-->
===Dados biográficos=== <!--Nome pelo qual é conhecido. Local de nascimento. Data. Filiação (pai/mãe). Casamento(s). Filhos(s). Formação escolar e académica. Sítios onde estudou. Outros dados biográficos que sejam interessantes/relevantes-->
Jacinto Gonçalves Guerreiro Chaves nasceu em Mértola, em 24 de janeiro de 1853, filho de Severino Gonçalves Guerreiro Chaves e de D. Catarina Maria da Conceição<ref name=":0">"Jacinto Gonçalves Guerreiro Chaves". Processo individual. Arquivo Histórico Ultramarino, Secretaria de Estado da Marinha e Ultramar-Direção-Geral do Ultramar (SEMU-DGU), Angola, ''Obras Públicas - Processos Individuais- letras: G-J. Caixa 1.1876-1932''. (Foto P1120688)</ref><ref name=":1">“Número de matrícula: 31 - Jacinto Gonçalves Guerreiro Chaves”. Processo indivudal. Arquivo Histórico Militar (AHM), ''Livro de Mestres - Arma de Infantaria - Regimento de Infantaria nº 3 - Livro nº 56''.</ref>. Completou a instrução primária<ref name=":0" /><ref name=":1" />. A 27 de março de 1882 requereu, ao rei, contrair matrimónio com D. Maria Romana dos Santos, que foi deferido a 30 de março<ref name=":4">Chaves'','' Jacinto Guerreiro. ''De Jacinto Guerreiro Chaves para Vossa Majestade, 27 de março 1882''. Requerimento. Arquivo Histórico Ultramarino, Secretaria de Estado da Marinha e Ultramar-Direção-Geral do Ultramar (SEMU-DGU), Angola, ''Obras Públicas - Processos Individuais- letras: G-J. Caixa 1.1876-1932''. (Foto P1120698)</ref>. No entanto, não há informação relativa a este matrimónio, sequer se de facto aconteceu. Por certo, foi que Guerreiro Chaves casou-se com D. Sofia de Carmo Oliveira, em 12 de agosto de 1855.  
Jacinto Gonçalves Guerreiro Chaves nasceu em Mértola, em 24 de janeiro de 1853, filho de Severino Gonçalves Guerreiro Chaves e de D. Catarina Maria da Conceição<ref name=":0">"Folha de informação pessoal. Informação referida ao ano de 1880." in Jacinto Gonçalves Guerreiro Chaves, Processo individual, Arquivo Histórico Ultramarino. Angola, 1D. Obras Públicas - Processo Individuais - letras: G-J. Caixa 768/1, 1876-1932. (Foto P1120688)</ref><ref name=":1">“Número de matrícula: 31 - Jacinto Gonçalves Guerreiro Chaves”. Processo individual, Arquivo Histórico Militar (AHM), Livro de Mestres - Arma de Infantaria - Regimento de Infantaria nº 3 - Livro nº 56.</ref>. Completou a instrução primária<ref name=":0" /><ref name=":1" />. A 27 de março de 1882 requereu ao rei contrair matrimónio com D. Maria Romana dos Santos, que foi deferido a 30 de março<ref name=":4">Chaves'','' Jacinto Gonçalves Guerreiro. "Requerimento a Vossa Majestade, 27 de março 1882" in Jacinto Gonçalves Guerreiro Chaves, Processo individual, Arquivo Histórico Ultramarino. Angola, 1D. Obras Públicas - Processo Individuais - letras: G-J. Caixa 768/1, 1876-1932. (Foto P1120698)
</ref>. No entanto, não há informação relativa a este matrimónio, sequer se de facto aconteceu. Por certo, foi que Guerreiro Chaves casou-se com D. Sofia de Carmo Oliveira, em 12 de agosto de 1855<ref name=":1" />.  


===Carreira===<!-- Fazer copy/paste do que escreveram em Excel (caixas de notas). Incluí prémios e condecorações/homenagens/ títulos honoríficos. Este é o local para colocar toda a informação que não cabe nas info-box, como por exemplo, as justificações das informações que estão na info-box. subdividida em períodos se necessário-->
===Carreira===<!-- Fazer copy/paste do que escreveram em Excel (caixas de notas). Incluí prémios e condecorações/homenagens/ títulos honoríficos. Este é o local para colocar toda a informação que não cabe nas info-box, como por exemplo, as justificações das informações que estão na info-box. subdividida em períodos se necessário-->
Guerreiro Chaves foi alistado voluntariamenta como praça, em 2 de junho de 1871<ref name=":0" />. Era 2º sargento de infantaria do exército de Portugal quando, em 26 de dezembro de 1876, foi requisitado pelo Ministério das Obras Públicas ao Ministério da Guerra para servir no Ultramar<ref name=":0" />. Foi nomeado a 3 de janeiro de 1877 telegrafista da província de Angola, sendo posteriormente, em 20 de dezembro de 1880, nomeado chefe daquela secção telegráfica<ref name=":0" />. Aquando da nomeação, por três anos, para telegrafista, em 3 de janeiro de 1877, foi, nesse sentido, também promovido a 1º sargento do exército de Portugal a 18 de janeiro de 1877<ref name=":2">Chaves'','' Jacinto Guerreiro. ''De Jacinto Guerreiro Chaves para Vossa Majestade, 21 de fevereiro de 1882''. Requerimento. Arquivo Histórico Ultramarino, Secretaria de Estado da Marinha e Ultramar-Direção-Geral do Ultramar (SEMU-DGU), Angola, ''Obras Públicas - Processos Individuais- letras: G-J. Caixa 1.1876-1932''. (Foto P1120697)</ref>. Começou apenas efetivamente o serviço em Angola a 29 de maio de 1877<ref>''Do Director Geral do Ultramar para Vossa Majestade, 21 de agosto 1880.'' Comunicação de requerimento. Arquivo Histórico Ultramarino, Secretaria de Estado da Marinha e Ultramar-Direção-Geral do Ultramar (SEMU-DGU), Angola, ''Obras Públicas - Processos Individuais- letras: G-J. Caixa 1. 1876-1932.'' (Foto P1120694)</ref>.
Guerreiro Chaves alistou-se voluntariamente como praça, em 2 de junho de 1871<ref name=":0" />. Era 2º sargento de infantaria do exército de Portugal quando, em 26 de dezembro de 1876, foi requisitado pelo Ministério das Obras Públicas ao Ministério da Guerra para servir no Ultramar<ref name=":0" />. Foi nomeado, em 3 de janeiro de 1877, por três anos, telegrafista da província de Angola, e promovido a 1º sargento do exército de Portugal a 18 de janeiro<ref name=":2">Chaves'','' Jacinto Gonçalves Guerreiro. "Requerimento a Vossa Majestade, 21 de fevereiro de 1882" in Jacinto Gonçalves Guerreiro Chaves, Processo individual, Arquivo Histórico Ultramarino. Angola, 1D. Obras Públicas - Processo Individuais - letras: G-J. Caixa 768/1, 1876-1932. (Foto P1120697)</ref>. Iniciou efetivamente o serviço em Angola a 29 de maio<ref>"Comunicação de requerimento a Vossa Majestade, 21 de agosto de 1880" in Jacinto Gonçalves Guerreiro Chaves, Processo individual, Arquivo Histórico Ultramarino. Angola, 1D. Obras Públicas - Processo Individuais - letras: G-J. Caixa 768/1, 1876-1932. (Foto P1120694)</ref>.


Próxima de findar comissão de 3 anos como telegrafista (a 29 de maio de 1880), pediu para renová-la por outros três anos, a 21 de fevereiro de 1880. Pedia ainda que fosse também promovido a alferes, sobre abrigo do decreto de 1869<ref name=":2" />. Retornou a fazer este pedido em 10 de agosto de 1880, já findada a comissão<ref>Chaves, Jacinto Guerreiro. ''De Jacinto Guerreiro Chaves a Vossa Majestade, 10 de agosto de 1880.'' Requerimento. Arquivo Histórico Ultramarino, Secretaria de Estado da Marinha e Ultramar-Direção-Geral do Ultramar (SEMU-DGU), Angola, ''Obras Públicas - Processos Individuais- letras: G-J. Caixa 1. 1876-1932''. (Foto P1120695)</ref>. Embora Guerreiro Chaves mantivesse-se ao serviço, sendo até promovido a chefe da secção telegráfica<ref name=":0" />, esta situação manteve-se até 22 de fevereiro de 1881, data em que a seu pedido foi exonerado do cargo de chefe da secção telegráfica<ref name=":3">Chaves, Jacinto Guerreiro. ''De Jacinto Guerreiro Chaves a Vossa Majestade, 22 de fevereiro de 1881.'' Requerimento. Arquivo Histórico Ultramarino, Secretaria de Estado da Marinha e Ultramar-Direção-Geral do Ultramar (SEMU-DGU), Angola, ''Obras Públicas - Processos Individuais- letras: G-J. Caixa 1. 1876-1932''. (Foto P1120692)</ref>.  
Próxima de findar comissão de 3 anos como telegrafista (a 29 de maio de 1880), pediu para renová-la por outros três anos a 21 de fevereiro de 1880. Pedia que fosse também promovido a alferes, em abrigo do decreto de 1869<ref name=":2" />. Retornou a fazer este pedido em 10 de agosto de 1880, já findada a comissão<ref>Chaves'','' Jacinto Gonçalves Guerreiro. "Requerimento a Vossa Majestade, 10 de agosto de 1880" in Jacinto Gonçalves Guerreiro Chaves, Processo individual, Arquivo Histórico Ultramarino. Angola, 1D. Obras Públicas - Processo Individuais - letras: G-J. Caixa 768/1, 1876-1932. (Foto P1120695) </ref>. Guerreiro Chaves manteve-se ao serviço, sendo inclusive promovido a chefe da secção telegráfica a 20 de dezembro<ref name=":0" />, mas continuava sem comissão, ao que a 22 de fevereiro de 1881 foi exonerado do cargo a seu pedido<ref name=":3">Chaves'','' Jacinto Gonçalves Guerreiro. "Requerimento a Vossa Majestade, 22 de fevereiro de 1881" in Jacinto Gonçalves Guerreiro Chaves, Processo individual, Arquivo Histórico Ultramarino. Angola, 1D. Obras Públicas - Processo Individuais - letras: G-J. Caixa 768/1, 1876-1932. (Foto P1120692)</ref>.  


Voltou a pedir uma comissão como chefe dos mesmos serviços a 11 de junho de 1881, assim como a promoção a alferes, sendo considerado como condutor de 2ª classe, para efeito de vencimentos<ref name=":3" />. E retornou a fazê-lo a 22 de janeiro de 1882<ref>Chaves, Jacinto Guerreiro. ''De Jacinto Guerreiro Chaves a Vossa Majestade, 26 de Janeiro de 1882.'' Requerimento. Arquivo Histórico Ultramarino, Secretaria de Estado da Marinha e Ultramar-Direção-Geral do Ultramar (SEMU-DGU), Angola, ''Obras Públicas - Processos Individuais- letras: G-J. Caixa 1. 1876-1932''. (Foto P1120693)</ref>. Não pode ser nomeado para chefe do serviço de telegrafia, porque, entretanto, já havia nomeação para esse posto. Contudo, “attendendo o bom serviço prestado”<ref>''Do Diretor Geral do Ultramar, 30 de Janeiro de 1882.'' Resolução de Requerimento. Arquivo Histórico Ultramarino, Secretaria de Estado da Marinha e Ultramar-Direção-Geral do Ultramar (SEMU-DGU), Angola, ''Obras Públicas - Processos Individuais- letras: G-J. Caixa 1. 1876-1932''. (Foto P1120690)</ref>, poderia ocupar vaga como condutor auxiliar em Angola, proposta de ofício de 30 de janeiro de 1882. O sargento aceitou esta oferta, sendo nomeado condutor auxiliar a 6 de fevereiro, desembarcou em Luanda a 1 de maio<ref name=":1" />. Em março foi feito alferes<ref name=":4" />.
Voltou a pedir uma comissão como chefe dos mesmos serviços a 11 de junho de 1881, assim como a promoção a alferes, e considerado como condutor de 2ª classe, para efeito de vencimentos<ref name=":3" />. E retornou a fazê-lo a 22 de janeiro de 1882<ref>Chaves'','' Jacinto Gonçalves Guerreiro. "Requerimento a Vossa Majestade, 26 de janeiro de 1882" in Jacinto Gonçalves Guerreiro Chaves, Processo individual, Arquivo Histórico Ultramarino. Angola, 1D. Obras Públicas - Processo Individuais - letras: G-J. Caixa 768/1, 1876-1932. (Foto P1120693)</ref>. No entanto, não pôde ser nomeado para chefe do serviço de telegrafia, porque, entretanto, já havia nomeação para esse posto. Ainda assim, “atendendo o bom serviço prestado”<ref>"Resolução de requerimento, 30 de janeiro de 1882" in Jacinto Gonçalves Guerreiro Chaves, Processo individual, Arquivo Histórico Ultramarino. Angola, 1D. Obras Públicas - Processo Individuais - letras: G-J. Caixa 768/1, 1876-1932. (Foto P1120690)</ref>, poderia ocupar vaga como condutor auxiliar nas Obras Públicas de Angola, proposta de ofício de 30 de janeiro de 1882. O sargento aceitou esta oferta, sendo nomeado condutor auxiliar a 6 de fevereiro, desembarcando em Luanda a 1 de maio<ref name=":1" />. Entretanto, havia sido promovido a alferes, ainda em março<ref name=":4" />.


A 19 de dezembro de 1882, Guerreiro Chaves, pediu, no âmbito do seu cargo militar, para ser transferido do exército de Portugal para o exército da África Oriental, sem prejuízo para a comissão (como condutor auxiliar) em que se achava em serviço à data<ref>Chaves, Jacinto Guerreiro. ''De Jacinto Guerreiro Chaves a Vossa Majestade, 19 de Dezembro de 1882.'' Requerimento. Arquivo Histórico Ultramarino, Secretaria de Estado da Marinha e Ultramar-Direção-Geral do Ultramar (SEMU-DGU), Angola, ''Obras Públicas - Processos Individuais- letras: G-J. Caixa 1. 1876-1932''. (Foto P1120702)</ref>. Contudo, até 17 de abril de 1883 ainda se achou como alferes do exército de Portugal<ref>Amaral, Francisco Joaquim Ferreira de. ''De Francisco Joaquim Ferreira de Amaral (Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar) a Vossa Majestade, 17 de abril de 1883.'' Comunicação interna de requerimento. Arquivo Histórico Ultramarino, Secretaria de Estado da Marinha e Ultramar-Direção-Geral do Ultramar (SEMU-DGU), Angola, ''Obras Públicas - Processos Individuais- letras: G-J. Caixa 1. 1876-1932''. (Foto P1120701)</ref>.  
A 19 de dezembro de 1882, Guerreiro Chaves, pediu, no âmbito do seu cargo militar, para ser transferido do exército de Portugal para o exército da África Oriental, sem prejuízo para a comissão em que se achava ao serviço<ref>Chaves'','' Jacinto Gonçalves Guerreiro. "Requerimento a Vossa Majestade, 19 de dezembro de 1882" in Jacinto Gonçalves Guerreiro Chaves, Processo individual, Arquivo Histórico Ultramarino. Angola, 1D. Obras Públicas - Processo Individuais - letras: G-J. Caixa 768/1, 1876-1932. (Foto P1120702)</ref>. Contudo, pelo menos até 17 de abril de 1883 manteve-se no exército de Portugal, não se sabendo de posteriores desenvolvimentos<ref>Amaral, Francisco Joaquim Ferreira de. "Comunicação interna a Vossa Majestade, 17 de abril de 1883" in Jacinto Gonçalves Guerreiro Chaves, Processo individual, Arquivo Histórico Ultramarino. Angola, 1D. Obras Públicas - Processo Individuais - letras: G-J. Caixa 768/1, 1876-1932. (Foto P1120701)</ref>.  


Entre 1886 e 1901 foi chefe de concelho de vários locais: Alto Dande, Ambriz, Egipto, Golungo Alto, Ícolo e Bengo, Encoge<ref name=":1" />.   
Entre 1886 e 1901 foi chefe de concelho de várias localidades: Alto Dande, Ambriz, Egipto, Golungo Alto, Ícolo e Bengo, Encoge<ref name=":1" />.   


Em 18 de janeiro de 1887 foi promovido de alferes a tenente e, por fim, a capitão, em 3 de setembro de 1891. Em 5 de março de 1900 foi nomeado promotor de justiça militar junto do conselho de guerra da província de Angola, de que foi exonerado a 11 de abril. Temporariamente, foi colocado na inatividade por motivos de doença, em 20 de agosto de 1901, tendo embarcado de regresso ao reino em 26 de abril de 1902<ref name=":1" />.
Em 18 de janeiro de 1887 foi promovido de alferes a tenente e, por fim a capitão, em 3 de setembro de 1891. Em 5 de março de 1900 foi nomeado promotor de justiça militar junto do conselho de guerra da província de Angola, de que foi exonerado a 11 de abril. Temporariamente, foi colocado na inatividade por motivos de doença, em 20 de agosto de 1901, tendo embarcado de regresso ao reino em 26 de abril de 1902<ref name=":1" />.


===Outras informações=== <!--é o local onde cabe tudo o que não se relaciona especificamente com os dois parâmetros anteriores-->
===Outras informações=== <!--é o local onde cabe tudo o que não se relaciona especificamente com os dois parâmetros anteriores-->
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Arquivo Histórico Militar (AHM), PT/AHM/G/LM/B-03/56/0031, “Livro de Mestres - Arma de Infantaria - Regimento de Infantaria nº 3 - Livro nº 56” https://ahmgermil-exercito.defesa.gov.pt/details?id=264026
Arquivo Histórico Militar (AHM), PT/AHM/G/LM/B-03/56/0031, “Livro de Mestres - Arma de Infantaria - Regimento de Infantaria nº 3 - Livro nº 56” https://ahmgermil-exercito.defesa.gov.pt/details?id=264026


Arquivo Histórico Ultramarino, Secretaria de Estado da Marinha e Ultramar-Direção-Geral do Ultramar, 768/1 1D MU, ''Obras Públicas - Processos Individuais- letras: G-J. Caixa 1,'' Angola,1876-1932.  
Arquivo Histórico Ultramarino, Secretaria de Estado da Marinha e Ultramar-Direção-Geral do Ultramar. Angola, 1D. Obras Públicas - Processo Individuais - letras: G-J. Caixa 768/1, 1876-1932.  


==Bibliografia== <!-- Ou seja, a bibliografia, com links quando possível, que conhecem sobre o assunto. Atenção: Chicago bibliography-->
==Bibliografia== <!-- Ou seja, a bibliografia, com links quando possível, que conhecem sobre o assunto. Atenção: Chicago bibliography-->
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==Autor(es) do artigo==
==Autor(es) do artigo==
Miguel Ferreira Miranda
Miguel Ferreira Miranda
https://orcid.org/0000-0002-7316-6736


==Financiamento==
==Financiamento==

Revisão das 17h07min de 17 de junho de 2022


Jacinto Guerreiro Chaves
Nome completo Jacinto Gonçalves Guerreiro Chaves
Outras Grafias Jachinto Gonçalves Guerreiro Chaves
Pai Severino Gonçalves Guerreiro Chaves
Mãe Catarina Maria da Conceição
Cônjuge Sofia de Carmo Oliveira
Filho(s) valor desconhecido
Irmão(s) valor desconhecido
Nascimento 1 dezembro 1852
Beja, Portugal
Morte 2 julho 1927
Lisboa, Lisboa, Portugal
Sexo Masculino
Religião Cristã
Formação
Formação Instrução básica
Postos
Posto Sargento
Data Início: 18 de janeiro de 1877
Fim: 22 de fevereiro de 1882
Arma Infantaria
Posto Alferes
Data Início: 22 de fevereiro de 1882
Fim: 18 de janeiro de 1887
Arma Infantaria
Posto Tenente
Data Início: 18 de janeiro de 1887
Fim: 03 de setembro de 1891
Arma Infantaria
Cargos
Data Início: 03 de janeiro de 1877
Fim: 22 de fevereiro de 1881
Cargo Chefe de secção
Data Início: 20 de dezembro de 1880
Fim: 22 de fevereiro de 1881
Cargo Condutor auxiliar
Data Início: 06 de fevereiro de 1882
Fim: 15 de junho de 1885
Data Início: 21 de janeiro de 1886
Fim: 04 de fevereiro de 1901


Biografia

Dados biográficos

Jacinto Gonçalves Guerreiro Chaves nasceu em Mértola, em 24 de janeiro de 1853, filho de Severino Gonçalves Guerreiro Chaves e de D. Catarina Maria da Conceição[1][2]. Completou a instrução primária[1][2]. A 27 de março de 1882 requereu ao rei contrair matrimónio com D. Maria Romana dos Santos, que foi deferido a 30 de março[3]. No entanto, não há informação relativa a este matrimónio, sequer se de facto aconteceu. Por certo, foi que Guerreiro Chaves casou-se com D. Sofia de Carmo Oliveira, em 12 de agosto de 1855[2].

Carreira

Guerreiro Chaves alistou-se voluntariamente como praça, em 2 de junho de 1871[1]. Era 2º sargento de infantaria do exército de Portugal quando, em 26 de dezembro de 1876, foi requisitado pelo Ministério das Obras Públicas ao Ministério da Guerra para servir no Ultramar[1]. Foi nomeado, em 3 de janeiro de 1877, por três anos, telegrafista da província de Angola, e promovido a 1º sargento do exército de Portugal a 18 de janeiro[4]. Iniciou efetivamente o serviço em Angola a 29 de maio[5].

Próxima de findar comissão de 3 anos como telegrafista (a 29 de maio de 1880), pediu para renová-la por outros três anos a 21 de fevereiro de 1880. Pedia que fosse também promovido a alferes, em abrigo do decreto de 1869[4]. Retornou a fazer este pedido em 10 de agosto de 1880, já findada a comissão[6]. Guerreiro Chaves manteve-se ao serviço, sendo inclusive promovido a chefe da secção telegráfica a 20 de dezembro[1], mas continuava sem comissão, ao que a 22 de fevereiro de 1881 foi exonerado do cargo a seu pedido[7].

Voltou a pedir uma comissão como chefe dos mesmos serviços a 11 de junho de 1881, assim como a promoção a alferes, e considerado como condutor de 2ª classe, para efeito de vencimentos[7]. E retornou a fazê-lo a 22 de janeiro de 1882[8]. No entanto, não pôde ser nomeado para chefe do serviço de telegrafia, porque, entretanto, já havia nomeação para esse posto. Ainda assim, “atendendo o bom serviço prestado”[9], poderia ocupar vaga como condutor auxiliar nas Obras Públicas de Angola, proposta de ofício de 30 de janeiro de 1882. O sargento aceitou esta oferta, sendo nomeado condutor auxiliar a 6 de fevereiro, desembarcando em Luanda a 1 de maio[2]. Entretanto, havia sido promovido a alferes, ainda em março[3].

A 19 de dezembro de 1882, Guerreiro Chaves, pediu, no âmbito do seu cargo militar, para ser transferido do exército de Portugal para o exército da África Oriental, sem prejuízo para a comissão em que se achava ao serviço[10]. Contudo, pelo menos até 17 de abril de 1883 manteve-se no exército de Portugal, não se sabendo de posteriores desenvolvimentos[11].

Entre 1886 e 1901 foi chefe de concelho de várias localidades: Alto Dande, Ambriz, Egipto, Golungo Alto, Ícolo e Bengo, Encoge[2].

Em 18 de janeiro de 1887 foi promovido de alferes a tenente e, por fim a capitão, em 3 de setembro de 1891. Em 5 de março de 1900 foi nomeado promotor de justiça militar junto do conselho de guerra da província de Angola, de que foi exonerado a 11 de abril. Temporariamente, foi colocado na inatividade por motivos de doença, em 20 de agosto de 1901, tendo embarcado de regresso ao reino em 26 de abril de 1902[2].

Outras informações

Lista da chefia de concelhos na província de Angola[2]
Local Período
Alto Dande 21 de janeiro de 1886 - 19 de maio de 1887
Ambriz 20 de maio de 1887 - 15 de dezembro de 1887
Egito 23 de fevereiro de 1888 - 20 de janeiro de 1889
Golungo Alto 21 de janeiro de 1889 - 9 de novembro de 1890
Alto Dande (Caxito) 10 de novembro de 1890 - 17 de março de 1891
Ícolo e Bengo 18 de março de 1891 - 3 de fevereiro de 1896
Encoge 19 de agosto de 1897 - 5 de janeiro de 1900
Ícolo e Bengo 7 de abril 1900 - 4 de fevereiro de 1901

Obras

Notas

  1. ↑ 1,0 1,1 1,2 1,3 1,4 "Folha de informação pessoal. Informação referida ao ano de 1880." in Jacinto Gonçalves Guerreiro Chaves, Processo individual, Arquivo Histórico Ultramarino. Angola, 1D. Obras Públicas - Processo Individuais - letras: G-J. Caixa 768/1, 1876-1932. (Foto P1120688)
  2. ↑ 2,0 2,1 2,2 2,3 2,4 2,5 2,6 “Número de matrícula: 31 - Jacinto Gonçalves Guerreiro Chaves”. Processo individual, Arquivo Histórico Militar (AHM), Livro de Mestres - Arma de Infantaria - Regimento de Infantaria nº 3 - Livro nº 56.
  3. ↑ 3,0 3,1 Chaves, Jacinto Gonçalves Guerreiro. "Requerimento a Vossa Majestade, 27 de março 1882" in Jacinto Gonçalves Guerreiro Chaves, Processo individual, Arquivo Histórico Ultramarino. Angola, 1D. Obras Públicas - Processo Individuais - letras: G-J. Caixa 768/1, 1876-1932. (Foto P1120698)
  4. ↑ 4,0 4,1 Chaves, Jacinto Gonçalves Guerreiro. "Requerimento a Vossa Majestade, 21 de fevereiro de 1882" in Jacinto Gonçalves Guerreiro Chaves, Processo individual, Arquivo Histórico Ultramarino. Angola, 1D. Obras Públicas - Processo Individuais - letras: G-J. Caixa 768/1, 1876-1932. (Foto P1120697)
  5. ↑ "Comunicação de requerimento a Vossa Majestade, 21 de agosto de 1880" in Jacinto Gonçalves Guerreiro Chaves, Processo individual, Arquivo Histórico Ultramarino. Angola, 1D. Obras Públicas - Processo Individuais - letras: G-J. Caixa 768/1, 1876-1932. (Foto P1120694)
  6. ↑ Chaves, Jacinto Gonçalves Guerreiro. "Requerimento a Vossa Majestade, 10 de agosto de 1880" in Jacinto Gonçalves Guerreiro Chaves, Processo individual, Arquivo Histórico Ultramarino. Angola, 1D. Obras Públicas - Processo Individuais - letras: G-J. Caixa 768/1, 1876-1932. (Foto P1120695)
  7. ↑ 7,0 7,1 Chaves, Jacinto Gonçalves Guerreiro. "Requerimento a Vossa Majestade, 22 de fevereiro de 1881" in Jacinto Gonçalves Guerreiro Chaves, Processo individual, Arquivo Histórico Ultramarino. Angola, 1D. Obras Públicas - Processo Individuais - letras: G-J. Caixa 768/1, 1876-1932. (Foto P1120692)
  8. ↑ Chaves, Jacinto Gonçalves Guerreiro. "Requerimento a Vossa Majestade, 26 de janeiro de 1882" in Jacinto Gonçalves Guerreiro Chaves, Processo individual, Arquivo Histórico Ultramarino. Angola, 1D. Obras Públicas - Processo Individuais - letras: G-J. Caixa 768/1, 1876-1932. (Foto P1120693)
  9. ↑ "Resolução de requerimento, 30 de janeiro de 1882" in Jacinto Gonçalves Guerreiro Chaves, Processo individual, Arquivo Histórico Ultramarino. Angola, 1D. Obras Públicas - Processo Individuais - letras: G-J. Caixa 768/1, 1876-1932. (Foto P1120690)
  10. ↑ Chaves, Jacinto Gonçalves Guerreiro. "Requerimento a Vossa Majestade, 19 de dezembro de 1882" in Jacinto Gonçalves Guerreiro Chaves, Processo individual, Arquivo Histórico Ultramarino. Angola, 1D. Obras Públicas - Processo Individuais - letras: G-J. Caixa 768/1, 1876-1932. (Foto P1120702)
  11. ↑ Amaral, Francisco Joaquim Ferreira de. "Comunicação interna a Vossa Majestade, 17 de abril de 1883" in Jacinto Gonçalves Guerreiro Chaves, Processo individual, Arquivo Histórico Ultramarino. Angola, 1D. Obras Públicas - Processo Individuais - letras: G-J. Caixa 768/1, 1876-1932. (Foto P1120701)

Fontes

Arquivo Histórico Militar (AHM), PT/AHM/G/LM/B-03/56/0031, “Livro de Mestres - Arma de Infantaria - Regimento de Infantaria nº 3 - Livro nº 56” https://ahmgermil-exercito.defesa.gov.pt/details?id=264026

Arquivo Histórico Ultramarino, Secretaria de Estado da Marinha e Ultramar-Direção-Geral do Ultramar. Angola, 1D. Obras Públicas - Processo Individuais - letras: G-J. Caixa 768/1, 1876-1932.

Bibliografia

Ligações Externas

Autor(es) do artigo

Miguel Ferreira Miranda

https://orcid.org/0000-0002-7316-6736

Financiamento

Fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto TechNetEMPIRE | Redes técnico-cientificas na formação do ambiente construído no Império português (1647-1871) PTDC/ART-DAQ/31959/2017

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