João Martins (4): diferenças entre revisões
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Era filho de Sebastião Martins do Carrazedo e de Maria Fernandes, naturais da mesma freguesia de São Cosme do Vale, os quais tiveram catorze filhos e filhas. | Era filho de Sebastião Martins do Carrazedo e de Maria Fernandes, naturais da mesma freguesia de São Cosme do Vale, os quais tiveram catorze filhos e filhas. | ||
Tendo vivido inicialmente na freguesia do seu nascimento, João Martins foi, com cerca de 30 anos | Tendo vivido inicialmente na freguesia do seu nascimento, João Martins foi, com cerca de 30 anos para Lisboa. Tinha a alcunha de <i>o lapador.</i> | ||
Casou com Domingas Moreira, de alcunha ''a longa'', natural de um lugar chamado a Portela na freguesia de Nossa Senhora de Oliveira do Sobral no termo de Torres Vedras, que vendia hortaliça e outras coisas pelas ruas. | |||
Na década de 80 ou 90 de seiscentos João Martins regressou à terra de origem, lugar de Vila Maior na freguesia de São Cosme do Vale, para ajudar o seu irmão, José Martins, que por ser mais velho tinha ficado a cuidar da fazenda<ref>Arquivo Nacional Torre do Tombo, ''Tribunal do Santo Ofício'', Conselho Geral, Habilitações Incompletas, doc. 5372.</ref><i>.</i> | |||
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João Martins foi um mestre pedreiro que viveu e trabalhou em Lisboa durante os reinados de D. João IV, D. Afonso VI e D. Pedro II. | João Martins foi um mestre pedreiro que viveu e trabalhou em Lisboa durante os reinados de D. João IV, D. Afonso VI e D. Pedro II. | ||
Começou a sua carreira, em Lisboa, como servente de pedreiros, tornando-se eventualmente mestre pedreiro. | |||
Não se sabe nada sobre a atividade profissional de | Não se sabe nada sobre a atividade profissional de João Martins, apenas que foi o pai de [[Manuel Martins (4)|Manuel Martins]] e avô de [[Valério Martins de Oliveira]], também mestres pedreiros de Lisboa<ref>Pinto, “As Advertencias de Valério Martins de Oliveira”, 77-101.</ref>. | ||
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==Fontes== | ==Fontes== | ||
* Arquivo Distrital de Braga, ''Paróquia de São Cosme e São Damião de Vale'', Livro 1 de Registo de Batismos (B - 336). | |||
* Arquivo Nacional Torre do Tombo, <i>Tribunal do Santo Ofício</i>, Conselho Geral, Habilitações Incompletas. | *Arquivo Distrital de Braga, ''Paróquia de São Cosme e São Damião de Vale'', Livro 1 de Registo de Batismos (B - 336). | ||
* <i>Constituições Synodaes do Arcebispado de Lisboa, Novamente feitas no Synodo Diocesano que celebrou na Sé Metropolitana de Lisboa o Illustrissimo, & Reuerendissimo Senhor D. Rodrigo da Cunha Arcebispo da mesma cidade, do Conselho d’Estado de S. Magestade, em os 30 dias de Mayo do anno de 1640</i>, Lisboa: Officina de Paulo Craesbeeck, 1656. | *Arquivo Nacional Torre do Tombo, <i>Tribunal do Santo Ofício</i>, Conselho Geral, Habilitações Incompletas. | ||
*<i>Constituições Synodaes do Arcebispado de Lisboa, Novamente feitas no Synodo Diocesano que celebrou na Sé Metropolitana de Lisboa o Illustrissimo, & Reuerendissimo Senhor D. Rodrigo da Cunha Arcebispo da mesma cidade, do Conselho d’Estado de S. Magestade, em os 30 dias de Mayo do anno de 1640</i>, Lisboa: Officina de Paulo Craesbeeck, 1656. | |||
==Bibliografia== | ==Bibliografia== | ||
* Pinto, Sandra M.G.. “As <i>Advertencias</i> de Valério Martins de Oliveira ou o manual dos mestres pedreiros e carpinteiros portugueses no período moderno”, in Mateus, João Mascarenhas (ed.) <i>História da Construção em Portugal: Consolidação de uma Disciplina</i>, Lisboa: By the Book, 2018, 77-101. | |||
*Pinto, Sandra M.G.. “As <i>Advertencias</i> de Valério Martins de Oliveira ou o manual dos mestres pedreiros e carpinteiros portugueses no período moderno”, in Mateus, João Mascarenhas (ed.) <i>História da Construção em Portugal: Consolidação de uma Disciplina</i>, Lisboa: By the Book, 2018, 77-101. | |||
==Ligações Externas== | ==Ligações Externas== | ||
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==Financiamento== | ==Financiamento== | ||
* Fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto TechNetEMPIRE | Redes técnico-cientificas na formação do ambiente construído no Império português (1647-1871), ref. PTDC/ART-DAQ/31959/2017 | |||
* CHAM - Centro de Humanidades, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade NOVA de Lisboa, através do projeto estratégico financiado pela FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., ref. UID/HIS/04666/2013. | *Fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto TechNetEMPIRE | Redes técnico-cientificas na formação do ambiente construído no Império português (1647-1871), ref. PTDC/ART-DAQ/31959/2017 | ||
*CHAM - Centro de Humanidades, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade NOVA de Lisboa, através do projeto estratégico financiado pela FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., ref. UID/HIS/04666/2013. | |||
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Revisão das 17h30min de 15 de outubro de 2021
João Martins | |
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Nome completo | João Martins |
Outras Grafias | EQUAL |
Pai | Sebastião Martins do Carrazedo |
Mãe | Maria Fernandes |
Filho(s) | Manuel Martins |
Nascimento | agosto de 1631 São Cosme do Vale, Vila Nova de Famalicão, Portugal |
Morte | São Cosme do Vale, Vila Nova de Famalicão, Portugal |
Residência | |
Residência | São Cosme do Vale, Barcelos, Portugal N 41°26′56″ W 8°28′2″ |
Residência | Lisboa, Portugal N 38°42′26″ W 9°8′8″ |
Biografia
Dados biográficos
João Martins nasceu na freguesia de São Cosme do Vale, no termo de Barcelos, hoje pertencente ao concelho de Vila Nova de Famalicão, possivelmente entre os dias 4 e 11 de Agosto de 1631, tendo sido batizado a 11 de Agosto seguinte[1], faleceu na mesma freguesia em data não apurada.
Era filho de Sebastião Martins do Carrazedo e de Maria Fernandes, naturais da mesma freguesia de São Cosme do Vale, os quais tiveram catorze filhos e filhas.
Tendo vivido inicialmente na freguesia do seu nascimento, João Martins foi, com cerca de 30 anos para Lisboa. Tinha a alcunha de o lapador.
Casou com Domingas Moreira, de alcunha a longa, natural de um lugar chamado a Portela na freguesia de Nossa Senhora de Oliveira do Sobral no termo de Torres Vedras, que vendia hortaliça e outras coisas pelas ruas.
Na década de 80 ou 90 de seiscentos João Martins regressou à terra de origem, lugar de Vila Maior na freguesia de São Cosme do Vale, para ajudar o seu irmão, José Martins, que por ser mais velho tinha ficado a cuidar da fazenda[2].
Carreira
João Martins foi um mestre pedreiro que viveu e trabalhou em Lisboa durante os reinados de D. João IV, D. Afonso VI e D. Pedro II.
Começou a sua carreira, em Lisboa, como servente de pedreiros, tornando-se eventualmente mestre pedreiro.
Não se sabe nada sobre a atividade profissional de João Martins, apenas que foi o pai de Manuel Martins e avô de Valério Martins de Oliveira, também mestres pedreiros de Lisboa[3].
Outras informações
Obra
Referências bibliográficas
- ↑ Arquivo Distrital de Braga, Paróquia de São Cosme e São Damião de Vale, Livro 1 de Registo de Batismos (B - 336), fl. 45v. O intervalo possível da data de nascimento derivava da obrigação das crianças receberem o primeiro sacramento religioso na paróquia de nascimento nos primeiros oito dias de vida. Constituições Synodaes do Arcebispado de Lisboa, 23-26.
- ↑ Arquivo Nacional Torre do Tombo, Tribunal do Santo Ofício, Conselho Geral, Habilitações Incompletas, doc. 5372.
- ↑ Pinto, “As Advertencias de Valério Martins de Oliveira”, 77-101.
Fontes
- Arquivo Distrital de Braga, Paróquia de São Cosme e São Damião de Vale, Livro 1 de Registo de Batismos (B - 336).
- Arquivo Nacional Torre do Tombo, Tribunal do Santo Ofício, Conselho Geral, Habilitações Incompletas.
- Constituições Synodaes do Arcebispado de Lisboa, Novamente feitas no Synodo Diocesano que celebrou na Sé Metropolitana de Lisboa o Illustrissimo, & Reuerendissimo Senhor D. Rodrigo da Cunha Arcebispo da mesma cidade, do Conselho d’Estado de S. Magestade, em os 30 dias de Mayo do anno de 1640, Lisboa: Officina de Paulo Craesbeeck, 1656.
Bibliografia
- Pinto, Sandra M.G.. “As Advertencias de Valério Martins de Oliveira ou o manual dos mestres pedreiros e carpinteiros portugueses no período moderno”, in Mateus, João Mascarenhas (ed.) História da Construção em Portugal: Consolidação de uma Disciplina, Lisboa: By the Book, 2018, 77-101.
Ligações Externas
Autor(es) do artigo
Sandra M. G. Pinto
Financiamento
- Fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto TechNetEMPIRE | Redes técnico-cientificas na formação do ambiente construído no Império português (1647-1871), ref. PTDC/ART-DAQ/31959/2017
- CHAM - Centro de Humanidades, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade NOVA de Lisboa, através do projeto estratégico financiado pela FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., ref. UID/HIS/04666/2013.
DOI
Citar este artigo
- João Martins (4) (última modificação: 15/10/2021). eViterbo. Visitado em 29 de abril de 2024, em https://eviterbo.fcsh.unl.pt/wiki/Jo%C3%A3o_Martins_(4)